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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Um texto que demonstra o descontentamento dos torcedores "marginalizados" pela concentração da Superliga em apenas algumas regiões do pais. O novo Post do Torcedor foi escrito pela estudante de Comunicação da UNEB, Franciele Viana, torcedora do Vivo/Minas. Muito mais que um desabafo pessoal em si, a participação de Franciele aqui no Primeiro Set serve para exemplificar a opinião de muitos outros nordestinos. Confira:

No ano de 2000 eu vivia o auge dos meus 13 aninhos, não conhecia muito de vôlei, afinal de contas  o Brasil é o país do futebol e para quem mora no interior do Nordeste essa premissa ainda se faz mais verdadeira, uma vez que essa é a única opção, pelo menos no meu tempo.

Em 1999, conheci de fato este esporte. A pessoa que me apresentou essa linda modalidade foi a minha tia, que assistia naquela época  algumas partidas de vôlei da seleção masculina, isso quando a Globo decidia fazer o favor de transmitir as partidas .

Sou muito grata a minha tia, afinal de contas ela me apresentou e fez, com sua paixão contagiante pelo esporte, eu me tornar tão apaixonada quanto ela. No ano de 2000, eu conheci a Superliga. A cada partida assistida meu amor ia aumentando. Meu time, bom eu não tinha um time, mas a minha tia tinha uma equipe que era apaixonada, um tal de Minas, que dizia ser o melhor time do mundo. Bom, pra mim, depois de uma temporada de competição, ficou provado que o Minas era O time, o melhor do mundo.

Vencemos aquela Superliga de 1999/2000 e mais a de 2000/2001, 2001/2002 e 2006/2007. Minha paixão aumentava a cada partida, a cada ano de emoção. Que lindo que é o esporte, e como ele tem o poder de nos fazer acreditar sempre na vitória, em admirar a técnica. Tornaria, a partir de 2000, uma fã louca e frustrada. Sim, muito frustrada.

Qualquer fã quer ver seu ídolo de perto, quer ver uma partida, gritando e incentivando a equipe. Ué, eu também queria sentir esse prazer de ver  uma final de Superliga, ou uma  partida da Liga mundial. Mas essa vontade louca não seria possível, e ainda não é, e isso é o mais chato da história.

Moro no Nordeste, no interior do Nordeste, um lugar “perto de Salvador.” Não dá pra visitar a capital mineira e assistir a uma partida de vôlei, tendo que bancar passagem, hospedagem e alimentação. Enfim, não posso ainda ver os meus ídolos, não posso ainda sentir essa emoção que minhas amigas mineiras e cariocas vivem tanto em época de competição. Cá pra nós, como é bonito ver um ginásio lotado com fãs loucamente apaixonados pelo time, gritando, incentivando a todo o momento a equipe. Eu só sei disso pela TV.

Às vezes, acho que deveria me conformar. Afinal de contas, não tem nenhuma equipe de vôlei no meu estado. Mas não me conformo, porque isso é triste. Porque vôlei de alto rendimento não deveria ser restrito, como privilégio de uma parte da população localizada na região sudeste e centro-oeste. Porque só tem acesso ao vôlei pessoas que moram nestas regiões. (exceto algumas exceções).

No dia 22 de novembro de 2012, o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem com o título: “Confederação de vôlei quer implantar Superliga itinerante”. A matéria dava destaque para a falta de times do Nordeste na maior competição da modalidade  no pais. Até aí, coisa normal.

No entanto, algo chamava minha atenção, uma declaração do senhor Presidente da Federação Internacional: “Para evitar que apenas duas regiões abriguem jogos do torneio, a entidade pretende implantar uma Superliga itinerante. Para popularizar ainda mais o vôlei, vamos viajar pelo Brasil. É preciso pensar não só no lado esportivo, mas também no marketing. Muitas empresas querem expor suas marcas em novos mercados. O estado que quiser um jogo da Superliga só precisa nos ligar que vamos levar”.

Ual, viva ao Ary Graça, viva a CBV. Tá bom, isso ainda não aconteceu e não será nessa temporada que vou assistir a uma partida do Minas. Para minha tristeza passarei mais uma temporada e continuarei frustrada por não ver meus ídolos, por não acompanhar uma partida..

O que quero dizer com esse texto, falando da minha paixão e do meu amor pelo Minas, que hoje divide o meu coração com o time do Sada/Cruzeiro, é que, além da torcida mineira, carioca, paulista, existe um monte de outras  torcidas.

