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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ágatha/Bárbara conquistam prata nos Jogos Olímpicos do Rio
Campeãs do Campeonato Mundial 2015, Àgatha/Bárbara são prata, e única dupla a estar nos dois pódios do vôlei de praia 
Não sou atleta, mas disputar uma medalha de ouro e não ganhá-la deve doer. Na noite desta quarta, ver Àgatha/Bárbara Seixas serem derrotadas pelas alemãs Ludwig/Walkenhorst doeu. Doeu pelas parciais relativamente fáceis das germânicas, 21/18 e 21/14, em 43 minutos de partida. Doeu por saber que na noite anterior as brasileiras haviam realizado o feito histórico de serem as únicas a derrotarem Kerri Walsh em Jogos Olímpicos.

Mas, aos poucos, a dor passou. Passou porque Àgatha/Bárbara foram além. Considerado o time "número 2" do Brasil na Rio 2016, superaram a desconfiança. Em teoria, Juliana/Maria Elisa, pelo histórico, seriam a segunda dupla a garantir vaga para os Jogos.

Em 2011, quando a parceria foi formada, talvez nem elas imaginariam que chegariam tão longe. Foram subindo degrau por degrau. Começaram a se destacar no Circuito Brasileiro, se qualificaram para o Circuito Mundial. Em 2013, passaram pelo esquisito sistema de seleção, onde foram separadas, na semana seguinte em que conquistaram o primeiro título do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. Mesmo assim, Àgatha com Maria Elisa e Bárbara com Lili, continuaram trabalhando. Meses depois, Bárbara foi bronze no Campeonato Mundial de Stare Jablonki, competição mais importante daquele ano.


Com a extinção de ideia de separar parcerias, Àgatha/Bárbara refizeram o time. Em 2014, vieram outras vitórias em etapas nacionais, mais um título de Circuito Brasileiro, o primeiro ouro em Circuito Mundial, e uma segunda colocação geral no ranking mundial da temporada. 

Em 2015, seguiram em evolução. Bronze dois anos antes, desta vez Bárbara foi ouro, com a parceira de origem, no Campeonato Mundial da Holanda, naquele que era então o ápice da dupla. Com a boa pontuação da etapa, aliada ao primeiro título de Grand Slam, o de São Petersburgo, foram as campeãs da temporada internacional. 

Com a prata conquistada ontem, se tornaram o único time do atual ciclo olímpico a estar no pódio do Campeonato Mundial e olímpico. Como bônus, ainda foram vice-campeãs do evento-teste, disputado ano passado. 

Muito se falou das três tentativas de Robson Conceição para se chegar ao ouro. Com 33 e 29 anos, respectivamente, Àgatha e Bárbara podem ter, no mínimo, mais uma chance subir uma posição no pódio. Se não conseguirem, já estão eternizadas como a dupla que levou o Brasil a uma decisão olímpica, após 12 anos de jejum. Serão lembradas como a parceria que jogou feliz, com muito sorriso no rosto, num jeito bem brasileiro de ser. Mesmo ainda em meio ao misto de dor e alegria, o semblante no pódio não deixou de aquele que é a marca registrada da dupla.

Laura Ludwig e Kira Walkenhorst foram melhores e mereceram o ouro. Mesmo alemã, Ludwig não deixa de ser um pouco brasileira: na aparência física, no português que aprendeu a razoavelmente falar, na raça que tem dentro de quadra e na simpatia em tratar torcedores e jornalistas. Assim como Robson Conceição, precisou de três Olimpíadas para chegar ao ouro.

Walsh, que se redimiu da única derrota da carreira olímpica, venceu Larissa/Talita e festejou muito o bronze, mesmo com três ouros no currículo. E também não deixa de ser uma pouco brasileira: é treinada por um técnico que nasceu no Brasil, tem vários amigos no país e ganha sempre o carinho e o respeito dos torcedor que está na arquibancada. Na verdade, Walsh é uma espécie de Michael Phelps ou Usain Bolt: dispensa nacionalidade. Seria, no mínimo, estranho ver o pódio olímpico sem ela.

Talvez, o tão sonhado ouro, que não veio ontem, venha com Alison/Bruno Schmitd hoje. Assim como o Àgatha/Bárbara, foram campeões do Campeonato Mundial ano passado e podiarão na Olimpíada do Rio. 

Podem ser ouro? Sim. Podem terminar com a prata? Sim também. Como disse a um amigo nesta semana, precisamos mudar o conceito de que somente o ouro serve. Talvez, a partir daí consigamos avançar um pouco na nossa cultura esportiva e nas colocações do quadro de medalhas. 

Para quem não acompanha vôlei de praia e não conhecia Àgatha/Bárbara, elas se apresentaram muito bem aos brasileiros. Para quem acompanha, saltar do primeiro ouro em Circuito Mundial para uma prata olímpica, em apenas dois anos, é algo que supera qualquer tipo de dor. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Desde 2004, Brasil não tinha duplas nos dois naipes da decisão olímpica; duplo ouro é inédito (Foto: FIVB)

Pelo horário da partida, iniciada por volta das 23h59 e finalizado por volta de 1h da manhã, pode parecer sonho, mas Àgatha/Bárbara Seixas conseguiram o maior feito do vôlei de praia nestes Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro até aqui: derrotaram Walsh/Ross, por 2 sets a 0, e garantiram vaga na final feminina do torneio, doze anos após Adriana/Shelda disputarem a decisão de Atenas 2004, justamente contra Walsh, que na época jogava com May.

Muitos poderão dizer que o resultado foi inesperado. E não deixa de ser. Mas, por si só, as parciais mostram a superioridade das brasileiras: 22/20 e 21/18, naquela que foi, para muitos, a melhor atuação da história do time "número 2" do país.

Pode parecer apropriação de um resultado favorável, mas, mais cedo, logo após a derrota de Larissa/Talita, cheguei a tweetar no perfil do Primeiro Set: Àgatha/Bárbara poderiam fazer história. Diferente de Larissa/Talita, que carregavam o peso do favoritismo, a dupla podia entrar solta em quadra, como vinha acontecendo nas partidas anteriores. Mesmo jogando mais alegres, Àgatha/Babi não perderam o foco, jogando sempre com muita segurança e concentração.

Diante de tal feito, a pressão desta noite, dia da disputa pelo ouro, deve ser bem maior do que nos dias anteriores. Mas a fala de Bárbara à assessoria da CBV ao final da partida mostra o quanto o trabalho vem sendo consistente também no lado psicológico: "(..) Foi muito importante, histórico, mas temos que virar essa chave, nos prepararmos demais. As alemãs são um time muito perigoso. Não venceram nossa outra dupla brasileira, uma das mais fortes do mundo, por acaso."

No histórico dos duelos, Ludwig/Walkenhorst são superiores. Enquanto as alemãs venceram quatro partidas, as brasileiras só conseguiram um resultado positivo. Ou seja, vitória europeia e prata brasileira não será uma "amarelada" verde-amarela. No entanto, pela caminhada até aqui, Àgatha/Bárbara podem sim, 20 anos depois, dar o segundo ouro para vôlei de praia feminino.

Larissa/Talita disputam o bronze, contra Walsh/Ross. E aí vem a imprevisibilidade do esporte: para muitos, este seria o confronto pela medalha do ouro. Curiosamente, um destes dois times acabará em quarto lugar, sem nenhuma medalha.

Independente do resultado, vejo esse torneio olímpico como o mais incrível dos últimos tempos: as quatro duplas que lideram o ranking internacional chegaram às semifinais e brindaram o torcedor com muitos sentimentos: alegria, tristeza, incredulidade, encantamento. Os últimos capítulos dessa história começam às 23h desta quarta. Que os deuses olímpicos façam eles serem coloridos de verde-amarelo ;)

Segunda final de Alison e estreia de gala para Bruno "Mágico"

Embora Pedro Solberg/Evandro tenham ficado pelo caminho, numa "injustiça" olímpica, no meu humilde entendimento, o Brasil também se vê representado na decisão.

Depois de fazerem uma semifinal duríssima, de 2 sets a 1 (21/17, 21/23, 16/14), contra os holandeses Brouwer/Meeuwsen, Alison/Bruno Schmitd seguiram no que se previa. A partir de 23h59 desta quinta (18), disputam o ouro contra os italianos Nicolai/Lupo.

Curiosamente, Bruno "Mágico" Schmitd estreia em Olimpíadas já chegando à decisão olímpica, assim como acontecia com Alison "Mamute", há quatro anos, nos Jogos de Londres. Outra curiosidade: do alto de seus modestos 1,85m, o sobrinho de Oscar Schmitd pode, já de cara, conquistar a medalha que o tio não conseguiu em cinco participações olímpicas.

