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domingo, 3 de novembro de 2013

Mesmo com intoxicação, Maria/Carol garantiram novo pódio.
Sem Lili/Bárbara Seixas e Talita/Taiana, estas liberadas pela CBV após a conquista antecipada (mas não confirmada) do Circuito Mundial 2013, Ágatha/Maria Elisa e Maria Clara/Carol eram as únicas representantes brasileiras na penúltima etapa do tour na temporada, disputada em Phuket.

E mesmo com uma intoxicação que atingiu mais de 30 atletas, incluindo Maria Clara, as irmãs Salgado garantiram mais um pódio na temporada.

Depois de uma breve passagem pelo hospital ainda no primeiro dia de competição, Maria Clara mudou sua alimentação para arroz e batata, evitou água e frutos do mar da ilha tailandesa, foi reclamando das condições via Instagram e, no sacrifício, foi se virando.

Já no lucro, a dupla chegou às semifinais, mas não conseguiu superar as chinesas Chen Xue/Xinyi Xia. Xia de apenas 16 anos de idade.


Na disputa pelo bronze, Maria/Carol se recuperaram, venceram Ágatha/Maria Elisa por 2x0 (21/18 e 24/22) e garantiram o quinto pódio da temporada.

Bronze e pontuação que agora deixa a dupla na segunda colocação do ranking mundial, 26 pontos à frente das alemãs Semmler/Holtwick.

Pela terceira vez em três etapas, o ouro terminou com uma dupla norte-americana. Dessa vez, com Day/Ross.

Já em relação ao título antecipado de Talita/Taiana, a confirmação não deve acontecer, muito provavelmente para tentar movimentar a última etapa do ano.

Isso porque as alemãs ainda podem garantir pontos na etapa europeia de Montpellier, na França. No entanto, mesmo se Semmler/Holtwick vencerem, Talita/Taiana vão precisar apenas participar da etapa de Durban e garantir a pontuação mínima da etapa, que corresponde a 150 pontos.

No entanto, se Talita/Taiana foram dispensadas dessa etapa de Phuket pela própria CBV, é evidente que o título das brasileiras está garantido.

O próximo compromisso das atletas nesse extenso calendário 2013 é novamente no Brasil. Entre 15 e 17, Guarujá recebe a 4ª etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia da temporada 2013/14.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dupla conquista título mundial logo no primeiro ano da formação.
Depois de alguns cálculos e de perceber que as alemãs Holtwick/Semmler, única dupla que poderia alcançar Talita/Taiana na corrida pela liderança do ranking mundial, não vão disputar a etapa de Phuket, na Tailândia, já é possível afirmar que as brasileiras são campeãs do Circuito Mundial por antecipação.

A conta nem é tão difícil assim: com 1.000 pontos em disputa, duas etapas valendo 500, e com 736 à frente das alemãs, Talita/Taiana só precisariam de um 5º lugar (300 pontos) para garantir o título. Isso porque no somatório das vice-líderes entravam seis etapas europeias, já que o ranking mundial passou a contabilizar várias competições internacionais ao mesmo tempo.

Como Holtwick/Semmler abriram mão da etapa, a conta ficou ainda mais fácil. Título antecipado, sem necessidade de disputar qualquer partida na Tailândia. 

Um título merecido, já que Talita/Taiana se mostraram bem superiores durante boa parte do tour. Em 12 etapas disputadas, foram cinco ouros (China, Holanda, Itália, Estados Unidos e Alemanha), uma prata na China (Xiamen) e um bronze na Suíça.

Certamente, o pior momento no ano foi o 17º lugar no Campeonato Mundial, competição mais importante da temporada.

Mas, como todas as outras duplas, exceto Lili/Bárbara Seixas, foram muito aquém do esperado, as novas campeãs mundiais não podem ser crucificadas pelo tropeço na Polônia.

Nas análises individuais, Talita viveu um dos melhores anos no vôlei de praia: Rainha da Praia, campeã da Copa do Mundo (muito fraca, é verdade), agora Campeã Mundial (conquista inédita na sua carreira) e muito madura e segura em praticamente todas as partidas do ano.

Taiana, tão experiente quanto Talita, mas menos acostumada aos pódios mundiais, também se destacou. Já no primeiro ano com a nova parceira, soube aproveitar bem a oportunidade, fazendo valer o convite recebido.

E, por mais que a CBV possa dizer que a conquista foi fruto do novo sistema de seleção, é importante observar que a dupla não sofreu nenhuma interferência na formação, se mantendo junta durante todo o ano.

Claro que o Circuito Mundial 2013 não contou com Juliana/Larissa, Zhang Xie/Xue (as chinesas jogaram poucos torneios) e Walsh, que só voltou a competir nas últimas etapas, mas os números das brasileiras são muito bons.

Mesmo com todas as polêmicas durante o ano, é muito bom ver o Brasil se mantendo na hegemonia feminina do Circuito Mundial.

Agora são 19 títulos brasileiros contra 3 das americanas.

Os críticos poderão dizer que o que conta mesmo é a medalha olímpica. Mas, para quem tem acompanhando a evolução do vôlei de praia nos últimos anos, fica claro a importância da conquista antecipada de Talita/Taiana. Até mesmo para amadurecer e evoluir para 2016.

Parabéns, meninas! Que seja o primeiro de muitas conquistas mundiais.

PS: Como já são campeãs mundiais, Talita/Taiana não vão disputar a etapa tailandesa. Maria Clara/Carol e Ágatha/Maria Elisa serão nossas únicas representantes.

PS 2: Embora a conta seja clara e a dupla já esteja comemorando o título nas redes sociais, FIVB e CBV ainda não confirmaram o título. Entidades batendo cabeça!

domingo, 27 de outubro de 2013

Mesmo com vice, Talita/Taiana estão próximas do título 2013.
Um ouro, uma prata e título feminino muito bem encaminhado. Depois de três finais de semana consecutivos de etapas, o último Grand Slam da temporada, disputado em Xiamen, terminou com saldo positivo para o vôlei de praia brasileiro. Mas com duas ressalvas.

Pelo masculino, mais uma vez, a técnica da seleção brasileira feminina de vôlei de praia, Letícia Pessoa, optou por separar Alison/Emanuel nas competições internacionais. E novamente deu certo. Depois da prata conquistada por Emanuel/Evandro em Moscou, Alison/Vitor Felipe, "descompromissados" e sem muitos objetivos, chegaram ao ouro.

Na decisão, a parceria derrotou os holandeses Brouwer/Meeuwsen, campeões da Copa do Mundo de Vôlei de Praia 2013. 

Um ouro que, no entanto, não mudou a corrida pelo título masculino da temporada.

Pedro Solberg/Bruno Schmitd, que tinham que ficar à frente de Smedins/Samoilovs para se aproximar da liderança do ranking, não tiveram sucesso.

Derrotados pelos norte-americanos Gibb/Patterson ainda nas quartas, num tie-break com parcial de 16/14, a dupla terminou em 9º, mesma colocação dos letões, e dependerá de muita conta para chegar ao título do tour 2013.

