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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Com o corre-corre do último final de semana, não sobrou tempo para escrever sobre a participação do vôlei brasileiro nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro.

Ângela comemora ouro nos Jogos Militares. Foto: Divulgação
E vale a pena comentar a ótima campanha do vôlei brasileiro na competição. Seis medalhas estavam em disputa: uma masculina e uma feminina indoor e mais quatro no vôlei de praia, que contou com a participação de duas duplas masculinas e duas femininas. Das seis, todas foram garantidas.

No vôlei de quadra, as seleções masculinas e femininas encontraram poucas dificuldades e garantiram com tranquilidade o ouro. Na final, 3x0 contra a China com os homens e 3x1 contra a mesma China no feminino.

Nas areias, a situação não foi nada diferente. Diante mais uma vez da China, tanto no masculino, quanto no feminino, mais dois ouros brasileiros. Ângela e Val, que reeditaram a parceria de 2009 nesses Jogos, encontraram poucas dificuldades pela frente e conseguiram subir no lugar mais alto do pódio. Favorecidas pela eliminação das italianas Menegatti e Cicolari, dupla sensação na atual temporada internacional, que não conseguiu sair da etapa russa do Circuito Mundial e chegar para a primeira partida da competição militar, o caminho ficou ainda mais fácil para as brasileiras. Camila e Rachel, que perderam na semifinal justamente para Ângela e Val, garantiram também a outra chance de medalha ao conquistarem o bronze.

Para finalizar, tudo bastante parecido também entre os homens. Os únicos adversários a incomodarem um pouco mais foram os chineses, sempre eles, Liu e Zhou. Mesmo perdendo uma partida para eles na fase classificatória, os brasileiros se recuperaram, deram o troco na final e garantiram o quarto e último ouro brasileiro no vôlei. Pará e Beto Pitta, que perderam nas semifinais para Jan e Bernardo, terminaram com o bronze.

Sendo disputado como esporte de exibição, as medalhas da praia não foram contadas na classificação final dos países. Somente a partir dos Jogos Militares de 2015 que a modalidade entrará definitivamente para a lista de esportes "oficiais" da competição.

O nível técnico dos Jogos Militares não foi lá dos melhores, é verdade. Mas o evento trouxe visibilidade para atletas que muitas vezes não têm o espaço que merecem na imprensa nacional, principalmente nos casos dos jogadores de vôlei de praia. Destaque como esse dos Jogos dificilmente aparecerão para a maioria deles. Além disso, muitos não terão a chance de defender o país numa competição maior, como as Olímpiadas, por exemplo. E vale lembrar que é através do apoio do Exército que a maioria consegue se manter no esporte, já que não tem patrocinadores. Por esses motivos, a participação nos Jogos Militares valeu bastante.

Pelo outro lado, a competição militar, bastante similar aos Jogos Olímpicos, serviu para ser um aperitivo para as Olimpíadas de Londres ano que vem.

Resumindo: não se pode criar falsas expectativas ao ver o Brasil dominando facilmente o quadro de medalhas. Mas, em muitos casos, principalmente para o vôlei, a disputa teve sim a sua importância.

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na quarta-feira, o Primeiro Set trouxe uma entrevista com Vini, que defenderá a seleção masculina de vôlei a partir do próximo domingo nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro. E hoje, a apenas um dia da abertura oficial da competição, o blog traz um bate-papo com uma atleta que representará o vôlei brasileiro na praia. Disputando o Grand Slam de Moscou até a tarde de hoje, ela terá pouco tempo para pegar um vôo e chegar ao país, já que no próximo domingo faz sua estreia nos Jogos. Hoje você vai saber como está a expectativa da jogadora Ângela Vieira, que vem disputando o Circuito Mundial 2011 ao lado da capixaba Lili, mas que, no Rio de Janeiro, defenderá o país ao lado da carioca Val. Confira:

Ângela e Val será a dupla brasileira feminina nos Jogos. Foto: FIVB
Essa será a estreia do vôlei de praia em Jogos Mundiais Militares. O que você espera dessa edição de exibição?
É um presente para o Brasil, país que tem o maior e melhor campeonato nacional de vôlei de praia do mundo. Estou jogando com a Lili o Circuito Mundial e vamos jogar juntas também no Brasileiro. Mas, eu joguei o ano passado inteiro com a Val e já nos conhecemos bem.  Minha expectativa é a melhor possível, pois acredito que temos condições de conquistar esse título e para isso vamos nos empenhar totalmente.

