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sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Começa daqui a pouco a cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. E a partir de amanhã, o vôlei brasileiro entra em ação na maior competição esportiva das Américas. 

"Mamute" Alison fará a sua estreia em Pan-Americanos. Foto: FIVB
Para você ficar ligado em todos os dias e horários das partidas que serão transmitidas pela Record, único canal de TV aberta do Brasil que cobrirá os Jogos, segue abaixo a lista completa da programação divulgada pela emissora.

Dos quatro ouros em disputa, os dois mais prováveis estão nas areias.

Campeões da Copa do Mundo de Vôlei de Praia em julho, campeões do Circuito Mundial 2011 e atuais líderes do ranking brasileiro, sem a pedra americana chamada Rogers e Daulhauser pelo caminho (já que os Estados Unidos enviaram a dupla Mark Van Zwieten e Andrew Fullerque, que iniciará a parceria justamente em Guadalajara) Alison e Emanuel têm tudo para conquistar tranquilamente mais um ouro na temporada.

O mesmo é esperado para Juliana e Larissa. Campeãs da Copa do Mundo de Vôlei de Praia, muito próximas do hexacampeonato mundial, líderes do ranking nacional e atuais campeãs Pan-Americanas, as adversárias mais temidas serão as norte-americanas Emily Day e Heather Hughes, apenas prata no Universíade 2011.

Com o "time B" no masculino e com adversárias à altura no feminino, como as temíveis cubanas, que protagonizaram aquela fatídica e histórica virada no Maracanazinho, em 2007, o caminho dourado no indoor será um pouco mais sinuoso. No entanto, arrisco a dizer que um ouro, pelo menos, deve vir na bagagem da delegação das quadras.
E você, o que espera da participação do vôlei brasileiro em Guadalajara? Opine no campo de comentários abaixo.

Programação vôlei brasileiro em Guadalajara:
 
Sábado, dia 15 
22h - Vôlei Feminino: Brasil x República Dominicana 

Domingo, dia 16
23h - Vôlei Feminino: Brasil x Canadá 
16h - Vôlei de praia (fem.): Brasil x Trinidade e Tobago

Segunda-feira, dia 17
16h - Vôlei de praia (mas.): Brasil x Costa Rica (Escobar/Monge)
17h- Vôlei de praia (fem.): Brasil x Equador (Vilela/Chila)
20h - Vôlei (feminino): Brasil x Cuba 

Terça-feira, dia 18
16h - Vôlei de praia (masc.): Brasil x Cuba (Gonzalez/Piña)
17h - Vôlei de praia (fem.): Brasil x Cuba (Sinal/Sinal)

Quarta-feira, dia 19
16h - Vôlei de praia (masc.): Brasil x República Dominicana (Perez/Recio)
17h - Vôlei de praia (fem.): Brasil x Canadá (quartas-de-final)
23h - Vôlei (feminino): República Dominicana  (semifinal)

Quinta-feira, dia 20
15h - Vôlei de praia (masc.): Brasil x Uruguai (quartas-de-final)
17h - Vôlei de praia (fem.): Brasil x Porto Rico (semifinal)
23h - Vôlei (fem): Brasil x Cuba

Sexta-feira, dia 21
14h - Vôlei de praia (masc.): Brasil x México (semifinal)
17h - Vôlei de praia (fem.):  FINAL

Sábado, dia 22
16h - Vôlei de praia (masc.)  - Brasil x Venezuela FINAL

Segunda-feira, dia 24
21h - Vôlei (masc): Brasil x Canadá

Terça-feira, dia 25
16h - Vôlei (masc): Brasil x Porto Rico

Quarta-feira, dia 26
23h - Vôlei (masc): Brasil x EUA

Sexta-feira, dia 28
20h - Vôlei (masc): se tiver Brasil (semifinal)

Sábado, dia 29
23h - Vôlei (masc) -  FINAL

Fonte: R7 e Mídia Esporte

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Muito vôlei nos próximos dias. Do vôlei de praia ao indoor, é assim que vai ser todo o mês de outubro.

