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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

"Peixinho" de Zé marcaria as comemorações de 2012.
De volta à vida! Depois de uns dias bem longe da internet e com as energias renovadas, é hora de escrever o terceiro post da retrospectiva do vôlei brasileiro em 2012. E confesso que esse é uma das postagens mais emocionantes de toda a história do Primeiro Set. Afinal, Olimpíada é um evento mágico, que mexe com a gente. Recordemos:

- Vôlei de Praia Feminino: Talita/Maria Elisa em 9º e Juliana/Larissa bronze
Juliana/Larissa não começaram bem 2012, mas sobraram em todos os quatro anos de ciclo olímpico. Talita/Maria Elisa garantiram três pódios nas três primeiras etapas de Circuito Mundial da temporada, inclusive vencendo as Walsh/May, Xi/Xue e as próprias Juliana/Larissa.

Na primeira fase, vitórias tranquilas para ambas as parcerias. Mas logo nas oitavas-de-final,  a primeira queda: Talita/Maria, longe daquela bonita vibração que vinham tendo, cairam diante das "zebras" Slukova/Kolocova por 2x1 (21/16, 20/22 e 15/9) e precocemente deram adeus aos Jogos: uma 9ª colocação, justa pela partida, mas injusta pelo voleibol apresentado durante os anos das parcerias.

Restando apenas Ju/Larissa, a expectativa era que a tão aguardada decisão contra Walsh/May fosse confirmada dias depois. E quando tudo parecia caminhar para isso, Kessy/Ross venceriam um dos confrontos mais inacreditáveis de Londres: virada para cima das brasileiras (15/21, 21/19 e 15/12), final 100% norte-americana e "apenas" possibilidade de bronze para o Brasil.

Ju/Larissa não começaram bem a partida contra as chinesas Zhang Xi/Xue, mas no fim acabou vencendo a dupla mais experiente: 2x1, de virada (11/21, 21/19 e 15/12), e primeira medalha do vôlei para o Brasil.

- Vôlei de Praia Masculino: Ricardo/Pedro Cunha em 5º e Alison/Emanuel prata
A primeira Olimpíada do "Mamute" Alison e a quarta consecutiva do consagradíssimo Emanuel. A primeira participação olímpica do "Highlander" Pedro Cunha - que sofreu duas sérias lesões durante o ciclo olímpico - e a quarta consecutiva de Ricardo, ex-parceiro de Emanuel e ouro, prata e bronze nos últimos três Jogos.

Alison e Emanuel, vencedores de todas as cinco competições que disputaram em 2011, eram os grandes favoritos. Mas o bom e rápido entrosamento de Ricardo e Pedro no ano final da preparação olímpica também credenciava a dupla como candidata ao pódio.

Tudo ia bem: primeira fase invicta, segunda idem e confiança em alta. No entanto, o caminho dos brasileiros contou com uma dura pedra pelo caminho, a mesma que parou Harley e Alison na Copa do Mundo de Vôlei de Praia 2009.

Nas quartas, vitória dos alemães Brink/Reckermann por 2x0 (21/15 e 21/19) e 5º lugar para Ricardo e Pedro. Uma derrota amarga, que pela primeira vez faria Ricardo voltar para casa fora do pódio.

Na decisão, mais um golpe: depois de um primeiro set apertado, de um bom placar brasileiro no segundo e de uma incrível reação verde-amarela no finalzinho do tie-break, vitória por 2x1 (21/23, 21/16 e 14/16) e ouro para os alemães.

- Seleção Masculina: russos surpreendem e ouro escapa em jogo praticamente encerrado
Domingo, Dia dos Pais, Bernardinho, Bruninho e um roteiro que parecia coroar de vez o incrível histórico do técnico da seleção masculina.

Depois de algumas partidas em ritmo de Liga Mundial, a "lavada" nos italianos (25/21, 25/12 e 25/21) enfim colocaria a equipe nos trilhos. De quebra, seríamos a única seleção a chegar em três finais olímpicas consecutivas.

Na decisão, 2x0 para os brasileiros, dois match points e ouro muito, muito próximo. No entanto, eis que os russos conseguiriam reverter uma partida praticamente perdida (19-25, 20-25, 29-27, 25-22 e 15-9) e transformar todo o céu brasileiro em inferno em questões de minutos.

"Mais" uma prata e rótulo de amarelões indo passar um novo ciclo olímpico em mãos masculinas.

- Seleção Feminina: russas de volta para casa e bi-olímpico verde-amarelo
Primeira fase nada animadora: três vitórias (duas no tie-break), duas derrotas e classificação com um modesto quarto lugar no Grupo B.

Diante dos resultados nada animadores, poucos acreditariam numa reviravolta tão grande em tão pouco tempo. Mandar as russas de volta para casa ainda nas quartas? Poucos acreditariam.

Mas isso aconteceu! Depois de salvarem seis match points e fecharem a partida com parciais de 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19, o ouro seria uma questão de tempo.

Vitória tranquila contra japonesas nas semifinais, vitória também tranquila na decisão contra as norte-americanas (11-25, 25-17, 25-20 e 25-17) e bi-campeonato olímpico garantido!

Ouro, "peixinhos" e muita emoção na bagagem de volta ao Brasil!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Medalhistas de prata, mas alvo de muitas críticas.
A Olimpíada se foi, a adrenalina das partidas passou e agora, com a cabeça mais tranquila, é hora de analisar os resultados do vôlei brasileiro em Londres.

Quatro disputadas, quatro medalhas: um ouro (seleção feminina), duas pratas (seleção masculina e Alison/Emanuel) e um bronze (Juliana/Larissa).

Poderia ter sido melhor? Poderia. Poderia ter sido pior? Também.

E aí a técnica do judô Rosicleia Campos tem toda razão ao dizer que o povo brasileiro é ignorante, no sentido de ignorar o esporte durante os quatro anos que separam uma Olimpíada e outra.

Poucos são os que acompanharam todas as competições do vôlei de praia durante o ciclo olímpico e viram que, diferente do que muitos comentaristas e analistas diziam, Kessy e Ross não eram tão fracas a ponto de não serem capazes de superar Juliana e Larissa.

Afinal, elas foram campeãs da Copa do Mundo 2009 justamente contra as brasileiras, fizeram parte da equipe norte-americana nos desafios 4x4 promovidos pela TV Globo, e, principalmente, terminaram em 4º lugar geral no ranking olímpico, ficando somente atrás das próprias Juliana/Larissa, das chinesas Zhang Xi/Xue e das compatriotas Walsh/May.

Mas muitos são ignorantes, no sentindo de não saber o que acontece no Circuito Mundial.

Embora fosse possível voltar de Londres com todas as quatro medalhas de ouro, é preciso reconhecer o mérito dos adversários, a grande e perigosa pressão sobre os atletas nacionais e algumas questões internas que o vôlei brasileiro ainda tem muito que evoluir.

Alison e Emanuel também tinham tudo para conquistar o ouro. Mas como alguns podem dizer, Emanuel jogou fora a oportunidade a cada bola desperdiçada. Curioso como um atleta que chegou a sua terceira medalha olímpica consecutiva (ouro em Atenas, bronze em Pequim e prata em Londres) tenha sido tão criticado nas redes sociais.

Mais uma vez, críticas vindas da ignorância.

Mais velho dos quatro atletas da decisão, toda a boa estratégia de Brink e Reckermann foi traçada em cima dele. Alemães que poucos torcedores conheciam, mas que já tinham sido campeões da Copa do Mundo de Vôlei de Praia 2009 e campeões do Circuito Mundial, também em 2009.

Na Alemanha não tem praia e é frio quase que o ano todo, é verdade. Mas para se formar uma boa dupla não são apenas esses fatores que importam mais.

Seria justo que o pódio em Londres tivesse Alison/Emanuel, Ricardo/Pedro Cunha, Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa? Seria. No entanto, as várias etapas mundo afora fizeram com que o vôlei de praia deixasse de ser exclusividade nacional, fazendo com que alemães, russos, poloneses, austríacos, letões, também aprendessem a jogar em alto nível.

Nível que, surpreendentemente, tirou os norte-americanos do pódio masculino. Quem diria que Rogers/Dalhauser e Gibb/Rosenthal, nascidos num país tão forte na modalidade, assim como o Brasil, não passariam de um amargo 5º lugar geral?!