Diferente do feminino, longe das últimas duas decisões pelo ouro, o vôlei de praia masculino do Brasil mantém uma sequência de cinco finais consecutivas, iniciada em 2004, com Ricardo/Emanuel.

Por tudo que se viu em Copacabana desde o dia 6 de agosto, apontar favoritos é roleta-russa. Mas, como grande torcedora desses times brasileiros, não posso deixar de acreditar num duplo ouro verde-amarelo, algo inédito para o Brasil.

domingo, 10 de julho de 2016


Ouro em Gstaad foi o primeiro de Pedro/Evandro no Circuito Mundial 2016
Ouro em Gstaad foi o primeiro de Pedro/Evandro no Circuito Mundial 2016
No último torneio antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Brasil foi duplamente ouro no Major Series de Gstaad, na Suíça. E com duas conquistas sobre duplas dos Estados Unidos. No duelo feminino, Larissa/Talita levaram a melhor sobre Walsh/Ross, na decisão disputada neste sábado (9). Já Pedro Solberg/Evandro superaram Dalhausser/Lucena neste domingo (10).

Com os dois títulos, o Brasil garantiu, pela primeira vez na temporada, dois ouros em etapas disputadas fora do país. Áté então, o país havia conquistado uma dobradinha em Vitória, com Alison/Bruno Schmidt e Larissa/Talita, e outra em Fortaleza, com Duda/Elize Maia e Oscar/André Stein. 

Mostrando ampla superioridade, Larissa/Talita quase não encontraram dificuldades para vencer uma das duplas mais favoritas ao ouro no Rio de Janeiro. Ao final, 2 sets a 0 (21/18, 21/14) e 3 a 1 para o Brasil no confronto direto entre o time número 1 brasileiro contra o time número 1 norte-americano. Solberg/Evandro tiveram um primeiro set mais difícil contra Dalhausser/Lucena, finalizado em apenas 22/20, mas depois acabaram tendo uma parcial mais tranquila, 21/16, fechando o set e a partida, em 41 minutos. Agora a disputa entre os dois times está empatada com um triunfo para cada lado.

Alison/Bruno Schmitd, campeões do Major de Porec na última semana, foram derrotados por Álvaro Filho/Vitor Felipe nas oitavas de final, encerrando o torneio na 9ª colocação. Ágatha/Bárbara Seixas, segundo time feminino nos Jogos do Rio, abriram mão da etapa.

Os letões Smedins/Samoilovs e as alemãs Ludwig/Walkenhorst completaram os pódios.

Definição dos grupos olímpicos 

Ainda em Gstaad, foram definidos os seis grupos de cada naipe da competição.

Cabeça de chave 1, Larissa/ Talita estão no grupo A, ao lado das polonesas Brzostek/Kolosinka, das norte-americanas Fendrick/Sweat e de um país classificado pela repescagem mundial (Áustria, Rússia ou Ucrânia). Já Ágatha/Bárbara Seixas, cabeças de chave do grupo B, enfrentam as espanholas Liliana Fernandez/Elsa Baquerizo, as argentinas, atuais campeãs pan-americanas Ana Gallay e Georgina Klug e o segundo país classificado na repescagem mundial (China, Vanuatu ou República Tcheca).

Entre os homens, Alison/Bruno Schmidt terão pela frente os italianos Ranghieri/Carambula, os austríacos Doppler/Horst e um país classificado da repescagem mundial (Canadá, China ou Venezuela) no grupo A. Pedro/Evandro, cabeças de chave 4, enfrentarão no grupo D os letões Smedins/Samoilovs, os canadenses Saxton/Schalk e os cubanos Diaz/Gonzalez, naquele que deve ser o grupo mais difícil das duplas brasileiras na primeira fase da competição.

O brasileiro Jeferson, que defenderá o Catar, está no Grupo F, ao lado dos americanos Gibb/Patterson, dos espanhóis Herrera/Gavira e dos austríacos Huber/Seidl. Confira todos os grupos:

TORNEIO FEMININO

Grupo A
Larissa/Talita (BRA)
Brzostek/Kolosinka (POL)
Fendrick/Sweat (USA)
Repescagem Mundial - Áustria, Rússia ou Ucrânia

Grupo B
Ágatha/Bárbara Seixas (BRA)
Liliana Fernandez/Elsa Baquerizo (ESP)
Ana Gallay/ Georgina Klug (ARG)
Repescagem Mundial - China, Vanuatu ou República Tcheca

Grupo C
Walsh Jennings/Ross (EUA)
Forrer/Vergé-Dépré (SUI)
Wang/Yue (CHN)
Artacho Del Solar/Laird (AUS)

Grupo D
Ludwig/Walkenhorst (ALE)
Menegatti/Orsi Toth (ITA)
Broder/Valjas (CAN)
Elghobashy/Nada (EGI)

Grupo E
Pavan/Bansley (CAN)
Borger/Büthe (ALE)
Heidrich/Zumkehr (SUI)
Van Gestel/Van der Vlist (HOL)

Grupo F
Meppelink/Van Iersel (HOL)
Bawden/Clancy (AUS)
Alfaro/Charles (CRC)
Pazo/Agudo (VEN)

TORNEIO MASCULINO

Grupo A
Alison/Bruno Schmidt (BRA)
Ranghieri/Carambula (ITA)
Doppler/Horst (AUT)
Repescagem Mundial - Canadá, China ou Venezuela

Grupo B 
Brouwer/Meeuwsen (HOL)
Losiak/Kantor (POL)
Böckermann/Flüggen (ALE)
Repescagem Mundial - Bélgica, Rússia ou México

Grupo C
Lucena/Dalhausser (EUA)
Nicolai/Lupo (ITA)
Virgen/Ontiveros (MEX)
Naceur/Belhaj (TUN)

Grupo D
Pedro Solberg/Evandro (BRA)
Samoilovs/Smedins (LET)
Saxton/Schalk (CAN)
Diaz/Gonzalez (CUB)

Grupo E
Nummerdor/Varenhorst (HOL)
Semenov/Krasilnikov (RUS)
Fijalek/Prudel (POL)
Marco Grimalt/Esteban Grimalt (CHI)

Grupo F
Gibb/Patterson (EUA)
Herrera/Gavira (ESP)
Huber/Seidl (AUT)
Jefferson/Cherif (QAT)

PS: No fim de semana perfeito para o vôlei do Brasil, a seleção feminina garantiu também mais um título para a modalidade, ao vencer os Estados Unidos por 3 sets a 2. Com isso, o país chegou ao 11º título da competição, aumentando ainda mais a distância para as americanas, que seguem com seis conquistas.


domingo, 19 de junho de 2016

Ouro, dupla da Letônia teve dupla do Brasil em ambos os lados do pódio
Ouro, dupla da Letônia teve dupla do Brasil em ambos os lados do pódio
Duas derrotas na decisão, duas pratas e mais uma vitória alemã diante do Brasil no vôlei de praia. Assim pode ser resumido o Grand Slam de Olsztyn, disputado esta semana na Polônia. Com dois revezes, contra Ludwig/Walkenhorst e Smedins/Samoilovs, respectivamente, Larissa/Talita e Alison/Bruno Schmitd, times "número 1" do Brasil nos Jogos Olímpicos, desperdiçaram a chance de garantir o ouro verde-amarelo.

Na decisão feminina, disputada neste sábado (18), Larissa/Talita acabaram superadas no tie-break pelas germânicas (18/21, 21/15, 10/15), campeãs das últimas duas etapas de Circuito Mundial: na semana passada, no Major Series de Hamburgo, venceram Àgatha/Bárbara Seixas, também no tie-break.

Enquanto o ouro feminino foi definido no tie-break, os letões Smedins/Samoilovs tiveram menos dificuldade para bater os brasileiros. Na decisão deste domingo, conseguiram expressiva vitória, com parciais de 21/19 e 21/15, sobre Alison/Bruno, time número 1 do Brasil e do ranking olímpico.

Duda/Elize Maia e Guto/Saymon, promessas para os próximos ciclos olímpicos, foram bem novamente. Na disputa pelo bronze, a jovem dupla masculina venceu os experientes americanos
Gibb/Patterson, por 2 sets a 1 (21-15, 19-21, 15-11), saindo do qualificatório para o pódio da etapa. Duda/Elize quase seguiram pelo mesmo caminho. No entanto, na partida que valia o bronze, perderam para Dubovcova/Nestarcova, da Eslováquia, numa semifinal bastante surpreendente para os dois times.

Àgatha/Bárbara Seixas, vice-campeãs na semana passada, foram eliminadas nas oitavas de final, pelas suíças Betschart/Hüberli, e terminaram em 9º. Juliana, lesionada, e Taiana desistiram do jogo da repescagem e encerraram a participação em 17º, mesma colocação obtida por Lili/Maria Elisa. Pelo naipe masculino, Pedro Solberg/Evandro, eliminados por Guto/Saymon, e Álvaro Filho/Vítor Felipe terminaram em 5º. Ricardo/André Estein foram 17º.