A uma etapa do encerramento da temporada masculina, Pedro/Bruno terão que vencer o Open de Durban e torcer para que Smedins/Samoilovs terminem apenas em 9º. Isso para chegar exatamente aos mesmos 6.590 do letões.

Além do ouro de Alison/Emanuel e do 9º lugar de Pedro/Bruno, Evandro/Emanuel terminaram em 5º e Ricardo/Álvaro Filho em 9º.

Talita/Taiana se aproximam do título, mas Ross/Walsh vencem de novo
Restando apenas duas etapas e 1.000 pontos para o encerramento da temporada feminina, Talita/Taiana estão a um passo de garantir o título do Circuito Mundial 2013.

Se antes a dupla brasileira apresentava uma certa folga em relação à Holtwick/Semmler, dupla vice-líder do ranking, o vice-lugar em Xiamen, associado ao 4º lugar das alemãs, garantiu ainda mais tranquilidade para a conquista internacional.

Com 736 pontos de vantagem, Talita/Taiana precisam apenas de um 5º lugar na próxima etapa para terminarem o primeiro ano de parceria já com título internacional, o 19º do Brasil em Circuitos Mundiais.

Mas, mesmo com título praticamente assegurado, a preocupação já deve estar em 2014, já que
Ross/Walsh demonstraram novamente que devem vir muito fortes para a próxima temporada.

Depois do título no Grand Slam de São Paulo, a nova parceria norte-americana chegou ao segundo ouro consecutivo, com parciais de 21/14, 17/21 e 15/12 contra Talita/Taiana.

Ágatha/Maria Elisa terminaram em 5º e Maria Clara/Carol em 9º.

Já a partir de terça-feira, acontece a penúltima etapa da temporada feminina, disputada em Phuket, na Tailândia. Depois disso, o Circuito Mundial só volta no dia 11 de dezembro, com a última etapa do ano para ambos os naipes.

domingo, 6 de outubro de 2013

Com apoio da torcida, Talita/Taiana buscam 6º ouro do ano.
Depois de aproximadamente um ano e seis meses, o Brasil volta a receber uma etapa de Circuito Mundial. Dessa vez, um Grand Slam, e em São Paulo.

Do dia 8 ao dia 13, o Parque Villa Lobos vai receber o penúltimo Grand Slam da temporada, importantíssimo para as duplas brasileiras.

Pelo feminino, Talita/Taiana, líderes do ranking, podem ampliar ainda mais a vantagem sobre Semmler/Holtwick, que é de 650 pontos. E Maria Clara/Carol podem tirar a diferença de pouco mais de 200 pontos das alemãs, passando a ocupar a segunda colocação geral da temporada internacional.

Já pelo masculino, Pedro Solberg/Bruno Schimitd terão que aproveitar o calor da torcida para pontuar bem e encostar nos líderes Smedins/Samoilovs, que estão 410 pontos à frente dos brasileiros.

Ainda sonhando em se aproximar das duas duplas da ponta da tabela, Ricardo/Álvaro Filho têm tudo para buscar um bom resultado em São Paulo.

Outras duplas presentes na capital paulista: Lili/Bárbara Seixas, Àgatha/Maria Elisa e Elize Maia/Fernanda Berti; Alison/Emanuel, Evandro/Vitor Felipe e Thiago/Oscar.

Um outro detalhe do Grand Slam brasileiro é o retorno da dupla Walsh/Ross, agora em definitivo e com previsão de ir até 2016. Depois que anunciaram a parceria, as norte-americanas jogaram juntas em Gstaad, na Suíça, e terminaram em 9º. Entrosadas, sem dúvidas, serão uma pedra no sapato das brasileiras.

Na última etapa internacional disputada aqui no Brasil, nenhuma dupla brasileira conseguiu ficar com o ouro: Ricardo/Pedro Cunha terminaram com o bronze e Talita/Maria Elisa com a prata.

Depois de São Paulo, haverá apenas o Grand Slam de Xiamen (China) e outras etapas Open.

É aproveitar a oportunidade e pontuar muito bem em casa.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Duplas garantem ouro, prata e bronze para o Brasil. Foto: FIVB
Três medalhas, título inédito, boa estreia de parceria, mais um pódio para Ricardo/Álvaro Filho.... No balanço geral, o Grand Slam de Moscou terminou muito bem para o Brasil.

O destaque mais importante foi o título de Maria Clara/Carol, não só inédito nessa temporada como em todos os dez anos de carreira da parceria. Depois de duas pratas em 2013 (Haia e Long Beach), a dupla conquistou o primeiro ouro em um Grand Slam de Circuito Mundial.

Até então, em 113 etapas jogando juntas pelo Circuito Mundial, elas só haviam subido ao lugar mais alto do pódio no Open de Myslowice, na Polônia, em 2008.

Mesmo vencendo apenas um dos três jogos da fase de grupos, Maria/Carol conseguiram avançar para a repescagem e, a partir daí, não perderam mais. O título veio após a vitória sobre as alemãs Ludwig/Walkenhorst por 2x0 (21/15, 21/18).

Depois de duas pratas e dois bronzes, faltava o ouro para coroar uma temporada muito boa, principalmente pelo fato da retomada da parceria, interrompida em 2012 por conta da gravidez de Carol.

Ágatha/Maria Elisa terminaram em 5º e Lili/Bárbara Seixas e Taiana/Talita em 9º.

Evandro/Emanuel e Ricardo/Álvaro garantem prata e bronze
Em Moscou, Evandro/Emanuel estreavam uma parceria formada para dar motivação aos atletas no restante de uma temporada já sem possibilidade de título do Circuito.

E deu certo! Logo na estreia, o misto de juventude e experiência garantiu a prata, melhor resultado das parcerias masculinas na competição.

O ouro não veio porque os letões Smedins/Samoilovs mais uma vez se destacaram. Vitória tranquila sobre os brasileiros por 2x0 (21/17, 21/16).

No entanto, por ser uma estreia, Evandro/Emanuel foram longe demais. Vale destacar que essa foi a segunda prata consecutiva de Evandro, que também foi vice em Berlim.

O pódio masculino de Moscou ainda contou com Ricardo/Álvaro, que voltaram a garantir uma medalha após a parada de Ricardo para se recuperar de uma lesão no abdômen.

Pedro Solberg/Bruno Schmitd terminaram em 9º e Alison/Vitor Felipe em 17º.

Agora as etapas de Circuito Mundial ficam mais espaçadas e passam a concorrer com as competições do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, que começa essa semana em Recife (Confira o calendário completo).

Depois de uma fase muito corrida na faculdade, meu tempo volta a ficar mais tranquilo e prometo me dedicar mais ao blog. Nos próximos dias, algumas novidades vão pintar por aqui e pelas redes sociais, inclusive com entrevistas e promoções.

domingo, 18 de agosto de 2013

Com 8 meses de parceria, dupla já é indicada a Melhores do Ano.
Além do lançamento oficial do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, comentado aqui no blog ontem, a semana do vôlei de praia contou com duas notícias importantes:

Talita/Taiana indicadas ao Prêmio Melhores do Ano

Talita/Taiana, vencedoras de cinco etapas do Circuito Mundial, em oito etapas realizadas, foram indicadas para concorrer à 21ª edição do prêmio Esportista do Ano, na categoria Esportes Coletivos, oferecido pela Fundação de Esportes Femininos dos Estados Unidos.