Resumindo: é extremamente injusto e ignorante criticar a cor das medalhas do vôlei de praia, esporte que ainda tem muito que se acertar internamente. Afinal - não com as quatro parcerias que foram para Londres, mas com as muitas que ficaram pelo meio do caminho - falta patrocínio, incentivo, caça e desenvolvimento de novos talentos, etc, etc, etc.

Não foi justo com as duplas que estiveram nas Olimpíadas 2012, mas a ausência do ouro foi pertinente no sentido de que muito ainda se tem que trabalhar na questão das dirigências internas e na própria análise crítica de nós torcedores, que ainda não conseguimos entender que, para um país que é 88º em educação, 84º em Desenvolvimento Humano e 72º em inclusão digital, estar em 24º lugar no ranking de medalhas é um feito que merece comemoração.

Quem sabe isso tudo não se acerte e o resultado seja ainda melhor em 2016. Eu acredito!

Como só falei de vôlei de praia, depois volto com um post sobre os resultados indoor.

PS: Mais uma vez o Primeiro Set foi indicado para participar da maior premiação da blogosfera brasileira: o Top Blog Brasil. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país.  

Foto: Maurício Kaye/FIVB 

domingo, 12 de agosto de 2012

Vôlei feminino no topo do mundo por 8 anos. Foto: FIVB
Quatro anos se passaram. Em Pequim, ouro com a seleção feminina de vôlei indoor e prata para a equipe masculina. Uma Olimpíada depois e os mesmos resultados se repetem em Londres.

Mas se o 3x1contra os Estados Unidos doeu naquela decisão masculina de 2008, o 3x2, e de virada, contra a seleção russa doeu ainda mais. Por outro lado, se o 3x1 contra as italianas deixou aquela manhã de sábado extramente feliz, o 3x1 de ontem, de virada, fez com que a modalidade vivesse uma tarde inesquecível.

E mais uma vez o esporte mostrou porque é tão apaixonante e imprevisível.

Uma seleção feminina que dava indícios de mau relacionamento entre as atletas, que iria para os Jogos sem uma das principais jogadoras de decisão de Pequim, chegou em Londres, perdeu dois dos quatro jogos da primeira fase e deixou muito torcedor envergonhado com o que se via na TV.

O preço do mal início de Olimpíadas? Um confronto contra Gamova e Cia. nas quartas de final, sendo que quem perdesse voltaria para casa. Naquela altura, e diante do recente histórico vencedor das adversárias, muitos foram os palpites que davam como certa a eliminação das brasileiras.

E não tenho dúvidas que o ouro foi conquistado ali, naquela partida das quartas. Uma virada contra as russas para não só apagar o rótulo de amarelonas como para colocar a medalha no peito das brasileiras.

E, mesmo que a medalha não viesse, aquele dia épico já valeria toda a Olimpíada!

No final das contas, japonesas e americanas pagariam o preço de estarem cruzando o caminho das brasileiras.

Ontem, para confirmar que a vitória contra a Rússia não tinha sido por acaso, e muito menos zebra, uma atuação para calar quem ainda ousasse creditar as vitórias ao quesito sorte. Atuação impecável de Dani Lins, Sheilla, Jaqueline, Fernanda Garay, Fabiana, Thaisa, Fabi, Tandara, Paula Pequeno, Fernandinha, Natália e Adenízia.

Uma vitória para garantir o bi-campeonato olímpico, e consecutivo, feminino e o tri de Zé Roberto, o único treinador a conseguir tal feito. Uma vitória que daria o ouro que o vôlei tanto precisava, já que Juliana e Larissa e Alison e Emanuel tinham ficado no quase.

Mas, infelizmente, assim como em Pequim, o dia seguinte teria gosto de quase. Depois de estar vencendo por 2x0 e como um terceiro set bem encaminhando, eis que a seleção masculina deixaria os russos protagonizaram uma virada histórica.

Uma virada que fez Serginho, Dante, Murilo, Bruninho, Wallace, Bernardinho irem do céu ao inferno em tão pouco tempo: verdadeiros heróis até o segundo set e "amarelões" ao final do tie-break, podem pensar alguns.

Obviamente, não foi a medalha que todos esperavam, mas que pouco muda o histórico vencedor da seleção.

Se todos aguardavam para ver que rumo daria aquela seleção prata em Pequim, ele seguiu vencedor. Uma derrota que dói, é claro, mas que não apaga todas as conquistas dos quatro anos que se passaram entre uma Olimpíada e outra, como Campeonato Mundial e o eneacampeonato da Liga Mundial, por exemplo.

No final das contas, quatro medalhas: um bronze, duas pratas e um ouro. E alguém ainda duvida que o vôlei é o que temos de melhor?

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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Brasileiros do vôlei estão na terceira final olímpica seguida.
Três finais olímpicas consecutivas! A quinta na história da seleção masculina de vôlei do Brasil!

Depois de chegar desacreditada em Londres, após uma campanha desastrosa na Liga Mundial (e aqui fico pensando com meus botões se a pior colocação da Era Bernardinho não foi apenas uma estratégia para esconder o jogo), quem diria que daríamos a volta por cima e seríamos o único país no mundo a chegar três vezes consecutivas a uma decisão olímpica!

Com muita propriedade, a seleção protagonizou uma eliminação impensável até certo ponto. Afinal, quem apostaria que a equipe que eliminou os Estados Unidos por 3x0 iria tomar o mesmo placar dois dias depois? 25/21, 25/12 e 25/21, ninguém esperava!

Pobres italianos, que viram Dante e Serginho, campões olímpicos em Atenas 2004, nem demonstrarem sinais de que daquela decisão até hoje já se passaram oito anos. Pobres italianos, que viram os mais jovens, como Wallace, em sua primeira Olimpíada, e Bruninho, atuarem como veteranos; que viram um Murilo que em nada lembrava aquele que até pouco tempo sentia fortes dores no ombro.

Um cala boca muito bem dado por Bernardinho, que se sair mesmo do comando da seleção, como alguns rumores indicam, pode se despedir de cabeça erguida, sem ter todo o imenso histórico vencedor apagado por uma má participação em Londres.

O ouro virá? Não se sabe. A seleção repetirá a mesma atuação de hoje no domingo? Também não se sabe.

Mas a prata, no mínimo, está merecidamente conquistada!

E o vôlei chega a todos os pódios possíveis em Londres. Bronze com Juliana e Larissa, prata com Alison e Emanuel e prata, por enquanto, assegurada com as seleções indoor.

Não se perca: amanhã tem decisão feminina entre Brasil x Estados Unidos, às 14h30, e no domingo é a vez de Brasil x Rússia, às 9h.

Amanhã não tem post, mas no domingo as observações dos resultados de Londres estão de volta!

Go, Brasil!

 PS: Mais uma vez o Primeiro Set foi indicado para participar da maior premiação da blogosfera brasileira: o Top Blog Brasil. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país.  

Foto: FIVB 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nem tão amarga assim. Reação final valeu ouro. Foto: Reuters
Mais um duro golpe em Londres. Ciclo olímpico praticamente impecável, muitas conquistas nos três anos de parceria, primeira fase de encher os olhos e confiança elevada na conquista de um ouro praticamente certo para Alison e Emanuel.

Mas Brink e Reckermann, aqueles mesmos alemães que derrotaram Harley e Alison na Copa do Mundo de Vôlei de Praia 2009, campeões do Circuito Mundial no mesmo ano e um dos favoritos ao pódio, seriam a única pedra no meio do caminho dos brasileiros.

Primeiro set melhor para os alemães, segundo totalmente brasileiro e um tie-break de muitos altos e baixos para os dois lados. E quando tudo parecia estar perdido, num 14x11contra, Alison e Emanuel tiveram forças para empatar e por pouco, muito pouco, não protagonizaram uma virada que ficaria para a a eternidade!

Não deu! Dois sets a um (21/23, 21/16 e 14/16), mas certeza de dever cumprido.

Diferente de muitos que pensam que prata não é uma medalha a ser comemorada, Alison e Emanuel devem ficar felizes e orgulhosos do feito sim.