Uma delas será os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, que começa no próximo dia 14. Só para ir entrando no clima, uma prévia de dias e sistema de disputa do vôlei brasileiro:

Vôlei de Praia

As disputas masculinas e femininas têm formas semelhantes. Serão 16 duplas participantes, que começam na fase classificatótia. As duas melhores  avançam às quartas-de-final. A partir daí os jogos são eliminatórios.

Os jogos acontecem do dia 16 ao dia 23. Juliana e Larissa e Alison e Emanuel representam o Brasil. Uma opinião sobre chances de medalhas? Dois ouros brasileiros. Num próximo post, um comentário mais aprofundado sobre os adversários e o porquê dessa expectativa.

Antes do Pan, duas competições: o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, etapa Aracaju, e a última etapa do Circuito Mundial Masculino, que em virtude da pontuação olímpica, terá três duplas brasileiras na disputa.

Indoor

Serão dois grupos de quatro equipes. A duas melhores seleções se classificam para as semifinais. A competição feminina acontece entre os dias 15 e 20 e a masculina entre os dias 24 e 29.

As convocadas por José Roberto Guimarães foram: Dani Lins, Fabíola, Sheilla e Tandara, Fernanda Garay, Mari, Jaqueline e Paula Pequeno, Thaísa, Fabiana, Juciely e Fabi.

No masculino, onde a preocupação está mais voltada para a Copa do Mundo - que vale vaga para as Olimpíadas - os convocados foram: Bruno, Murilo Radke, Wallace Martins, Wallace Souza, Thiago Alvez, Chupita, Renato Russomano, Lucarelli, Éder, Gustato, Maurício e Mário Júnior.

Diferentemente do vôlei de praia, as dificuldades brasileiras devem ser um pouco maiores no indoor.

Na TV aberta, o Pan de Guadalajara será transmitido apenas pela Record. Pela internet, Terra Esporte e o R7 transmitirão também alguns eventos pela internet. 

Até a estreia brasileira em Guadalajara, outros posts vão pintar por aqui. Aguardem.  

Lembrando que o Primeiro Set está na disputa do Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, sorteio de dois livros "Brasil, o país do vôlei" para seguidores no Twitter e na FanPage, oferecidos pela Olympikus. Vote, siga e concorra!  Clique aqui e registre o seu voto. A primeira fase do Prêmio termina na próxima terca-feira, dia 11.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Com o corre-corre do último final de semana, não sobrou tempo para escrever sobre a participação do vôlei brasileiro nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro.

Ângela comemora ouro nos Jogos Militares. Foto: Divulgação
E vale a pena comentar a ótima campanha do vôlei brasileiro na competição. Seis medalhas estavam em disputa: uma masculina e uma feminina indoor e mais quatro no vôlei de praia, que contou com a participação de duas duplas masculinas e duas femininas. Das seis, todas foram garantidas.

No vôlei de quadra, as seleções masculinas e femininas encontraram poucas dificuldades e garantiram com tranquilidade o ouro. Na final, 3x0 contra a China com os homens e 3x1 contra a mesma China no feminino.

Nas areias, a situação não foi nada diferente. Diante mais uma vez da China, tanto no masculino, quanto no feminino, mais dois ouros brasileiros. Ângela e Val, que reeditaram a parceria de 2009 nesses Jogos, encontraram poucas dificuldades pela frente e conseguiram subir no lugar mais alto do pódio. Favorecidas pela eliminação das italianas Menegatti e Cicolari, dupla sensação na atual temporada internacional, que não conseguiu sair da etapa russa do Circuito Mundial e chegar para a primeira partida da competição militar, o caminho ficou ainda mais fácil para as brasileiras. Camila e Rachel, que perderam na semifinal justamente para Ângela e Val, garantiram também a outra chance de medalha ao conquistarem o bronze.