Como concorrentes, elas terão outras seis atletas, de cinco diferentes modalidades: a americana Katie Holloway (vôlei sentado), as canadenses Kaillie Humphries e Chelsea Valois (bobsled), a americana Amanda Kessel (hóquei no gelo), a americana Candace Parker (basquete) e a também americana Melissa Seidemann (pólo aquático).

Um feito inesperado para uma dupla com apenas oito meses de formação que, em muito pouco tempo, vem alcançando resultados expressivos. E melhor, suprido a vaga deixada por Juliana/Larissa desde o final do ano passado com muita maturidade.

Vale lembrar que, em 2010, Ju/Larissa disputaram o mesmo Prêmio.

A votação já está aberta para o público no site da fundação de Esportes Femininos dos Estados Unidos e fica disponível até o dia 9 de setembro. A cerimônia de premiação está marcada para 16 de outubro, em Nova York. Clique aqui e vote nas brasileiras (primeiro é preciso participar da votação individual).

Ricardo se separa de Álvaro Filho e forma dupla com Márcio
A partir da primeira etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, a parceria Márcio/Ricardo estará de volta.

Segundo Ricardo, a separação de Álvaro será somente nas etapas nacionais e o motivo da troca de parceiro é devido à possibilidade de patrocínio oferecido pelo governo do Ceará, estado pelo qual Márcio é federado.

Bom para Márcio, que acabou sendo prejudicado pela não convocação para a seleção masculina de vôlei de praia e, por isso, ficou impedido de disputar as etapas do Circuito Mundial 2013.

Para a modalidade em geral, esse troca-troca de parceria vai ser, no mínimo, curioso. Além da nova dupla formada entre Márcio/Ricardo, Ágatha, Maria Elisa, Lili e Bárbara Seixas devem reorganizar suas duplas originais, alternando as formações durante as etapas nacionais e mundiais.

Ou seja, numa competição um (a) atleta deverá jogar com um (a) parceiro e na outra com outro (a) diferente.

É o vôlei de praia cada dia mais diferente e menos coletivo. Confesso que, como torcedora, ainda não me adaptei a essa mudança. E você?

domingo, 28 de julho de 2013

Talita/Taiana e Maria Clara/Carol fazem dobradinha brasileira.
Olá, pessoal. Não deu para acompanhar nenhuma partida do Grand Slam de Long Beach, mas vale alguns registros da etapa norte-americana.

Talita/Taiana, para variar, sobraram. Numa final 100% verde-amarela, a dupla sensação de 2013 venceu Maria Clara/Carol na decisão (20/22, 21/15, 15/13) e chegou ao quarto título em sete etapas disputadas nessa temporada internacional. O quinto pódio do ano, já que a dupla também foi bronze em Gstaad, na Suiça.

Um retrospecto tão bom que, se continuar assim, pode quebrar o recorde de conquistas numa mesma etapa, pertencente à Juliana/Larissa. Se com sete etapas, Talita/Taiana faturaram quatro ouros, com o inchaço da temporada, que terá 20 torneios, é bem provável que as brasileiras ultrapassem os oito ouros conquistados por Ju/Larissa, em 2009.

Mesmo vice, Maria Clara/Carol também se destacaram. Em sete etapas, a dupla chegou ao quarto pódio do ano.

Outro destaque interessante: mesmo jogando em casa, nenhuma dupla norte-americana foi pódio no feminino. O bronze de Long Beach foi conquistado pelas alemãs Holtwick/Semmler.

Além do ouro de Talita/Taiana e da prata de Maria Clara/Carol, Ágatha/Maria Elisa terminaram em 5º e Lili/Bárbara Seixas em 9º.

Pódio masculino sem duplas brasileiras
Sem Ricardo, lesionado, e com Alison/Emanuel atravessando uma má fase, o Grand Slam de Long Beach foi bem mais complicado para as duplas brasileiras.

Mas, mais surpreendente que as colocações em si, foi o anúncio da técnica Letícia Pessoa que, a partir do Grand Slam de Moscou, no dia 21 de agosto, Alison/Emanuel darão um tempo na parceria.

Alison passará a jogar com Vitor Felipe e Emanuel com Evandro. A princípio, apenas no Circuito Mundial.

De acordo com a técnica da seleção brasileira e de Alison/Emanuel, como nenhuma das duas parcerias não têm mais chances de título no Circuito Mundial, ela resolveu reorganizar os parceiros para dar mais experiência e motivação aos mais novos.

Pensando por esse lado, e já visando uma nova formação de duplas caso Emanuel não consiga jogar até 2016, a ideia pode ser interessante.

Além do 5º lugar de Alison/Emanuel em Long Beach, Edson Felipe/Álvaro Filho, Pedro Solberg/Bruno Schmitd e Evandro/Vitor Felipe terminaram em 9º.

O ouro ficou com os donos da casa Rosenthal/Dalhausser. Herrera/Gavira, da Espanha,  ficaram com a prata e Nicolai/Lupo, da Itália, com o bronze.

Dúvidas: será que Talita/Taiana vão manter esse ritmo? E será que a técnica Letícia Pessoa fez a escolha certa nessa separação? Opine também.

domingo, 21 de julho de 2013

Depois de três meses sem jogar, Juliana vence etapa russa. 
Como o final de semana não contou com nenhuma etapa de Circuito Mundial, e como meu tempo anda super escasso nos últimos dias, trago algumas curtinhas do que aconteceu no vôlei de praia no final de semana:

- Juliana campeã da etapa russa
Cortada da seleção brasileira e sem poder disputar etapas do Circuito Mundial, Juliana jogou e venceu a penúltima etapa do Campeonato Russo, em Anapa.

Ao lado da russa Maria Prokopieva, a medalhista olímpica em Londres voltou a disputar uma competição oficial, coisa que não acontecia desde o dia 21 de abril, quando ela e Maria Elisa foram bronze na etapa de Brasília do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Na decisão, a parceria venceu Evgenia Ukolova e Lane Carico por 2 sets a 1 (19/21, 21/18 e 15/5).

O detalhe da conquista é que Juliana, bloqueadora ao lado de Larissa, fez a função de defensora em Anapa, já que sua parceria Prokopieva era a mais alta da parceria.

- Giba no vôlei de praia?
Em entrevista ao Esporte Espetacular hoje, Giba, sem clube, anunciou que pode migrar para o vôlei de praia.

Segundo ele, caso nenhum time o contrate para a temporada 2013/14, essa transição pode ser feita. Ainda de acordo com Giba, a mudança só vai acontecer se ele não for somente mais um nas areias. Caso não seja o melhor, essa troca de modalidade está descartada.

Aos 36 anos, tendo que começar tudo praticamente do zero e com esse novo critério de seleção brasileira no vôlei de praia. Será que dá?