E qual é a sensação de defender o Brasil em uma estreia da modalidade nos Jogos?
Eu me sinto abençoada, por ser uma atleta representante do Brasil que tanto amo e ainda poder defender o meu país em casa.

Como surgiu a oportunidade de competir pelo Exército brasileiro? Conte um pouco sobre a sua entrada nas Forças Armadas.

Através de um edital do Exército brasileiro para atletas profissionais em diversas modalidades. Entrei em contato buscando saber sobre as informações e exigências. Daí, providenciei todas as documentações necessárias, exames, etc e depois vieram diversos testes. Muitas se escreveram e, depois de varias avaliações, foram selecionadas duas atletas no feminino: eu e a Val. Depois tivemos vários treinamentos e aqui estamos com muito orgulho, representantes nosso país.

Como é a sua rotina no Exército? Você aprendeu também coisas que oficiais “normais” aprendem, como marchar, prestar continência, atirar
?
Sim, nós aprendemos tudo isso. No início fiquei tímida, por se tratar de coisas novas. Mas logo percebi que a vida no Exército é bem semelhante a de um atleta profissional: é necessário disciplina e estamos sempre em busca de aprimorar nossas habilidades.

Dntre os ensinamentos aprendidos, qual foi o que você mais achou interessante?
O tiro. Fiquei com receio no primeiro, mas depois do segundo eu queria praticar mais para melhorar minha pontaria.

Jogadoras que disputam o Circuito Mundial também deverão estar competindo no Rio, não é? Quais delas você vê como adversárias mais fortes?
A tabela já esta pronta e algumas atletas do Circuito Mundial vão fazer como eu: depois de Grand Slam Moscow vão direto para o Rio de Janeiro. Nossas principais adversárias serão Itália e Estados Unidos.

Mãe, esposa, jogadora e sargenta do Exército. Como é conciliar tanta coisa ao mesmo tempo? 
Tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23) ! É assim que eu creio: quando temos o apoio da família e fazemos o nosso melhor na profissão que amamos as coisas acontecem naturalmente. Meu filho tem 10 anos, é difícil ficar longe dele. Mas, graças a Deus, eu tenho uma família que me dá todo suporte e há também a internet que nos aproxima mesmo estando em continentes diferentes.

Voltando a falar de Circuito Mundial. Por conta da desistência da Luana de participar do Tour 2011, devido à perda de patrocínio, você passou a jogar com a Lili. Como está sendo essa parceria? Quais os objetivos de vocês?

No meu projeto profissional a minha maior meta são as Olimpíadas de Londres em 2012. E eu já estava preparada desde o ano passado para competir no Circuito Mundial em busca de pontuação para alcançar essa meta. Joguei com a Raquel Pelluci, Priscila Lima, e por acaso, eu a Lili conversamos e vimos que nossos objetivos eram bem semelhantes. Por isso, decidimos unir forças e aqui estamos. Estamos crescendo como dupla e estamos confiantes para as próximas competições.

Ainda sobre essa parceria com a Lili, como está a questão do patrocínio? Conseguiram algum incentivo ou estão tendo que arcar com os custos sozinhas?

Ainda estamos sem patrocínio, mas estamos batalhando. Eu consegui o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal com custeio das passagens aéreas, mas o restante das despesas estão sendo pagas do meu bolso. A Lili está pagando tudo do próprio bolso. É complicado, mas até aqui, o Senhor tem nos ajudado.


Saque curto

Nome: Ângela Cristina Rebouças Lavalle Vieira
Idade: 30 anos
Nascimento: 24/04/81
Cidade: Brasília (DF)
Peso: 68kg
Altura: 1,76m
Hobbie: glorificar a Deus com cânticos
Mania: mascar chiclete
Um livro: Uma vida com propósitos. Rick Warren
Comida preferida: arroz, feijão, carne e salada...a melhor comida do mundo
Ídolo: Jesus Cristo
Um filme: O peregrino
Uma música: Dependo de ti. De Paulo Cesar Baruk
Sonho: proclamar o evangelho onde eu estiver
Uma frase: Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece! Felipenses 4:13

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ele tem 23 anos, é carioca, jogador de vôlei de praia, estudante de comunicação social e sargento do exército. Roberto Lustosa Pitta, ou simplesmente Beto Pitta, é quem você conhece hoje no Primeiro Set. 

