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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Na competição mais importante da temporada do vôlei de praia, Brasil foi duplamente ouro
Brasil foi duplamente ouro na competição mais importante da temporada
Encerrando a série de posts retrospectivos do vôlei de praia brasileiro em 2016, chegou a vez de escrever sobre a grande competição do ano: o Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, disputado pela primeira vez na história em quatro cidades diferentes (Amsterdã, Apeldoorn, Haia e Roterdã), todas na Holanda. Assim como nos demais torneios, o predomínio foi totalmente brasileiro.

No feminino, mesmo com a queda precoce de Talita/Larissa ainda nas oitavas de final do torneio, para as compatriotas Juliana/Maria Elisa, fomos ouro, prata e bronze, feito inédito na história da competição, criada em 1997.

Na decisão entre Àgatha/Bárbara Seixas e Taiana/Fernanda Berti, melhor para a dupla que viria a ser convocada para os Jogos Olímpicos do Rio posteriormente. Curiosamente, no dia de decisão de Copa América de futebol, o título, após parciais de 21/18 e 21/19, colocaram Àgatha/Bárbara como destaque esportivo em todos os noticiários do dia.

Juliana, cortada da seleção brasileira, em 2013, voltou a disputar a Copa do Mundo. Ao lado de Maria Elisa, eliminou sua antiga parceira, e, depois de uma bela virada sobre as alemãs Holtwick/Semmler, conquistou o bronze, passando a somar cinco medalhas mundiais  (duas pratas, dois bronzes e um ouro).

Nas premiações individuais, Àgatha foi eleita a melhor jogadora do torneio, Fê Berti a melhor atacante e Juliana melhor saque e maior pontuadora.

Alison/Bruno Shcmitd desbancam donos da casa
Entre os homens, nem mesmo os 5.500 holandeses presentes na bela arena montada em Haia impediram a hegemonia de Alison/Bruno Shcmitd. Mesmo com a derrota por 21/12 no primeiro set, os brasileiros reagiram no set seguinte, fazendo 21/14, e depois mostraram toda frieza do mundo para finalizar o longo tie-break em 22/20.

Com o ouro, o "mamute" Alison, que dava sinais de ter se recuperado plenamente das duas cirurgias recentes (apêndice e joelho), chegou à terceira medalha nas três edições de Campeonato Mundial disputadas (foi ouro com Emanuel, em 2011, e prata com Harley, em 2009). Deputando na competição, Bruno Schmitd recebeu o prêmio de melhor atacante de toda a competição.

Pedro Solberg/Evandro, que despacharam os norte-americanos Lucena/Brunner na disputa do bronze, em 2 sets a 0 (22/20 e 21/13), além da medalha, também figuraram entre os melhores jogadores do torneio. Enquanto Solberg foi eleito o maior pontuador, Evandro foi o dono do melhor saque e do saque mais rápido.

A partir daquele torneio, os olhos da imprensa esportiva passaram a tratar o vôlei de praia como uma das grandes apostas para 2016. E, após as conquistas da temporada de Circuito Mundial, nos dois naipes, os gurus de plantão já dão como certa uma boa participação nas Olimpíadas do Rio. Mas deixo para dar este pitaco numa outra postagem!

Adeus, 2015! Chega mais, 2016! Com muita paz, saúde e conquistas, para nós e para todos os nossos atletas!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Após ouro, prata e bronze, homens garantiram ouro e bronze.
Foto: Divulgação/FIVB
Depois de ouro, prata e bronze no feminino, o Brasil garantiu ouro e bronze entre os homens nas partidas decisivas do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, disputado em Haia, na Holanda. De um total de cinco medalhas possíveis, todas foram conquistas pelas parcerias brasileiras.

Na decisão deste domingo (5), mesmo jogando contra o time da casa e com uma torcida de 5.500 holandeses, Alison/Bruno Schmitd tiveram muita maturidade para começar perdendo por 21/12 no primeiro set para depois  reverter as duas parciais seguintes, em 21/14 e um surpreendente 22/20 (no tie-break a partida tradicionalmente acaba nos 15 pontos).

Zerado das duas cirurgias (uma no joelho direito e outra para retirada de apêndice), o "mamute" parece estar em sua melhor forma em 2015. Disputando praticamente todas as etapas do tour desde 2009, o capixaba chegou à sua terceira final de Copa do Mundo, das quatro disputadas, obtendo agora dois ouros (a primeira foi conquistada ao lado de Emanuel, em 2011) e uma prata, com Harley, em 2009.

Já o "mágico" Bruno Schmitd, do alto dos seus modestos 1,85m, estreou em decisões mundiais justamente com o ouro. Mesmo sendo um dos atletas mais baixos do campeonato, ele ainda recebeu o merecido prêmio de melhor atacante de toda a competição.

Pedro Solberg/Evandro, que já vem numa batida mais vencedora em 2015, fecharam o quadro de medalhas brasileiro com um bronze.

Única dupla norte-americana entre as seis semifinalistas dos dois naipes, masculino e feminino, Lucena/Brunner não foram capazes de parar a ótima química formada pelos cariocas, que fecharam o jogo em 2 sets a 0, com parciais de 22/20 e 21/13.

Ao fazer três aces consecutivos no segundo set da final, Evandro não só garantiria a prata, como o título de melhor saque e dono do saque mais rápido. Solberg, que, enalteceu Evandro, considerado-o "o cara" entre todos os parceiros de sua carreira (e não foram poucos), recebeu o troféu de melhor pontuador do Mundial.

Dizer que os dois ouros em Haia é um presságio de dois ouros nos Jogos Rio 2016 é um pouco arriscado. Para efeitos de comparação, em 2011, em Roma, Juliana/Larissa e Alison/Emanuel também foram campeões. No ano seguinte, porém, essas parcerias foram "apenas" bronze e prata, respectivamente, em Londres.

Talvez, o mais certo após essas históricas cinco medalhas é que teremos uma disputa olímpica muito mais forte do que nos últimos ciclos olímpicos. Agora, ao invés de duas ou três duplas, no máximo, lutando pelas vagas, temos entre três e até cinco parcerias pleiteando um lugar nas Olimpíadas 2016.