Emanuel, que disputou todas as cinco edições olímpicas do vôlei de praia, tem agora um pódio em casa: ouro (2004), prata (2012) e bronze (2008), tal como seu ex-parceiro Ricardo.

E mesmo aos 39 anos de idade, continua sendo exemplo de juventude, vitalidade, raça, responsabilidade, profissionalismo e muito amor pelo que faz. Virtudes que nem sempre são encontradas naqueles que conquistam o ouro.

Já o "mamute" Alison, que há quatro anos sequer figurava entre os melhores jogadores do país, teve uma ascensão meteórica. Junto com Harley e logo depois com Emanuel, evoluiu, impõs respeito e pode ser o grande nome do vôlei de praia brasileiro por, pelo menos, mais uns três ciclos olímpicos.

No banco, mais um feito que, por não ser dourado, pode passar despercebido. Com todos os méritos, a técnica Letícia Pessoa chegou hoje à terceira medalha olímpica da carreira: duas pratas com Adriana Behar e Shelda e agora mais uma com Alison e Emanuel.

Vices que podem soar até mesmo como tom de piada num país cuja cultura só permite apreciar o ouro, mas resultados que qualquer profissional esportivo de "primeiro mundo" valoriza, e valoriza muito. Será que a "pipocada" de Rogers e Dalhauser está refletindo tão negativamente nos Estados Unidos quanto a falta de ouro dos atletas brasileiros? Óbvio que não!

Alison e Emanuel, assim como Juliana e Larissa, Ricardo e Pedro Cunha e Talita e Maria Elisa mereciam mais. Os resultados de Londres foram pouco para eles. Para quem acompanhou os quatro anos de ciclo olímpico, isso fica claro!

Mas esporte é isso! Walsh e May, Brink e Reckermann, Kessy e Ross, Slukova e Kolocova fizeram por merecer.

Vôlei feminino indoor arrasa e é bi-finalista
Ahhh, o esporte! Marcia Fu, Fernanda Venturini, Ana Moser e Cia. devem estar orgulhosas da nossa seleção feminina.

Depois de perderem duas partidas na primeira fase, e de renascerem eliminando as russas antes de ontem, a equipe despachou o Japão hoje à tarde (25/18, 25/15 e 25/18) e está na segunda final olímpica consecutiva!

Programação:

Sexta-feira - 15h30 - Brasil x Itália (semifinal masculina indoor)
Sábado - 14h30 - Brasil x Estados Unidos (final feminina indoor)
Domingo - 9h - final masculina indoor

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Ju/Larissa vencem chinesas e garantem bronze em Londres.
Não é o lugar do pódio que até por volta das 17 horas de ontem todos esperavam, mas Juliana e Larissa se despedem dos Jogos Olímpicos de Londres com a primeira medalha do vôlei brasileiro no peito!

Em mais um dia muito tenso das brasileiras, falta de concentração no primeiro set, placar de 21 a 11 para as chinesas Zhang Xi/Xue, retomada de confiança, 21x19 no segundo e muita expectativa para o decisivo tie-break.

Bem ao estilo Juliana e Larissa, que brilhou nestes quatro anos de ciclo olímpico, as brasileiras reagiram, foram guerreiras, demonstraram toda a superioridade e fecharam a partida em 15x12, curiosamente o mesmo placar da semifinal de ontem na virada das americanas Kessy/Ross.

Um bronze com sabor amargo, já que as até então bicampeãs olímpicas Walsh/May teriam uma vida bem mais complicada caso a dupla verde-amarela chegasse à decisão. Mas, ao mesmo tempo, medalha com cara de ouro para quem soube reagir muito bem depois do duro tropeço de ontem e de um início irreconhecível na partida de hoje.

Depois de brilharem muito em 2011, conquistando todos as cinco competições da temporada (Circuito Mundial, Brasileiro, Copa do Mundo, Pan-Americano e Rainha da Praia), a partida de ontem e uma parte da disputa de hoje foi o reflexo de um ano de muitos altos e baixos de uma dupla que, como muitos outros atletas brasileiros, sentiu na pele o peso da enorme cobrança de nós torcedores e por grande parte da imprensa brasileira, coisa que eu já tinha comentado há mais de um ano aqui no blog.

Já Walsh/May, bicampeãs olímpicas e com uma história mais que consolidada, jogaram sem pressão, se fizeram de mortas durante boa parte das duas últimas temporadas de Circuito Mundial e, como boas norte-americanas, tiveram a calma e a frieza para conquistar mais um ouro em um detalhe que passa despercebido muitas vezes: o psicológico.

Um dado curioso, mas que faz parte do esporte: enquanto Juliana e Larissa venceram oito etapas nos últimos dois anos de Circuito Mundial, Walsh/May conquistaram "somente" quatro.

Com aposentaria agendada, as agora tricampeãs olímpicas entram definitivamente para a história do esporte. E Juliana e Larissa também: trata-se da primeira Olimpíada e da primeira medalha da dupla que tem tudo para chegar muito bem nos Jogos de 2016.

Podia ser mais, é verdade! Mas também podia ser menos. Diante do nível das adversárias de hoje, não seria impossível ver Juliana e Larissa até mesmo fora do pódio.

O vôlei de praia mundial mudou, as duplas internacionais se fortaleceram e apenas uma coisa continua a mesma: a nossa terrível visão de que só o ouro vale a pena.

Seleção masculina: meninos passam e encaram italianos

Nada de rivalidade Brasil x Argentina no vôlei. Passeio diante de nossos hermanos (25/19, 25/17 e 25/20) e vaga garantida nas semifinais.

O adversário será a Itália, que incrivelmente derrotou os Estados Unidos também por 3x0.

Se o ouro do vôlei de praia não teve ouro brasileiro hoje, amanhã a história pode ser outra. Às 17 horas (de Brasília), Alison/Emanuel enfrentaram os alemães Brink/Reckermann. Decisão difícil, mas que tem tudo para dar Brasil!

Foto: Maurício Kaye/FIVB

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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Brilhante apresentação apagou apelido de "amarelonas".
Sete de agosto de 2012! Um dia de fortes emoções para torcedores e atletas brasileiros. Quando tudo parecia complicado no indoor, eis que as coisas se acertariam e que nossa seleção feminina faria uma das melhores exibições dos últimos anos.

E quando tudo parecia seguir tranquilamente para as duplas no vôlei de praia, eis que o céu de Juliana e Larissa se transformaria em um inferno incompreensível!

O óbvio primeiro: Alison e Emanuel na decisão
Uma eliminação pela dupla Plavins/J Smedins, da Letônia, seria uma das últimas coisas que poderia acontecer em Londres.

E, felizmente, num dia que tudo deu certo para os brasileiros, principalmente para Alison, que jogou mais uma vez como um veterano, a maior zebra das Olimpíadas não ia ficar por conta da derrota da parceria verde-amarela.

Vitória por 2x0 (21/15 e 22/20) e adversários complicadíssimos na decisão da próxima quinta-feira: depois de passarem por Ricardo/Pedro Cunha ontem e por holandeses Nummerdor/Schuil nas semifinais de hoje, os alemães Brink/Reckermann devem dar muito trabalho até que a conquista do ouro seja consolidada.

Mas, no mínimo, a prata está garantida.

A surpresa: Juliana e Larissa fora da final
Walsh/May garantidas na decisão e só faltava uma vitória de Juliana/Larissa para que o mundo pudesse ver a tão sonhada final olímpica entre brasileiras e norte-americanas, aguardada até mesmo em Pequim 2008.

No entanto, ninguém esperava pela pedra, ou melhor, pela dupla, Kessy/Ross no meio do caminho. As mesmas Kessy/Ross que surpreenderam na final da Copa do Mundo de 2009 e tirando o título das brasileiras.

Mesmo derrotadas facilmente no primeiro set, as americanas, diferente das Ju/Larissa, jogaram sem pressão, colocaram os ânimos no lugar e conseguiram o grande feito de impedir o avanço das brasileiras. Dois a um no jogo (21/15, 19/21 e 12/15) e de quebra, garantia de final 100% norte-americana.

Já Juliana/Larissa vão lutar pelo bronze contra as fortes Zhang Xi/Xue amanhã. Um golpe muito duro para a dupla que foi infinitamente melhor durante todo o ciclo olímpico.