- Bruno/Fernandão e Ângela/Val vencem Challenger em Teresina
Com muitos bons jogadores fora da seleção, e fora de atividades internacionais, a etapa Challenger de Teresina foi praticamente um Open.

Pelo masculino, Bruno de Paula/Fernandão derrotaram Léo Gomes/Daniel Souza e foram os campeões da terceira etapa da temporada. Luciano/Roger completaram o pódio.

Pelo feminino, o título foi conquistado por Ângela/Val, que venceram Rebecca/Neide. O terceiro lugar foi garantido por Vivian/Pri Lima.

- Com Ricardo lesionado, Álvaro Filho jogará etapa dos EUA ao lado de Edson Felipe
Após duas finais consecutivas, Ricardo/Álvaro Filho interromperão a busca pelo título do Circuito Mundial. Com uma ruptura de dois centímetros no abdômen, Ricardo ficará parado entre três e quatro semanas e não disputará o Grand Slam de Long Beach, nos Estados Unidos.

Com isso, a técnica da seleção masculina Letícia Pessoa formou a parceria Edson Felipe/Álvaro Filho para a etapa norte-americana.

Separados por, pelo menos, três etapas, Ricardo/Alvinho ficarão sem acumular pontos e praticamente saem da briga pelo título da temporada.

Por falar na etapa americana, o Circuito Mundial está de volta aos Estados Unidos após 10 anos. O último campeão do tour internacional por lá foi justamente Ricardo, ainda ao lado de Emanuel.

Após o encerramento da etapa,  ainda será organizado um minitorneio, tanto no masculino quanto no feminino, entre duas duplas dos EUA, os atuais líderes do ranking e os vencedores do Campeonato Mundial 2013.

Bacana ver o vôlei de praia norte-americano se reorganizando novamente.

Foto: Maurício Kaye

domingo, 14 de julho de 2013

De 8 duplas brasileiras, 4 foram ao pódio na Suiça.
Uma Grand Slam suiço bem farto de medalhas para o Brasil. Depois da prata e do bronze conquistado no Campeonato Mundial de Stare Jablonki na semana passada, o Circuito Mundial seguiu para Gstaad e os resultados foram ainda melhores.

Ouro com Ricardo/Álvaro Filho, prata com Pedro Solberg/Bruno Schmitd e Lili/Bárbara Seixas e bronze com Talita/Taiana.

Pela segunda semana consecutiva, Ricardo/Alvinho se destacam
Depois da prata, o ouro. Se Ricardo/Álvaro Filho já haviam se destacado no último domingo com a conquista da prata no Campeonato Mundial 2013, a boa sequência foi mantida.

Novamente muito consistentes em bloqueio e defesa, a dupla errou pouco, perdeu apenas uma partida no torneio, ainda na fase de grupos, e encerrou o Grand Slam de Gstaad com uma tranquila vitória sobre os compatriotas Pedro Solberg/Bruno Schmitd.

Parciais de 21/16 e 21/18 e primeiro ouro da dupla formada pela boa mescla de experiência e juventude.

Se Alvinho impressionou na semana passada, hoje não foi diferente. Mesmo 16 anos mais novo que Ricardo, nem parece que o jovem paraibano está apenas iniciando uma fase de lapidação, cuja evolução talvez venha sendo mais rápida que o previsto.

Em três meses ao lado de Ricardo, são três medalhas: bronze em Xangai, prata em Stare Jablonki e agora ouro em Gstaad, resultados que colocam a dupla na vice-liderança do ranking mundial, justamente atrás de Pedro/Bruno.

Ainda no masculino, Alison/Emanuel terminaram em 9º e Evandro/Vítor Felipe em 17º.

Lili/Bárbara Seixas prata e Talita/Taiana bronze
Se até o Grand Slam de Roma, Lili/Bárbara não haviam conquistado nenhum pódio na temporada, a boa sequência nas últimas três etapas fez com que a dupla não só acabasse com o jejum como assumisse a liderança do ranking feminino.

Depois de dois bronzes, o de Roma e o de Stare Jablonki, a busca em Gstaad foi um degrau acima. No entanto, as atuais campeãs mundiais Zhang Xi/Xue mostraram que, no momento, são superiores e venceram a segunda etapa seguida sem muita dificuldade: 21/16 e 21/14.

Talita/Taiana, que vinham de um modesto 17º lugar no Campeonato Mundial, tropeçam justamente contra as chinesas nas semifinais, mas se reencontraram e garantiram o quarto pódio da temporada ao vencerem as alemãs Ludwig/Walkenhorst  na disputa pelo bronze.

Ágatha/Maria Elisa, também eliminadas pelas chinesas, terminaram em 5º e Maria Clara/Carol em 9º.

Duda/Taianá conquistam Mundial SUB-19 e Juliana decide jogar na Rússia
Sete jogos, sete vitórias, nenhum set perdido e o título. Foi com esse retrospecto que Duda/Tainá garantiram o título de campeãs mundiais SUB-19, disputado em Porto, Portugal.

O ouro foi garantido com a vitória por 2x0 (21/12 e 21/16) contras as russas Gorbunova/ Makroguzova.

Duda, de apenas 14 anos, entra para a história do vôlei de praia ao se tornar a primeira jogadora a disputar os três Mundiais de base em um mesmo ano: SUB-23 (prata), SUB-21 (9ª colocação) e SUB-19 (ouro).

Já Juliana, afastada da seleção e sem poder disputar o Circuito Mundial, anunciou essa semana que jogará a penúltima etapa do Circuito Russo.

Sem ter o que disputar e precisando de ritmo para o Circuito Brasileiro, disputar a etapa russa pode ser um bom negócio.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Em seu 1º Campeonato Mundial, Alvinho recebeu 3 premiações.
Embora já tenha comentado ontem sobre os resultados do Campeonato Mundial, que garantiu prata e bronze para o Brasil, trago mais alguns detalhes de Stare Jablonki, não citados no post anterior:

Premiações individuais: 

- Além de conquistar o bronze, Lili foi eleita a melhor bloqueadora da competição;

- Alison e Ricardo foram os maiores bloqueadores entre os homens. Por ter disputado um set a menos, Alison foi o primeiro da lista.

- Mesmo tendo terminado na 5ª colocação, Evandro foi o jogador que mais fez pontos de saque na competição: 16 em 14 sets disputados. Quase um por set.

- Mesmo vice, Álvaro Filho foi o grande destaque individual: melhor defensor, melhor atacante ofensivo e eleito o jogador mais "valioso" do torneio, espécie de MVP da competição.

Observações e curiosidades: 

- Embora três das quatro duplas femininas do Brasil tenham terminado em 17º, todas as quatro parcerias masculinas terminaram entre as cinco melhores;

- Se nenhuma dupla masculina dos EUA esteve no pódio em Londres, os maus resultados se repetiram na competição mais importante do vôlei de praia pós-Olimpíada: Dalhausser/Rosenthal, eliminados por Ricardo/Álvaro, terminaram apenas em 9º, melhor colocação norte-americana em Stare Jablonki.

- Chinesas Zhang Xi/Xue é a primeira dupla campeã fora do eixo Brasil - Estados Unidos. Nas oito edições anteriores, o título ou foi brasileiro ou norte-americano.