Para finalizar, tudo bastante parecido também entre os homens. Os únicos adversários a incomodarem um pouco mais foram os chineses, sempre eles, Liu e Zhou. Mesmo perdendo uma partida para eles na fase classificatória, os brasileiros se recuperaram, deram o troco na final e garantiram o quarto e último ouro brasileiro no vôlei. Pará e Beto Pitta, que perderam nas semifinais para Jan e Bernardo, terminaram com o bronze.

Sendo disputado como esporte de exibição, as medalhas da praia não foram contadas na classificação final dos países. Somente a partir dos Jogos Militares de 2015 que a modalidade entrará definitivamente para a lista de esportes "oficiais" da competição.

O nível técnico dos Jogos Militares não foi lá dos melhores, é verdade. Mas o evento trouxe visibilidade para atletas que muitas vezes não têm o espaço que merecem na imprensa nacional, principalmente nos casos dos jogadores de vôlei de praia. Destaque como esse dos Jogos dificilmente aparecerão para a maioria deles. Além disso, muitos não terão a chance de defender o país numa competição maior, como as Olímpiadas, por exemplo. E vale lembrar que é através do apoio do Exército que a maioria consegue se manter no esporte, já que não tem patrocinadores. Por esses motivos, a participação nos Jogos Militares valeu bastante.

Pelo outro lado, a competição militar, bastante similar aos Jogos Olímpicos, serviu para ser um aperitivo para as Olimpíadas de Londres ano que vem.

Resumindo: não se pode criar falsas expectativas ao ver o Brasil dominando facilmente o quadro de medalhas. Mas, em muitos casos, principalmente para o vôlei, a disputa teve sim a sua importância.

O Primeiro Set pede o seu voto no Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, caso o blog fique entre os 100 primeiros da categoria esporte, sorteio de do livro "Brasil, o país do vôlei" para seguidores do blog no Twitter e na FanPage. Para votar, acesse esse link ou clique no banner do Prêmio localizado à direita da página. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um dia todo especial para jogadores, treinadores, auxiliares, torcedores e todos os demais envolvidos no esporte que virou sinônimo de conquistas nos últimos anos.

Ouro em 92 começava a colocar o vôlei brasileiro no topo.
Seja na quadra ou na praia, no masculino ou no feminino, o voleibol brasileiro dominou o mundo e hoje nossas equipes ou duplas se tornaram referência mundial na modalidade.

Títulos mundiais, olímpicos e muitas alegrias ao torcedor brasileiro. Com o vôlei, o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro em um esporte coletivo em Jogos Olímpicos, em Barcelona 92. Logo depois, em Atlanta 96, Jaqueline/Sandra e Mônica/Adriana protagonizaram a primeira final da mais nova modalidade olímpica: o vôlei de praia. Daquela final, saiu o primeiro ouro de mulheres brasileiras em 100 anos de existência das Olimpíadas.

Depois, ainda em Jogos Olímpicos, vieram as medalhas de ouro de Ricardo e Emanuel, o bi da seleção masculina, as duas pratas de Adriana Behar e Shelda, a conquista inédita da seleção feminina em 2008, dentre tantos outros resultados expressivos.

Se a seleção feminina foi a que mais demorou a conquistar uma medalha olímpica, o atraso pode ser compensado pela aguerrida (literalmente) geração de Marcia Fu, Ana Moser, Fernanda Venturini e Cia que, jogando contra as cubanas, garantiam um título à parte.

Sem falar nos técnicos, que viraram grandes exemplos de comando e liderança no esporte nacional: Bernardinho, José Roberto Guimarães, Reis Castro, Letícia Pessoa, esses dois últimos bem menos badalados, mas que tanto contribuiram e estão contribuindo para o sucesso do esporte nas areias. (Reis há oito anos é técnico de Juliana e Larissa e Letícia, após comandar por nove anos a dupla Adriana e Shelda, hoje treina os campeões mundiais Alison e Emanuel)

Vitórias e glórias são muitas. É impossível listar num único post  todos os jogadores e jogadoras que tão bem defenderam e defendem nosso país.