Seleção feminina: o renascimento das campeãs olímpicas
Curioso que até ontem muitos apostavam numa tranquila classificação de Juliana/Larissa e numa quase impossível vitória da seleção feminina diante da forte seleção russa. Que bom e que ruim ao mesmo tempo!

Jogando como há muito tempo não se via, e com um poder de reação e superação que nada lembrou as dolorosas derrotas do passado, a seleção feminina viveu um dia épico!

Derrota no primeiro set, reação no segundo, nova derrota no terceiro, mais uma reação e um tie-break finalizado no 21º ponto.

Se antes os constantes placares de 3x2 incomodavam, hoje não haveria um resultado mais gostoso: 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19 e vaga garantida nas semifinais contra o Japão!

Independente do que acontecer, a emoção da vitória de hoje já tem um gostinho de medalha! #Chupa, Gamova!

Confira a programação de amanhã e quinta:

Quarta-feira (08/08)

10h  - Brasil x Argentina - indoor masculino - Quartas de final

15h - decisão de 3º lugar do vôlei de praia feminino - Ju/Larissa x Xue/Zhang Xi

17h - disputa da medalha de ouro do vôlei de praia feminino - Walsh/May x Kessy/Ross

Quinta-feira (09/08)

17h - disputa da medalha de ouro do vôlei de praia masculino - Alison/Emanuel x Brink/Reckermann

Ainda não foram definidas as datas e horários das semifinais femininas.

Foto: Getty Images

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domingo, 5 de agosto de 2012

Larissa chora por chegar à sua primeira semifinal olímpica.
Uma tarde de domingo muito feliz para o vôlei brasileiro. Depois da lamentável e precoce eliminação de Talita e Maria Elisa das Olímpiadas ontem e da possível não classificação da seleção feminina na fase de grupos, as coisas se acalmaram e a modalidade conseguiu dois importantes resultados

Juliana/Larissa a 2 vitórias do ouro
Se Talita/Maria Elisa foram surpreendidas pelas tchecas Slukova/Kolocova nas quartas de final ontem, Juliana/Larissa trataram de entrar ligadíssimas na partida para não terem surpresas.

Muito focada, a dupla passou como um rolo compressor pelas alemãs Goller/Ludwig no primeiro set, teve uma queda de ritmo no segundo, mas mesmo assim conseguiu fechar a partida em 2x0 (21-10, 21-19) e garantir a classificação para as semifinais da próxima terça-feira sem perder um set sequer na competição.

As adversárias serão as norte-americanas Kessy/Ross, que foram campeãs da Copa do Mundo de 2009 derrotando justamente Juliana e Larissa na decisão. Partida tensa e difícil, que vai exigir toda garra e força de vontade que as brasileiras vem demostrando até aqui.

Na outra semifinal, o duelo será entre as bi-campeãs olímpicas Walsh/May e as fortíssimas chinesas Zhang Xi/Xue. É torcer que elas façam um jogão e cansem bastante para a decisão!

Um detalhe curioso: das quatro duplas semifinalistas em Londres, três fizeram as semifinais da Copa do Mundo de 2011 em Roma. Walsh/May venceram Xi/Xue e perderam o ouro para Juliana/Larissa. Será que a história vai se repetir?

Seleção feminina se redime e garante classificação
Classificação suada, sofrida, mas conquistada!

Depois de perder para Estados Unidos e Coreia do Sul e vencer Turquia e China por 3x2, a seleção feminina indoor conseguiu vencer a Sérvia por 3x0, somou os 7 pontos que precisava e avançou para as quartas de final.

Quarta colocada no grupo B, a equipe enfrentará a Rússia, primeira do grupo A. É ganhar ou voltar para casa!

Confira abaixo todos as datas e horários das próximas partidas em Londres:

Segunda-feira (06/08)

14h - Alison/Emanuel x Fijalek/Prudel (POL) - Quartas de Final

18h - Ricardo/Pedro Cunha x Brink/Reckermann (ALE) - Quartas de Final

18h - Brasil x Alemanha - Vôlei Masculino - Quartas de final

Terça-feira:(07/08)

11h - Brasil x Rússia - Vôlei Feminino - Quartas de final

Sem horário definido - Juliana/Larissa x Kessy/Ross - Semifinal

Foto: Maurício Kaye/FIVB

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ju/Larissa podem encarar Talita/Maria nas semifinais.
Uma possível final 100% brasileira no masculino e encontro verde-amarelo nas semifinais.

Foi definido ontem, através de sorteio, o futuro do vôlei de praia nas Olimpíadas de Londres.

Depois de passarem invictas pelas primeira fase, as duplas brasileiras entram no mata-mata decisivo a partir de hoje com Ricardo/Pedro Cunha e Juliana/Larissa. Alison/Emanuel e Talita/Maria Elisa jogam as oitavas amanhã.

Confira abaixo todos os cruzamentos. Os horários são de Brasília.

Feminino

Semifinais
52 07-Aug vencedoras jogo #49 x vencedoras jogo #50
51 07-Aug vencedoras jogo #47 x vencedoras jogo #48

Quartas de final
50 05-Aug vencedoras jogo #45 x vencedoras jogo #46
49 05-Aug vencedoras jogo #43 x vencedoras jogo #44
48 05-Aug vencedoras jogo #41 x vencedoras jogo #42
47 05-Aug  vencedoras jogo #39 x vencedoras jogo #40

Oitavas de final
46 03-Aug 18:00 Schwaiger D.-Schwaiger x Vasina-Vozakova 
45 04-Aug  5:00 Ukolova-Khomyakova x Zhang Xi-Xue 
44 04-Aug  9:00 Liliana-Baquerizo x Cicolari-Menegatti 
43 04-Aug  17:00 May-Treanor-Walsh x Van Iersel-Keizer 
42 03-Aug 13:00 Kuhn-Zumkehr x Kessy-Ross 
41 04-Aug 14:00 Talita-Antonelli x Slukova-Kolocova 
40 03-Aug   5:00 Goller-Ludwig x Holtwick-Semmler
39 03-Aug 10:00 Larissa-Juliana x Meppelink-van Gestel


Masculino

Semifinais
52 07-Aug vencedores jogo #49 x vencedores jogo #50
51 07-Aug vencedores jogo #47 x vencedores jogo #48

Quartas de final
50 06-Aug vencedores jogo #45  x vencedores jogo #46
49 06-Aug vencedores jogo #43  x vencedores jogo #44
48 06-Aug vencedores jogo #41  x vencedores jogo #42
47 06-Aug vencedores jogo #39  x vencedores jogo #40

Oitavas de final
46 03-Aug 14:00 Nicolai-Lupo x Rogers-Dalhausser
45 04-Aug 10:00 Nummerdor-Schuil x Heuscher-Bellaguarda
44 03-Aug  17:00 Herrera-Gavira x Cunha-Ricardo
43 04-Aug 15:00 Brink-Reckermann x Samoilovs-Sorokins  
42 04-Aug  18:00 Semenov-Prokopiev x Gibb-Rosenthal
41 03-Aug  9:00 Plavins-Smedins, J x Skarlund-Spinnangr  
40 03-Aug  6:00 Fijalek-Prudel x Heyer-Chevallier
39 04-Aug  6:00 Emanuel-Alison x Erdmann-Matysik

PS: Mais uma vez o Primeiro Set foi indicado para participar da maior premiação da blogosfera brasileira: o Top Blog Brasil. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país.  


Foto: Maurício Kaye/FIVB

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ju e Larissa seguem vencendo sem dificuldades. Foto: FIVB
Fim da segunda rodada e até agora o vôlei brasileiro soma apenas uma derrota em Londres: invicto no vôlei de praia e no vôlei indoor masculino, o único tropeço foi no feminino, diante da favorita seleção norte-americana.

Vôlei de Praia

Juliana e Larissa: enfrentaram uma dupla mais forte do que as adversárias da primeira rodada. Mas, ainda assim, as brasileiras seguem sem dificuldades. Mais um 2x0 (21/18, 21/13), desta vez contra alemãs Ilka Semmler/Katrin Holtwick;

Ricardo e Pedro Cunha: Enfrentaram os donos da casa, que pouco entendem de voleibol. O resultado só poderia ser um 2x0 tranquilo (21/17, 21/12) sobre Steve Grotowski/John Garcia-Thompson;

Alison e Emanuel: depois do susto da primeira rodada, vitória tranquila sobre os suícos Bellaguarda (brasileiro naturalizado suiço) e Heuscher. Mais concentrados no jogo, Alison e Emanuel não tiveram dificuldades em fechar a partida em 2x0 (21/17 e 21/12).