As duplas do Brasil têm agora uma semana de folga e voltam às disputas no dia 28 de junho, no Major de Porec, na Croácia. Depois, devem disputar a etapa de Gstaad, na Suíça, a partir de 5 de julho, provavelmente a última dos times antes dos Jogos Olímpicos. Confira aqui o calendário.

Evidente que há 47 dias para os Jogos, a preparação final para a Olimpíada seja muito mais importante do que o resultado no tour internacional. No entanto, a vitória de Alemanha e Letônia em Olsztyn não foi mero acaso. Tal como escrevi na última segunda-feira (13), Ludwig/Walkenhorst e Smedins/Samoilovs;estão nas minhas;apostas pessoais como candidatos a medalhas no Rio.

Que joguem tudo agora e que o Brasil acumule gordura para Copacabana ;)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Mesmo entre melhores do ranking internacional, duplas do Brasil já tinham vaga garantida
Mesmo entre melhores do ranking internacional, brasileiros já tinham vaga garantida
Um dia após o fechamento do ranking olímpico, encerrado neste domingo, com o Major Series de Hamburgo, que somou pontos para a disputa dos Jogos Rio 2016, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou a lista das 15 duplas, masculinas e femininas, classificadas através deste critério. Outras 14 vagas, sete em cada naipe, serão definidas através de torneios continentais e uma última competição a nível mundial.

Os times mais fortes, no entanto, são estes 15 anunciados nesta segunda, pelo menos em teoria. A relação das 24 parcerias saíra após o Qualificatório Final, que acontecerá entre os dias 6 e 10 de julho, na Rússia.

Destes nomes, vale destacar Ludwig/Walkenhorst, alemãs atuais campeãs europeias, que melhoraram muito o volume de jogo nos últimos anos. A americanas Walsh, tricampeã olímpica, e Ross, prata em Londres 2012, dispensam comentários. Depois de abandonar o vôlei de quadra e o time do Rexona, comandado por Bernardinho, Sarah Pavan migrou para o vôlei de praia, garantindo a vaga "número 1" do Canadá, que também pode dar trabalho. Depois de derrotarem Lilli/Carol Horta na decisão do Pan de Toronto, as argentinas americanas Gallay/Klug também surpreenderam, entram na lista e não deixam de ser um risco.

Já entre os homens, além dos times norte-americanos, tradicionalmente muito fortes, a Holanda é o país de destaque, colocando os campeões do Campeonato Mundial 2013 Brouwer/Meeuwsen e Nummerdor/Varenhorst, vice em 2015, entre os primeiros da lista. Os letões Smedins, bronze em Londres, e Samoilovs, campeões do evento-teste no Rio ano passado, são minhas apostas pessoais. Os mexicanos Virgen/Ontiveros, campeões pan-americanos ano passado, em cima de Álvaro Filho/Vítor Felipe, lutaram até o fim, conquistaram a última vaga e, assim como as argentinas, podem oferecer algum sufoco.

Muito forte nas duas Olimpíadas, desta vez a China só conseguiu uma vaga, com Wang/Yue, que não têm a mesma força que Xi/Xue, bronze em Pequim e quarto lugar em Londres, derrotadas com muita dificuldade por Juliana/Larissa, por exemplo.

Vale lembrar que Alison/Bruno Schmitd e Àgatha/Bárbara Seixas, atuais campeões do Campeonato Mundial, já tinham a vaga assegurada. Larissa/Talita e Pedro Solberg/Evandro foram convocados pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no fim do ano passado, como ocupantes das vagas destinadas ao país-sede da Olimpíada.

Até os Jogos, voltamos a discutir detalhadamente a lista. Confira a relação dos times classificados:

Feminino
1) Kerri Walsh/April Ross (EUA)
2) Laura Ludwig/Kira Walkenhorst (ALE)
3) Sarah Pavan/Heather Bansley (CAN)
4) Madelein Meppelink/Marleen Van Iersel (HOL)
5) Louise Bawden/Taliqua Clancy (AUS)
6) Marta Menegatti/Viktoria Orsi Toth (ITA)
7) Karla Borger/Britta Buthe (ALE)
8) Liliana Fernandez/Elsa Baquerizo (ESP)
9) Kinga Kolosinska/Monika Brzostek (POL)
10) Isabelle Forrer / Anouk Verge-Depre (SUI)
11) Jamie Broder / Kristina Valjas (CAN)
12) Joana Heidrich / Nadine Zumkehr (SUI)
13) Lauren Fendrick / Brooke Sweat (EUA)
14) Ana Gallay / Georgina Klug (ARG)
15) Fan Wang / Yuan Yue (CHN)
16) Egito - Copa Continental da África
17) Copa Continental da Europa
18) Copa Continental da NORCECA
19) Copa Continental da Ásia
20) Copa Continental da América do Sul
21) Copa Continental Final Mundo
22) Copa Continental Final Mundo
23) Ágatha/Bárbara Seixas (BRA) - campeãs do Campeonato Mundial
24) Larissa/Talita (BRA) - país-sede

Masculino
1) Alexander Brouwer/Robert Meeuwsen (HOL)
2) Nick Lucena/ Phil Dalhausser (EUA)
3) Reinder Nummerdor/Christiaan Varenhorst (HOL)
4) Jake Gibb/Casey Patterson (EUA)
5) Pablo Herrera/Adrian Gavira (ESP)
6) Aleksandrs Samoilovs/Janis Smedins (LET)
7) Konstantin Semenov/Viacheslav Krasilnikov (RUS)
8) Paolo Nicolai/Daniele Lupo (ITA)
9) Bartosz Losiak/Piotr Kantor (POL)
10) Alex Ranghieri/Adrian Carambula (ITA)
11) Clemens Doppler/Alexander Horst (AUS)
12) Grzegorz Fijalek/Mariusz Prudel (POL)
13) Markus Bockermann/Lars Fluggen (ALE)
14) Chaim Schalk/Ben Saxton (CAN)
15) Juan Virgen/Lombardo Ontiveros (MEX)
16) Copa Continental África
17) Copa Continental da Europa
18) Copa Continetal da NORCECA
19) Copa Continental da América do Sul
20) Copa Continental da Ásia
21) Copa Continental Final Mundo
22) Copa Continental Final Mundo
23) Alison/Bruno Schmidt (BRA) - Campeões do Campeonato Mundial
24) Evandro/Pedro Solberg (BRA) - país-sede

domingo, 12 de junho de 2016

Mesmo sem medalha no Major Series de Hamburgo, Alison/Bruno terminaram corrida olímpica na liderança do ranking
Mesmo sem medalha, dupla termina corrida olímpica na liderança do ranking
Depois da prata e do bronze conquistado pelos times feminino do Brasil ontem, Alison/Bruno Schmitd não conseguiram colocar o país no pódio também entre os homens no Major Series de Hamburgo.

Única dupla ainda viva na etapa, Alison/Bruno começaram o domingo (12) jogando as semifinais contra os norte-americanos Lucena/Dalhausser, que acabaram vencendo os brasileiros por 2 sets a 0 (21/16, 21/15), em 35 minutos de partida. Mais tarde, na disputa pelo bronze, a dupla brasileira acabou tomando a virada dos russos Semenov/Krasilnikov (15/21, 22/20, 15/10).

Na grande decisão, os norte-americanos Lucena/Dalhausser fizeram um duríssimo primeiro set , finalizado em 29/27, contra os holandeses Brouwer/Meeuwsen. Em uma segunda parcial bem mais tranquila, 21/12, acabaram fechando o jogo e conquistando o ouro.

Mesmo com a quarta colocação, o time "número 1" do Brasil terminou o ranking olímpico na liderança, justamente à frente de alemãs e holandeses, donos da segunda e terceira colocação, respectivamente. Com isso, serão cabeças de chave nos Jogos Rio 2016.

Pedro Solberg/Evandro, 9º em Hamburgo, aparecem na quarta colocação do ranking para os Jogos, finalizado justamente em Hamburgo. e também devem ser líderes de chave.

Guto/Saymon e Álvaro Filho/Vítor Felipe, fora das Olimpíadas, terminaram o Major alemão em 17º. Assim como na etapa de Moscou, Ricardo/André Stein não conseguiram avançar à fase de grupos, encerrando a competição na 25ª colocação.

Já a partir de terça-feira, as disputas recomeçam com o Grand Slam de Olsztyn, na Polônia. Até os Jogos do Rio, serão mais três etapas para acertar os detalhes para chegar bem em Copacabana, em agosto.

sábado, 11 de junho de 2016

Alemãs comemoraram título em casa, e brasileiras completaram o pódio em Hamburgo
Alemãs venceram em casa, e brasileiras completaram pódio
O vôlei de praia feminino do Brasil terminou com prata e bronze no Major Series de Hamburgo, primeiro de uma série de quatro torneios do gênero da temporada, e última competição a contar pontos para os Jogos Rio 2016.