Torcedores que não tem condições pra viajar, torcedores apaixonados que querem ver seus times de perto, que querem torcer,  ver um jogo em seu  estado. E isso deveria ser garantido pela Confederação, afinal de contas somos um só país.

Mas no vôlei, parece que Brasil é igual às cidades do Rio, São Paulo e Minas.

Quer participar do Post do Torcedor? Envie seu texto para primeiroset@gmail.com.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Mais uma história vinda de Montes Claros. O novo Post do Torcedor é escrito por Renato Rodrigues de Souza. A paixão de Renato pelo "Pequi atômico" é tão grande que ele se tornou redator e editor do Orkutorcidablog que tem como objetivo divulgar as informações do time montesclarense pela rede. Das várias histórias vividas no Ginásio Tancredo Neves, Renato enviou duas contando as dificuldades de comunicação na "tietagem" aos jogadores estrangeiros. Confira:

Orkutorcida com o medalhista olímpico e comentarista Carlão. 
Bom, escolher apenas uma história entre tantas que vivi pelo time de Montes Claros é uma tarefa bastante difícil, mas aí vão duas que achei bem legais.

Um dos melhores momentos que vivo no CALDEIRÃO, nome de batismo do Ginásio Tancredo Neves, é quando o Moc enfrenta times que têm algum estrangeiro. Ano passado, no jogo contra a equipe do Sada Cruzeiro no Campeonato Mineiro, assim que terminou a partida eu chamei o ponteiro cubano Sanchez para poder tirar uma foto com o pessoal do blog Orkutorcida. Então, perguntamos a ele se entendia bem o português e ele disse que entendia, mas falava pouco.

Elogiamos sua performance no confronto, que terminou em 3x1 para os celestes, e quando o atleta estava saindo, um dos torcedores falou: “Mas o Montes Claros vai ganhar do Sada Cruzeiro na final, hein?”. Porém, obviamente não entendendo a gozação, o jogador bateu a mão no peito e fez um V de vitória, como quem admira e agradece o carinho da torcida, (risos). Rimos muito daquele momento.

No entanto, também houve uma vez em que eu me atrapalhei na interpretação. Quando o Montes Claros enfrentou o Vivo/Minas na segunda fase da Superliga 2011/2012, novamente chamei o estrangeiro para tirar uma foto com a Orkutorcida, mas desta vez era o tcheco Filip Rejlek.

Assim que ele chegou, perguntei-o se entendia a língua portuguesa. Com seu sotaque, respondeu: “Um ‘poco’”, mas confirmou que entendia bem o inglês. Dessa forma, querendo dizer que ele jogava muito bem, atrapalhei-me nas palavras e acabei falando: “Do you play so much better!”, quando na verdade deveria ter dito: “You play very well”, (risos). Pelo menos o atleta entendeu o que eu quis dizer e disse: “obrigado” (risos).

Dificuldade na comunicação com o  tcheco Filip Rejlek. 
Essas são apenas algumas das histórias que nós torcedores montesclarenses vivemos no CALDEIRÃO. Quando a temporada do time acaba, sentimos muita falta de tudo isso e contamos os dias para poder retornar para aquele ambiente e voltar a conviver com aquelas pessoas de interesse comum: apoiar o “Pequi Atômico”.

Além disso, eu gosto muito de ser redator e editor do blog da Orkutorcida, pois sempre gostei de escrever. Falar sobre as partidas do Moc e mostrar os pontos de vista dos torcedores acabam se tornando tarefas fáceis.

Acredito que o torcedor sempre pode achar um jeito de aproveitar esse esporte tão fantástico que é o voleibol, mesmo que o seu time perca. Já estou contando os dias para voltar a ver o Montes Claros no nosso CALDEIRÃO. Como dizemos por aqui... #GOMOC!

Tem uma história bem bacana para compartilhar com os leitores do Primeiro Set? Envie seu texto para primeiroset@gmail.com . Você pode participar também do Álbum do Torcedor na página do blog no Facebook, enviando fotos das partidas que esteve presente. Participe!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mais uma história super bacana que chegou para ser compartilhada aqui no Primeiro Set.
O Post do Torcedor de hoje foi escrito por Aline Kelly Dantas Silva, fiel torcedora do BMG/Montes Claros, que viveu uma situação bastante inusitada na segunda rodada da Superliga Masculina. Confira:

Nem na formatura o casal abandonou o MOC.
A nossa história no MOC só pode ser contada no plural, afinal, descobrimos e nos apaixonamos pelo Montes Claros Vôlei juntos. Somos Aline e Serginho (grilo) e a paixão pelo vôlei nos une ainda mais, já que no futebol existe certa divergência “6 x 1 kkkkkk” néh?!

