segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Ouro e prata para o Brasil foi o ponto alto da etapa carioca (Foto: FIVB)
Se o Brasil deseja medalhas para as duplas brasileiras, boa estrutura e arquibancadas lotadas nas Olimpíadas Rio 2016, podemos dizer que a etapa Open Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, válida como evento-teste para as Olimpíadas Rio 2016, foi praticamente tudo aquilo se projeta para o próximo ano.

Salvo algumas questões, como uma final masculina entre Alemanha e Letônia, algo bem fora da meta em função do bom momento vivido por Alison/Bruno Shcmitd e por um início de temporada muito forte de Pedro Solberg/Evandro. Em 4º e 9º lugar, respectivamente, as duplas foram elimanadas por brasileiros que também projetam os Jogos Olímpicos, mas somente para 2020.

Surpreendentemente, Guto/Saymon, de 22 e 21 anos, e com cerca de dois meses de formação, foram o Brasil no pódio. Os garotos, que já haviam vencido Alison/Bruno na final da primeira etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Brasília, eliminaram Solberg/Evandro nas oitavas e não se intimidaram na partida que definiu o bronze.

A dupla só não conseguiu bater os fortíssimos Smedins/Samoilovs, que venceram a etapa e que são uma das minhas grandes apostas para o pódio olímpico do próximo ano.

Ricardo/Emanuel encerraram a série de etapas classificatórias sem chegar em um único pódio. Em Copacabana, terminaram em 9º e só terão a vaga olímpica caso a CBV utilize um critério muito duvidoso na escolha do segundo time brasileiro.

Ouro e prata, tal como em 1996

Se entre os homens o script foi um pouco diferente do que se busca para 2016, no feminino tudo aconteceu como se espera.

Talita/Larissa confirmaram o favoritismo e chegaram ao sexto título em oito etapas mundiais disputadas pela dupla este ano. Àgatha/Bárbara Seixas, que, segundo elas próprias, jogaram acreditando ser a segunda parceria representante do Brasil nos Jogos, também tiveram desempenho dentro do imaginado.

Em uma final muito equilibrada, cujo primeiro set só foi terminado em 32 a 30, ficou provado de que os times são os dois melhores do cenário atual da modalidade.

Caso seja permitida pelos organizadores, a decisão 100% brasileira é sim uma chance real.

Juliana/Maria Elisa, derrotadas pelas holandesas Meppelink/Val Iersel na decisão do bronze, deram declarações aceitando a condição de terceira dupla do país. No entanto, Juliana lembrou do episódio envolvendo ela mesmo em Pequim 2008, quando a pouco mais de dois meses para as Olimpíadas, uma lesão mudou completamente o rumo da competição. Por este raciocínio, sua participação em 2016 somente seria possível em um eventual problema físico de Larissa/Talita e Àgatha/Bárbara.

Walsh, que vem sofrendo com um problema no ombro, seguiu sacando por baixo durante as partidas, e novamente ficou abaixo do seu potencial, obtendo um modesto 9º lugar.

Fora das quadras

Criticado pela maioria dos jogadores, a tabela de sábado, com jogos das oitavas, quartas de finais e semifinais disputados entre 8h e 17h, não será parâmetro para 2016, quando cada partida será em um dia diferente.

Em termos de arquibancadas, que comportou cerca de 2.500 espectadores, a realidade também será outra, com aproximadamente 12 mil presentes a cada jogo.

De forma geral, excluindo as colocações masculinas, que também não serve de parâmetro, o evento foi aprovado e se aproxima do que todos querem ver nas areias de Copacabana do próximo ano.

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