Em possíveis cruzamentos olímpicos, Àgatha/Bárbara Seixas venceram as compatriotas Larissa/Talita nas semifinais do torneio, mas acabaram derrotadas na sequência pelas alemãs Ludwig/Walkenhorst por 2 sets a 1 (21/19, 19/21 e 15/12) na grande decisão da etapa alemã.

Empurradas por cerca de quase 13 mil torcedores, que encheram a arena de tênis adaptada para o vôlei de praia, e contando com a excelente atuação de Laura Ludwig, o ouro germânico foi conquistado com méritos. Enquanto a defesa do time europeu funcionou em boa parte da partida, Àgatha e Bárbara tiveram dificuldades em segurar o forte ataque adversário.

Na disputa pelo bronze, Larissa/Talita venceram com muita propriedade. Superiores em toda a partida, venceram Walsh/Ross por 2 seta 0 (21/15, 21/17), em apenas 32 minutos.

Quatro primeiras colocadas da corrida olímpica, e possivelmente cabeças de chave em seus respectivos grupos, Larissa/Talita, Walsh/Ross, Àgatha/Bárbara e Ludwig/Walkenhorst têm tudo para se encontrarem nos cruzamentos decisivos nas Olimpíadas.

A 56 dias dos jogos, muito mais do que o ouro, o torneio de Hamburgo serviu para mostrar que os dois times brasileiros estão bem.

Mesmo que Larissa/Talita tenham um favoritismo maior, Àgatha/Bárbara apresentaram hoje talvez um voleibol semelhante ao jogado no Campeonato Mundial do ano passado, quando foram ouro. Neste ritmo, a chance de vê-las na decisão olímpica aumenta, e muito. Vale lembrar que o critério olímpico dos últimos anos deve se manter, obrigando que, caso duas duplas de mesmo país cheguem às semifinais, haja um cruzamento de compatriotas, impedindo uma decisão nacional.

E se o nível apresentado no Rio for o mesmo que viu-se hoje na Alemanha, com certeza teremos um belíssimo torneio olímpico.

Antes dos Jogos, os times ainda têm pela frente mais três competições: Grand Slam de Olsztyn, já na próxima semana, e Majors de Porec e Gstaad, em julho. Serão cerca de 30 dias de mais possíveis prévias do que podemos ter por aqui.

Neste domingo, o torneio alemão se encerra com as decisões masculinas. Alison/Bruno Schmitd são os únicos brasileiros ainda com chance de medalhas. Pela manhã, eles enfrentam os americanos Lucena/Dalhausser nas semifinais. Caso vençam, encaram Rússia ou Holanda na briga pelo ouro.


terça-feira, 19 de abril de 2016

Uniformes vestirão atletas do indoor e do vôlei de praia, além da equipe técnica
Uniformes vestirão atletas do indoor e do vôlei de praia, além da equipe técnica
Foram apresentados nesta terça-feira (16), no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema (RJ), os novos uniformes do vôlei brasileiro, tanto para as equipes de quadra quanto para as duplas do vôlei de praia.

Se o estilo monocromático foi a tônica a partir do Pan de Guadalajara, a proposta das novas roupas seguirá um caminho bem contrário nos Jogos do Rio de Janeiro.

Abusando de tons bem mais fortes e com muito colorido, os novos uniformes foram concebidos, segundo Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e Olympikus, fornecedora do material, "a partir do conceito do Big Bang, representando a explosão gerada a partir da união dos atletas brasileiros"

Além das cores, a volta das mangas na camisa masculina também chamou a atenção. Os materiais utilizados na fabricação, poliamida com elastano, no entanto, ajudariam a dar maior liberdade aos movimentos, facilitar a transpiração e proporcionar uma secagem mais rápida.

Segundo Àgatha, os atletas puderam participar do processo criativo. "Sugerimos ideias e sempre dissemos que seria interessante termos as cores da nossa bandeira, traz uma energia muito boa. Além disso, o material é confortável e leve, o que é muito importante em todos os esportes, ainda mais no vôlei de praia", disse durante a apresentação.

Este é o 19º ano de parceria entre CBV e Olympikus, que também já conceberam uma proposta um tanto quanto inovadora para o Pan 2007 e para as Olimpíadas de Pequim. Naquela oportunidade, o degradê marcou o primeiro ouro da história da seleção feminina de quadra.

Todas as imagens disponibilizadas pela CBV podem ser conferidas na Fanpage do Primeiro Set.

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV


domingo, 21 de fevereiro de 2016

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Em apenas dois torneios jogando juntas, Juliana/Taiana chegaram ao primeiro título da dupla. Na decisão deste domingo (21), válida pela sétima etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, as novas parceiras derrotaram Neide/Rebecca de virada, por 2 sets a 1 (19/21, 21/15 e 15/10), na Praia do Forte, em Natal, cidade onde Juliana viveu por cerca de 13 anos.

Com o apoio da torcida, a dupla formada pela santista e pela cearense venceram todos os cinco jogos disputados em solo potiguar, quatro deles por 2 sets a 0.

A única parcial perdida foi justamente para Neide/Rebecca, ambas mães, ainda em processo de retorno às quadras. Figurando entre os destaques da temporada 2012, quando atuou ao lado de Lilli, aos poucos Rebecca vai retornando ao bom voleibol apresentado, mesmo ainda um pouco aquém de sua forma física.

Agora atuando ao lado de Maria Elisa, Lili também se destacou, terminando com o bronze. Na disputa pelo terceiro lugar, vitória sobre Duda/Elize Maia, também por 2 sets a 1 (21/18, 17/21 e 15/11).

Visando a preparação olímpica, Larissa/Talita e Àgatha/Bárbara Seixas não disputaram a etapa. Mesmo assim, o ranking nacional segue sob a liderança de Larissa/Talita, com 2.320 pontos, contra 2.020 de Duda/Elize.

Sem se poupar, Alison/Bruno Schmitd vencem mais uma
Diferente das duas principais duplas femininas, que abriram mão da etapa potiguar, assim como Pedro Solberg/Evandro, Alison/Bruno foi a única dupla olímpica presente em Natal.

Participação que terminou com vitória e título. Destaque para o primeiro set da decisão, disputada contra Leo Gomes/Bernard, estreantes em finais do circuito nacional: depois de correr atrás de três set points, Alison "mamute" e Bruno "mágico" só conseguiram fechar a parcial com um surpreendente 37x35. No set seguinte, a dupla campeã mundial teve menos dificuldade, fez 21x17, encerrando o set e o jogo.

Com a conquista desde domingo, Alison/Bruno seguem na liderança do ranking brasileiro, com 2.280 pontos. Guto/Saymon, que venceram Bruno/Hevaldo por 2 sets a 0 na disputa do bronze (23/21, 21/17), aparecem na sequência, com 2.080 pontos.

A oitava e derradeira etapa do Circuito Banco do Brasil acontece em Fortaleza, entre os dias 22 e 24 de abril. Antes disso, o país recebe três etapas do Circuito Mundial. A primeira acontece em Maceió, já a partir da próxima terça (23). Confira o calendário completo aqui.

Brasileiro campeão da primeira etapa do tour mundial
Mesmo sem nenhuma dupla brasileira na disputa do Open de Kish Island, no Irã, etapa que iniciou as disputas do Circuito Mundial em 2016, o Brasil garantiu a medalha de ouro. Com naturalização pelo Catar, o carioca Jefferson foi campeão do torneio ao lado do parceiro Cherif.

A conquista veio após vitória sobre os russos Stoyanovskiy/Yarzutkin por 2 sets a 1 (13-21, 21-14, 12-15). Esta foi a primeira etapa mundial de vôlei de praia no Irã e não contou com a disputa pelo naipe feminino. As mulheres, inclusive, foram proibidas de acompanhar os jogos masculinos.

Antes da naturalização, Jefferson se destacou ao lado de Evandro. Um dos grandes resultados da parceria foi a vitória dos sobre Alison/Emanuel, na etapa de Búzios, em 2012. O brasileiro pleiteia uma vaga nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Vizinha de Copacabana, Niterói recebe retomada das competições
"Vizinha" de Copacabana, Niterói recebe retomada das competições
A partir desta sexta-feira (28) o tão sonhado - e aclamado - ano olímpico começa efetivamente para o vôlei de praia brasileiro. A primeira competição do ano, válida pela temporada 2015/16 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, será disputada na Praia de Icaraí, em Niterói.