Cada jogo tem a sua história e são muitas coisas legais que podem ser relembradas, mas hoje contaremos a nossa saga para ver o MOC ganhar de 3 x 1 do cheio de estrelas RJX.

Na quinta feira, 15 de dezembro, iniciavam-se os meus eventos de formatura, começando com o culto. Roupa: terninho e scarpam pra mim e calça, camisa e sapato sociais para Serginho! Programamos os horários e nada poderia atrasar (só o jogo!).

O culto foi lindo, e, como os demais eventos de formatura, emocionante. Mas foi só o tempo de tirar as fotos no final, subirmos na moto e irmos direto para o caldeirão. Chegando perto, a gente ouvia o barulho da torcida e ficava se perguntando como estaria o jogo.

Compramos o ingresso e subimos correndo a rampa em direção à ala azul, a nossa preferida, e olhando direto para o placar vimos: 1º set MOC 25 x17 RJX, e 2º set MOC 20 a (não me lembro quanto para o RJX).

Ihullllll, o MOC tá ganhando! Mas, ahhhhhh já perdemos o jogo quase todo! Engano nosso, muita coisa ainda ocorreu naquela partida. Foi “o jogo”! Gritamos, cantamos, ficamos roucos, ficamos com raiva, sorrimos, e gritamos, gritamos, gritamos...

Goteira foi o grande destaque da rodada.
E aí veio a chuva forte, o jogo parou por causa das goteiras e eu pensei: R$20, 00 da chapinha indo embora!

O MOC ganhou este jogo, e ganhou bem! Estavámos felizes, mas para a nossa surpresa, a chuva não passava e ficamos lá no Poliesportivo até quase 1 hora da manhã esperando. Quando vimos que todos foram embora, tivemos que encarar a chuva até o Maracanã. Quem é de Montes Claros sabe o que estamos falando: é como atravessar toda a cidade!

Em condições ambientais favoráveis nada demais, mas de madrugada, na chuva, com roupa social e cabelo escovado a situação muda um pouco!

Mas depois de tudo isso nós só poderíamos dizer que valeu muito a pena! Amamos muito tudo isso.

Somos apaixonados por vôlei, por Montes Claros, e esse time é motivo de muito orgulho.

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PS: Com a publicação desse post, chegamos ao de número 200! Obrigada a todos que leem e fazem esse espaço acontecer!

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Post do Torcedor de hoje foi escrito pela torcedora e jogadora Thalita Oliveira, que mora no Rio de Janeiro e desde 2004 está diretamente ligada ao voleibol. Uma história super bacana de amor e persistência.

Thalita recebendo trofeu de MVP após a partida.
Foi em 2004, com as Olimpíadas de Atenas, que começou a minha paixão pelo vôlei.

Apaixonada pela modalidade de daqueles Jogos para cá, há mais ou menos seis anos resolvi não só torcer, mas também praticar o esporte. Confesso que hoje não sei viver sem o voleibol.

Porém, antes do vôlei, tive uma passagem pelo basquete. Num dia de treino, meu técnico mandou vermos os jogos das Olimpíadas. Acabei ligando a TV justamente na hora que estava passando um jogo da seleção feminina de vôlei, cujas adversárias eu já não me lembro mais. A partir daquele momento passei a me encantar por aquela equipe.

Comecei, então, a treinar em uma escola particular. Só que, como não estudava nela, nunca podia jogar os campeonatos: eu só podia treinar, treinar e treinar.

Depois, comecei a acompanhar com mais frequência o vôlei. Logo depois, vi um jogo da final da Superliga feminina, entre Osasco e Rio De Janeiro. Aos poucos, fui me tornando fã da Renatinha Colombo, da Sheilla, da Mari, e hoje sempre procuro me espelhar nelas.

Nem mesmo nas madrugadas, deixo de acompanhar os jogos, sejam eles do masculino ou feminino.

Mas nem tudo foi um mar de rosas pra mim: no Rio de Janeiro você não encontra muitas oportunidades. Fiz um teste no Flamengo, mas o técnico falou que, com 16 anos, eu já era velha para a modalidade.