Se por um lado temos um vôlei de praia brasileiro mais forte e homogêneo no cenário internacional, vemos um Estados Unidos que não anda lá muito bem (apenas quarto com Brunner/Lucenna e quinto com Fendrick/Sweat, que estão longe de ser dupla número 1 do país). Walsh/Ross, candidatas ao pódio do Rio, há tempos não emplacam uma boa sequência. Duplas chinesas, que também se destacavam nos mundiais anteriores, também não demonstraram às duplas do Brasil neste mundial. Wang/Yue eliminaram Walsh/Ross nas oitavas de final para, em seguida, serem eliminadas pelas campeãs Ágatha/Bárbara nas quartas.

Há pouco menos de 400 dias para os Jogos, muita coisa ainda pode acontecer. E manter esse nível nas etapas restantes, que realmente contam pontos para as Olimpíadas, vai ser a obrigação de quem quer estar em Copacabana ano que vem.

Quem sabe, após essa "trinca" de medalhas no feminino, não possamos ter uma dobradinha (para os Jogos são permitidas duas duplas de cada país), 20 anos após o ouro e prata de Atlanta, em 1996.

A partir desta terça (7), as atenções se voltam para o Major Series de Gstaad, na Suíça, competição que volta a valer pontos na corrida olímpica.



sábado, 4 de julho de 2015

Pela primeira vez na história, o mesmo país foi ouro, prata e bronze
Foto: Divulgação/FIVB
Quatro de julho de 2015. Neste sábado, os brasileiros podiam estar comemorando o título da Copa América de futebol.

Mas não. Quem fez história foi o vôlei de praia. Pela primeira vez, desde o início da competição, em 1997, o pódio do Campeonato Mundial - ou Copa do Mundo, como eu insisto em dizer - foi do mesmo país.

Invictas no torneio, e com apenas um set perdido, Ágatha/Bárbara Seixas brilharam. Na decisão deste sábado, vitória por 2 sets a 0 (21-18, 21-19) sobre Fernanda Berti/Taiana e terceiro ouro mundial da parceria nesta temporada 2015 do tour (os dois primeiros foram em Praga e São Petersburgo). Além do título, Ágatha foi eleita a melhor jogadora do torneio.

Na disputa do bronze, Juliana/Maria Elisa acordaram a partir do segundo set e, como brasileiras que são, tiveram garra para virar a partida no tie-break, em parciais de 23/25, 21/18 e 15/9, superando as alemãs Holtwick/Semmler (nada de humilhação diante da Alemanha no vôlei de praia, ok?).

Ouro, prata e bronze numa mesma edição do torneio.

Ouro que mostra o quanto Àgatha/Bárbara evoluíram nestes últimos anos. Com a aposentadoria de Larissa, e com a consequente separação do lendário time formado por ela e Juliana, a dupla Brasoil viu a brecha se abrir, conquistou o título brasileiro 2012/13, foi campeã de novo em 2013/14 e ganhou força no cenário nacional e internacional. E agora, mesmo com a volta de Larissa, que voltou ao velho ritmo vencedor, agora ao lado de Talita, elas não caíram para o posto de coadjuvantes.

Com os mil pontos conquistados hoje, elas abrem vantagem na liderança do ranking mundial da temporada, em pleno ano pré-olímpico, com todas as duplas internacionais pleiteando os melhores resultados.

Fê Berti, eleita a melhor atacante da Copa do Mundo, e Taiana, também brilharam. Das quatro duplas brasileiras na Holanda, inicialmente elas podiam ser consideradas a com menor chance de título. Na prática, derrubaram a teoria. Com aproximadamente um ano de formação da parceria, Taiana voltou a jogar o seu velho e bom voleibol, cujo auge foi com Talita, na temporada 2013, que deu a ela o título da temporada internacional, e Berti, que abandonou as quadras para se dedicar às areias, começa a colher os frutos da escolha. Num país com Àgatha, Bárbara, Larissa, Talita, Juliana e Maria Elisa, a prata foi um ótimo resultado para elas.

Juliana, que agora soma cinco medalhas mundiais (duas pratas, dois bronzes e um ouro), voltou ao pódio de Copa do Mundo após ser impedida de disputar a competição em 2013, quando foi cortada da seleção de vôlei de praia, sistema que vigorou naquele ano no Brasil. Maria Elisa, que conquistou o bronze em 2009, repete a medalha. Além do bronze, elas comemoram a ótima partida feita nas oitavas de final, que culminou na eliminação precoce de Larissa/Talita, até então considerada a dupla brasileira mais provável ao ouro. Nas premiações individuais, Juliana recebeu o prêmio de maior pontuadora e Maria ganhou o troféu de melhor saque.

Assim como Larissa/Talita, Walsh/Ross (sim, elas também participaram) foram eliminadas pela China nas oitavas, terminando no modesto nono lugar. Se tivemos três duplas no pódio, o melhor resultado americano foi o de Fendrick/Sweat, que chegaram em quinto.

A Copa das Copas do vôlei de praia, que, ironicamente, não serve para nada na corrida olímpica, já a pontuação do torneio não entra no somatório que definirá as duas duplas representantes do Brasil nos Jogos do Rio (como o formato do Campeonato Mundial não apresenta country cota e qualifying, o que impedia a participação de mais duplas nacionais, como Maria Clara e Carol, atletas e CBV decidiram não utilizar os pontos do campeonato na conta olímpica).

Faltando quatro torneios para o encerramento da contagem de pontos (Suíça, Japão, Estados Unidos e Polônia), é difícil adiantar quem vai estar no Rio em 2016. Diferente dos últimos anos, em que Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa e anteriormente Talita/Renata, não tiveram muita concorrência na disputa pela vaga, o cenário está totalmente aberto e imprevisível.

E isso é muito bom. Bom para o torcedor e bom para o próprio vôlei de praia brasileiro, que vê suas duplas tendo que dar o melhor para chegar lá.

Neste domingo (5), Alison/Bruno Schmitd também podem ser ouro. Para isso, precisam derrotar os donos da casa Nummerdor/Varenhors. Pedro Solberg/Evandro disputarão o bronze contra os norte-americanos Lucena/Brunner.



sexta-feira, 3 de julho de 2015

Com a vitória desta sexta, Bárbara assegurou sua segunda
 medalha de Campeonato Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)
Independente do resultado deste sábado (3), o Brasil será ouro e prata no Campeonato Mundial de Vôlei de Praia. Isso porque duas duplas nacionais estão na grande final de Haia, na Holanda.