Chegando à sexta etapa, de um total de oito, a disputa nacional tem como líderes as duplas olímpicas Alison/Bruno Schmitd e Larissa/Talita, com 1.560 e 1.920 pontos, respectivamente. Na segunda colocação de cada um dos naipes aparecem Guto/Saymon, a apenas 40 pontos de Alison/Bruno, e Duda/Elize Maia, que somam 1.560 pontos.

Além de definir os campeões da temporada, e servir de aquecimento para as etapas do Circuito Mundial, as próximas etapas brasileiras também marcam o início de novas parcerias. Já distantes das Olimpíadas, Juliana e Maria Elisa, parceiras nos últimos três anos, passam a ser concorrentes: enquanto Ju fará dupla com Taiana, Maria Elisa agora será parceira de Lili.Carol Horta, que fazia dupla com Lili, por sua vez, jogará ao lado da jovem Ana Patrícia.

Entre os homens, Thiago/Pedro Cunha, disputam o segundo torneio de retorno da dupla, campeã brasileira em 2010, que voltou às atividades em Bauru, no fim de 2015.

As baixas do torneio são Àgatha/Bárbara Seixas e Pedro Solberg/Evandro, que resolveram estender a pré-temporada. Confira abaixo a relação de todas as duplas participantes:

Masculino: Alison/Bruno Schmidt, Guto/Saymon e Thiago/Pedro Cunha o torneio masculino terá as duplas formadas por Hevaldo/Bruno, Luciano/Márcio Araújo, Ricardo/Emanuel, Álvaro Filho/Vitor Felipe, Allison Francioni/Vinícius, Jô/George, Oscar/André Stein, Eduardo Davi/Arthur Lanci, Léo Gomes/Bernat, Marcus/Léo Vieira, Bernardo Lima/Rodrigo Saunders, Benjamin/Daniel Souza, Anderson Melo/Nilton.

Feminino: Larissa/Talita, Duda/Elize Maia, Juliana/Taiana, Lili/Maria Elisa, Val/Josi, Rachel/Ângela, Izabel/Camila, Thati/Renata, Neide/Rebecca, Ana Patrícia/Carol Horta, Andrezza/Naiana, Tainá/Andressa, Danielle/Érica Freitas, Flávia/Amanda, Pauline/Fernanda Nunes e Bruna/Semírames.

Todos os jogos da quadra central terão transmissão pelo site da CBV e, as decisões, que acontecerão na manhã de domingo, serão televisionadas pelo Sportv.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Competição, que será disputada em Copacabana, é grande aposta brasileira
O vôlei de praia viveu um 2015 espetacular. No mesmo ano, as duplas brasileiras, masculinas e femininas, foram campeãs do Circuito Mundial, da Copa do Mundo - torneio que só perde para as Olimpíadas em termos de importância - e do Word Tour Finais, que reuniu as melhores equipes do ano ao término da temporada internacional. 

Por tudo isso, a modalidade se credencia como forte candidata aos ouros dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. No feminino, Larissa/Talita formam o super time, considerado por muitos o melhor da atualidade. Com maior pontuação entre as duplas nacionais no Circuito Mundial em 2015, foram o primeiro time do país a garantir classificação matemática para as Olimpíadas, ainda na etapa da Polônia. Com três participações olímpicas cada, as atletas têm ampla bagagem na principal competição esportiva do planeta. 

Àgatha/Bárbara Seixas, atuais campeãs do tour internacional e da Copa do Mundo, foram a grande surpresa da temporada passada. Na disputa pela segunda vaga olímpica, e até então com somente um ouro em etapas mundiais até 2014, voaram em 2015. Venceram títulos que, na teoria, eram dados como certos para Larissa/Talita, e não tiveram como deixar de ser convocadas pela CBV para defender o Brasil em 2016.

Entre os homens, Alison superou duas forçadas paradas das areias - a primeira por conta de uma lesão no joelho e a segunda devido à retirada do apêndice - e Bruno Schmitd viveu o grande ano de sua carreira, sendo eleito pela FIVB o melhor atleta da modalidade, mesmo com 1,85m, tamanho bem aquém dos padrões de seus adversários. Campeões da Copa do Mundo, do Circuito Mundial e do Word Tour Finais, assim como Larissa/Talita, lideraram a corrida olímpica e se garantiram nas areias de Copacabana pela pontuação conquistada.

E por fim, mesmo no "improviso", Pedro Solberg/Evandro conseguiram o encaixe perfeito. Bloqueador de ofício, o filho da ex-jogadora Isabel aceitou fazer o papel de defensor e junto com o parceiro de 2,10m forma o poderoso segundo time masculino do país. Bronze na Copa do Mundo e vice-campeões da temporada mundial, acabaram desbancando os lendários Ricardo/Emanuel no preenchimento da segunda vaga brasileira em 2016.

Quatro times que não conquistaram títulos e medalhas por acaso. Quatro times muito fortes, que, jogando em casa, contarão com o apoio da torcida brasileira, que, teoricamente, deve ser um baita ponto positivo.

Mas quatro times que viverão toda a pressão de carregar as cores do país-sede das Olimpíadas. Pressão que deve partir da imprensa, do torcedor, dos familiares, dos patrocinadores e de toda uma cultura contemplativa ao ouro, única medalha admissível para brasileiros.

Se conquistarem o título, 20 anos após a inserção do vôlei de praia como modalidade olímpica, podem garantir o feito inédito de ver a bandeira brasileira tremular no alto do pódio, nos dois naipes, numa mesma edição de Jogos. Até então, os americanos Todd Rogers/Phil Dalhausser e Kerri Walsh/Misty May são os únicos responsáveis pelo feito, na Olimpíada de Pequim 2008.

Vencendo, o vôlei de praia feminino do Brasil conquista seu segundo ouro na história da competição, justamente 20 anos após o título de Jacqueline/Sandra. Já entre os homens, também poderemos chegar ao bi-campeonato, 12 anos após Ricardo/Emanuel serem ouro em Atenas 2004.

Caso tudo corra dentro do esperado, a vôlei de praia, somando ao de quadra, pode seguir lutando medalha a medalha contra o judô, como uma das modalidades que mais oferece ouro ao Brasil em Olimpíadas. Mas, caso algo saia do controle, pode ser também uma das grandes decepções dos "apostadores olímpicos".

Restando oito meses, muitas etapas e bastante treinamentos pela frente, ainda é difícil prever se a modalidade será mocinha ou vilã em 2016. Com um caminho aparentemente fácil pela frente, as medalhas podem vir naturalmente. Como a carruagem também pode se transformar em abóbora ao longo da história. Até lá, vamos discutindo, detalhe por detalhe, etapa por etapa, qual será o possível desfecho dessa trajetória.

Bem-vindo, 2016! Chegue bem, fique bem e - tomara - que termine bem! 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Para quem tinha que se contentar com apenas uma etapa de Circuito Mundial de Vôlei de Praia por temporada, 2016 será um ano totalmente atípico. Pelo calendário extra-oficial divulgado pela Federação Internacional de Vôlei de Praia (FIVB), serão seis etapas verde-amarelas na relação dos 28 eventos internacionais realizados ao longo do ano.

Vitória abre o ano para os atletas, já entre os dias 26 e 31 de janeiro. No mês seguinte, Maceió sedia o tour, entre os dias 23 e 28 de fevereiro.

Em março, Copacabana receberá o primeiro Grand Slam da temporada, que deve ser mais um teste para os Jogos Olímpicos. A etapa vai do dia 8 ao dia 13.

Fortaleza, berço de atletas olímpicos, como Shelda e Márcio, além de ser centro de treinamento para a dupla Talita/Larissa, será a capital internacional do vôlei de praia entre 26 a 30 de abril.

Dias antes das Olimpíadas, Cabo Frio, na Região dos Lagos, sediará o Mundial Sub-17, entre os dias 12 e 17 de julho.

E entre os dias 5 e 21 de agosto, Copacabana ganha todos os holofotes para a disputa das sonhadas medalhas olímpicas.

Ao todo, serão seis Grand Slams, três Major Series, 11 Opens com masculino e feminino, três Opens para um único naipe, além do World Tour Finals, torneio de encerramento da temporada, com as melhores duplas do ranking.

Mais próximo de casa e de seus respectivos centros de treinamento, até mesmo o calendário pode conspirar para um 2016 histórico. Confira a relação de todas as etapas, que, conforme a FIVB, ainda devem ser confirmadas oficialmente no fim de outubro. Clique aqui para ver a imagem ampliada.


domingo, 4 de outubro de 2015

Brasileiros comemoram participação no pódio americano
No primeiro compromisso internacional das duplas brasileiras 100% definidas para as Olimpíadas Rio 2016, o Brasil obteve um resultado muito satisfatório em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos. Pelo World Tour Finals, evento que reuniu as melhores oito duplas de vôlei de praia da temporada, além de duas convidadas, todas as quatro parcerias verde-amarelas estiveram no pódio.