E hoje eles têm motivos de sobra para comemorar. Maior que a comemoração deles, somente a nossa, já que passamos a ter o vôlei como nosso grande orgulho nacional.

Parabéns a todos os envolvidos nesse esporte tão apaixonante! Feliz Dia Nacional do Vôlei a todos! E que o futuro do voleibol brasileiro seja cada vez mais dourado.

Se você é um dos milhões de apaixonados do esporte no país, explique e compartilhe a sua paixão deixando um comentário abaixo. Diga como, onde e com quem começou essa paixão! (a minha pode ser descoberta através do meu perfil)

Aproveitando a oportunidade, lembro mais uma vez da eleição no Prêmio Top Blog 2011. O Primeiro Set pede o seu voto para ficar entre os 100 melhores blogs de esporte do país. Com tantas conquistas da modalidade, seria bacana o vôlei figurar também entre os melhores na blogosfera brasileira. Para dar a sua força, clique aqui. Após o voto, será necessário confirmar a sua escolha através do e-mail de confirmação que chegará em sua caixa de entrada. Ao fim da votação, sorteio de dois exemplares do livro "Brasil, o país do vôlei."

E viva o vôlei brasileiro!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Títulos e muitas alegrias. Um ano para ficar marcado na memória do torcedor brasileiro. Quando muitos acreditavam que 2010 seria lembrado pelo hexa da seleção masculina de futebol, o vôlei roubou a cena e se transformou no esporte do ano.

Murilo, o atleta do ano. Foto: FIVB
Nas competições nacionais de quadra, uma Superliga de altíssimo nível. No masculino, final entre dois jovens times de história bem parecida. Cimed, um pouco mais velho e exper na habilidade em conquistar títulos e Montes Claros, modesto time mineiro que derrubou o favoritismo dos grandes, inclusive de seu conterrâneo da capital, Minas, e apresentou ao Brasil a paixão de toda uma cidade pelo voleibol.

O “piá atômico” das Minas Gerais fez de seu ginásio um verdadeiro caldeirão e ainda coroou o maior pontuador da história da competição: o autêntico e empolgante Lorena.

Pelo time catarinense, um tetracampeonato de um time que nasceu para ganhar títulos. Bruninho, Lucão, Thiago Alves e Cia. conquistaram o quarto título da Superliga, nos cinco anos de existência da equipe. Cinco anos para se tornar, ao lado do Minas, o maior vencedor da competição. 

Na disputa feminina, a final que há alguns anos vinha predominando. Rio e Osasco, de patrocinador novo, após quase fechar as portas por falta de apoio. E quando todos acreditavam que a equipe de Bernardinho repetiria as quatro últimas façanhas, eis que surgem Natália e Jaqueline, destaques da equipe paulista na decisão, para impedir mais uma conquista do Rio. 

Nas quadras internacionais, e de uniforme novo, foi preciso aprender a pronunciar uma palavra um tanto quanto complicada: eneacampeão, denominação dada à seleção nove vezes campeã da Liga Mundial masculina. Além da palavra difícil, aprendemos que o Brasil tornou-se o recordista absoluto em conquistas dessa competição.

Título que rendeu entrevista ao vivo de Bernardinho ao Jornal Nacional, com direito a elogios rasgados aos comandados pelo técnico. Mas, a conquista maior ainda estava por vir. Depois da polêmica derrota para a Bulgária, a seleção descontou a raiva pelo regulamento mal elaborado, acabou convencendo os críticos ao atropelar a arqui-rival Cuba na decisão e sagrou-se Tri-Campeã Mundial (2002-2006-2010). 