- Assim como o Brasil, a Alemanha conseguiu colocar uma dupla entre as três melhores de cada naipe: prata para Borger/Büthe no feminino e bronze para Erdmann/Matysik no masculino.

Como ontem não consegui encontrar nenhum vídeo da semifinal entre Alison/Emanuel x Ricardo/Álvaro, posto hoje esse trechinho com os melhores momentos da partida.

Mesmo com um corte seco no final, dá para ver a emoção de Alvinho ao garantir vaga na primeira final de Campeonato Mundial da carreira, logo no primeiro ano de temporada internacional.


Essa semana, o tour segue para Gstaad, na Suiça.

Foto: FIVB

domingo, 7 de julho de 2013

Mesmo sem o ouro, Álvaro foi eleito o MVP do Campeonato Mundial.
Um Campeonato Mundial bem diferente do previsto em Stare Jablonki. Defendendo o título, tanto no naipe feminino quanto no masculino, sabia-se que a pressão em cima dos brasileiros seria grande na competição mais importante do ano, a segunda mais importante da modalidade, perdendo apenas para as Olimpíadas.

Mas eis que as surpresas começariam ainda na segunda fase do torneio feminino. Talita/Maria Elisa, campeãs de três das cinco temporadas mundiais até aqui, Maria Clara/Carol, donas de três pódios mundiais em 2013 e Ágatha/Maria Elisa, vice-campeãs do Grand Slam de Corrientes, foram eliminadas no mesmo dia, terminando numa impensável 17ª colocação.

Com três das quatro duplas fora, a responsabilidade verde-amarela ficou com Lili/Bárbara Seixas, que não vinham emplacando bons resultados até o último Grand Slam em Roma.

Ignorando as apresentações anteriores, Lili/Bárbara cresceram na competição, venceram partidas difíceis contra holandesas Keizer/Van Iersel e italianas Cicolari/Menegatti e colocaram o Brasil, pelo menos, entre uma das quatro melhores parcerias da competição.

E mesmo após perderem para as medalhistas olímpicas Zhang Xi/Xue na semifinal, a parceria formada no novo sistema de seleções teve forças para reagir e vencer Ross/Pavlik na disputa do bronze.

Ross, que mesmo sem sua parceira Kessy, lesionada, é a atual vice-campeã olímpica e apresenta mais experiência em Campeonatos Mundiais, tendo vencido o penúltimo contra Juliana/Larissa, em 2009.

Ou seja, um resultado que poderia ser melhor para o Brasil, mas que, por tudo que se viu na competição, foi justo, importante e merecido.

Resultado também merecido no ouro, assegurado por Xi/Xue, que mesmo após muita dificuldade para vencerem alemãs Borger/Büthe, mostram a incrível regularidade da parceria anos após ano.

Álvaro Filho surpreende no masculino e garante prata ao lado de Ricardo
Se Lili/Bárbara Seixas não eram as mais cotadas ao pódio no início do Campeonato Mundial, Ricardo/Álvaro Filho também não era a parceria brasileira de maior destaque em Stare Jablonki.

Alison/Emanuel, que defendiam o título conquistado em 2011, e Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros e líderes do ranking mundial, eram os candidatos a, pelo menos, um pódio.

No entanto, no duelo brasileiro nas semifinais, Álvaro Filho, que disputava o primeiro Campeonato Mundial da carreira, impressionou. Mesmo sendo o jogador mais jovem e inexperiente entre Alison, Emanuel e Ricardo, Alvinho foi o melhor em quadra.

Muito consistente nas defesas e depois de emocionar com muito choro após a vitória,  a impressão era que a surpresa final de Stare Jablonki seria o título do jovem de 22 anos, que jamais havia disputado uma final de Circuito Mundial.

Mas os holandeses Brouwer/Meeuwsen, que também sequer haviam chegado a uma final de tour internacional, garantiram outro, até então, improvável resultado. Superiores em todos os momentos da decisão, mereceram o 2x0 (21-18, 21-16) e o primeiro ouro mundial da parceria.

Alison/Emanuel, que evoluíram, mas ainda continuam longe do melhor voleibol da dupla, jogaram bem, mas não conseguiram superar os alemães Erdmann/Matysik na disputa pelo bronze.

Surpresas, novidades, principalmente com o surgimento de novos nomes, e resultados que, talvez, poucos apostariam há 7 dias. É o novo vôlei de praia se consolidando.

domingo, 23 de junho de 2013

Terceiro pódio de Talita/Taiana e primeiro de Lili/Bárbara.
Em cinco etapas, três ouros. Em Xangai, Haia e agora no Grand Slam de Roma. Mais uma vez, Talita/Taiana foram o grande destaque do vôlei de praia brasileiro pelo Circuito Mundial.

Depois da conquista do último final de semana sobre Maria Clara/Carol, o novo ouro da parceria veio após expressiva vitória diante das vice-campeãs olímpicas Kessy/Ross, por 2x1 (21-17, 19-21, 15-12).

Uma das melhores temporadas de Talita, que além dos três ouros mundiais, também faturou o Rainha da Praia e a Copa do Mundo de Vôlei de Praia, tudo isso em menos de seis meses.

Lili/Bárbara Seixas, única parceria brasileira que ainda não tinha garantido pódio nessa temporada, colocaram fim ao jejum ao vencerem as alemãs Borger/Büthe na decisão de terceiro lugar.

Maria Clara/Carol, que não repetiram os bons resultados das últimas etapas, terminaram em 9º. Mesma colocação que Ágatha/Maria Elisa.

Pedro/Bruno atropelam Alison/Emanuel, ficam com o bronze e assumem liderança
21/10 e 21/11. Foi com esse placar que Pedro Solberg/Bruno Schmitd garantiram o terceiro pódio da dupla na temporada. Para comprovar a grande fase da parceria, tais parciais foram aplicadas sobre ninguém mais ninguém menos que Alison/Emanuel, finalistas dos dois últimos torneios na Itália.

Com um ouro, uma prata e um bronze, Pedro/Bruno assumiram a liderança do ranking mundial, que este ano reúne outras competições, como o Campeonato Sul-Americano.

Dalhausser/Rosenthal, depois de alguns resultados ruins, voltaram a conquistar o ouro, dessa vez sobre os regulares letões Smedins/Samoilovs.

Ricardo/Álvaro Filho terminaram em 5º.

Mundial Sub-21 Masculino: Brasil é ouro após jejum de 8 anos
Curiosamente, desde a conquista dos então garotos Pedro Solberg/Bruno Schmitd, hoje estrelas das competições principais, que o Brasil não conquistava um campeonato mundial da categoria.

Hoje o jejum foi quebrado após a conquista de Allison/Guto, que derrotaram os canadenses O'Gorman/ Nusbaum na decisão em Umag, na Croácia.

Circuito BB Challenger
Fora da lista das seleções e sem poder disputar competições internacionais, muitas parcerias disputaram neste final de semana a etapa Challenger de Sinop (MT).