Naquele dia, meu mundo caiu e eu resolvi desistir do meu maior sonho, que era ser atleta profissional e jogar ao lado das jogadoras que eu tanto admiro. Depois daquele dia, fiquei dois anos parada.

Mais tarde, voltei para um time de classe média, sempre ficando no banco ou às vezes nem sendo selecionada para ficar nele. Resultado: parei novamente por mais três anos.

Há nove meses faço parte do time Volley Show Niterói e da equipe da faculdade UniverCidade e confesso que estou muito feliz. Tenho tido valor nessas novas equipes e hoje, com 22  anos de idade, não desisti do meu sonho.

Mesmo com uma idade mais “avançada” prefiro acreditar que realizar o meu sonho não é impossível. Afinal, a esperança é a última que morre.

Por conta da minha idade, posso até não conseguir chegar ao meu objetivo. Mas, quando eu olhar pra trás vou poder dizer que eu não consegui, porém, não deixei de tentar.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O “Post do Torcedor” de hoje, na verdade, será um “Post do Jogador”. O jovem atleta Fernando Sturato, entrevistado pelo Primeiro Set no início do ano, encaminhou dois "perrengues" que enfrentou na volta para casa em duas etapas desse ano. Confira:

Fernando (à frente) viveu situações inusitadas na temporada.
1º  caso: Etapa – Guarujá/SP
Eis que aconteceu no dia em que íamos embora depois do jogo do qualyfying do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Eu e meu parceiro Pedro Bellumat perdemos o último ônibus que iria para o Aeroporto de Congonhas. De lá pegaríamos um outro ônibus, de translado grátis, para o aeroporto Viracopos, onde finalmente iríamos pegar o voo para Vitória.

 A única saída foi pegar uma van direto para Congonhas, com a equipe Evokar e os irmãos Andrew (também jogadores). Só que ao chegarmos lá percebemos que já havíamos perdido o tal ônibus gratuito para Viracopos.

Tínhamos gastado quase todo dinheiro e só nos restou pegar um táxi clandestino, cujo motorista tinha uma cara de malando (risos). Na hora eu pensava muito na minha mãe e só fiquei tranquilo quando vi escrito "Campinas" nas placas. Depois de todo o aperto, pegamos o voo e no final tudo deu certo.

2º caso: Etapa Rio SUB-19

Nesta etapa, dividi quarto com os paraibanos e no domingo, depois das finais, fui jogar uma pelada de vôlei de praia com um deles e outros cariocas na praia do Flamengo. Os outros foram passear na Lapa.

Após a pelada, fomos para o hotel fazer o check out. Só que nem todos que estavam dividindo o quarto haviam retornado para fecharmos nossa conta. Com isso, tivemos que esperar até umas 6 horas. E o pior foi que a recepção nos cobrou uma conta enorme, que não tínhamos utilizado.

Depois disso, eu tinha que ir para a rodoviária pegar meu ônibus para Vitória. Só que já era tarde e somente uma linha servia: o 407, eu acho. Eram 7 horas da noite, no aterro do Flamengo, deserto e os ônibus não passavam de jeito nenhum.

Resultado: cheguei na rodoviária 10 minutos depois da saída do meu ônibus (risos). A sorte que me colocaram em outro que sairia dez minutos depois.

Depois desses “perrengues”, vale ressaltar os resultados de Fernando no último mês de outubro: 4ª colocado no Circuito Capixaba adulto de 2011 e campeão SUB-17, SUB-19 e SUB-21 do Espírito Santo;

Você também tem uma história engraçada, curiosa ou comovente para contar? Escreva-a, envie para o e-mail primeiroset@gmail.com e participe do “Post do Torcedor”.

O Primeiro Set foi eleito pelo Prêmio Top Blog 2011 um dos 100 melhores blogs do país. E até o dia 22 de novembro, o Concurso segue com a 2ª fase do premiação, em que serão eleitos os 3 melhores blogs em cada categoria. Peço novamente a sua força! Clique aqui e registre o seu voto.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dupla conquista seu 2º ouro Pan-Americano. Foto: Divulgação
Não sei se este post se encaixa melhor numa postagem tradicional ou se deve ser considerado um "Post do Torcedor".

Mas, no turbilhão de emoções que foi o dia de hoje, não se assustem com a total informalidade da escrita. Porque quem vos escreve nada mais é do que uma torcedora que vibrou muito com as conquistas de hoje.