Talita/Larissa mantiveram o ritmo avassalador. Não deram chances para as alemãs Ludwig/Walkenhorst e chegaram ao sétimo ouro da temporada, o sexto consecutivo, ao bater as germânicas por 2 sets a 0 (21/17 e 21/18) na tarde deste domingo (4).

Àgatha/Bárbara Seixas, derrotadas justamente pelas europeias neste sábado, se recuperaram, venceram as canadenses Bansley/Pavan por 2 sets a 1 (22/20, 14/21 e 15/10) e terminaram com o bronze.

Entre os homens, mesmo jogando na casa dos adversários e com toda a torcida contra, Alison/Bruno Schmitd não tomaram conhecimento dos norte-americanos Dalhausser/Lucena. Vitória por 2 sets a 0, com parciais de 21/13 e 21/15. Com mais um ouro, os atuais campeões mundiais encerram o ano com seis títulos no tour 2015.

Também em grande atuação, Pedro Solberg/Evandro superaram os holandeses vencedores do Campeonato Mundial em 2013 Brouwer/Meeuwsen, também sem perder sets (21/19 e 21/14).

Para quem vê em todos os torneios que antecedem as Olimpíadas 2016 uma perspectiva do que pode ser nos Jogos, o ouro e o bronze, diante das melhores duplas da temporada, é mais um bom sinal do que podemos ter em Copacabana.

O grand finale da excelente temporada brasileira será com a confirmação do título do Circuito Mundial para Alison/Bruno Schmitd e Àgatha/Bárbara Seixas, líderes do ranking de seus respectivos naipes. Solberg/Evandro e Talita/Larissa fecharão o ano na segunda colocação geral.

É reconhecer o ótimo trabalho 2015 e torcer para que 2016 prossiga na mesma batida.

Foto: Divulgação/FIVB

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Ouro e prata para o Brasil foi o ponto alto da etapa carioca (Foto: FIVB)
Se o Brasil deseja medalhas para as duplas brasileiras, boa estrutura e arquibancadas lotadas nas Olimpíadas Rio 2016, podemos dizer que a etapa Open Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, válida como evento-teste para as Olimpíadas Rio 2016, foi praticamente tudo aquilo se projeta para o próximo ano.

Salvo algumas questões, como uma final masculina entre Alemanha e Letônia, algo bem fora da meta em função do bom momento vivido por Alison/Bruno Shcmitd e por um início de temporada muito forte de Pedro Solberg/Evandro. Em 4º e 9º lugar, respectivamente, as duplas foram elimanadas por brasileiros que também projetam os Jogos Olímpicos, mas somente para 2020.

Surpreendentemente, Guto/Saymon, de 22 e 21 anos, e com cerca de dois meses de formação, foram o Brasil no pódio. Os garotos, que já haviam vencido Alison/Bruno na final da primeira etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Brasília, eliminaram Solberg/Evandro nas oitavas e não se intimidaram na partida que definiu o bronze.

A dupla só não conseguiu bater os fortíssimos Smedins/Samoilovs, que venceram a etapa e que são uma das minhas grandes apostas para o pódio olímpico do próximo ano.

Ricardo/Emanuel encerraram a série de etapas classificatórias sem chegar em um único pódio. Em Copacabana, terminaram em 9º e só terão a vaga olímpica caso a CBV utilize um critério muito duvidoso na escolha do segundo time brasileiro.

Ouro e prata, tal como em 1996

Se entre os homens o script foi um pouco diferente do que se busca para 2016, no feminino tudo aconteceu como se espera.

Talita/Larissa confirmaram o favoritismo e chegaram ao sexto título em oito etapas mundiais disputadas pela dupla este ano. Àgatha/Bárbara Seixas, que, segundo elas próprias, jogaram acreditando ser a segunda parceria representante do Brasil nos Jogos, também tiveram desempenho dentro do imaginado.

Em uma final muito equilibrada, cujo primeiro set só foi terminado em 32 a 30, ficou provado de que os times são os dois melhores do cenário atual da modalidade.

Caso seja permitida pelos organizadores, a decisão 100% brasileira é sim uma chance real.

Juliana/Maria Elisa, derrotadas pelas holandesas Meppelink/Val Iersel na decisão do bronze, deram declarações aceitando a condição de terceira dupla do país. No entanto, Juliana lembrou do episódio envolvendo ela mesmo em Pequim 2008, quando a pouco mais de dois meses para as Olimpíadas, uma lesão mudou completamente o rumo da competição. Por este raciocínio, sua participação em 2016 somente seria possível em um eventual problema físico de Larissa/Talita e Àgatha/Bárbara.

Walsh, que vem sofrendo com um problema no ombro, seguiu sacando por baixo durante as partidas, e novamente ficou abaixo do seu potencial, obtendo um modesto 9º lugar.

Fora das quadras

Criticado pela maioria dos jogadores, a tabela de sábado, com jogos das oitavas, quartas de finais e semifinais disputados entre 8h e 17h, não será parâmetro para 2016, quando cada partida será em um dia diferente.

Em termos de arquibancadas, que comportou cerca de 2.500 espectadores, a realidade também será outra, com aproximadamente 12 mil presentes a cada jogo.

De forma geral, excluindo as colocações masculinas, que também não serve de parâmetro, o evento foi aprovado e se aproxima do que todos querem ver nas areias de Copacabana do próximo ano.

domingo, 30 de agosto de 2015

Na próxima terça-feira (2) será realizada na Praia de Copacabana, a etapa Open do Rio de Janeiro, válida pela temporada 2015 do Circuito Mundial de vôlei de Praia. A competição será a última no somatório de pontos das duplas brasileiras para as Olimpíadas e servirá como evento-teste para os Jogos 2016.

E através de uma parceria com a Olympikus, o Primeiro Set sorteará um kit, com top ou camiseta oficial da etapa, para os fãs do blog no Facebook.

Os interessados devem ser fãs da página, compartilhar a imagem em modo público, acessar o aplicativo Sortei.me e clicar em "quero participar".

O sorteio será realizado no domingo (6). A entrega será feita via Correios, pela Olympikus. Para demais dúvidas, consulte o regulamento completo da promoção, disponível da FanPage.

Neste final de semana, Alison/Bruno Shcmitd e Talita/Larissa conquistaram as primeiras vagas olímpicas do Brasil para as Olimpíadas.

A segunda dupla de cada naipe será definida pela CBV. As campeãs mundiais Àgatha/Bárbara Seixas, as atuais campeãs do Circuito Mundial Juliana/Maria Elisa, além de Pedro Solberg/Evandro, campeões do Desafio Brasil x Estados Unidos, disputado em fevereiro, em Copacabana, e os campeões olímpicos Ricardo/Emanuel estão na briga.

Curtam, compartilhem, participem em boa sorte!

E que a etapa carioca seja um sucesso!
Além da vaga, duplas foram ouro na Polônia (Fotos: FIVB)
Em pouco mais de um ano, eles conquistaram o objetivo traçado: garantir a vaga nas Olimpíadas Rio 2016. Com os resultados da oitava e penúltima etapa classificatória brasileira para os Jogos, o Grand Slam de Olsztyn, na Polônia, Larissa/Talita e Alison/Bruno Schmitd garantiram antecipadamente a pontuação que dá a eles a liderança da corrida olímpica e a classificação assegurada.

Na sexta-feira(28), com a vitória sobre as canadenses Valjas/Broder por 2 sets a 0 (21/16 e 21/15), Larissa/Talita chegaram aos 4.600 pontos, pontuação impossível de ser alcançada por Ágatha/Bárbara Seixas, única parceria que ainda tinha chances matemáticas de alcança-las.

Já garantidas em 2016, a dupla encerrou a passagem pela Polônia com o ouro, após derrotarem as holandesas Meppelink/Van Iersel por 2 sets a 0 (21/12, 25/23), no dia do aniversário de Talita.

Aos 33 anos, a sul-mato-grossense disputará sua terceira Olimpíada. Diferente dos últimos ciclos olímpicos, desta vez classificou-se como primeira dupla do Brasil e também pela primeira vez vê como reais as chances ao ouro. Aos 34, que serão completados em abril, Larissa também passará a somar três participações olímpicas no currículo. Bronze em Londres, e sempre tida como favorita ao título, poderá enfim confirmar as previsões.

"Mamute" de novo e Bruno Schmitd debutando

Emplacando uma série de cinco torneios vencidos consecutivamente, Alison/Bruno Schmitd, que passaram a jogar juntos no início de 2014, também precisaram de pouco mais de um ano para chegar ao objetivo.

Assim como Talita/Larissa, a vitória nas quartas, sobre os letões Smedins/Samoilovs por 2 sets a 0 (21/12, 21/19) deu a eles a classificação matemática.

Sem perder a batida, a dupla chegou até a decisão de Olsztyn, vencendo os norte-americanos Gibb/Patterson por 2 sets a 0 (21/10, 21/15) com bastante facilidade.