Nas semifinais desta sexta, Taiana/Fernanda Ferti eliminaram as alemãs Holtwick/Semmler por 2x0 (21/12 , 21/15) e mostram que o fantasma da Alemanha faz parte somente do futebol. Juntas desde 2014, a dupla só venceu uma etapa de Circuito Mundial, justamente em Haia, na temporada passada. E a segunda oportunidade do ouro é justamente na Holanda, na competição mais importante do ano e a segunda de maior destaque da modalidade, logo abaixo dos Jogos Olímpicos.

Elas terão como adversárias as também brasileiras Ágatha/Bárbara Seixas, que derrotaram Juliana/Maria Elisa na semifinal 100% verde-amarela. Com parciais de 24/22 e 21/19, elas chegam à quarta final do tour internacional no ano (venceram em Praga, foram prata no Major Series de Stavanger e foram ouro no Grand Slam de São Petersburgo).

Vale lembrar que em 2013, separada da parceira Ágatha enquanto vigorava o sistema de seleções, Bárbara foi bronze, ao lado de Lili, no último Campeonato Mundial, disputado em Stare Jablonki, na Polônia. Das quatro atletas da decisão, ela é a única que já conquistou uma medalha mundial.

Derrotadas nesta sexta, Juliana/Maria Elisa vão lutar pelo bronze contra as também derrotadas Holtwick/Semmler. Caso vençam, o pódio será totalmente do mesmo país, feito inédito na história do Campeonato Mundial, disputado desde 1997.

A decisão do bronze acontece às 15h (horário de Brasília) e a grande final logo em seguida, às 16h. As partidas serão transmitidas pelo canal SporTV.

Ainda neste sábado, o Brasil também pode se garantir duplamente nas finais masculinas. Pedro Solberg/Evandro enfrentam os donos da casa Nummerdor/Varenhorts, às 7h, e Alison/Bruno Schmitd enceram os norte-americanos Lucena/Brunner, às 8h. A finalíssima será na tarde de domingo (5). 



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Campeã em 2011, e impedida de jogar em 2013, Juliana volta a disputar
uma semifinal de Campeonato Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)
Depois de um modesto Campeonato Mundial em 2013, com "apenas" uma prata e um bronze, já é certo que o Brasil obterá, pelo menos, três medalhas na edição 2015 do torneio, que está sendo disputado na Holanda.

Após todas as oito duplas nacionais passarem pela fase de grupos do torneio, cinco delas avançaram até as semifinais da segunda competição mais importante da modalidade, perdendo apenas para a Olimpíada.

Um pouco menos baladas que as demais parcerias compatriotas, Fernanda Berti/Taiana vão enfrentar as alemãs Holtwick/Semmler na primeira semifinal deste sábado. No outro cruzamento, Juliana/Maria Elisa, que venceram e eliminaram Larissa/Talita nas oitavas de final, duelarão com Ágatha/Bárbara Seixas, que eliminaram as chinesas Wang/Yue que, por sua vez, tiraram as norte-americanas Walsh/Ross da competição.

Entre os homens, Pedro Solberg/Evandro acabaram cruzando com Álvaro Filho/Vitor Felipe, levaram a melhor e agora duelarão contra os donos da casa Nummerdor/Varenhorts por uma vaga na decisão.

Na outra semifinal, Alison/Bruno Schmitd vão encarar os norte-americanos Lucena/Brunner, que tiraram Ricardo/Emanuel nas oitavas.

Conforme os resultados, o total de medalhas pode chegar a cinco.

Dessa turma, Alison poderá ser bicampeão (o primeiro título foi conquistado em 2011, com Emanuel) e chegar à terceira final mundial da carreira (a primeira foi com Harley, na Noruega, em 2009). E Bárbara Seixas pode conquistar o segundo pódio, já que em 2013, ao lado de Lili, foi bronze, em Stare Jablonki.

Vale lembrar que os mil pontos conquistados na Holanda não entrarão na pontuação do ranking olímpico, por decisão da CBV, acatada pelos atletas. 




sexta-feira, 3 de abril de 2015

Atuais vice-campeões e agora separados, Ricardo está no
 grupo G e Álvaro Filho no grupo K (Fotot: FIVB/Divulgação)
Foi realizado nesta semana, mais precisamente na segunda-feira (30), o sorteio dos grupos do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, que acontece de 26 de junho a 05 de julho, na Holanda. Pela primeira vez na história, o evento acontece simultaneamente em quatro cidades: Amsterdam, Apeldoorn, Roterdã e Haia.

Pelo torneio masculino, Ricardo e Emanuel, campeões mundiais em 2003, encabeçam o grupo G, com sede em Amsterdã. Eles enfrentarão Herrera/Gavira (ESP), Liamin/Barsouk (RUS) e Ajanako/Sapong (GAN). Pelo grupo C, em Apeldoorn, Alison/Bruno Schmidt terão pela frente Doppler/Horst (AUT), Court/Schumann (AUS), além dos brasileiros que agora defendem o Qatar, Jefferson/Tiago.

Ainda em Apeldoorn, pelo grupo K, Vítor Felipe/Álvaro Filho enfrentam Gibb/Patterson (EUA), Marco/Garcia (ESP) e Azaad/Bianchi (ARG). A quarta dupla brasileira, Pedro Solberg/Evandro é cabeça de chave no grupo L, em Roterdã, e jogará com Walkenhorst/Windschief (ALE), Virgen/Ontiveros (MEX) e Naceur/Belhaj (TUN).

Já pelo naipe feminino, Larissa/Talita estão no grupo B, em Amsterdã, e jogam contra Goricanec/Huberli (SUI), Radarong/Udomchavee (TAI) e as donas da casa Van Der Vlist/Van Gestel. A capital holandesa também receberá os jogos do grupo G que tem Maria Elisa/Juliana, Laboureur/Süde (ALE), Pata/Matauatu (VAN) e Boucheta/Bayou (ALG).

Fernanda Berti, que estreia em um Mundial, jogará com Taiana pelo grupo I, em Haia. Elas enfrentam duas duplas suiças, Zumkehr/Heidrich e Forrer/Vergé-Dépré, além de Nel/Sekhonyana (AFS). Completando a lista de brasileiras, Ágatha/Bárbara Seixas estão no grupo F, em Apeldoorn, com Day/Kessy (EUA), Revuelta/Candelas (MEX) e Flores/Leila (CUB).

A princípio, mesmo enfrentando algumas duplas já carimbadas a nível mundial, acredito que todas as parcerias brasileiras têm boas chances de avençar para a próxima fase.