Fábio Luiz/Oscar, Léo Vieira/Anderson Melo e Harley/Benjamin fizeram o pódio masculino. Pelo feminino, Vivian/Pri Lima,  Izabel/Thati e Josi/Raquel ocuparam as três primeiras colocações.

De todos os resultados do final de semana, qual você achou mais interessante?

domingo, 16 de junho de 2013

Primeiro título mundial da dupla e primeiro brasileiro no ano.
Enfim, ouro e ouro para o Brasil numa etapa de Circuito Mundial 2013. Depois de três competições realizadas, e de apenas um ouro feminino, o Grand Slam de Haia foi encerrado da melhor forma possível para os brasileiros.

Talita/Taiana, únicas medalhistas de ouro até então (no Grand Slam de Xangai), repetiram a dose. Depois de mais uma etapa muito consistente, tanto em bloqueio quanto em defesa, vitória na decisão sobre Maria Clara/Carol (21/16 e 21/13) e resultado que comprova a boa parceria formada no início do ano.

Méritos também para Maria Clara/Carol, que pela terceira vez consecutiva saíram do qualifying para a conquista de um pódio. No entanto, mesmo com a prata de hoje, a dupla começará novamente no quali do Grand Slam de Roma.

Seguindo um critério mais justo, não seria melhor que Bárbara Seixas/Lili, que terminaram em 9º em Haia, e que ainda não emplacaram nenhum resultado mais convincente, cedessem o lugar para as irmãs Solberg nas próximas etapas? Nesse sentido, o novo formato do Circuito Mundial ainda é muito falho.

Ágatha/Maria Elisa, prata em Corrientes, não tiveram boas atuações e terminaram em 5º.

Pedro Solberg/Bruno Schmitd garantem título inédito
Depois de uma temporada nacional marcada por oito títulos em nove etapas conquistadas, a dúvida era se Pedro Solberg/Bruno Schmitd conseguiriam manter o mesmo ritmo no Circuito Mundial.

Aos poucos, o retrospecto mundial vai melhorando. Depois da prata em Xangai, a dupla enfrentou a forte parceria formada pelos letões Janis Smedins/Samoilovs, campeões da última etapa argentina, venceu bem (21/19 e 21/13) e chegou ao primeiro ouro masculino brasileiro na temporada 2013.

Um ouro que não era conquistado por Pedro Solberg desde 2010, quando ainda atuava ao lado de Harley, e o primeiro da carreira de Bruno Schmitd, que, após várias participações como coadjuvante, entra definitivamente para a lista dos principais atletas mundiais.

Das outras parcerias brasileiras, Alison/Emanuel terminaram em 5º, Ricardo/Álvaro Filho em 9º e Vítor Felipe/Evandro em 25º, mesma colocação (acredite!) de Rogers e seu novo parceiro Doherty.

A partir do dia 18, o tour chega em Roma. E depois até Stare Jablonki, palco do Campeonato Mundial. Ontem, a FIVB confirmou que os nossos representantes serão os mesmos que já vem disputando o Circuito 2013. Ou seja, nada de reconvocação de Juliana.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Medalhas brasileiras somente no feminino.
A expectativa era grande por dois ouros brasileiros em plena Argentina. Mas o Grand Slam de Corrientes, válido pela 4ª etapa do Circuito Mundial, continuou na modesta média brasileira nessa temporada.

Subindo degrau por degrau, ou melhor, posição por posição a cada etapa, Ágatha/Maria Elisa garantiram a melhor colocação verde-amarela: prata diante das holandesas Meppelink/Van Gestel e melhor resultado da nova parceria nesses quatro torneios disputados.

Se o ouro não veio, a vitória de virada nas semifinais contra Kessy/Ross, medalhistas de bronze em Londres, mostrou a evolução da dupla.

Assim como em Xangai, Maria Clara/Carol largaram do qualyfing, foram avançando até terminarem novamente na terceira colocação, após aplicarem outro golpe brasileiro em Kessy/Ross.

Talita/Taiana, ouro em Xangai, não foram bem e terminaram em 9º, mesma colocação que Lili/Bárbara Seixas.

Nova etapa sem brasileiros no pódio
Quatro etapas e nenhum ouro brasileiro no masculino.

Assim como na etapa de abertura, em Fuzhou, a melhor colocação foi o 4º lugar, conquistado dessa vez por Pedro Solberg/Bruno Schmitd.

Depois de eliminarem os compatriotas Vitor/Evandro nas quartas-de-final, os brasileiros cairam diantes dos letões J Smedins/Samoilovs, campeões da etapa, e dos italianos Nicolai/Lupo na decisão de 3º lugar.

Ricardo/Álvaro Filho ficaram abaixo da média das outras etapas e terminaram em 5º.

Já Alison/Emanuel, que não jogaram as 3 etapas anteriores, terminaram em 9°.

Embora o ano pós-Olimpíada geralmente seja uma temporada em que as principais equipes deem uma reduzida no ritmo, o fato é que em oito ouros disputados (entre masculino e feminino) apenas um foi brasileiro.

Não foi de tudo uma etapa ruim, mas poderia ter sido melhor. Torcer para que a situação melhore nas 16 etapas que ainda restam.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Técnico Marcos Miranda alegou despreparo da jogadora.
Há pouco mais de 10 dias, a (re) convocação depois de quase seis meses fora dos planos da CBV. Hoje, o (re) corte.

Juliana, assim como as demais atletas convocadas, se apresentou normalmente na última segunda-feira no CT de Saquarema e três dias depois estaria com a corda no pescoço novamente.

O motivo? Criticar publicamente o novo sistema de seleções de vôlei de praia implantando desde o início do ano.

Única atleta convocada disposta a assumir publicamente sua instatisfação (situação que já foi comentada aqui), o resultado não poderia ser outro: na tarde de hoje, a CBV oficializou o corte da jogadora, que fica novamente sem possibilidades de disputar qualquer competição mundial em 2013.

Juliana foi estrelinha ao não se apresentar no final de 2012 e, por conta disso, ter sofrido o primeiro corte do grupo? Segundo ela, a falta foi justificada em um e-mail encaminhado à CBV. Independente do episódio passado, a atleta ousou demais em expor publicamente uma situação que deveria continuar nos bastidores? Não.

Como Juliana mesmo já afirmou em declarações passadas, seu futuro financeiro está garantido. Não seria o dinheiro das competições que a faria ficar "calada". Situação complicada para alguns atletas mais novos, que ainda precisam fazer "seu pé de meia" e que, por conta disso, preferem seguir submissos às regras.

Dona de sete títulos mundiais, cinco brasileiros, dois pan-americanos, de um ouro na Copa do Mundo, de um bronze olímpico e de três conquistas individuais como Melhor Jogadora do Mundo, valeria a pena se omitir para continuar tendo a chance de competir internacionalmente?

Neste caso, Juliana acabou fazendo um bem maior para a modalidade do que para si própria. Ao praticamente assinar a sua desconvocação, ela fez com que toda a imprensa fosse obrigada a mostrar que alguma coisa, pelo menos, parece não estar funcionando bem em Saquarema.

"Não dá para ter expectativa. Não sei quem é a minha parceira, não sei como é que vou jogar. (...) Eu soube por terceiros que vou jogar a etapa da Holanda. A comissão técnica não me falou nada".