Alegrias demais com os meninos e um gostinho de quase com as meninas. No Grand Prix, após perderem Mari e Paula Pequeno, inclusive para o Mundial, a seleção, que perdeu dois, dos cinco jogos finais, teve que se contentar com a prata.

E na sequência, uma grande expectativa em mudar o final de um filme já visto em 2006, quando a equipe brasileira sofreu uma triste e dolorosa derrota para a Rússia. As meninas jogaram bem, convenceram até a decisão, mas, no tie break, foram paradas por Gamova,  Sokolova e mais uma seleção de “ovas”.  Novamente, as russas estragaram o tão sonhado título Mundial. 

Ju e Larissa, pentacampeãs mundiais. Foto: FIVB
Na praia, mais emoções. O Brasil e o mundo foi dominado por Juliana e Larissa. A dupla, que chegou ao tetra brasileiro e ao penta mundial, reinou e fez a melhor temporada da carreira.

Venceram onze das doze etapas do Circuito Brasileiro, foi recordista em títulos na história do Circuito Mundial e, enfim, entraram para o Livro dos Recordes, por vencerem o jogo mais longo de todos os tempos do vôlei de praia, contra as terríveis Wash e May, em 2005.

O reinado só esteve ameaçado quando Maria Elisa, numa virada surpreendente, roubou a coroa de Rainha da Praia já quase nas mãos de Larissa. 

Entre os homens, 2010 foi o ano das separações. Ricardo e Emanuel, antes parceiros, viraram adversários. Márcio e Fábio Luiz, medalhistas em Pequim, também repetiram a história, assim como Harley e Alison, dupla sensação do ano anterior.

Em meio a essa onda de fim de parceria, Thiago e Pedro Cunha chegaram de mansinho, foram surpreendendo etapa a etapa e garantiram o título do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia com uma etapa de antecipação.

Pedro transformou separação em superação, ao ser campeão depois de muitos meses parado por conta da rara lesão que quase o afastou definitivamente das areias. No Circuito Mundial, Alison e Emanuel tentaram ficar na cola de Rogers e Dauhauser, mas os norte-americanos, que estão consolidados há mais tempo, acabaram levando a melhor.

Para fechar o ano em grande estilo, domínio do vôlei  nas indicações do Prêmio Melhores do Ano do esporte brasileiro. Não ganhou tudo, mas consagrou Murilo como o melhor atleta masculino e Bernardinho como o melhor técnico em esportes coletivos.

Se tivesse eleito também Ju e Larissa a melhor, no caso, as melhores atletas, não seria nada demais. 

Mas, fechar a conta com dois terços do Prêmio Melhores do Ano e algumas dezenas de bons motivos para se orgulhar da temporada espetacular faz o vôlei ser, sem dúvidas, o melhor esporte nacional em 2010.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Quando recebi a notícia que teria que fazer um artigo como trabalho final de período, resolvi falar de uma das coisas que mais discuto aqui no blog: a super valorização do futebol e a falta de reconhecimento de vôlei na imprensa esportiva brasileira. Em julho, após o encerramento da Copa do Mundo de futebol, já havia escrito sobre o assunto no post Vôlei x Futebol: Realidades opostas em tudo.

Realidades distintas entre os dois esportes brasileiros.
No artigo que escrevi, intitulado “Imprensa esportiva brasileira: breve reflexão sobre as diferenças de cobertura entre o vôlei e o futebol pelos meios de comunicação nacional, discuto os motivos e consequências dessa desigualdade na mídia. 

Através da leitura de artigos, livros e sites procurei discutir essa diferença sob alguns pontos de vista que vão muito além da consideração simples e generalizada em que define o Brasil como o país do futebol.

A verdade é que, muito mais que paixão nacional, o futebol trata-se de um esporte cercado de interesse comercial. 

Após o boom capitalista, com o surgimento da Lei Zico, promulgada em 06 de julho de 1993 pelo então presidente da república, Itamar Franco, as cifras movimentadas por conta dos gramados fazem com que o futebol seja o grande filão da imprensa esportiva brasileira. Canais de TV, sites, jornais, rádios, empresas de marketing esportivo, empresários e muitos outros faturam milhões e milhões anualmente. 