Neste edição 2015 do segundo torneio mais importante do vôlei de praia, ficando abaixo somente dos Jogos Olímpicos, 96 times, 48 em cada gênero, estão na disputa. Daí, esta certa "facilidade" para os brasileiros na fase de grupos.

Walsh/Ross, concorrentes diretas das parcerias brasileiras, estão no grupo C e encaram as canadenses Bansley/Sara Pavan, Laird/Artacho (AUS) e Braakman/Sinnema (NED). Rosenthal/Dalhausser, também favoritos, vão jogar contra Kapa/McHugh (AUS), Sidorenko/Dyachenko (KAZ) e O’Dea/Watson (NZL). no grupo B. Os letões Smedins/Samoilovs, atuais campeões mundiais da temporada passada, que caíram no grupo F, pegam Grimalt E/Grimalt M (CHI), Van De Velde/Van Dorsten (NED) e Koshkarev/Bykanov (RUS)

As chinesas Xie/Xue e os holandeses Brouwer/Meeuwsen são os campeões do último Campeonato Mundial, que aconteceu em Stare Jablonki, na Polônia, em 2013.

A tabela completa está disponível no site do evento.



domingo, 29 de março de 2015

Dupla, separada em 2009, volta a ser campeã em Salvador
Quando Ricardo/Emanuel refizeram a parceria, em agosto do ano passado, confesso que não apostava que os "vovôs" do vôlei de praia, que juntos somam 81 anos de idade, voltariam aquele ritmo vencedor, que deu a eles o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas e o bronze em Pequim.

Sete meses depois, eles conquistaram, ainda neste sábado (28), o título do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Hoje, na decisão da etapa de Salvador, a nona e última da temporada, os já campeões brasileiros venceram os jovens Guto/Allison por 2 sets a 1 (19/21, 21/16, 15/11), garantindo também o título da etapa baiana.

Além dos dois títulos, marcas. Jogando em casa, Ricardo chegou ao 29º título de uma etapa brasileira ao lado de Emanuel. Somando conquistas nacionais e internacionais, são agora 154 ouros da parceria.

Em relação às conquistas individuais, Emanuel se isola como o maior vencedor do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, com nove títulos (94, 95, 2001, 2002, 2003, 2006, 2008 e 2011). O curitibano estava empatado com as ex-jogadoras Adriana Behar/Shelda, que levantaram a taça oito vezes. Já Ricardo, campeão da temporada pela primeira vez em casa, conquista seu sexto título. O baiano venceu em 2002, 2003, 2006, 2008 e 2013/2014.

Diante disto, a dupla vai muito forte para o Superpraia, torneio final da temporada nacional, que acontecerá entre os dias 27 de abril e 3 de maio, em Maceió. Logo depois, devem entrar fortes também no Circuito Mundial, que abrirá a contagem de pontos para os Jogos do Rio.

Se antes havia dúvida, agora acredito que os lendários, pelo atual momento, têm tudo para repetir o bom retrospecto a nível mundial.

Além do título para Ricardo/Emanuel e do vice para Allison/Guto, Márcio Araújo/Saymon fecharam o pódio masculino. Alison, que voltou às quadras após seis meses afastado devido a duas cirurgias, ao lado de Bruno Schmitd, foi eliminado nas quartas de final.

Maria Clara/Carol vencem etapa e garantem vice-campeonato brasileiro

Foras do Campeonato Mundial, por não terem alcançado uma boa colocação no ranking internacional em 2014, Maria Clara/Carol deram mais um importante passo para garantir uma vaga no Circuito Mundial.

Campeãs em Salvador, ao derrotarem Juliana/Maria Elisa por 2x1, as irmãs Salgado asseguraram o vice-campeonato da etapa brasileira, colocação que as coloca entre os times credenciados pela CBV para disputar o tour internacional.

Larissa/Talita, campeãs brasileiras por antecipação, completaram o pódio feminino.

Imbróglio

De acordo com uma matéria do jornal O Povo, publicada neste domingo (29), as cariocas teriam conseguido fazer a CBV voltar atrás e cancelar a contagem de pontos do Campeonato Mundial.

Sem uma das quatro vagas disponibilizadas para o Brasil, elas, assim como Bruno/Hevaldo, vice-campeões brasileiros, mas com poucos pontos internacionais em 2014, não disputariam o principal torneio do ano, ficando sem chance de somar os 1.000 pontos que a competição oferece aos vencedores da etapa holandesa.

Ainda conforme o texto, a CBV teria anunciado a decisão aos atletas na última sexta (27), mas sem dar uma confirmação oficial à imprensa.

Inicialmente, Alison/Bruno Schmidt, Ricardo/Emanuel, Pedro Solberg/Evandro, Vitor Felipe/Álvaro Filho; Larissa/Talita, Ágatha/Bárbara Seixas, Juliana/Maria Elisa e Fernanda Berti/Taiana seriam as oito duplas classificadas. 

Com a vaga olímpica em jogo, a discussão sobre esses representantes deve ganhar outros capítulos.

Foto: Paulo Frank/CBV

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Na Holanda, utilização de um navio como "sede" da Copa do Mundo, deve chamar a atenção do público e da mídia. Foto: FIVB
Amigos, depois de um certo tempo, volto com as postagens aqui no blog. E para falar do que 2015 reserva para o vôlei de praia brasileiro, ano em que a corrida olímpica começa, de fato.

A partir da primeira etapa do Circuito Mundial, cujo calendário oficial ainda não foi divulgado, teremos o início da contagem de pontos para as Olimpíadas Rio 2016.

Até meados do próximo ano, nossas principais duplas lutarão ponto a ponto para assegurar as duas vagas destinadas ao Brasil em cada um dos dois naipes. Mesmo que ainda não confirmado oficialmente pela CBV, o bom senso deve manter o critério de classificação: vão para os Jogos as duplas que somarem mais pontos durante os aproximadamente 18 meses de corrida olímpica.

Antes da Olimpíada, porém, o país precisará de duplas para representar a nação no Pan-Americano de Toronto, evento disputado de 10 a 26 de julho, no Canadá.

Em 2011, Alison/Emanuel e Juliana/Larissa foram os campeões. Agora, tais duplas já não existem mais e os até então parceiros se tornaram adversários.

Outra competição importante no calendário 2015 é o Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, como prefiro usar. Disputada em Haia, Amsterdã e Apeldoorn, na Holanda, entre 26 de junho e 5 de julho, a competição promete ser uma prévia do que deveremos ver nos Jogos 2016.

