domingo, 7 de julho de 2013

Mesmo sem o ouro, Álvaro foi eleito o MVP do Campeonato Mundial.
Um Campeonato Mundial bem diferente do previsto em Stare Jablonki. Defendendo o título, tanto no naipe feminino quanto no masculino, sabia-se que a pressão em cima dos brasileiros seria grande na competição mais importante do ano, a segunda mais importante da modalidade, perdendo apenas para as Olimpíadas.

Mas eis que as surpresas começariam ainda na segunda fase do torneio feminino. Talita/Maria Elisa, campeãs de três das cinco temporadas mundiais até aqui, Maria Clara/Carol, donas de três pódios mundiais em 2013 e Ágatha/Maria Elisa, vice-campeãs do Grand Slam de Corrientes, foram eliminadas no mesmo dia, terminando numa impensável 17ª colocação.

Com três das quatro duplas fora, a responsabilidade verde-amarela ficou com Lili/Bárbara Seixas, que não vinham emplacando bons resultados até o último Grand Slam em Roma.

Ignorando as apresentações anteriores, Lili/Bárbara cresceram na competição, venceram partidas difíceis contra holandesas Keizer/Van Iersel e italianas Cicolari/Menegatti e colocaram o Brasil, pelo menos, entre uma das quatro melhores parcerias da competição.

E mesmo após perderem para as medalhistas olímpicas Zhang Xi/Xue na semifinal, a parceria formada no novo sistema de seleções teve forças para reagir e vencer Ross/Pavlik na disputa do bronze.

Ross, que mesmo sem sua parceira Kessy, lesionada, é a atual vice-campeã olímpica e apresenta mais experiência em Campeonatos Mundiais, tendo vencido o penúltimo contra Juliana/Larissa, em 2009.

Ou seja, um resultado que poderia ser melhor para o Brasil, mas que, por tudo que se viu na competição, foi justo, importante e merecido.

Resultado também merecido no ouro, assegurado por Xi/Xue, que mesmo após muita dificuldade para vencerem alemãs Borger/Büthe, mostram a incrível regularidade da parceria anos após ano.

Álvaro Filho surpreende no masculino e garante prata ao lado de Ricardo
Se Lili/Bárbara Seixas não eram as mais cotadas ao pódio no início do Campeonato Mundial, Ricardo/Álvaro Filho também não era a parceria brasileira de maior destaque em Stare Jablonki.

Alison/Emanuel, que defendiam o título conquistado em 2011, e Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros e líderes do ranking mundial, eram os candidatos a, pelo menos, um pódio.

No entanto, no duelo brasileiro nas semifinais, Álvaro Filho, que disputava o primeiro Campeonato Mundial da carreira, impressionou. Mesmo sendo o jogador mais jovem e inexperiente entre Alison, Emanuel e Ricardo, Alvinho foi o melhor em quadra.

Muito consistente nas defesas e depois de emocionar com muito choro após a vitória,  a impressão era que a surpresa final de Stare Jablonki seria o título do jovem de 22 anos, que jamais havia disputado uma final de Circuito Mundial.

Mas os holandeses Brouwer/Meeuwsen, que também sequer haviam chegado a uma final de tour internacional, garantiram outro, até então, improvável resultado. Superiores em todos os momentos da decisão, mereceram o 2x0 (21-18, 21-16) e o primeiro ouro mundial da parceria.

Alison/Emanuel, que evoluíram, mas ainda continuam longe do melhor voleibol da dupla, jogaram bem, mas não conseguiram superar os alemães Erdmann/Matysik na disputa pelo bronze.

Surpresas, novidades, principalmente com o surgimento de novos nomes, e resultados que, talvez, poucos apostariam há 7 dias. É o novo vôlei de praia se consolidando.

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