Segundo o Plano de Modernização do Futebol Brasileiro da Fundação Getúlio Vargas (2000), a indústria do futebol gira em torno dos 250 bilhões de dólares por ano. No Brasil, cerca de 200 partidas da Série A do Campeonato Brasileiro são transmitidas, anualmente, por canais de tevê abertos e fechados, inclusive pelo sistema pay-per-view.

Resta aos outros esportes preencherem os buracos que sobram nas editoriais esportivas. 

E as consequências disso são desastrosas para os demais esportes. Na década de 90, como forma de adaptação do voleibol aos moldes de transmissão, mudanças significativas foram aderidas: partidas com uma duração menor para adequação à grade, bolas coloridas permitindo uma melhor visualização pelos telespectadores, um jogador especialista na defesa para aumentar o tempo do rally, maior interatividade dos técnicos junto aos atletas e o tempo técnico foram algumas das mudanças propostas para a melhoria do espetáculo junto à TV.

Mas, mesmo sendo repensado, o voleibol não conseguiu conquistar espaço nos meios de comunicação nacionais. Nos últimos anos, o vôlei brasileiro conquistou o ouro olímpico em todas as suas modalidades: no masculino em Barcelona 1992 e Atenas 2004, no feminino em Pequim 2008, no feminino e no masculino de praia, em 1996 e 2004, respectivamente. Além disso, somam-se os vários títulos mundiais tanto na quadra, quanto na praia. 

Porém, nem isso muda a realidade do esporte. Com exceção dos jogos das seleções, e aqueles que são transmitidos pela madrugada, que não “atrapalham” a grade de programação, vê-se vôlei na TV aberta apenas em raríssimas ocasiões, como as decisões da Superliga e as finais do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, na etapa brasileira. 

Em decorrência de pouquíssima exploração pela mídia, alguns times de voleibol atravessam graves dificuldades financeiras nesses últimos anos, inclusive com términos de contratos com patrocinadores, como no caso no Osasco/Bradesco, em 2009.

Em 2008, o drama de Márcio e Fábio Luiz foi um dos mais claros e chocantes. A dupla, vice-campeã olímpica, na volta de Pequim, foi à Brasília e suplicou um patrocínio ao presidente Lula.
 
Buscando reduzir o impacto da falta de cobertura do voleibol no país, a CBV adota alternativas para sanar a necessidade de cobertura das partidas, criando em meados de 2009, transmissões ao vivo em seu próprio site. Porém, o acesso a esse meio ainda é privilegiado no país, o que não confere o público necessário a bons retornos para as marcas.

Campanhas como “Vôlei de TV aberta já”, lançada no Twitter, mobilizam jogadores, torcedores e dirigentes na busca pelo espaço ao esporte. 

Conclui então, que o predomínio do futebol na cobertura esportiva brasileira vai muito além das preferências do torcedor. Trata-se de uma questão mercadológica, em que cifrões definem as escolhas de transmissões. 

E, cada vez mais enraizados na relação capital/sobrevivência, os jornalistas esportivos brasileiros se vêem na difícil missão de cobrir os assuntos que geram renda e lucros aos seus empregadores.

domingo, 14 de novembro de 2010

A história se repete de novo. Brasil, prata no Mundial Feminino de Vôlei com mais uma derrota para Rússia no tie-break. E as justificativas são as mais variadas: o erro de arbitragem, quando a seleção estava a frente no tie break, a ausência de Mari e Paula Pequeno, a genialidade da craque Gamova, os nossos problemas de levantamento...

Seleção comemorando o ponto contra as russas. Fonte: FIVB
Tudo isso interferiu, mas não sai da minha cabeça que o principal adversário do Brasil foi o Brasil mesmo. Até quando estivemos com a cabeça no lugar, nenhum desses fatores nos atrapalhou.