E ainda tem evento teste para as Olimpíadas, Circuito Mundial e Brasileiro.

De acordo com informações não oficiais, com a extinção das seleções de vôlei de praia, as cinco duplas mais bem colocadas no ranking brasileiro garantem o direito de disputar as etapas do Circuito Mundial. A partir disso, é efeito cascata: parceria bem colocada no Circuito Brasileiro, vaga no tour internacional, boa colocação mundial, vaga no Pan e boas possibilidades de disputa das Olimpíadas.

Atualização: segundo resposta da assessoria da CBV, se classificam as duplas brasileiras que terminaram entre os três primeiros colocados do Circuito Mundial 2014, e outras duas indicadas pela entidade. Cada país poderá ter até quatro parcerias em cada etapa, com exceção de possíveis wild cards (convites) concedidos pela FIVB.

Para completar, ainda tem o tradicional Rei e Rainha da Praia, evento de "ostentação" particular dos jogadores. As datas do torneio mais charmoso do vôlei de praia brasileiro também ainda não foram definidas.

Resumindo: 2015 promete! Até porque ele vai muito além dos próximos 12 meses.

Em tempo, feliz Ano Novo a todos. Saúde e paz para todo mundo!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Em seu 1º Campeonato Mundial, Alvinho recebeu 3 premiações.
Embora já tenha comentado ontem sobre os resultados do Campeonato Mundial, que garantiu prata e bronze para o Brasil, trago mais alguns detalhes de Stare Jablonki, não citados no post anterior:

Premiações individuais: 

- Além de conquistar o bronze, Lili foi eleita a melhor bloqueadora da competição;

- Alison e Ricardo foram os maiores bloqueadores entre os homens. Por ter disputado um set a menos, Alison foi o primeiro da lista.

- Mesmo tendo terminado na 5ª colocação, Evandro foi o jogador que mais fez pontos de saque na competição: 16 em 14 sets disputados. Quase um por set.

- Mesmo vice, Álvaro Filho foi o grande destaque individual: melhor defensor, melhor atacante ofensivo e eleito o jogador mais "valioso" do torneio, espécie de MVP da competição.

Observações e curiosidades: 

- Embora três das quatro duplas femininas do Brasil tenham terminado em 17º, todas as quatro parcerias masculinas terminaram entre as cinco melhores;

- Se nenhuma dupla masculina dos EUA esteve no pódio em Londres, os maus resultados se repetiram na competição mais importante do vôlei de praia pós-Olimpíada: Dalhausser/Rosenthal, eliminados por Ricardo/Álvaro, terminaram apenas em 9º, melhor colocação norte-americana em Stare Jablonki.

- Chinesas Zhang Xi/Xue é a primeira dupla campeã fora do eixo Brasil - Estados Unidos. Nas oito edições anteriores, o título ou foi brasileiro ou norte-americano.

- Assim como o Brasil, a Alemanha conseguiu colocar uma dupla entre as três melhores de cada naipe: prata para Borger/Büthe no feminino e bronze para Erdmann/Matysik no masculino.

Como ontem não consegui encontrar nenhum vídeo da semifinal entre Alison/Emanuel x Ricardo/Álvaro, posto hoje esse trechinho com os melhores momentos da partida.

Mesmo com um corte seco no final, dá para ver a emoção de Alvinho ao garantir vaga na primeira final de Campeonato Mundial da carreira, logo no primeiro ano de temporada internacional.


Essa semana, o tour segue para Gstaad, na Suiça.

Foto: FIVB

domingo, 7 de julho de 2013

Mesmo sem o ouro, Álvaro foi eleito o MVP do Campeonato Mundial.
Um Campeonato Mundial bem diferente do previsto em Stare Jablonki. Defendendo o título, tanto no naipe feminino quanto no masculino, sabia-se que a pressão em cima dos brasileiros seria grande na competição mais importante do ano, a segunda mais importante da modalidade, perdendo apenas para as Olimpíadas.

Mas eis que as surpresas começariam ainda na segunda fase do torneio feminino. Talita/Maria Elisa, campeãs de três das cinco temporadas mundiais até aqui, Maria Clara/Carol, donas de três pódios mundiais em 2013 e Ágatha/Maria Elisa, vice-campeãs do Grand Slam de Corrientes, foram eliminadas no mesmo dia, terminando numa impensável 17ª colocação.

Com três das quatro duplas fora, a responsabilidade verde-amarela ficou com Lili/Bárbara Seixas, que não vinham emplacando bons resultados até o último Grand Slam em Roma.

Ignorando as apresentações anteriores, Lili/Bárbara cresceram na competição, venceram partidas difíceis contra holandesas Keizer/Van Iersel e italianas Cicolari/Menegatti e colocaram o Brasil, pelo menos, entre uma das quatro melhores parcerias da competição.

E mesmo após perderem para as medalhistas olímpicas Zhang Xi/Xue na semifinal, a parceria formada no novo sistema de seleções teve forças para reagir e vencer Ross/Pavlik na disputa do bronze.

Ross, que mesmo sem sua parceira Kessy, lesionada, é a atual vice-campeã olímpica e apresenta mais experiência em Campeonatos Mundiais, tendo vencido o penúltimo contra Juliana/Larissa, em 2009.

Ou seja, um resultado que poderia ser melhor para o Brasil, mas que, por tudo que se viu na competição, foi justo, importante e merecido.

Resultado também merecido no ouro, assegurado por Xi/Xue, que mesmo após muita dificuldade para vencerem alemãs Borger/Büthe, mostram a incrível regularidade da parceria anos após ano.

Álvaro Filho surpreende no masculino e garante prata ao lado de Ricardo
Se Lili/Bárbara Seixas não eram as mais cotadas ao pódio no início do Campeonato Mundial, Ricardo/Álvaro Filho também não era a parceria brasileira de maior destaque em Stare Jablonki.

Alison/Emanuel, que defendiam o título conquistado em 2011, e Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros e líderes do ranking mundial, eram os candidatos a, pelo menos, um pódio.

No entanto, no duelo brasileiro nas semifinais, Álvaro Filho, que disputava o primeiro Campeonato Mundial da carreira, impressionou. Mesmo sendo o jogador mais jovem e inexperiente entre Alison, Emanuel e Ricardo, Alvinho foi o melhor em quadra.

Muito consistente nas defesas e depois de emocionar com muito choro após a vitória,  a impressão era que a surpresa final de Stare Jablonki seria o título do jovem de 22 anos, que jamais havia disputado uma final de Circuito Mundial.