"Mas aqui é tudo uma incógnita.Ninguém sabe nada, ninguém vê nada, ninguém fala nada. É surdo, cego e mudo."

"Como eu sempre disse, a ideia da seleção é válida. Como está sendo, aí somos nós as cobaias para ver se vai dar certo ou não. (...) Eu acho que, da forma que a seleção se encontra, os jogadores são peças de xadrez. Quem joga é a comissão técnica."

Enfim, Juliana teve a oportunidade de expor para todos que a ideia de seleção é excelente, mas ainda mal gerenciada, arbitrária e ditatorial. Se, como principal jogadora brasileira em atividade, a atleta sofreu esse tipo de represália, o que pode ser feito com seus colegas de profissão? (veja aqui o desabafo do capixaba Billy)

Como país sede da próxima Olimpíada e como uma Confederação de século XXI, esse corte realmente mostrou que a festa é estranha, com gente esquisita.

Ou vocês têm outra música melhor?

domingo, 5 de maio de 2013

Duplo pódio feminino e uma boa passada pela China.
Se a primeira etapa do Circuito Mundial 2013, disputada semana passada, em Fuzhou, teve como melhor resultado brasileiro um quarto lugar de Ricardo/Álvaro Filho, as colocações foram bem melhores no Grand Slam de Xangai.

Pelo masculino, Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros de forma incontestável, desencantaram. Mesmo não devendo repetir a difícil marca de sete etapas conquistadas consecutivamente, como fizeram na competição nacional, até mesmo pelo forte nível técnico do mundial e pelo alto bloqueio dos adversários internacionais, a jovem dupla mostrou que pode, e deve, lutar pelas primeiras colocações nas outras etapas do Circuito.

Vitória contra Ricardo/Álvaro Filho no duelo verde-amarelo das semifinais, derrota na decisão para os norte-americanos Gibb/Patterson, mas prata importante tanto para Pedro, que mostra muito amadurecimento e vontade após a falsa acusação de doping, quanto Bruno, que chegou apenas à terceira decisão de Circuito Mundial da carreira (todas conquistando a prata) e agora figurando entre as parcerias mais fortes das competições.

Assim como Bruno, Álvaro Filho tem tudo para viver a melhor temporada internacional da carreira. Se em Fuzhou, Rosenthal/Dalhausser foram a pedra no sapato na conquista do pódio, dessa vez os norte-americanos foram despachados ainda nas quartas-de-final.

Ao final, bronze e novas provas de que a parceria entre o experiente Ricardo e o jovem Alvinho pode ser muito importante para o Brasil.

Vitor Felipe/Evandro, em comparação à etapa passada, subiram quatro colocações: 5º lugar geral dessa vez.

Talita/Taiana conquistam primeiro título da parceria
Talvez pelo fato de não terem sofrido nenhuma mexida na formação e por estarem mais entrosadas em relação às novas parcerias formadas por Ágatha/Maria Elisa e Lili/Bárbara Seixas, Talita/Taiana sobraram.

Placares largos tanto na semifinal contra Maria Clara/Carol (21/15, 21/11) quanto na decisão contra as austríacas Doris/Stefanie Schwaiger (21/13, 21/11), primeiro título da nova parceria e primeira conquista dourada para Taiana.

Maria Clara/Carol, que precisaram passar pelo qualifying da etapa, eliminaram as fortíssimas donas da casa Zhang Xi/Xue ainda nas quarta-de-final e conquistaram um expressivo bronze.

Já Lili/Bárbara Seixas e Ágatha/Maria Elisa, ainda sofrendo com a falta de entrosamento, terminaram em 5º lugar.

No geral, uma boa passagem pela China, país de grandes dificuldades para as duplas, no que diz respeito a fuso horário, alimentação, idioma, adaptação.

Para o próximo Grand Slam, que acontece em Corrientes, na Argentina, as novidades devem ser a presença de Alison/Emanuel e Juliana, reintegrada à seleção na última sexta-feira. E aí, o Circuito Mundial começará para valer.

Será que esse retrospecto vai se manter?

Foto: FIVB

sábado, 4 de maio de 2013

Melhor do mundo em 2009/10/11, Ju volta à seleção.
Depois de alguns meses de molho, sob a justificativa de não comparecimento à apresentação oficial da seleção feminina de vôlei de praia, no final de 2012, Juliana finalmente volta a fazer parte do grupo de jogadoras aptas a disputar as competições internacionais.

Após se separar de Larissa e anunciar Maria Elisa como parceira, Juliana não se apresentou, foi cortada e, até então, não conseguiu manter uma boa regularidade com a nova dupla, até porque estar fora de seleção impedia os treinamentos ao lado de Maria Elisa.

Com a reconvocação, a heptacampeã do Circuito Mundial terá como missão fortalecer o grupo de brasileiras que disputa a competição nesta temporada, que não conseguiu chegar nem ao pódio na etapa de abertura semana passada, em Fuzhou, na China.

Uma punição pesada, mas que teve que ser finalizada por conta de possíveis maus resultados nas próximas etapas e da chuva de críticas por essa manutenção de corte.

Afinal, por mais que as atletas convocadas para essas primeiras duas etapas tenham uma certa experiência, nenhuma parceria reorganizada pelo técnico Marcos Miranda está perto do nível Juliana/Larissa imposto nos últimos anos.

Com o encerramento do Grand Slam da China, nesta madrugada, as atletas voltam ao Brasil e se reapresentam para os treinamentos em conjunto no dia 13 de maio, em Saquarema.

Com a presença de Juliana, a seleção feminina passará a ser formada por 12 atletas: Ágatha, Ângela, Bárbara Seixas, Carolina, Elize Maia, Lili, Maria Clara, Maria Elisa, Rebecca, Taiana e Talita.

E aí, mais um quebra-cabeças na formação das duplas: Juliana formará parceria com Maria Elisa? Neste caso, Ágatha volta a fazer dupla com Bárbara Seixas? E Lili, jogará ao lado de quem?

Palpites?

PS: Maria Clara/Carol e Taiana/Talita se enfrentam logo mais, nas semifinais em Xangai. Pedro Solberg/Bruno Schmitd terminaram em 2º e Ricardo/Álvaro em 3º. Amanhã comento toda a etapa.

terça-feira, 30 de abril de 2013

 Ricardo/Álvaro: melhores em Fuzhou.
Este post era para ter sido publicado no domingo, mas como não consegui um tempinho para comentar no dia correto, perdoem-me pelo atraso.

Para quem se acostumou ver Juliana/Larissa vencendo repetidamente as etapas do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, a abertura da temporada 2012/13 foi bem abaixo dos retrospectos passados.

Sem Larissa, que deu uma pausa na carreira, sem Juliana, cortada e não mais convocada, e com três parcerias reorganizadas pelo técnico da nova seleção feminina de vôlei de praia Marcos Miranda, esperar por título na etapa de Fuzhou, na China, realmente seria algo muito além do que as condições permitiriam.

Quinto lugar geral para Ágatha/Maria Elisa, 5º também para Lili/Bárbara Seixas e 7º para Talita/Taiana.