Esta será a segunda Olimpíada do "mamute", prata ao lado de Emanuel em Londres e primeira de Bruno Schmitd, jogador que, desde 2013, ainda ao lado de Pedro Solberg, foi o atleta que mais se destacou neste ciclo olímpico.

Com Alison/Bruno assegurados, a CBV terá uma grande dor de cabeça: oferecer a segunda vaga masculina para Pedro Solberg/Evandro, que não podem mais ser ultrapassados por Ricardo/Emanuel, independente do resultado da próxima etapa, ou convocar os campeões olímpicos de 2004, que aparecem somente na terceira colocação brasileira, e que não estiveram no pódio em nenhuma das oito competições até aqui?

Open Rio

A derradeira etapa da corrida olímpica será justamente em casa, com o Open do Rio de Janeiro, disputado já a partir de terça (2).

Com Talita/Larissa e Alison/Bruno Schmitd garantidos em Copacabana em 2016, restará saber quais parcerias vão representar o time número dois do país. Atuais campeãs mundiais e vice-líderes da disputa brasileira, Àgatha/Bárbara Seixas devem estar nos Jogos. Já no masculino, como já escrevi, o suspense é um pouco maior.

Na próxima postagem aqui no blog, tem uma promoção bem bacana, feita em parceria com a Olympikus, para marcar este Open do Rio, que também será evento-teste para Rio 2016.


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Na imagem, dois únicos ouros do Brasil, com Ricardo/Emanuel
(2004) e Jacqueline/Sandra (1996)

Faltam exatamente 365 dias para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Agora, definitivamente, os olhos do mundo se voltam para a cidade carioca. Também a partir de hoje, a imprensa esportiva passa a dar destaque para modalidades menos popularizadas, incluindo o vôlei de praia. Além disso, muitos "gurus" estão preparando as previsões e apostas.

Começando exatamente um dia após a cerimônia de abertura, portanto, 6 de agosto, o vôlei de praia tem tudo para ajudar o COB a chegar à meta pretendida, ficando no TOP10 do quadro de medalhas.

E com o retrospecto das Olimpíadas anteriores, somado ao bom momento vivido pelas duplas brasileiras, o resultado da modalidade, nascida em Copacabana, local da arena olímpica, pode ser bem satisfatório.

No entanto, a resposta sobre quantas medalhas teremos em 2016 ainda é uma incógnita. Para uma modalidade com jogos praticamente todos os finais de semana, num ritmo tão competitivo quanto o atual, os 365 dias, por mais que pareçam estar próximos, ainda escondem um longo trajeto.

Diferente dos últimos ciclos olímpicos, em que a dupla número 1 de cada naipe era conhecida bem antes dos Jogos, estamos vivendo talvez a disputa pela vaga mais intensa desde que o vôlei de praia entrou para o grupo de esportes olímpicos, em 1996. Se antes Ricardo/Emanuel, Adriana Behar/Shelda, Larissa/Juliana eram representantes praticamente certos, hoje a situação já não é mais a mesma.

Disputa que pode, inclusive, ser um fator positivo na busca pelas medalhas. Para quem acompanha o dia a dia da modalidade, percebe-se uma briga bem nivelada e sadia entre Larissa/Talita, atuais campeãs brasileiras, Àgatha/Bárbara Seixas, atuais campeãs mundiais e líderes do ranking do Circuito Mundial 2015, e Juliana/Maria Elisa, campeãs do tour internacional em 2014. Isso sem falar em Taiana/Fernanda Berti, que surpreenderam na Copa do Mundo da Holanda, e Maria Clara/Carol, que ajudam a aumentar o nível brasileiro.

Numa situação oposta, norte-americanas, que têm Walsh/May como atuais tri-campeãs olímpicas, já não vivem um bom momento. Mesmo sem frisar o Circuito Mundial em quase nenhuma temporada, a má fase das nossas maires algozes é visível. Walsh, agora ao lado de April Ross, vem lutando contra uma lesão no ombro e há tempos não engata uma boa sequência de vitórias. Mesmo assim, será sempre Walsh. Mesmo com o ombro deslocado durante a partida contra Ágatha/Bárbara Seixas, conseguiu seguir no jogo e eliminar as brasileiras no recente Major Series de Gstaad. Nos anos anteriores a 2012, ela também pouco se destacava e, pela beiradas, chegou ao terceiro ouro consecutivo da carreira.

Já na Europa, o esporte vem se fortalecendo dia após dia e não é de se espantar de pintar Alemanha, Espanha, Holanda ou Itália no pódio. Soma-se a isso bons times do Canadá e duplas chinesas que passaram a se destacar após os Jogos de Pequim, em 2008.

Entre os homens, o cenário é idêntico. Ricardo e Emanuel se separaram, fizeram o ciclo de Londres com parceiros distintos, reeditaram a parceria 10 anos após o ouro em Atenas e aparecem na terceira colocação no atual ranking da corrida verde e amarela. Alison/Bruno Shcmitd, ouro no Campeonato Mundial da Holanda, e Pedro Solberg/Evandro, cariocas da gema, super motivados para jogar no "quintal de casa", engrossam uma briga que deve ser finalizada somente após o Open do Rio de Janeiro, evento-teste para as Olimpíadas 2016 e última etapa a somar pontos para os brasileiros.

Fechada a contagem de pontos, a dupla líder, tanto do masculino quanto do feminino, estará com a vaga assegurada. A outra será definida pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) até janeiro de 2016, conforme promete a entidade. Muito provavelmente, deverá ser a parceria que obtiver a segunda colocação no somatório brasileiro.

Definido quais atletas nos representarão, o embate deve ser bem mais que um Brasil x Estados Unidos. Na briga estarão Holanda, Letônia, Polônia, Espanha... Vale lembrar que os alemães Brink/ Reckermann deixaram Alison/Emanuel "somente" com a prata em Londres (gol, ou melhor, ponto da Alemanha).

Saindo do muro: podemos conquistar quatro medalhas em Copacabana. Dependendo do critério, se permitir que duplas do mesmo país façam a final, talvez até ouro e prata. Pode ser que venha um ouro, um bronze. Ou uma prata e um bronze. Ou um ouro e um quarto lugar... As combinações são variadas. Pode até ser, num pensamento muito pessimista, que a pressão exercida sobre os atletas, pela torcida e pela mídia, seja tão grande que sequer cheguemos ao pódio.

Falta muito pouco, mas, ao mesmo tempo, falta muito para 5 de agosto (ou melhor, 17, data das finais). Neste intervalo, as duplas precisam manter volume de jogo, foco e corpo em dia (uma lesão a essa altura praticamente encerra a briga olímpica ou prejudica no preparatório para 2016).

Por outro lado, agora mais otimista, esse clima por jogar em casa, vai trazer uma empolgação inédita, que tem tudo para culminar em algo parecido com a imagem desta postagem: com bandeira brasileira passeando no pódio.

Seja bem-vindo, 2016! A gente vai se falando até o dia 5 de agosto do ano que vem!

Corrigida às 14h15: Na verdade, faltam 366 dias para os Jogos Olímpicos, já que 2016 será bissexto

domingo, 3 de maio de 2015

Após ficar afastado por seis meses, Alison voltou a ser campeão
No torneio que marcou o último compromisso da temporada brasileira do vôlei de praia, Ágatha/Bárbara Seixas e Alison/Bruno Schmitd foram campeões do SuperPraia. Jogando na Praia de Pajuçara, em Maceió, os títulos foram obtidos, curiosamente, após viradas sobre as duplas atuais campeãs do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

No feminino, Ágatha/Bárbara Seixas começaram perdendo para Larissa/Talita, que tinham apenas uma derrota em todas as etapas disputadas na temporada 2014/15. Com paciência, a equipe Brasoil foi se recuperando até fechar o jogo em 2x1 (17/211, 21/19 e 15/13).

Entre os homens, Alison/Bruno também iniciaram perdendo no set inicial, mas reverteram o placar sobre Ricardo/Emanuel (14/21, 21/16 e 15/11), conquistando o bicampeonato do SuperPraia. Em 2014, eles derrotaram Márcio Araújo/Ricardo na decisão. Após ficar afastado por quase seis meses das quadras, por conta de uma cirurgia no joelho e da retirada do apêndice, este foi o segundo torneio disputado e o primeiro título do atual vice-campeão olímpico Alison.

Pedro Solberg/Evandro superaram Álvaro Filho/Vítor Felipe e ficaram com o bronze. Taiana/Fernanda Berti derrotaram Juliana/Maria Elisa e também garantiram ligar no pódio feminino.

Pela divisão B do SuperPraia, os campeões foram Daniel Souza/Averaldo e Lili/Rebecca. Com boas etapas de Circuito Banco do Brasil a partir de 2012, Lili/Rebecca encerram a parceria em Maceió. 