E num dia como esse, daqueles de ficar acordada até quase 3 horas da manhã, "perder a hora", chegar atrasada no trabalho, conferir toda a hora o tempo no relógio para voltar para casa e assistir a disputa de outro ouro, não há como escrever algo que não carregue emotividade nenhuma.

Os resultados de hoje todos já devem saber: vitória da seleção feminina sobre Cuba, por 3 sets a 2 (25/15, 21/25, 25/21, 21/25 e 15/10) e revanche nas cubanas, que calaram o Maracanãzinho em 2007, fato que fez essa torcedora aqui chorar feito criança após o ponto decisivo.

Um ouro para acabar com aquele rótulo de "amarelonas". Disputada como foi a partida, o ouro poderia ir perfeitamente para Cuba. Mas dizer que as jogadoras brasilerias amarelaram seria injusto. Após o ouro em Pequim, algumas derrotadas aconteceram, é verdade, mas aquela taxação de "choronas" e "desequilibradas" aos poucos foi se extinguindo.

Se o ouro fosse para Cuba, seria muito mais resultado de um merecimento cubano do que apatia das brasileiras. E num conjunto que tem Tandara, Juciely, Fernanda Garay, reservas que brilharam tanto quanto as titulares, a medalha dourada foi apenas uma consequência do amadurecimento e da experiência adquirida pela seleção após tantos traumas.

Exatamente o mesmo que vem acontecendo com Juliana e Larissa que, como a maioria também já deve saber, ganharam das mexicanas Candelas/García por 2x1 (21/19, 22/24 e 22/20).

A exemplo da final da Copa do Mundo, em julho, as brasileiras oscilaram bastante na partida decisiva de hoje, que também foi para o tie-break. E de novo, dessa vez contra uma torcida local alucinada, as brasileiras ficaram quatro pontos atrás no placar: 6x2 (em Roma foi 10x6 para Walsh e May) e o medo quase falou mais alto que a esperança da virada. No entanto, a dupla se controlou, virou o placar e repetiu a mesma história da Itália. Sem os anos de experiência, talvez, o título ficaria com as donas da casa, mas o tempo trouxe a confiança que a dupla precisa ter diante de situações como as de hoje.

Bicampeonato Pan-Americano e "quádrupla" coroa para Juliana e Larissa na temporada (o ouro de hoje soma-se ao Rainha e Vice-Rainha da Praia, a Copa do Mundo e ao hexacampeonato do Circuito Mundial que, em virtude da não inscrição das americanas Walsh e May na última etapa, foi confirmado justamente hoje pela FIVB).

Mais um ouro para uma dupla que, assim como a seleção feminina, vive na mesma desconfiança de sempre: "Sem Walsh e May é fácil", podem pensar alguns.

Há quem vá subvalorizar as duas conquistas de hoje, mas, pelo menos para essa torcedora aqui, essa sexta-feira vai ser mais um daqueles dias guardados na categoria dos "momentos inesquecíveis".

E ainda faltam mais dois ouros a serem conquistados: o de Alison e Emanuel amanhã, às 16h, contra os venezuelanos Igor Hernández e Farid Mussa, e o da seleção masculina, que estreia na segunda-feira.

Acreditar? Claro! Sou brasileira e, como diz a conhecida frase, não desisto nunca!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Curioso que a situação como torcedora que vou relatar neste post tenha passado bem longe das quadras e num local até bem improvável: o aeroporto. Aconteceu este ano, mais precisamente no mês de julho, e creio que se enquadraria na categoria “aventura”.

Recepção às campeãs em plena madrugada. Foto: Arquivo pessoal
Sou torcedora de Juliana e Larissa, do vôlei de praia, e moro em Fortaleza, local, como sabido, onde a dupla mantém seu Centro de Treinamento. Contudo, até o ano passado, apesar de já admirar as meninas, não podia acompanhar tão de perto seus jogos e suas conquistas, em virtude dos compromissos colegiais/universitários, mas sempre observava que elas mereciam ter mais reconhecimento, a começar pela cidade que escolheram para treinar.