Mas os holandeses Brouwer/Meeuwsen, que também sequer haviam chegado a uma final de tour internacional, garantiram outro, até então, improvável resultado. Superiores em todos os momentos da decisão, mereceram o 2x0 (21-18, 21-16) e o primeiro ouro mundial da parceria.

Alison/Emanuel, que evoluíram, mas ainda continuam longe do melhor voleibol da dupla, jogaram bem, mas não conseguiram superar os alemães Erdmann/Matysik na disputa pelo bronze.

Surpresas, novidades, principalmente com o surgimento de novos nomes, e resultados que, talvez, poucos apostariam há 7 dias. É o novo vôlei de praia se consolidando.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Curioso que a situação como torcedora que vou relatar neste post tenha passado bem longe das quadras e num local até bem improvável: o aeroporto. Aconteceu este ano, mais precisamente no mês de julho, e creio que se enquadraria na categoria “aventura”.

Recepção às campeãs em plena madrugada. Foto: Arquivo pessoal
Sou torcedora de Juliana e Larissa, do vôlei de praia, e moro em Fortaleza, local, como sabido, onde a dupla mantém seu Centro de Treinamento. Contudo, até o ano passado, apesar de já admirar as meninas, não podia acompanhar tão de perto seus jogos e suas conquistas, em virtude dos compromissos colegiais/universitários, mas sempre observava que elas mereciam ter mais reconhecimento, a começar pela cidade que escolheram para treinar.

Pois bem, com a inédita conquista do Campeonato Mundial, em Roma, em junho, decidi fazer a minha parte em relação a esta valorização e, para isso, contei com a valiosa contribuição da Karina, que mantém o blog oficial da dupla

Comentei com ela o meu desejo de recepcionar as campeãs no aeroporto, afinal, quase que diariamente, nos meios de comunicação, vemos times de futebol sendo recebidos por suas torcidas, quer para comemorar as conquistas, quer para protestar contra os maus resultados, por que então Juliana e Larissa, campeãs mundiais (coisa que a seleção de futebol faz tempo que não é), não mereceriam o mesmo tratamento (na parte boa, lógico)? E ela comprou a ideia junto comigo.

Assim, descobrimos dia e horário da chegada da dupla, providenciamos flores e presentes e ela me colocou em contato com pessoas que pudessem me ajudar na empreitada. Detalhe: eu em Fortaleza/CE e ela em Joinville/SC! Pois bem, a chegada estava programada para um domingo, às 18:35h, ou seja, um horário super tranquilo para ir ao Aeroporto recepcioná-las.

Ocorre que o fator emoção entrou em “quadra”. Desde cedo, no domingo, ficamos monitorando o horário de chegada e, qual não foi nossa surpresa ao descobrir que o voo tinha atrasado, mas não um atraso normal: o voo que deveria chegar às 18h35 estava com previsão para 3h30, isso mesmo, madrugada! 

Aí o que seria uma recepção normal virou aventura! Karina tentando ajudar de Joinville e eu tentando resolver aqui em Fortaleza se iria, como iria, com quem iria ao aeroporto na madrugada de uma segunda-feira! Mas, como mãe é mãe, a minha se dispôs a ir comigo e assim partimos pela madrugada, de táxi.

No aeroporto, conhecemos pessoalmente a Ana, amiga das meninas, e o irmão da Juliana, que já tinham falado comigo pela internet mais cedo, e mais alguns familiares das meninas. Quando finalmente chegaram, Juliana e Larissa foram maravilhosas comigo e com a minha mãe! 

Mesmo com todo o cansaço de um longo voo, sem falar no atraso de quase nove horas, a mudança do fuso, o fato de terem feito um jogo difícil no sábado e todos os componentes suficientes para estressar qualquer um, as duas foram muito atenciosas e receptivas! Tiveram ânimo para fotografar, mostrar medalhas, agradecer... Enfim, aqueles minutos com elas recompensaram todo o esforço de estar ali naquela hora, que eu jamais imaginaria estar, pois a ideia inicial era uma chegada em “horário comercial” (rs)!

Ana é uma das poucas a recepcionar a dupla após o título mundial.
Mas o sentimento foi muito bom. Todos nós vivemos em busca de reconhecimento no que fazemos, mas, nem sempre, reconhecemos o trabalho daqueles que estão ao nosso redor. Com os atletas, especialmente os de outras modalidades que não a “paixão nacional”, opera-se o mesmo. 

Inacreditável que a dupla campeã mundial, depois de uma heroica virada para cima das bicampeãs olímpicas e lendárias Walsh e May, não tenha tido, por exemplo, uma cobertura de seu retorno ao país noticiada pela mídia, apenas porque retornaram algumas semanas depois da conquista, como se isso diminuísse seu mérito, seu valor.

Naquele momento, pois, me senti muito feliz de estar lá e recepcioná-las, de demonstrar que sempre existe um torcedor que valoriza o trabalho delas e para quem suas conquistas também são motivo de orgulho e alegria! Não preciso nem dizer que, depois desse dia, minha admiração e minha torcida por elas só aumentou, né? Ah, e elas ganharam mais uma torcedora: minha mãe! (rs)

PS: Quem quiser conhecer a versão da Karina desses mesmos fatos, fica a dica do post da época “Recepção às Campeãs em Fortaleza”

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sábado, 18 de junho de 2011

48 duplas masculinas, 48 femininas, 208 jogos, 7 dias de disputa e agora só resta um capítulo para concluir a história do Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo, de Vôlei de Praia, edição 2011.

E essa história pode terminar com final duplamente feliz para os brasileiros.

Amanhã Juliana e Larissa podem conquistar um dos poucos títulos que ainda não estão na vasta coleção da dupla. Duas vezes prata e uma bronze, no mínimo uma situação já é diferente em Roma. Dessa vez, o favoritismo jogará pelo lado brasileiro.

Com o joelho machucado e com uma má preparação física, May, que ao lado de Walsh, foi favorita em quase tudo o que disputou de praticamente 2004 para cá, amanhã vai ter que se esforçar ao máximo para tirar o título das brasileiras. Além disso, o mau resultado no Grand Slam de Pequim, disputado na semana passada, faz com que Ju e Larissa sintam ainda mais cobiça pelo ouro.

Mas, em se tratando de americanas bi-campeãs olímpicas como adversárias, toda comemoração antecipada pode trazer complicações mais sérias depois.