Talita e Maria Elisa: bonita vitória sobre a dupla mais forte do grupo e uma das candidatas a uma medalha olímpica. A exemplo da primeira partida em Londres, demonstrando muita vibração e volume de jogo, a parceria passou muito bem por Goller/Ludwig por 2x1 (21/19, 29/31 e 15/13).Vitória importantíssima para deixar a dupla em primeiro no grupo e, teoricamente, com caminho mais fácil nas oitavas.

Vôlei indoor

Seleção feminina: Tudo bem, foi um 3x1 para a equipe favorita ao ouro, podem dizer alguns. No entanto, as parciais de 25/18, 25/17, 22/25 e 25/21 deixam claro que o grupo de Zé Roberto Guimarães precisa evoluir muito ainda. Além disso, uma vitória por 3x2 na primeira rodada e o 3x1 de ontem dão apenas dois pontos à seleção, que ocupa a quarta colocação no grupo. De seis, apenas quatro avançam para a segunda fase. Sinal de alerta ligado e necessidade de muitas melhorias!

Seleção masculina: Enfim, depois de longa espera, que vem desde a Liga Mundial, o Brasil fez uma partida com cara de Brasil. Postura, vibração e bom volume de jogo foram fundamentais para o 3x0 (25/21, 25/23 e 25/21) diante dos russos. Assim como norte-americanos, a seleção é a única do grupo B a ter duas vitórias. Os atuais campeões olímpicos ocupam a liderança por terem sofrido dois pontos a menos que os brasileiros (119 a 121).

E amanhã começam as partidas finais da primeira fase do vôlei de praia. É seguir vencendo para garantir bons cruzamentos na fase seguinte. (confira as datas e horários das partidas).

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domingo, 29 de julho de 2012

Maria se destacou na estreia olímpica.
Seis jogos e seis vitórias para o vôlei brasileiro na primeira rodada de Londres. Alguns adversários extremamente fáceis, é verdade, e outros mais complicados. Mas o mais importante foi o bom começo da modalidade tanto no vôlei de praia quanto no indoor. Algumas análises sobre essa primeira rodada:

Vôlei de Praia

Juliana e Larissa: como era de se esperar, vitória mais que tranquila contra a dupla Rigobert/Li Yuk, de Ilhas Maurício. Dois sets a zero (21/5 e 21/10) em apenas 30 minutos de partida.

Ricardo e Pedro Cunha: partida um pouco mais complicada que a de Juliana e Larissa, mas vitória tranquila e esperada diante dos noruegueses Skarlund/Spinnangr. Ótima atuação do estreante Pedro Cunha que, curiosamente, esteve mais concentrado que o veterano Ricardo em boa parte do jogo. Dois sets a zero (21/14, 21/18) e donos da casa como adversários amanhã.

Alison e Emanuel: Vitória mais difícil que o esperado contra Doppler/Horst, da Áustria. A dupla começou nervosa e os austríacos, que não têm pressão nenhuma na busca por bons resultados, acabaram levando a melhor no 1º set. No entanto, os brasileiros se encontraram nos dois sets seguintes e o "mamute" Alison, mesmo estreante em Olimpíadas, jogou como veterano, sendo fundamental para virar a partida em 2x1(19/21, 21/17 e 16/14).

Talita e Maria Elisa: curiosamente, mais uma estreante em Jogos Olímpicos que roubou a cena. Com uma bela atuação, a dupla passou fácil pelas holandesas Meppelink/Van Gestel. Além da boa apresentação de Maria, Talita foi decisiva nos bloqueios. Partida também vencida por 2x0 (21/10, 21/19) e moral elevada para os próximos confrontos.

No saldo total, nove sets disputados e apenas um perdido.

Nos resultados das duplas internacionais, a grande maioria das favoritas também começaram bem. Vitórias de Walsh/May, Cicolari/Menegatti, Kessy/Ross e Goller/Ludwig. Das possíveis candidatas ao pódio, a surpresa ficou por conta das derrotas das holandesas Van Iersel/Keizer e principalmente da queda das chinesas Xue/Zhang Xi.

No masculino, Rogers/Daulhauser, Gibb/Rosenthal, Brink/Reckermann e Nummerdor/Schuil  não tiveram problemas e também sairam vencendo.

Amanhã Juliana/Larissa e Ricardo/Pedro Cunha entram em quadra novamente (confira aqui todas as datas e horários da primeira fase).

Vôlei indoor

Realmente, o vôlei indoor parece ser a grande dor de cabeça do torcedor brasileiro em Londres. Embora também tenhamos começado com duas vitórias, as apresentações, a exemplo da Liga Mundial e do Grand Prix, não foram tão convincentes:

Seleção feminina: Confesso que os oito pontos de vantagem contra a Turquia no terceiro set me fez até cochilar na frente da TV. E, incrivelmente, quando voltei a me concentrar na partida, eis que a seleção havia tomado a impressionante virada, que só não foi pior porque conseguimos vencer no tie-break. Placar de 3x2 (25/18, 23/25, 25/19, 25/27 e 15/12) desnecessário, que deu apenas dois pontos à seleção. Como castigo, fechamos a 1ª rodada na terceira colocação.

Seleção masculina: Pelo 3x0 (25/17, 25/21 e 25/18), a ideia é de um passeio. Mas não foi bem assim. Sonolenta e incrivelmente indisplicente em alguns momentos, a equipe não lembra ainda aquele grupo de Olimpíadas passadas. Se estreia tem toda aquela pressão, é aguardar para ver se a evolução vai vir nas próximas partidas.

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Foto: Maurício Kaye

sábado, 28 de julho de 2012

Grande concorrência na luta pelas medalhas. Foto: FIVB
Na postagem de ontem, fiz uma análise das quatro duplas brasileiras que estarão representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres.

E hoje, quase que na prorrogação, já que a estreia da modalidade acontece amanhã, uma passada nas duplas internacionais que devem ser a pedra no sapato dos nossos atletas.

Vôlei de Praia Masculino

Brasileiros, americanos e europeus. Estes devem ser os países que lutarão pelas medalhas em Londres. Como toda Olimpíada, não se pode descartar "azarões", mas Rogers e Daulhauser, Gibb e Rosenthal, Nummerdor e Schuil e Brink e Reckermann devem ser principais concorrentes ao ouro:

Rogers e Daulhauser: atuais campeões olímpicos. Frios, concentrados e muito indiferentes ao calor de jogo dos brasileiros. Parceria foi responsável pelo fatídico 15x4 contra Márcio e Fábio Luiz na decisão de Pequim. Fisicamente, a dupla, que voou em 2010 e no início de 2011, já não apresenta a mesma postura, talvez por conta da cirurgia de Dalhauser no final da temporada passada. Mas qualquer desatenção com eles pode ser fatal.

Gibb e Rosenthal: dupla norte-americana que mais brilhou nesta reta final de preparação olímpica. Dos últimos três confrontos contra Alison e Emanuel, dois foram vencidos pela parceria "número 2" dos Estados Unidos.Terminaram em 4º na corrida olímpica e lideram o ranking mundial 2012.

Brink e Reckermann: campões do Circuito Mundial e campões da Copa do Mundo de Vôlei de Praia em 2009. Foram bronze na mesma competição ano passado. Terminaram o ciclo olímpico apenas atrás de Alison e Emanuel e Rogers e Dalhauser.

Nummerdor e Schuil: Quinto colocados no ranking mundial, a dupla mescla a força de bloqueio do grandalhão Schuil com o bom fundo de quadra de Nummerdor. Dupla venceu a última etapa antes das Olimpíadas passando por Márcio e Pedro Solberg em Klagenfurt.