Pitta começou a jogar voleibol aos 12 anos, nas categorias de base indoor do Tijuca Tênis Clube. No ano seguinte, passou a disputar seus primeiros torneios no vôlei de praia e em 2004 decidiu jogar somente nas areias. 

Eleito a revelação do Circuito Banco do Brasil 2008, Pitta tem como atual parceiro o experiente Pará e um de seus objetivos é disputar os Jogos Olímpicos Militares em 2011. Confira abaixo um pouco mais sobre o jogador.

Pitta disputando o CBBVP. Fonte: CBV
Você, como muitos outros jogadores de vôlei de praia, começou na quadra e depois se mudou para a areia. Por que tomou essa decisão?
Eu sempre gostei de jogar vôlei, tanto na quadra quanto na praia, e sempre tive o sonho de ser um profissional do esporte. Aos 16 anos percebi que, além de ter resultados melhores, nas areias eu tinha mais chances de realizar esse meu sonho.

Para você, quais as principais diferenças entre o vôlei de quadra e o de praia?
No vôlei de praia os atletas têm mais liberdade em relação aos seus treinamentos. Mas, esta liberdade traz mais responsabilidade, pois o atleta tem que se empenhar muito e ter na cabeça que seu desenvolvimento depende só dele. Gosto disso.  Adoro também o fato de serem apenas dois atletas dentro de quadra e de não existir substituição. É um desafio. Você precisa achar soluções dentro do jogo com a ajuda apenas de seu parceiro e seu técnico. Além disso, o clima do vôlei de praia, tanto nos treinamentos quanto nos torneios é muito legal.

Além de jogador de vôlei de praia, você ainda acumula mais duas outras profissões: militar do exército e estudante de Comunicação Social. Como é a vida de Sargento?
Ano passado o Exército Brasileiro abriu um edital para a incorporação de Atletas de Alto Rendimento. Entrei por meio deste edital e todos os atletas, após treinamento militar, se tornaram 3° Sargentos.
Não nos foi imposto que estivéssemos no quartel todos os dias. Pois, além de alguns atletas não morarem no Rio, a intenção do Exército é que nós mantenhamos o nosso treinamento para continuarmos com nossas competições, só que agora representando o Exército Brasileiro.

E na faculdade, como é a sua rotina de estudos e por que escolheu Comunicação Social?
Por conta da minha profissão, não sou um aluno convencional. Por causa das viagens, acabo fazendo poucas matérias por período, porque se não, posso não dar conta. Escolhi Comunicação, pois sempre tive fascínio pelas propagandas e acho muito interessante como elas podem moldar a opinião de uma pessoa sobre alguma coisa.

Mas, como é conciliar tantas profissões ao mesmo tempo? Consegue equilibrar todas ou chega a ter alguma dificuldade?
Não é fácil. Tenho que correr atrás, não posso dar bobeira, principalmente na faculdade. Sempre peço a matéria que foi dada nas aulas em que não estive presente. E quando estou no Rio não falto a nenhuma aula e tento prestar muita atenção.

Você e Pará têm como grande objetivo para 2011 estar nos Jogos Olímpicos Militares. Como está a preparação da dupla?  Como é a rotina de treinamentos?
Com certeza esse é um objetivo para o próximo ano. Os Jogos Mundiais Militares é um evento comparável ao Pan Americano, até superando em número de atletas. Como nós temos um circuito nacional muito forte, estamos usando isso como preparação. Mas também estamos planejando alguns torneios no exterior antes da competição. Nossos treinamentos são diários e normalmente de segunda a sábado. Acreditamos que treinando forte e chegando bem nos torneios aqui no Brasil, estaremos bem preparados.

Explique um pouco sobre os Jogos Militares. Onde será? Acontece de quantos em quantos anos e quais são os principais adversários?
Os Jogos Mundiais Militares terão sede aqui no Rio e será disputado no mês de julho. É a maior competição militar do mundo; como numa Olimpíada, ocorre de 4 em 4 anos. Nossos adversários ainda são uma incógnita, apesar de sabermos que alguns atletas de alto nível do Circuito Mundial também são militares. Porém, ainda não sabemos se eles participarão do evento.

Você, recentemente, esteve disputando jogos pela AVP.  Como foi essa experiência?
Foi uma experiência incrível, espero que tenha a chance de jogar lá de novo. Os jogadores norte-americanos são muito técnicos e fortes fisicamente, por isso os Estados Unidos é o único país que pode se comparar ao Brasil em número de atletas de qualidade e em relação ao circuito nacional.