Além do torneio com as melhores duplas da temporada, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) premiou atletas e treinadores que se destacaram nacionalmente. Larissa e Bruno Schmitd foram os grandes vencedores, com seis e quatro troféus, respectivamente.

Agora as duplas brasileiras se voltam para o Circuito Mundial, torneio que definirá os representantes do vôlei de praia brasileiro nos Jogos Rio 2016. Na semana passada, na abertura do calendário internacional, na etapa open de Fuzhou (China), Bruno/Hevaldo terminaram em 9º e Lili/Carol Horta em 17º.

Muito provavelmente, os atletas que estiveram no pódio em Maceió devem também se destacar internacionalmente.

Melhores da temporada 2014/15

Craque da Galera
Léo Vieira
Larissa

Atleta revelação
Allison Francioni
Carolina Horta

Melhor levantamento
Bruno Schmidt
Larissa

Melhor recepção
Bruno Schmidt
Larissa

Melhor bloqueio
Ricardo
Talita

Melhor saque
Evandro
Larissa

Melhor defesa
Bruno Schmidt
Larissa
 
Melhor ataque
Evandro
Talita

Melhor jogador
Bruno Schmidt
Larissa

Foto: Paulo Frank/CBV

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Atuais vice-campeões e agora separados, Ricardo está no
 grupo G e Álvaro Filho no grupo K (Fotot: FIVB/Divulgação)
Foi realizado nesta semana, mais precisamente na segunda-feira (30), o sorteio dos grupos do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, que acontece de 26 de junho a 05 de julho, na Holanda. Pela primeira vez na história, o evento acontece simultaneamente em quatro cidades: Amsterdam, Apeldoorn, Roterdã e Haia.

Pelo torneio masculino, Ricardo e Emanuel, campeões mundiais em 2003, encabeçam o grupo G, com sede em Amsterdã. Eles enfrentarão Herrera/Gavira (ESP), Liamin/Barsouk (RUS) e Ajanako/Sapong (GAN). Pelo grupo C, em Apeldoorn, Alison/Bruno Schmidt terão pela frente Doppler/Horst (AUT), Court/Schumann (AUS), além dos brasileiros que agora defendem o Qatar, Jefferson/Tiago.

Ainda em Apeldoorn, pelo grupo K, Vítor Felipe/Álvaro Filho enfrentam Gibb/Patterson (EUA), Marco/Garcia (ESP) e Azaad/Bianchi (ARG). A quarta dupla brasileira, Pedro Solberg/Evandro é cabeça de chave no grupo L, em Roterdã, e jogará com Walkenhorst/Windschief (ALE), Virgen/Ontiveros (MEX) e Naceur/Belhaj (TUN).

Já pelo naipe feminino, Larissa/Talita estão no grupo B, em Amsterdã, e jogam contra Goricanec/Huberli (SUI), Radarong/Udomchavee (TAI) e as donas da casa Van Der Vlist/Van Gestel. A capital holandesa também receberá os jogos do grupo G que tem Maria Elisa/Juliana, Laboureur/Süde (ALE), Pata/Matauatu (VAN) e Boucheta/Bayou (ALG).

Fernanda Berti, que estreia em um Mundial, jogará com Taiana pelo grupo I, em Haia. Elas enfrentam duas duplas suiças, Zumkehr/Heidrich e Forrer/Vergé-Dépré, além de Nel/Sekhonyana (AFS). Completando a lista de brasileiras, Ágatha/Bárbara Seixas estão no grupo F, em Apeldoorn, com Day/Kessy (EUA), Revuelta/Candelas (MEX) e Flores/Leila (CUB).

A princípio, mesmo enfrentando algumas duplas já carimbadas a nível mundial, acredito que todas as parcerias brasileiras têm boas chances de avençar para a próxima fase.

Neste edição 2015 do segundo torneio mais importante do vôlei de praia, ficando abaixo somente dos Jogos Olímpicos, 96 times, 48 em cada gênero, estão na disputa. Daí, esta certa "facilidade" para os brasileiros na fase de grupos.

Walsh/Ross, concorrentes diretas das parcerias brasileiras, estão no grupo C e encaram as canadenses Bansley/Sara Pavan, Laird/Artacho (AUS) e Braakman/Sinnema (NED). Rosenthal/Dalhausser, também favoritos, vão jogar contra Kapa/McHugh (AUS), Sidorenko/Dyachenko (KAZ) e O’Dea/Watson (NZL). no grupo B. Os letões Smedins/Samoilovs, atuais campeões mundiais da temporada passada, que caíram no grupo F, pegam Grimalt E/Grimalt M (CHI), Van De Velde/Van Dorsten (NED) e Koshkarev/Bykanov (RUS)

As chinesas Xie/Xue e os holandeses Brouwer/Meeuwsen são os campeões do último Campeonato Mundial, que aconteceu em Stare Jablonki, na Polônia, em 2013.

A tabela completa está disponível no site do evento.



domingo, 29 de março de 2015

Dupla, separada em 2009, volta a ser campeã em Salvador
Quando Ricardo/Emanuel refizeram a parceria, em agosto do ano passado, confesso que não apostava que os "vovôs" do vôlei de praia, que juntos somam 81 anos de idade, voltariam aquele ritmo vencedor, que deu a eles o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas e o bronze em Pequim.

Sete meses depois, eles conquistaram, ainda neste sábado (28), o título do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Hoje, na decisão da etapa de Salvador, a nona e última da temporada, os já campeões brasileiros venceram os jovens Guto/Allison por 2 sets a 1 (19/21, 21/16, 15/11), garantindo também o título da etapa baiana.

Além dos dois títulos, marcas. Jogando em casa, Ricardo chegou ao 29º título de uma etapa brasileira ao lado de Emanuel. Somando conquistas nacionais e internacionais, são agora 154 ouros da parceria.

Em relação às conquistas individuais, Emanuel se isola como o maior vencedor do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, com nove títulos (94, 95, 2001, 2002, 2003, 2006, 2008 e 2011). O curitibano estava empatado com as ex-jogadoras Adriana Behar/Shelda, que levantaram a taça oito vezes. Já Ricardo, campeão da temporada pela primeira vez em casa, conquista seu sexto título. O baiano venceu em 2002, 2003, 2006, 2008 e 2013/2014.

Diante disto, a dupla vai muito forte para o Superpraia, torneio final da temporada nacional, que acontecerá entre os dias 27 de abril e 3 de maio, em Maceió. Logo depois, devem entrar fortes também no Circuito Mundial, que abrirá a contagem de pontos para os Jogos do Rio.

Se antes havia dúvida, agora acredito que os lendários, pelo atual momento, têm tudo para repetir o bom retrospecto a nível mundial.

Além do título para Ricardo/Emanuel e do vice para Allison/Guto, Márcio Araújo/Saymon fecharam o pódio masculino. Alison, que voltou às quadras após seis meses afastado devido a duas cirurgias, ao lado de Bruno Schmitd, foi eliminado nas quartas de final.

Maria Clara/Carol vencem etapa e garantem vice-campeonato brasileiro

Foras do Campeonato Mundial, por não terem alcançado uma boa colocação no ranking internacional em 2014, Maria Clara/Carol deram mais um importante passo para garantir uma vaga no Circuito Mundial.

Campeãs em Salvador, ao derrotarem Juliana/Maria Elisa por 2x1, as irmãs Salgado asseguraram o vice-campeonato da etapa brasileira, colocação que as coloca entre os times credenciados pela CBV para disputar o tour internacional.

Larissa/Talita, campeãs brasileiras por antecipação, completaram o pódio feminino.

Imbróglio

De acordo com uma matéria do jornal O Povo, publicada neste domingo (29), as cariocas teriam conseguido fazer a CBV voltar atrás e cancelar a contagem de pontos do Campeonato Mundial.

Sem uma das quatro vagas disponibilizadas para o Brasil, elas, assim como Bruno/Hevaldo, vice-campeões brasileiros, mas com poucos pontos internacionais em 2014, não disputariam o principal torneio do ano, ficando sem chance de somar os 1.000 pontos que a competição oferece aos vencedores da etapa holandesa.

Ainda conforme o texto, a CBV teria anunciado a decisão aos atletas na última sexta (27), mas sem dar uma confirmação oficial à imprensa.

Inicialmente, Alison/Bruno Schmidt, Ricardo/Emanuel, Pedro Solberg/Evandro, Vitor Felipe/Álvaro Filho; Larissa/Talita, Ágatha/Bárbara Seixas, Juliana/Maria Elisa e Fernanda Berti/Taiana seriam as oito duplas classificadas. 

Com a vaga olímpica em jogo, a discussão sobre esses representantes deve ganhar outros capítulos.

Foto: Paulo Frank/CBV

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