Pois bem, com a inédita conquista do Campeonato Mundial, em Roma, em junho, decidi fazer a minha parte em relação a esta valorização e, para isso, contei com a valiosa contribuição da Karina, que mantém o blog oficial da dupla

Comentei com ela o meu desejo de recepcionar as campeãs no aeroporto, afinal, quase que diariamente, nos meios de comunicação, vemos times de futebol sendo recebidos por suas torcidas, quer para comemorar as conquistas, quer para protestar contra os maus resultados, por que então Juliana e Larissa, campeãs mundiais (coisa que a seleção de futebol faz tempo que não é), não mereceriam o mesmo tratamento (na parte boa, lógico)? E ela comprou a ideia junto comigo.

Assim, descobrimos dia e horário da chegada da dupla, providenciamos flores e presentes e ela me colocou em contato com pessoas que pudessem me ajudar na empreitada. Detalhe: eu em Fortaleza/CE e ela em Joinville/SC! Pois bem, a chegada estava programada para um domingo, às 18:35h, ou seja, um horário super tranquilo para ir ao Aeroporto recepcioná-las.

Ocorre que o fator emoção entrou em “quadra”. Desde cedo, no domingo, ficamos monitorando o horário de chegada e, qual não foi nossa surpresa ao descobrir que o voo tinha atrasado, mas não um atraso normal: o voo que deveria chegar às 18h35 estava com previsão para 3h30, isso mesmo, madrugada! 

Aí o que seria uma recepção normal virou aventura! Karina tentando ajudar de Joinville e eu tentando resolver aqui em Fortaleza se iria, como iria, com quem iria ao aeroporto na madrugada de uma segunda-feira! Mas, como mãe é mãe, a minha se dispôs a ir comigo e assim partimos pela madrugada, de táxi.

No aeroporto, conhecemos pessoalmente a Ana, amiga das meninas, e o irmão da Juliana, que já tinham falado comigo pela internet mais cedo, e mais alguns familiares das meninas. Quando finalmente chegaram, Juliana e Larissa foram maravilhosas comigo e com a minha mãe! 

Mesmo com todo o cansaço de um longo voo, sem falar no atraso de quase nove horas, a mudança do fuso, o fato de terem feito um jogo difícil no sábado e todos os componentes suficientes para estressar qualquer um, as duas foram muito atenciosas e receptivas! Tiveram ânimo para fotografar, mostrar medalhas, agradecer... Enfim, aqueles minutos com elas recompensaram todo o esforço de estar ali naquela hora, que eu jamais imaginaria estar, pois a ideia inicial era uma chegada em “horário comercial” (rs)!

Ana é uma das poucas a recepcionar a dupla após o título mundial.
Mas o sentimento foi muito bom. Todos nós vivemos em busca de reconhecimento no que fazemos, mas, nem sempre, reconhecemos o trabalho daqueles que estão ao nosso redor. Com os atletas, especialmente os de outras modalidades que não a “paixão nacional”, opera-se o mesmo. 

Inacreditável que a dupla campeã mundial, depois de uma heroica virada para cima das bicampeãs olímpicas e lendárias Walsh e May, não tenha tido, por exemplo, uma cobertura de seu retorno ao país noticiada pela mídia, apenas porque retornaram algumas semanas depois da conquista, como se isso diminuísse seu mérito, seu valor.

Naquele momento, pois, me senti muito feliz de estar lá e recepcioná-las, de demonstrar que sempre existe um torcedor que valoriza o trabalho delas e para quem suas conquistas também são motivo de orgulho e alegria! Não preciso nem dizer que, depois desse dia, minha admiração e minha torcida por elas só aumentou, né? Ah, e elas ganharam mais uma torcedora: minha mãe! (rs)

PS: Quem quiser conhecer a versão da Karina desses mesmos fatos, fica a dica do post da época “Recepção às Campeãs em Fortaleza”

Participe você também do Post do Torcedor. Compartilhe uma história marcante que tenha vivido com os leitores do Primeiro Set. Clique aqui e saiba como participar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Robson (nº 5), é o capitão da equipe vilhenense. Arquivo pessoal
Conforme divulgado na semana passada, agora os apaixonados por vôlei têm um espaço exclusivo para contar suas histórias aqui no Primeiro Set. E quem faz a estreia dessa novidade é o rondoniense Robson Magalhães, de Vilhena. Robson é estudante de Biomedicina e ponteiro passador da seleção Vilhenense de voleibol. E o amor pelo esporte é tão grande que ele tem uma imagem de vôlei tatuada no braço. Confiram a sua história:

Há 10 faço parte da Associação Vilhenense de Voleibol (AVV). E foi aí que começou a minha paixão pelo voleibol. No entanto, minha história passará por um relato trágico:

Em 2006, a AVV se preparava para dois campeonatos, sendo que o time masculino foi divido: metade foi para Cerejeiras, aqui mesmo em Rondônia, e outra metade para Cuiabá, no Mato Grosso.