Nesse segundo semestre, a federação americana divulgou o cancelamento da AVP por falta de patrocínio.  Como você, que esteve jogando lá há pouco tempo, vê essa situação?
Foi uma pena a AVP ter tido problemas financeiros este ano. Mas, acho que as pessoas importantes do vôlei norte-americano estão se mexendo para não deixar seus atletas parados. Alguns torneios estão sendo organizados e acredito que essa pausa prolongada não deve ser tão prejudicial para eles assim. Pois, em um mês de treinamentos e com três torneios disputados uma dupla já está com um ritmo legal de jogo.

Quais as principais diferenças entre o CBBVP e a AVP?
Acho que os dois têm qualidades e defeitos. O CBBVP é um torneio muito bem organizado e de um nível técnico muito alto. A AVP também tem grande qualidade técnica, mas é disputado em apenas três dias enquanto aqui no Brasil são quatro. Nos Estados Unidos a interação do público com os atletas é maior e acredito que o público seja mais apaixonado por vôlei de praia o que faz com que eles entendam mais do esporte.

Você acha que, como os americanos deixam os brasileiros jogarem a AVP, poderia haver uma compensação que permitisse duplas dos EUA jogando o CBBVP?
Eu acho que os dois países, por representarem as maiores potências no vôlei de praia, poderiam fazer uma parceria de cooperação. Hoje, em nenhum dos dois países é tão liberal assim participação de estrangeiros. Eu tive sorte, pois o Pará já jogou lá e é muito amigo do Mike Dodd, ex-jogador e que até esse ano fazia parte da organização da AVP. 

E no Brasil, como você vê a situação do patrocínio? Acha que um dia o CBBVP corre o risco de acabar também?
Hoje a Confederação Brasileira tem um contrato de patrocínio muito forte com o Banco do Brasil. Este contrato abrange tanto o vôlei de quadra quanto o vôlei de praia. Como é um contrato que beneficia ambas as partes, acho difícil que essa parceria acabe. O patrocínio para atletas já é mais complicado, pois acho que os atletas têm muita dificuldade de chegar nas pessoas certas nas empresas para poderem apresentar seus projetos.

Atualmente você e Pará têm algum patrocínio? Nesses anos de carreira, você já lidou com a falta de apoio?
Nós atualmente não temos patrocínio. E eu sei que sou uma pessoa com muita sorte, pois desde o momento que escolhi o vôlei de praia como profissão tive apoio total da minha família. E meu pai me ajudou muito, principalmente, no começo quando conseguiu um patrocínio da empresa em que trabalhava.

Como enxerga a realidade do vôlei de praia brasileiro atualmente?
O vôlei de praia brasileiro é uma potência, um expoente. Mas precisamos atrair mais o público, fazer com que as pessoas acompanhem e entendam mais sobre o esporte, além de conhecer os atletas. A CBV está trabalhando nisso e algumas melhorias já estão sendo feitas no Circuito, como a transmissão dos jogos pela internet, que pode atrair mais as pessoas.

E para finalizar, qual foi a etapa que mais marcou a sua vida?
Qualquer atleta que disputa o CBBVP tem como objetivo estar numa semifinal de etapa, para poder brigar por um lugar no pódio. E a primeira vez que estive nele foi muito especial. Eu jogava com o Lipe e na etapa anterior tínhamos perdido no qualyfing, torneio classificatório para a competição principal. Voltamos para o Rio, treinamos muito para a etapa seguinte, que seria em Campo Grande, passamos pelo qualy, chegamos à semifinal vencendo Márcio e Fábio Luiz - que naquele ano seriam os vice-campeões olímpicos - e conquistamos o bronze da etapa.

Pitta, campeão da Taça Ouro (2010), em Atenas.
Saque curto:  

Nome completo: Roberto Lustosa Pitta
Nascimento: 15/06/1987
Altura:
1,89m
Peso:
88kg
Cidade onde nasceu: Rio de Janeiro
Time de futebol: Botafogo
Comida preferida: Japonesa
Um lugar: Praia de Ipanema
Um dia especial no vôlei: A minha primeira semifinal no CBBVP, em Campo Grande 2008.
Um ídolo: Shelda no vôlei e meu pai na vida
Mania: Estalar os dedos
Hobbie: Ir ao cinema
Filme: Os mais recentes: Avatar e Tropa de Elite 2
Um livro: Nelson Mandela, um exemplo de vida, coragem e amor
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