Vôlei de Praia Feminino

Uma briga de muitas apostas. Sem sombra de dúvidas, trata-se da edição olímpica mais concorrida da história do vôlei de praia feminino. Se antes norte-americanas e brasileiras ditavam o ritmo, agora chinesas e europeias também chegam muito forte. Ouso dizer que é possível termos oito duplas lutando pelas três medalhas oferecidas:

Xue e Zhang Xi: dupla número 2 do ranking olímpico, líder do ranking mundial 2012 e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ótimo bloqueio de Xue e grande altura de ambas as jogadoras (Xue tem 1,89m e Xi 1,83m) pode dificultar, e muito, a vida das adversárias. Lugar praticamente garantido no pódio. 

Walsh e May: Bi-campeas olímpicas (um desses ouros foi conquistado contra Adriana Behar e Shelda, em 2004). Tudo bem que o ciclo olímpico da dupla contou com a dupla gravidez de Walsh e com a participação de May na "Dança dos Famosos" americana, que rendeu uma lesão no joelho da jogadora. Foram vice-campeãs da Copa do Mundo 2011, apresentando-se muito bem contra Ju e Larissa. 

Kessy e Ross: dupla "número 2" dos Estados Unidos. Recentemente, não vem conquistando títulos, mas já foram campeãs da Copa do Mundo de Vôlei de Praia contra Juliana e Larissa (2009). Terminaram o ranking olímpico em 4º. 

Cicolari e Menegatti: chances reais de serem as primeiras europeias a conquistarem uma medalha olímpica no vôlei de praia. Dupla começou a se destacar em 2011 e a jovem Menegatti, de apenas 21 anos, foi considerada a revelação da temporada internacional. Neste ano, dupla aprontou logo de cara: duas vitórias sobre Ju e Larissa na abertura do Circuito Mundial, em Brasília.

Van Iersel e Keizer: força holandesa na modalidade feminina. Terminaram a corrida olímpica em 7º. Não devem lutar pelo ouro, mas, dependendo dos cruzamentos, podem aprontar para cima das adversárias e conquistar a melhada de bronze.

Goller e Ludwig: o voleibol das alemãs cresceu muito nos últimos anos e é bem comum vê-las lutando em jogos de quartas de final, semifinal e até mesmo final. Serão adversárias de Talita e Maria Elisa logo na primeira fase e devem brigar pela 1º colocação do grupo com as brasileiras.

Suposições e indagações que começam a ser testadas amanhã (confira as datas e horários das partidas). Boa sorte, Brasil!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Boas chances de pódio duplamente brasileiro. Foto: FIVB
Chegou a hora! Daqui a menos de 48 horas as duplas do vôlei de praia começam a disputa nas Olimpíadas de Londres.

E as análises sobre o possível desempenho brasileiro são as mais variadas possíveis: algumas dão como certa as medalhas para Juliana e Larissa, Alison e Emanuel, Ricardo e Pedro Cunha e Talita e Maria Elisa. Já outras, colocam a supremacia norte-americana, principalmente de Walsh e May e Rogers e Daulhauser, como o possível destaque em Londres.

Aos "45 minutos do segundo tempo", apresento alguns pitacos do que podemos ver nas Olimpíadas a partir de sábado. A postagem de hoje se concetra nas duplas brasileiras e amanhã falo um pouco dos concorrentes internacionais.

Juliana e Larissa: favoritismo bom ou ruim?

Nos últimos quatro anos (e porque não dizer nos últimos oito), nenhuma dupla nacional e internacional foi tão forte.

De 2008 para cá foram dois títulos do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia (2010 e 2011), três de Circuito Mundial (2009, 2010, 2011), um Pan-Americano (2011), uma Copa do Mundo (2011), um Rainha da Praia (Larissa 2011) e três títulos de melhor jogadora do mundo para Juliana (2009, 2010 e 2011). Um currículo para impor respeito em qualquer dupla adversária.

No entanto, com a enorme pressão pela medalha dourada justamente por esse bom desempenho nos últimos anos, todo esse favoritismo pode se transformar em fator negativo. Infelizmente, vivemos num país de muitas cobranças e temos dezenas de exemplos no próprio esporte nacional de teorias que acabaram não se concretizando na prática.

Talita e Maria Elisa: podem se destacar

Uma volta até as Olimpíadas de Pequim: de acordo com a regra da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), como forma de impedir uma final 100% brasileira, Ricardo e Emanuel enfrentaram Márcio e Fábio Luiz nas semifinais de 2008.

Mesmo atuais campeões olímpicos e favoritos ao ouro chinês, Ricardo e Emanuel foram "surpreendidos" pelos compatriotas que sequer haviam feito uma preparação olímpica tão satisfatória naquele início de temporada 2008.

E o mesmo pode acontecer num possível confronto entre Juliana e Larissa e Talita e Maria Elisa. Mesmo com um histórico desfavorável nos confrontos diretos entre as duplas, a parceria "número 2" do Brasil iniciou bem o Circuito Mundial 2012, ganhou confiança e pode surpreender numa possível semifinal entre elas.

Alison e Emanuel: os favoritos mais favoritos

Campões brasileiros, Campeões Mundiais, campeões da Copa do Mundo de Vôlei de Praia, Campeões Pan-Americanos e títulos individuais (Rei da Praia para Alison e Melhor Jogador do Mundo para Emanuel) em 2011: assim como Juliana e Larissa, a pressão está toda neles.

Nenhum histórico recente de lesão - diferente do que vem acontecendo com os atuais campeões Rogers e Daulhauser - e um misto de juventude e experiência, de força e técnica, que coloca a dupla, de longe, como a mais completa e bem preparada entre as parcerias masculinas.

Se dentro de quadra a superioridade é evidente, Alison e Emanuel têm um ponto forte também fora dela: a técnica Letícia Pessoa, prata duas vezes com a dupla Adriana Behar e Shelda.

Mas a história é a mesma aplicada com Juliana e Larissa: se o ouro fosse conquistado pela média dos resultados passados, a medalha já tinha endereço certo. Mas a pressão pode ser um adversário indigesto.

Ricardo e Pedro Cunha: ironia do destino

Quem diria que Ricardo, que iniciou o ciclo olímpico com Emanuel, que depois jogou com Pedro Solberg, que mais tarde teve Márcio como parceiro, iria disputar a sua quarta Olimpíada ao lado de Pedro Cunha?

Do outro lado, quem diria que Cunha, que começou o ciclo com Pedro Solberg, que se lesionou gravemente em 2009, que retornou jogando ao lado de Thiago, que uma temporada depois estava jogando novamente com Pedro Solberg, que mais uma vez se lesionou e que novamente ficou sem parceiro, iria atuar ao lado de Ricardo?

Acaso ou destino, a parceria chega muito forte em Londres.

Com britânicos, que mal entendem de vôlei de praia, pelo caminho na primeira fase, a dupla tem qualidade suficiente para fazer uma boa sequência nas oitavas e quartas de final, deixando o duelo principal reservado para as semifinais.

E aí a história se repete: tal como Márcio e Fábio Luiz em 2008, uma vitória diante dos principais favoritos não será considerada nenhuma zebra. Chegando à final, o rótulo de zebra também poderá ser descartado caso o ouro fique com a parceria "número 2".

Será que temos alguma dupla totalmente favorita em Londres? Juliana e Larissa e Alison e Emanuel estão ligeiramente na frente, mas os possíveis cruzamentos das semifinais podem dificultar um pouco as previsões.
 
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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vôlei de praia abre a disputa no sábado. Foto: Maurício Kaye
Tá chegando a hora! Depois de quatro anos de espera, estamos na véspera da abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

 A abertura olímpica acontece amanhã, às 17 horas e já no sábado começam as disputas do vôlei feminino indoor e do vôlei de praia.