Minha mãe preferiu que eu fosse para Cerejeiras, por ser mais perto e por eu ter parentes lá. Mas eu queria mesmo era ir para Cuiabá. Fiquei triste, porém, obedecendo às ordens dela, não fui.

O campeonato começaria na sexta-feira e terminaria no domingo. No mesmo dia à noite eu já estaria novamente em casa. No entanto, alguns de meus amigos que foram pra Cuiabá não tiveram a mesma sorte do que eu. Um trágico acidente, envolvendo o microônibus da equipe e uma carreta na BR, tirou a vida de alguns deles e deixou o estado inteiro em luto.

Foi um horror, ficamos um tempo sem jogar e ficou no ar aquela dúvida se a Associação iria continuar ou não. Mas, por nós e pelas escolinhas de base que atendem crianças carentes na cidade, lutamos e conseguimos nos reerguer dentro daquilo que mais gostamos: o voleibol.

Hoje, a nossa entidade, sem fins lucrativos, fundada em 11 de agosto de 2001 e desde então trabalhando com escolinhas de iniciação, pretende atender até o final do ano 200 crianças a partir dos 10 anos de idade, sendo que todas precisam estar devidamente matriculadas na rede pública de ensino.

Nosso trabalho é feito com o intuito de difundir o esporte, ensinando noções básicas do vôlei e formando equipes nas categorias pré-mirim, mirim, infanto-juvenil e juvenil, no masculino e feminino.

Oferecemos um profissional de educação física  para ministrar as aulas, assim como um monitor e eles passam ensinamentos a cinco turmas de futuros talentos durante três vezes por semana.

Em reconhecimento ao nosso trabalho, recebemos um ginásio só para a prática do vôlei, sendo que logo o apelidamos de Maracanãzinho. Risos. Tivemos também o prazer em contar com a visita do ex-jogador Marcelo Negrão, que veio esse ano aqui na minha cidade para carregar a tocha da X Copa AVV, o maior e melhor campeonato do meu estado (em 10 anos de Assossiação, a Copa foi realizada todos os anos).

Acredito que o vôlei é uma paixão de todo o Brasil, inclusive aqui no interiorzão, local onde amamos o esporte com todas as nossas forças.

Para terminar, exponho um sonho: conhecer alguma jogadora da seleção feminina de vôlei, de preferência a Sheilla, meu maior orgulho e motivação.

Você também tem uma história bacana para contar? Escreva-a, envie um e-mail para primeiroset@gmail.com e seja o próximo a fazer parte do Post do Torcedor.

Lembrando que o Primeiro Set está na disputa do Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, sorteio de dois livros "Brasil, o país do vôlei" para seguidores no Twitter e na FanPage, oferecidos pela Olympikus. Vote, siga e concorra!  Clique aqui e registre o seu voto. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quando alguém gosta realmente de uma coisa, tem sempre uma história marcante para contar sobre ela. Seja uma alegria, uma tristeza, uma situação curiosa, um mico, etc.

Novo espaço para que o torcedor conte a sua história.
Pensando nas muitas situações que o vôlei pode proporcionar ao torcedor, surge uma novidade aqui no Primeiro Set.

A partir de agora, você que acompanha o blog terá espaço para compartilhar algum momento marcante que tenha vivido. Você pode falar sobre aquele jogo inesquecível, aquela vitória que te marcou profundamente ou aquela derrota frustrante, uma loucura que já cometeu pelo ídolo...

Alguns torcedores já compartilharam algumas histórias aqui no Primeiro Set por meio de entrevistas, mas como existem milhares de outros casos que não chegariam ao conhecimento do blog, a ideia é que vocês mesmo possam ter espaço para contar esses casos de amor ao voleibol.

Para ter a sua história publicada, envie um e-mail para primeiroset@gmail.com. À medida que os textos forem chegandos, as publicações vão acontecendo.

Fiquem à vontade, o espaço é de vocês.

O Primeiro Set está na disputa do Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, sorteio de dois livros "Brasil, o país do vôlei" para seguidores no Twitter e na FanPage (um livro para cada rede social). Vote, siga e concorra!  Clique aqui e registre o seu voto. 
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