sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dupla conquista seu 2º ouro Pan-Americano. Foto: Divulgação
Não sei se este post se encaixa melhor numa postagem tradicional ou se deve ser considerado um "Post do Torcedor".

Mas, no turbilhão de emoções que foi o dia de hoje, não se assustem com a total informalidade da escrita. Porque quem vos escreve nada mais é do que uma torcedora que vibrou muito com as conquistas de hoje.

E num dia como esse, daqueles de ficar acordada até quase 3 horas da manhã, "perder a hora", chegar atrasada no trabalho, conferir toda a hora o tempo no relógio para voltar para casa e assistir a disputa de outro ouro, não há como escrever algo que não carregue emotividade nenhuma.

Os resultados de hoje todos já devem saber: vitória da seleção feminina sobre Cuba, por 3 sets a 2 (25/15, 21/25, 25/21, 21/25 e 15/10) e revanche nas cubanas, que calaram o Maracanãzinho em 2007, fato que fez essa torcedora aqui chorar feito criança após o ponto decisivo.

Um ouro para acabar com aquele rótulo de "amarelonas". Disputada como foi a partida, o ouro poderia ir perfeitamente para Cuba. Mas dizer que as jogadoras brasilerias amarelaram seria injusto. Após o ouro em Pequim, algumas derrotadas aconteceram, é verdade, mas aquela taxação de "choronas" e "desequilibradas" aos poucos foi se extinguindo.

Se o ouro fosse para Cuba, seria muito mais resultado de um merecimento cubano do que apatia das brasileiras. E num conjunto que tem Tandara, Juciely, Fernanda Garay, reservas que brilharam tanto quanto as titulares, a medalha dourada foi apenas uma consequência do amadurecimento e da experiência adquirida pela seleção após tantos traumas.

Exatamente o mesmo que vem acontecendo com Juliana e Larissa que, como a maioria também já deve saber, ganharam das mexicanas Candelas/García por 2x1 (21/19, 22/24 e 22/20).

A exemplo da final da Copa do Mundo, em julho, as brasileiras oscilaram bastante na partida decisiva de hoje, que também foi para o tie-break. E de novo, dessa vez contra uma torcida local alucinada, as brasileiras ficaram quatro pontos atrás no placar: 6x2 (em Roma foi 10x6 para Walsh e May) e o medo quase falou mais alto que a esperança da virada. No entanto, a dupla se controlou, virou o placar e repetiu a mesma história da Itália. Sem os anos de experiência, talvez, o título ficaria com as donas da casa, mas o tempo trouxe a confiança que a dupla precisa ter diante de situações como as de hoje.

Bicampeonato Pan-Americano e "quádrupla" coroa para Juliana e Larissa na temporada (o ouro de hoje soma-se ao Rainha e Vice-Rainha da Praia, a Copa do Mundo e ao hexacampeonato do Circuito Mundial que, em virtude da não inscrição das americanas Walsh e May na última etapa, foi confirmado justamente hoje pela FIVB).

Mais um ouro para uma dupla que, assim como a seleção feminina, vive na mesma desconfiança de sempre: "Sem Walsh e May é fácil", podem pensar alguns.

Há quem vá subvalorizar as duas conquistas de hoje, mas, pelo menos para essa torcedora aqui, essa sexta-feira vai ser mais um daqueles dias guardados na categoria dos "momentos inesquecíveis".

E ainda faltam mais dois ouros a serem conquistados: o de Alison e Emanuel amanhã, às 16h, contra os venezuelanos Igor Hernández e Farid Mussa, e o da seleção masculina, que estreia na segunda-feira.

Acreditar? Claro! Sou brasileira e, como diz a conhecida frase, não desisto nunca!
Comentários
2 Comentários
Real Time Web Analytics