Confira abaixo as datas e horários (de Brasília) de todas as partidas da modalidade na primeira fase da competição:

VÔLEI MASCULINO

Grupo: Brasil, Tunísia, Rússia, EUA, Sérvia e Alemanha
29/07  - Brasil x Tunísia - 18h
31/07 - Brasil x Rússia  - 18h
02/08 - Brasil x EUA  - 16h
04/08 - Brasil x Sérvia - 18h
06/08 - Brasil x Alemanha - 18h

VÔLEI FEMININO

Grupo: Brasil, Turquia, EUA, Coréia do Sul, China e Sérvia
28/07 - Brasil x Turquia - 18h
30/07 - Brasil x EUA - 12h45
01/08 - Brasil x Coréia - 18h
03/08 - Brasil x China - 05h30
05/08 - Brasil x Sérvia - 18h

VÔLEI DE PRAIA

28/07
13h30 - Juliana/Larissa x Rigobert/Li Yuk (Ilhas Maurício)
16h - Ricardo/Pedro Cunha x Skarlund/Spinnangr (Noruega)

29/07
7h - Alison/Emanuel x Doppler/Horst (Áustria)
16h - Talita/Maria Elisa x Meppelink/Van Gestel (Holanda)

30/07
11h30 - Juliana/Larissa x Holtwick/Semmler (Alemanha)
13h30 - Ricardo/Pedro Cunha x Grotowski/Garcia-Thompson (Grã-Bretanha)

31/07
6h - Alison/Emanuel x Heuscher/Bella (Suíça)
8h - Talita/Maria Elisa x Goller/Ludwig (Alemanha)

01/08
11h30 - Juliana/Larissa x Klapalova/Hajeckova (República Tcheca)
16h - Ricardo/Pedro Cunha x Binstock/Reader (Canadá)

02/08
6h - Alison/Emanuel x Lupo/Nicolai (Itália)
13h30 - Talita/Maria Elisa x Bawden/Palmer (Austrália)

As Olimpíadas de Londres serão transmitidas pela Rede Record na TV aberta e pelos canais SporTV, ESPN, ESPN Brasil, ESPN HD e Band Sports na TV fechada. 

Fonte: Blog do Shallon e Planeta Olímpico

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domingo, 22 de julho de 2012

Antes de Londres, pódio garantido em Klagenfurt. Foto: FIVB
Mesmo com o foco praticamente todo voltado para Londres, o Brasil conseguiu duas importantes medalhas no Grand Slam de Klagenfurt do Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

Talita e Maria Elisa, que perderam as duas partidas iniciais da primeira fase da etapa, se recuperaram, eliminaram Juliana e Larissa nas oitavas de final, avançaram até as semifinais e só foram paradas pelas russas Khomyakova e Ukolova, dupla sensação do torneio, que começou a disputa no qualifying e terminou com o título austríaco.

Na disputa da medalha de bronze, a forte chuva, que antes atrapalhou o andamento da etapa, acabou ajudando as brasileiras: desistência das chinesas Xue e Zhang Xi e pódio conquistado sem necessidade de entrar em quadra.

Pelo masculino, sem Alison e Emanuel, que viajaram para Londres na sexta-feira à noite, e com uma derrota por 2 sets a 1 de Ricardo e Pedro Cunha para os norte-americanos Gibb e Rosenthal (com direito a incríveis 37x35 no primeiro set da partida das oitavas), Márcio e Pedro Solberg seriam o Brasil no Grand Slam de Klagenfurt.

Na decisão, excelente apresentação no primeiro set, queda de rendimento no segundo, duros golpes da arbitragem no tie-break e injusta derrota para os holandeses Nummerdor e Schuil.

No entanto, mesmo "garfada", a prata não deixa de ser uma ótima colocação para a dupla que, mesmo formada no início da temporada, subiu três vezes ao pódio do Circuito Mundial em 2012.

Outras colocações em Klagenfurt: Juliana/Larissa, Ângela/Lili e Vivian/Taiana (9º); Ricardo/Pedro Cunha (5º) e Benjamin/Bruno Schimtd (9º).

Agora as atenções se voltam completamente para Londres: Alison e Emanuel e Juliana e Larissa já estão na capital inglesa e Talita e Maria Elisa e Ricardo e Pedro Cunha estão a caminho.

E daqui a seis dias, as parcerias começam a estrear nos Jogos!

Coração já batendo mais forte: Go, Brasil!

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Brasileiros têm boas chances de avançar em primeiro.
Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha já têm adversários definidos nas Olimpíadas. A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) realizou na tarde de hoje, 19, em Klagenfurt, na Áustria, o sorteio dos grupos do vôlei de praia em Londres.

Grupos que serão fundamentais para definir os cruzamentos seguintes na próxima fase e, consequentemente, o pódio olímpico.

Como era de se esperar, Alison/Emanuel e Juliana/Larissa, que serão cabeças de chave do grupo A por conta da primeira colocação do ranking olímpico, aparentemente, terão uma vida um pouco mais "tranquila" no início da competição.

Como também era de se esperar, Ricardo/Pedro Cunha (6º colocados no ranking olímpico) e Talita/Maria Elisa (5º colocadas) deveriam ser as parcerias brasileiras que encontrariam maiores dificuldades.

No entanto, Ricardo/Pedro Cunha acabaram dando sorte ao cair na chave da dupla dona da casa, que somou apenas 522 pontos na corrida olímpica (menos que um décimo do somário dos brasileiros). Talita/Maria Elisa não deram a mesma sorte, mas devem ter mais trabalho somente com as alemãs Goller/Ludwig.

Outros dois detalhes interessantes: assim como o confronto brasileiro entre Larissa/Ana Paula e Criz/Andrezza (que defenderam a Geórgia) na primeira fase de Pequim, um novo encontro brasileiro acontecerá em Londres: Alison/Emanuel enfrentarão o brasileiro naturalizado suiço Bellaguarda.

Já no grupo C, o duelo será entre campeãs olímpicas: Walsh/May (campeãs em 2004 e 2008) enfrentarão a australiana Natalie Cook, ouro em Sydney 2000.

Após confrontos diretos entre as duplas de cada grupo, avançam diretamente às oitavas de final os dois primeiros colocados de cada chave e os dois melhores terceiros. Os quatro terceiros colocados restantes disputarão as últimas duas vagas disponíveis nas oitavas.

Confira todos os grupos do masculino e do feminino:

MASCULINO

Grupo A

Alison/Emanuel (Brasil) (1º)
Bella/Heuscher (Suíça) (9º)
Lupo/Nicolai (Itália) (15º)
Doppler/Horst (Áustria) (Continental Cup)

Grupo B
Rogers/Dalhausser (EUA) (2º)
Herrera/Gavira (Espanha) (10 º)
Benes/Kubala (República Tcheca) (12º)
Asahi/Shiratori (Japão) (Continental Cup)

Grupo C
Brink/Reckermann (Alemanha) (3º)
Wu/Xu (China) (11º)
Heyer/Chevallier (Suíça) (16º)
Semenov/Prokopiev (Rússia) (Continental Cup)

Grupo D
Gibb/Rosenthal (EUA) (4º)
Fijalek/Prudel (Polônia) (7º)
Samoilovs/Sorokins (Letônia) (13º)
Chiva/Goldschmidt (África do Sul) (Continental Cup)

Grupo E
Schuil/Nummerdor (Holanda) (5º)
Erdmann/Matysik (Alemanha) (8º)
Plavins/Smedins (Letônia) (14º)
Hernandez/Fañe (Venezuela) (Continental Cup)

Grupo F
Grotowski/Garcia-Thompson (Grã-Bretanha) (donos da casa)
Ricardo/Pedro Cunha (Brasil) (6º)
Skarlund/Spinnangr (Noruega) (Continental Cup)
Binstock/Reader (Canadá) (Continental Cup)

FEMININO

Grupo A
Juliana/Larissa (Brasil) (1º)
Holtwick/Semmler (Alemanha) (10º)
Klapalova/Hajeckova (República Tcheca) (15º)
Rigobert/Li Yuk (Ilhas Maurício) (Continental Cup)

Grupo B
Chen Xue/Zhang Xi (China) (2º)
Kuhn/Zumkehr (Suíça) (9º)
Arvaniti/Tsiartsiani (Grécia) (16º)
Vasina/Vozakova (Rússia) (Continental Cup)

Grupo C
Walsh/May (EUA) (3º)
Slukova/Kolocova (República Tcheca) (11º)
Doris Schwaiger/Stephanie Schwaiger (Áustria) (13º)
Cook/Hinchley (Austrália) (Continental Cup)

Grupo D
Kessy/Ross (EUA) (4º)
Keizer/Van Iersel (Holanda) (7º)
Liliana/Baquerizo (Espanha) (12º)
Zonta/Gallay (Argentina) (Continental Cup)

Grupo E
Talita/Maria Elisa (Brasil) (5º)
Goller/Ludwig (Alemanha) (8º)
Palmer/Bawden (Austrália) (14º)
Meppelink/Van Gestel (Holanda) (Continental Cup)

Grupo F
Mullin/Dampney (Grã-Bretanha) (donas da casa)
Cicolari/Menegatti (Itália) (6º)
Ukolova/Khomyakova (Rússia) (Continental Cup)
Lessard/Martin (Canadá)  (Continental Cup)

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Foto: FIVB

terça-feira, 17 de julho de 2012

Natália vai para Londres, mas pode dar lugar à Camila Brait.
Ainda será possível fazer alterações até o congresso técnico de cada modalidade, mas as seleções de vôlei do Brasil já têm a lista com os doze nomes que estarão defendendo o país nas Olimpíadas de Londres.