Começamos jogando bem, de forma arrasadora, mas aos poucos o nervosimo, a inconstância e a oscilação emocional, que infelizmente não é de hoje e que ninguém ainda conseguiu resolver, decidiu o jogo de novo.

Era visível o apagão no quarto set, a sensação de motivação no início do tie-break e novamente a queda emocional na casa do 11º ponto, quando o time russo já tinha virado a partida.

Diferente delas, e isso não é só no vôlei, é uma característica de todo atleta brasileiro: não conseguimos reagir quando a situação não está boa para o nosso lado.

Mas, crucificá-las por isso não é justo. Isso é um detalhe, que precisa ser corrigido logo, mas que não apaga o brilho do voleibol brasileiro. Perdemos para um time seis vezes campeão mundial, com uma baita experiência e que não se abala quando está atrás no placar. Até a final, tínhamos vencido todos os jogos, inclusive, com uma virada histórica ontem contra as japonesas, donas da casa.

Somos as atuais campeãs olimpícas, o topo para qualquer equipe do mundo, e há anos mostramos que entramos definitiamente para o seleto grupo de melhores seleções do planeta. Perder faz parte do jogo e sair com a cabeça erguida é a atitude mais louvável de um bom time.

Em 2010, as glórias foram enormes com o vôlei brasileiro e nunca na história desse país, como dirira nosso presidente, tivemos tanto orgulho num esporte que carece de muito reconhecimento ainda. Até porque em anos de mundiais, de vôlei e de futebol, o orgulho foi bem maior com o primeiro.

Como boas vice-campeãs, é dar a volta por cima, trabalhar mais contra esse emocional, superá-lo e seguir firme buscando os tantos e tantos títulos que ainda estão pela frente. O sentindo não pode parar e não é o resultado de hoje que vai tirar o brilho dessa seleção tão vencedora.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais uma vitória da seleção feminina. Até agora, Brasil imbatível no Mundial do Japão, com nove vitórias em nove jogos disputados e um favoristismo claro. Nem adversários complicados e arqui-rivais como Cuba e EUA conseguiram medir forças com nossas meninas.

Mas, agora nas semifinais, a história é outra e é melhor não lembrar tanto assim desses bons resultados anteriores. Que nossa seleção é a melhor, não há dúvidas. Que o time quer muito esse título, menos dúvida ainda.Mas, ainda não jogamos com o adversário mais complicado: o nervosismo. Um favoritismo absoluto e uma pressão em cima delas pode tirar esse campeonato da gente. É preciso paciência, calma e tranquilidade, coisa que, infelizmente, ainda costuma oscilar no comportamento das meninas.

Tirando isso, a seleção está a dois passos de vencer e abrilhantar ainda mais força do voleibol brasileiro em 2010.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Faltou pouco, muito pouco, mas não deu. Nossas meninas guerreiras do vôlei não conseguiram voltar da China com o eneacampeonato do Gran Prix.

Na fase final, acho que apareceu aquela coisa que sempre incomoda as brasileiras: a inconstância. Ora o time jogava muito bem, ora o time apagava. Vacilar e perder dois jogos, dos cinco decisivos, foi lamentável. Se a equipe tivesse sido um pouquinho mais regular contra EUA ou Japão, dava Brasil.

Brasil, prata no Grand Prix 2010. Foto: FIVB
Mas, paciência. O esporte é isso mesmo. Também não se pode dizer que a prata foi um péssimo resultado.
Agora, é se preparar bem para a grande competição do ano, a Copa do Mundo, nos meses de outubro e novembro, no Japão.

Até lá, Mari e Paula Pequeno estarão recuperadas das contusões sofridas semana passada e a equipe poderá se preparar melhor para apresentar um voleibol mais regular e vitorioso.