Se elas são o "único" empecilho no caminho do título feminino, no masculino todos já foram retirados.

Alemãs, americanos, chineses... todos ficaram pra trás e a final, que só não é mais importante que uma decisão olímpica, terá a cara de uma disputa de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Alison e Emanuel e Márcio e Ricardo farão uma final que todo patriota gosta de ver.

De um lado a dupla que vive o melhor momento da parceria, com dois ouros consecutivos no Circuito Mundial. Do outro, brasileiros que ainda não emplacaram no Tour 2011, justamente porque decidiram abrir mão de algumas etapas para se preparar melhor para a disputa em Roma. Certeza mesmo é que o ouro já é brasileiro.

As finais de amanhã começarão a partir das 14h15min, com transmissão ao vivo pelo SporTV e Esporte Interativo.

Para entrar no clima de final de Copa do Mundo, um vídeo que marcou a semana de disputa em Roma.

                  

E que amanhã Roma seja tomada pelo império brasileiro!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo, de Vôlei de Praia chega ao quarto dia de disputa e a partir de agora é literalmente matar ou morrer. Já valendo para as mulheres, a competição entra no mata-mata e quem perder está fora da luta pelo título em Roma.

Talita/Maria Elisa é a 1ª dupla brasuca nas oitavas. Foto: FIVB
Talita/Maria Elisa, Vivian/Taiana, Maria Clara/Carol e Ju/Larissa, todas as quatro duplas brasileiras passaram à 2ª fase, mas uma delas já deu adeus à competição: vencedoras de todas as três partidas da 1ª fase, sem perder nenhum set, Vivian/Taina começaram o dia perdendo para as americanas Fendrick/Hanson, com parciais de 23-25 e 20-22, e , com isso, já não têm mais chances de seguir adiante.

Talita/Maria Elisa, por sua vez, estão nas oitavas-de-final. Pela manhazinha, a dupla venceu Novakova/Tobiasova por 2x1(21-19, 21-23, 15-11) e amanhã enfrentará as irmãs austríacas Schwaiger/Schwaiger.

Juliana/Larissa e Maria Clara/Carol decidem seu destino hoje, a partir das 15 horas (horário de Brasília). Vencendo, se enfrentam amanhã nas quartas-de-final. Pela tabela, caso as duplas brasileiras passem adiante, um novo confronto verde-amarelo só poderá acontecer na final.

Já pelo masculino, as definiçoes das 32 duplas classificadas à próxima fase acontece hoje, com chance de, assim como no feminino, termos todas as duplas brasileiras garantidas nas oitavas. Alison/Emanuel e Pedro Solberg/Ferramenta, invictos até aqui, já estão garantidos. Thiago/Harley, mesmo perdendo dois dos três jogos disputados, se classificaram em 2º no grupo. Falta a definição de Ricardo/Márcio e Benjamin/Bruno Schitmd que contabilizam uma vitória e uma derrota no Campeonato. E é bem provável que eles também consigam avançar.

Pelos confrontos e resultados dos primeiros jogos, apontar uma dupla favorita não é tarefa fácil. Até os poderosos Rogers/Daulhauser já perderam na competição, mostrando que essa edição talvez seja a mais equilibrada dos últimos anos.

O Campeonato Mundial acontece a cada dois anos. Pelo masculino, o último título veio com Márcio/Fábio Luiz, em 2005. Pelo feminino, são 10 anos de jejum. Desde 2001, quando Adriana Behar/Shelda venceram Tatiana Minello/Sandra Pires, o ouro não é conquistado por uma dupla brasileira.

Mais informações pelo Twitter ou FanPage do Primeiro Set.

domingo, 14 de novembro de 2010

A história se repete de novo. Brasil, prata no Mundial Feminino de Vôlei com mais uma derrota para Rússia no tie-break. E as justificativas são as mais variadas: o erro de arbitragem, quando a seleção estava a frente no tie break, a ausência de Mari e Paula Pequeno, a genialidade da craque Gamova, os nossos problemas de levantamento...

Seleção comemorando o ponto contra as russas. Fonte: FIVB
Tudo isso interferiu, mas não sai da minha cabeça que o principal adversário do Brasil foi o Brasil mesmo. Até quando estivemos com a cabeça no lugar, nenhum desses fatores nos atrapalhou.

Começamos jogando bem, de forma arrasadora, mas aos poucos o nervosimo, a inconstância e a oscilação emocional, que infelizmente não é de hoje e que ninguém ainda conseguiu resolver, decidiu o jogo de novo.

Era visível o apagão no quarto set, a sensação de motivação no início do tie-break e novamente a queda emocional na casa do 11º ponto, quando o time russo já tinha virado a partida.

Diferente delas, e isso não é só no vôlei, é uma característica de todo atleta brasileiro: não conseguimos reagir quando a situação não está boa para o nosso lado.

Mas, crucificá-las por isso não é justo. Isso é um detalhe, que precisa ser corrigido logo, mas que não apaga o brilho do voleibol brasileiro. Perdemos para um time seis vezes campeão mundial, com uma baita experiência e que não se abala quando está atrás no placar. Até a final, tínhamos vencido todos os jogos, inclusive, com uma virada histórica ontem contra as japonesas, donas da casa.

Somos as atuais campeãs olimpícas, o topo para qualquer equipe do mundo, e há anos mostramos que entramos definitiamente para o seleto grupo de melhores seleções do planeta. Perder faz parte do jogo e sair com a cabeça erguida é a atitude mais louvável de um bom time.

Em 2010, as glórias foram enormes com o vôlei brasileiro e nunca na história desse país, como dirira nosso presidente, tivemos tanto orgulho num esporte que carece de muito reconhecimento ainda. Até porque em anos de mundiais, de vôlei e de futebol, o orgulho foi bem maior com o primeiro.

Como boas vice-campeãs, é dar a volta por cima, trabalhar mais contra esse emocional, superá-lo e seguir firme buscando os tantos e tantos títulos que ainda estão pela frente. O sentindo não pode parar e não é o resultado de hoje que vai tirar o brilho dessa seleção tão vencedora.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais uma vitória da seleção feminina. Até agora, Brasil imbatível no Mundial do Japão, com nove vitórias em nove jogos disputados e um favoristismo claro. Nem adversários complicados e arqui-rivais como Cuba e EUA conseguiram medir forças com nossas meninas.

