domingo, 15 de janeiro de 2012

O Post do Torcedor de hoje foi escrito pela torcedora e jogadora Thalita Oliveira, que mora no Rio de Janeiro e desde 2004 está diretamente ligada ao voleibol. Uma história super bacana de amor e persistência.

Thalita recebendo trofeu de MVP após a partida.
Foi em 2004, com as Olimpíadas de Atenas, que começou a minha paixão pelo vôlei.

Apaixonada pela modalidade de daqueles Jogos para cá, há mais ou menos seis anos resolvi não só torcer, mas também praticar o esporte. Confesso que hoje não sei viver sem o voleibol.

Porém, antes do vôlei, tive uma passagem pelo basquete. Num dia de treino, meu técnico mandou vermos os jogos das Olimpíadas. Acabei ligando a TV justamente na hora que estava passando um jogo da seleção feminina de vôlei, cujas adversárias eu já não me lembro mais. A partir daquele momento passei a me encantar por aquela equipe.

Comecei, então, a treinar em uma escola particular. Só que, como não estudava nela, nunca podia jogar os campeonatos: eu só podia treinar, treinar e treinar.

Depois, comecei a acompanhar com mais frequência o vôlei. Logo depois, vi um jogo da final da Superliga feminina, entre Osasco e Rio De Janeiro. Aos poucos, fui me tornando fã da Renatinha Colombo, da Sheilla, da Mari, e hoje sempre procuro me espelhar nelas.

Nem mesmo nas madrugadas, deixo de acompanhar os jogos, sejam eles do masculino ou feminino.

Mas nem tudo foi um mar de rosas pra mim: no Rio de Janeiro você não encontra muitas oportunidades. Fiz um teste no Flamengo, mas o técnico falou que, com 16 anos, eu já era velha para a modalidade.

Naquele dia, meu mundo caiu e eu resolvi desistir do meu maior sonho, que era ser atleta profissional e jogar ao lado das jogadoras que eu tanto admiro. Depois daquele dia, fiquei dois anos parada.

Mais tarde, voltei para um time de classe média, sempre ficando no banco ou às vezes nem sendo selecionada para ficar nele. Resultado: parei novamente por mais três anos.

Há nove meses faço parte do time Volley Show Niterói e da equipe da faculdade UniverCidade e confesso que estou muito feliz. Tenho tido valor nessas novas equipes e hoje, com 22  anos de idade, não desisti do meu sonho.

Mesmo com uma idade mais “avançada” prefiro acreditar que realizar o meu sonho não é impossível. Afinal, a esperança é a última que morre.

Por conta da minha idade, posso até não conseguir chegar ao meu objetivo. Mas, quando eu olhar pra trás vou poder dizer que eu não consegui, porém, não deixei de tentar.

Tem uma história bem bacana para compartilhar com os leitores do Primeiro Set? Envie seu texto para primeiroset@gmail.com.
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