Nós, torcedores, ficamos com uma sensação frustante pela perda do título. Mas, nada de lamentações: o melhor é sorrir e confiar nas nossas meninas de ouro. SEMPRE!

Perdoem-me a demora na criação do post. A faculdade tomou todo o meu tempo esses dias. Continuem votando no novo nome para o blog. Semana que vem, provavelmente, fecho a enquete.

domingo, 22 de agosto de 2010

Semana passada a correria foi tanta que nem tive tempo para passar aqui e comentar os resultados da 2ª rodada do Brasil no Grand Prix. E as meninas estão com tudo. 

Desde o último post sobre o torneio foram seis jogos, seis vitórias e apenas um set perdido. Vitórias contra Polônia, Taiwan, Porto Rico, China, Holanda e República Dominicana. 

Seleção feminina rumo à fase final do G.Prix. Foto: FIVB
Diante de resultados tão bons, fica difícil não confiar no eneacampeanato. Se rolar alguma aposta por aí, me avisem, porque eu sou muito mais Brasil.

Nessa semana decisiva, a seleção tem mais cinco confrontos pela frente: Japão, Polônia,  EUA, Itália e China. Horários dos jogos oscilando entre 2h30, 4h30 e 8h30 da manhã.

E nossas meninas começam a semana com uma grande inspiração: amanhã faz dois anos que faturamos o tão sonhando ouro olímpico. Dois anos que elas deixaram para trás aquele rótulo de time amarelão para se consagrarem como uma das equipes mais vitoriosas da história do vôlei nacional.

E  que as conquistas não parem. Amarelo agora, só o uniforme ou a medalha de ouro. Boa sorte, meninas do Brasil!

Ahh! Não podia deixar de comentar também mais uma conquista masculina. Brasil campeão do
Hubert Jerzeg Wagner, torneio preparatório para o Campeonato Mundial, que acontecerá de setembro à outubro. E ainda chegaram a 300 vitórias no comando de Bernardinho. Nem precisa comentar essa brilhante marca, né? Mais que vencedores.

Continuo contando com a ajuda de vocês na escolha do novo nome do blog. Participem votando na enquete ao lado.

Abração!

domingo, 8 de agosto de 2010

Fim da Liga Mundial e início do Grand Prix feminino.

E assim como os meninos eneacampeões da Liga, as meninas começaram meio devagar. Lances feios, muitos erros e derrota dentro de casa. Mas, nada fora do normal. Acredito muito que a equipe vá se preparar aos poucos e à medida que a competição for se aprofundando, o time vai melhorar.

Seleção sendo orientada por Zé Roberto. Foto: FIVB
Não assisti nenhum jogo inteiro, mas deu para ver que Natália continua bem. Hoje ela foi a melhor em quadra, com certeza. E falando do jogo de hoje, a derrota para a Itália não é nada tão impressionante já que o time europeu é um dos melhores do mundo, como o nosso. Verdade que podíamos ter ganho o quarto set para fazer um tie break emocionante, mas paciência. O 3x1 para elas não pode é se repetir lá na frente.

Ontem, contra o Japão, percebi que bem que eu podia ter seguido carreira no vôlei. Meninas baixinhas como eu, tamanho não é tudo! Como joga a tal da Takeshita, com 1,59m. Levanta que é uma maravilha. E ainda tem a líbero Sano, também com 1,59m. No final, 3x1 para as gigantes Thaisa, Fabiana e Cia.

Na sexta, 3x0 fácil contra a fraca seleção de Taiwan, que não venceu um set sequer em 3 jogos.

Nessa primeira semana de competição, mesmo com a derrota, nossas meninas lideram o grupo A, já que a Itália perdeu para o Japão por 3x1 também. 

Corrigir os erros, acertar as jogadas e seguir firme para mais um título verde-amarelo, esse tem que ser o pensamento.

Ahhh! Conto com a ajuda de vocês na escolha do novo nome para o blog. Vejam os nomes na enquete, votem e me ajudem nessa.



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