Mas, agora nas semifinais, a história é outra e é melhor não lembrar tanto assim desses bons resultados anteriores. Que nossa seleção é a melhor, não há dúvidas. Que o time quer muito esse título, menos dúvida ainda.Mas, ainda não jogamos com o adversário mais complicado: o nervosismo. Um favoritismo absoluto e uma pressão em cima delas pode tirar esse campeonato da gente. É preciso paciência, calma e tranquilidade, coisa que, infelizmente, ainda costuma oscilar no comportamento das meninas.

Tirando isso, a seleção está a dois passos de vencer e abrilhantar ainda mais força do voleibol brasileiro em 2010.

domingo, 17 de outubro de 2010

Não tem sobrado muito tempo para eu passar aqui pelo blog mas, mesmo após uma semana, tenho que comentar sobre mais uma conquista do voleibol brasileiro.

Seleção masculina TRI-CAMPEÃ mundial! Polêmicas de regulamento à parte (e me perdoem que pensa o contrário, mas continuo achando que não precisava perder para a Bulgária) essa conquista mostra mais uma vez que o país do futebol se tornou definitivamente o país do voleibol.

Brasileiros comemorando o TRI. Foto: FIVB
Sem querer forçar a barra, mas já forçando, parece que o vôlei tem deixado o futebol para trás. Nas últimas três edições da Copa do Mundo, o Brasil venceu apenas uma, a de 2002. Nas outras, foi um fiasco.

Já no vôlei, nos últimos três mundiais, que também acontecem de quatro em quatro anos, nossa seleção masculina venceu todos.

Exemplo simples e claro para mostrar o quanto o vôlei evoluiu. E esta evolução vem desde a década de 90. De lá para cá, seja no masculino, seja no feminino, seja nas quadras, seja nas areias, os brasileiros viraram times à serem batidos.

O reconhecimento disso, por vivermos numa cultura do futebol, obviamente, não é fácil. Mas, tantos títulos estão mudando e podem mudar ainda mais esse panorama. Passando o feriadão com a família, sem internet e TV a cabo, imaginei que teria que sentar ao lado de meu pai, ajudá-lo a torcer por uma vitória do Fluminense sobre o Corinthians, líderes do Brasileirão, e só saber do resultado da final na Itália depois do futebol. E, surpreendente, me enganei.

A Band, corajosamente e numa atitude bastante exemplar, bancou a transmissão e mostrou que basta ter iniciativa para valorizar outros esportes que nunca têm espaço na TV. Iniciativa que o próprio locutor e apresentador Luciano do Valle começou com a geração de prata na década de 80 e que muito contribuiu para que o vôlei tenha a aceitação que tem hoje. Óbvio que estamos longe do ideal, mas já valeu a pena.

A verdade é que entra geração, sai geração, começa mundial, termina mundial, o vôlei - mesmo com todas as suas dificuldades - se estrutura, cresce, vence, representa muito bem o brasileiro lá fora e diz um NÃO a quem acha que só a amarelinha do futebol é vitoriosa.

E é por esses e outros motivos que vale a pena dizer: somos o país com o melhor voleibol do planeta.

PS: Semana passada também não falei da etapa de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Maceió. Juliana e Larissa e Alison e Emanuel deram show de novo.

No próximo final de semana, tem etapa em Salvador.

sábado, 2 de outubro de 2010

Derrota por 3 sets a 0 diante da Bulgária, segundo lugar no grupo, caminho mais "fácil" para a seleção brasileira no Mundial Masculino de Vôlei e opiniões conflitantes.

Numa competição em que o regulamento foi feito para favorecer a equipe italiana, dona da casa, é interessante entrar na onda das outras seleções e ceder a vitória ao time adversário? Uma seleção do nível da nossa: tão vitoriosa, exemplar e que atualmente tem sido o maior orgulho do esporte brasileiro precisa usar um regulamento tão estúpido para chegar ao título? Bernardinho, Giba, Rodrigão e cia, tão vencedores, precisam viver um dia de "Maria vai com as outras" para conquistarem um campeonato? 

Torcida italiana protestado. Foto: Globo.com
Que o erro maior está na federação internacional, ninguém precisa contestar, mas, sinceramente, essa derrota pegou mal para o vôlei brasileiro. 


Somos os melhores do mundo nesse esporte e escolher o grupo mais fraco não foi lá a atitude mais louvável de uma seleção eneacampeã mundial. Tudo bem que foi a Rússia que começou com isso, porém, não é porque eles fizeram que era preciso protestar dessa forma. 


Tal decisão não combinou em nada com a postura vencedora da nossa seleção. E todos sairam perdendo: jogadores, torcedores e, principalmente, a imagem do voleibol.

Seria mais interessante vencer, entrar no grupo mais forte, vencer também, se classificar para as semifinais e mostrar que se alguma seleção tem que temer alguma coisa, essa seleção não precisa ser a brasileira. E se perdêssemos, parabéns! Mais do que o título, mostraríamos que atitudes campeãs não precisam estar associadas necessariamente a um time campeão dentro de quadra.

Mas, essa não foi a primeira e, infelizmente, não será a última vez que essa atitude acontece. Já vi isso no futebol de areia, no futsal, no vôlei de praia... Em Pequim, os organizadores chineses fizeram de tudo para que as duplas da casa fossem campeãs. Criaram confrontos diretos entre Walsh e May e as duplas verde-amarelas, enquanto as chinesas passavam fácil por frágeis adversárias.


Porém, o que mais assusta é que, pela primeira vez, o Brasil usa esse artifício a seu favor. Sempre condenamos essa postura antidesportiva e será hoje, só porque o Brasil foi beneficiado, que devemos mudar nossa opinião sobre isso?

Créditos os jogadores têm de sobra, Bernardinho continuará sendo o grande líder de sempre. O fato de hoje não apaga em nada as tantas alegrias que eles nos deram.Porém, o currículo de nenhum dos envolvidos precisava ganhar essa mancha boba e desnecessária. Não fizemos uma boa preparação para o Mundial, é verdade. 


Perdemos amistoso, mas temos muito mais time e se alguém estava tremendo por causa da gente, deixando titular na arquibancada, que fosse um problema só deles. 

Ainda bem que brasileiro tem memória curta. Que o Brasil volte a ser Brasil na próxima fase, que as outras seleções também voltem a honrar a grandeza do voleibol e que os organizadores façam regulamentos menos interesseiros. Pelo bem de todos!


O sentimento não pode parar!
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