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou hoje, 17, a lista com os atletas que estarão defendendo cada uma das seleções de vôlei nos Jogos.

Depois do corte de Mari na semana passada, as duas últimas retiradas da equipe de Zé Roberto foram Sassá e Camila Brait. Natália, que corre contra o tempo para se recuperar das cirurgias na canela, parte com a equipe para Londres.

No masculino, os últimos cortados foram Théo, Mário Junior e Lucarelli.

Confira a lista completa de cada uma das seleções:

Seleção Feminina:
Dani Lins e Fernandinha (levantadoras)
Fabiana, Thaísa e Adenizia (as centrais)
Sheilla e Tandara (opostas)
Paula Pequeno, Fernanda Garay, Jaqueline e Natália (ponteiras)
Fabi (líbero)

Seleção Masculina:
Bruninho e Ricardinho (levantadores)
Leandro Vissotto e Wallace (opostos)
Dante, Murilo, Giba e Thiago Alves (ponteiros)
Sidão, Lucão e Rodrigão (centrais)
Serginho (líbero)

Será que Bernardinho e Zé Roberto fizeram as escolhas certas? Só o tempo para dizer! Contagem regressiva para Londres: faltam 10 dias!

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domingo, 15 de julho de 2012

Brasileiras tiveram atuação memóravel na decisão de hoje.
Quatro etapas de "abstinência" no feminino e três no masculino. Depois da fase de "vacas magras", que passou pelo vôlei indoor e depois transferiu-se para o vôlei de praia, as duplas brasileiras enfim reencontraram o caminho dourado no Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

A apenas doze dias das Olimpíadas, e na penúltima etapa de Tour antes dos Jogos, Alison e Emanuel e Juliana e Larissa fizeram um esquenta que todo torcedor quer ver se repetir em Londres.

No masculino, depois de perderem as últimas duas finais de Circuito Mundial para os norte-americanos Gibb/Rosenthal (que prometem incomodar tanto quanto os compatriotas e atuais campeões olímpicos Rogers e Daulhauser), Alison e Emanuel mantiveram a calma, se imporam e conquistaram a última competição da dupla antes de Londres de forma invicta.

Resultado que garante confiança e moral para a parceria mais favorita entre todas as quatro brasileiras convocadas para os Jogos.

Pelo feminino, as hexacampeãs mundiais não só esqueceram os altos e baixos tão constantes ao longo do ano, como fizeram a melhor apresentação em uma partida de Circuito Mundial nesta temporada.

Depois de eliminar duplas como Talita e Maria Elisa e italinas Cicorali e Menegatti, Juliana e Larissa jogaram como Juliana e Larissa e, muito confiantes, concentradas e focadas, não tiveram dificuldades em garantir o título inédito de Berlim.

Talvez nenhuma imagem consiga ilustrar tão bem o dia das brasileiras como a "engraxada" de Larissa no segundo e decisivo set contras chinesas.

Mesmo que Xi tenha apresentado sinais de dores nas costas, a boa vitória traz de volta a postura vencedora da dupla brasileira e, ao mesmo tempo, joga a pressão para o lado de uma das prováveis adversárias em Londres.

Outras colocações brasileiras em Berlim: Ângela/Lili (5º), Talita/Maria Elisa (9º), Vivian/Taiana (17º); Márcio/Pedro Solberg (5º) e Benjamin/Bruno Shmitd (9º).

Antes de Londres agora somente a etapa de Klagenfurt, a minha etapa mundial preferida em termos de animação e torcida, que já começa amanhã.

Circuito Banco do Brasil Challenger

Nesse final de semana aconteceu também a terceira etapa challenger do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Beto Pitta e Lipe, que agora defendem as cores do Botafogo, foram os campeões ao derrotarem Álvaro Filho e Luciano na final realizada em Campo Grande. Franco e Daniel Souza completaram o pódio masculino.

Pelo feminino, o título ficou com a nova parceria formada por Andrezza e Chell, que venceram Raquel e Shaylyn. O terceiro lugar foi conquistado por Renata e Elize Maia.

Campeonato Mundial SUB-19

Iago/Léo Morais e Duda/Drussyla terminaram na 5ª e na 9ª colocação, respectivamente, no Mundial Sub-19, disputado em Lanarka, no Chipre.

Além das colocações, destaque para a idade de Duda: apenas 13 anos.

PS: Começou ontem a votação da edição 2012 do Prêmio Top Blog. Pelo segundo ano consecutivo, o Primeiro Set participa da disputa. Para quem quiser dar uma força, basta acessar o site da premiação e votar por meio de e-mail, Facebook ou Twitter.

Foto: Globo.com/Reuters

domingo, 8 de julho de 2012

Prata de Alison/Emanuel foi o melhor resultado da semana.
Uma fase sem vacas gordas. A 18 dias para Londres, o voleibol brasileiro vive um "esquenta" pouco dourado para as Olimpíadas. Após a prata no Grand Prix com a seleção feminina semana passada, os resultados da Liga Mundial e do Circuito Mundial de Vôlei de Praia também não foram os melhores.

Liga Mundial
Após os 3x0 para Cuba e o 3x2 para a Polônia no meio da semana, a seleção masculina de vôlei amargou a sexta colocação geral na competição, pior resultado de Liga Mundial na era Bernardinho.

Desde que o técnico chegou à seleção, em 2001, esta foi a segunda vez que o Brasil ficou fora do pódio em uma competição. A primeira havia sido justamente às vésperas das Olimpíadas, em 2008, quando a equipe terminou em quarto na Liga Mundial disputada na Itália.

Resultado ruim, histórico e que mostra que, mesmo Londres estando tão próxima, será necessário evoluir, e evoluir muito, nesses próximos dias.

Como muita gente diz: se é para perder, que seja para a equipe campeã.  E foi justamente isso que aconteceu. Depois de sofrer quatro derrotas em cinco partidas para a Polônia, vimos Kurek, Bartman e Cia garantirem o primeiro título internacional desde as Olimpíadas de 1976 para os poloneses, que chegarão com muito mais moral em Londres.

Circuito Mundial de Vôlei de Praia
Se a situação não anda boa no vôlei indoor, no vôlei de praia a situação é bem menos tensa, mas também não é a das melhores.

Pelo Grand Slam de Gstaad, na Suiça, a melhor colocação feminina foi o 5º lugar, conquistado por Àgatha/Bárbara Seixas, que eliminaram as compatriotas Juliana/Larissa nas quartas-de-final da etapa.

Ju/Larissa, não sei se administrando os resultados ou não, terminaram em 9º, Vivian/Taiana em 17º e Ângela/Lili em 25º. Talita/Maria Elisa, convocadas para os Jogos, abriram mão da etapa.

Para esquentar ainda mais a briga em Londres, Walsh/May, que há tempos não venciam um torneio, ficaram com o título do Grand Slam suiço.

Já pelo masculino, Alison/Emanuel - também não sei administrando ou não - chegaram à final, mas foram derrotados pelos norte-americanos Gibb/Rosenthal por 2x0 (17-21, 17-21).

Benjamin/Bruno Schimtd, Ricardo/Pedro Cunha e Thiago/Ferramenta terminaram em 5º lugar.

Antes de Londres, restam agora apenas dois Grand Slams: o de Berlim e o de Klagenfurt.

E aí é ver se essa fase de vacas madras é apenas uma estratégia para desviar a atenção dos concorrentes.

 Foto: FIVB
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