Sem adversárias do mesmo nível de Juliana/Larissa e Walsh/May (Walsh está grávida do terceiro filho e May se aposentou), sem nenhuma reorganização na dupla e jogando em casa, Zhang Xi/Xue não tiveram dificuldades para seguir no mesmo nível dos mundiais anteriores: ouro e certeza de que serão fortes candidatas ao título da temporada e da Copa do Mundo, que acontecerá em julho.

Pelo masculino, sem os vice-campeões olímpicos Alison/Emanuel (Alison ainda se recupera de uma luxação no dedo), a estreia também ficou sem pódio.

Ricardo/Álvaro Filho, mesmo fazendo apenas a segunda etapa juntos, dificultaram (e muito) o jogo contra a nova parceria formada pelos norte-americanos Rosenthal/Dalhausser (21-19, 24-26, 18-20), mas não conseguiram assegurar o pódio. Quarta colocação, a melhor brasileira em Fuzhou, e indícios que de o jovem Álvaro será um dos grandes destaques nessa temporada 2013.

Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros, ficaram em 5º, Vitor Felipe/Evandro em 9º e Thiago/Hevaldo em 25º.

Ou seja, um início bem diferente de uma competição que não deve contar com a mesma fartura de pódios, principalmente no feminino.

Embora FIVB e CBV apostem todas as suas fichas nas seleções, pelo menos a um curto prazo e da forma como está sendo conduzida, ela não deverá surtir efeitos positivos, sobretudo entre as mulheres.

Mas, pensando pelo lado positivo, se o objetivo é a Olimpíada do Rio de Janeiro, talvez seja melhor abrir mão de alguns ouros agora e assegurar o mais importante em 2015.

E vocês, o que acharam dessa etapa em Fuzhou?

Foto: FIVB

terça-feira, 23 de abril de 2013

Thiago/Hevaldo vencem quali e estão no torneio principal.
Começou nesta madrugada, horário de Brasília, a temporada 2013 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

E muitas mudanças estão pela frente: calendário estendido, fim do country cota, novas parcerias e, principalmente, participação das duplas mediante convocação para as seleções de cada país (entenda melhor o assunto).

Wash/May, Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Rogers/Dalhausser, Ricardo/Pedro Cunha, Brinck/Reckermann: de uma só vez, várias duplas de "ponta", que antes brigavam pelos títulos, agora não existem mais.

Além disso, outros nomes que não fazem parte das seleções, como Harley, Márcio, Benjamin e Juliana (cortada no final do ano passado e não mais convocada), no caso brasileiro, também não serão vistos nas 20 etapas da temporada (confira o calendário completo).

Ou seja, num calendário todo refeito, com a saída da Swatch, que patrocinava a competição desde 2003, com a nova administração da Federação Internacional de Vôlei de Praia (FIVB), agora nas mãos do brasileiro Ary Graça, e com o novo critério de participação apenas por seleções, o cenário 2013 será algo totalmente diferente dos últimos anos.

Há três anos e meio da próxima Olimpíada, e na primeira temporada do novo ciclo olímpico, talvez seja realmente a hora de fazer todas essas mudanças.

Se tudo vai funcionar como a entidade internacional planeja, e se o desconforto entre FIVB e jogadores vai passar, isso é uma outra história.

Nesta primeira etapa, disputada em Fuzhou, na China, as duplas brasileiras serão: Ágatha/Maria Elisa, Lili/Bárbara Seixas, Talita/Taiana, Maria Clara/Carol, Pedro Solberg/Bruno Schmitd, Ricardo/Álvaro Filho, Evandro/Victor Felipe e Thiago/Hevaldo, que garantiram participação no torneio principal ao vencer as partidas do qualifying.

Será que, todo repaginado, o Circuito Mundial vai empolgar? Será que as mudanças vão trazer benefícios reais para a modalidade? O que você acha?

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Grandes momentos da carreira vividos ao lado de Bruno.
Em meio aos vários assuntos polêmicos envolvendo as mudanças do vôlei de praia em 2013, um jogador me chamou a atenção por questionar abertamente nas redes sociais os novos planos que Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e Federação Internacional de Vôlei (FIVB) traçam para a modalidade.

Um dos poucos a comentar sobre o assunto, o capixaba Billy, parceiro do atual campeão brasileiro Bruno Schmitd por duas vezes, mostra-se preocupado com o futuro da modalidade, que passará a impedir a participação de jogadores que não estejam convocados para a seleção nas competições internacionais.

Corajoso, Billy aceitou dar uma entrevista ao blog e suas respostas dão uma dimensão de como anda o clima entre entidades e atletas. Confira:

A partir deste ano, a participação em competições mundiais vai depender das convocações para as seleções. E você não está na lista dos atletas chamados. Diante disso, quais seus planos? Com o encerramento do CBBVP e com o retorno marcado só para agosto, o que você planeja disputar nesse período?
Bem, final de agosto, né? Quase setembro e isso são praticamente 5 meses sem competir. Complicado...Eu joguei ano passado nos EUA e foi muito bom. Talvez retorne para lá esse ano.

Para obter bons patrocínios, umas das exigências da empresa é a visibilidade da marca. E sem tem o que disputar, a dificuldade de encontrar apoio financeiro deve ficar ainda pior. Como fica a situação da sua parceria recém-formada com o Jorge? Quem bancará as despesas de treinamento, viagens, equipe técnica, etc?
As duas principais maneiras de ter condições financeiras no vôlei de praia é jogando o Circuito Mundial e/ou tendo um patrocínio. Nesse formato que o circuito brasileiro está, fica praticamente impossível um patrocínio. Quem tem é porque já tinha. Atualmente eu recebo o apoio das passagens do Banco do Brasil e o Jorge tem um apoio de uma doceria de João Pessoa. Mas as despesas vão muito além disso. Tiramos do nosso bolso para participar das etapas e continuar treinando.

Alguns atletas vêm comentando que a melhor saída para obter retorno financeiro é abandonar o vôlei de praia e partir para outras áreas. Isso passa pela sua cabeça?
Infelizmente, passa sim. Não só na minha, mas na maioria dos atletas hoje. Amamos esse esporte, mas precisamos encarar a realidade. Pagar pra jogar é uma coisa absurda! E eu não vou fazer isso. Infelizmente, todos os grandes jogadores que pararam de jogar tiveram esse como o principal motivo.

Você é um dos poucos atletas que vem demonstrando publicamente sua insatisfação contra os novos sistemas adotados por CBV e FIVB. Você não teme o risco de represálias?
Não e nunca vou ter medo. O que eles vão fazer? Isso é baixo. Pelo que sei, vivemos num país em que a liberdade de expressão é permitida e aceita, certo? Dei a minha opinião e vou continuar dando. Não concordo com o que estão fazendo. Eles precisam entender que não é fazendo mal ou prejudicando um atleta aqui ou ali é que vai resolver alguma coisa. Eles já estão fazendo um grande mal para o esporte! Você diria para um adolescente hoje que o vôlei de praia é uma carreira promissora ? Então! Espero sinceramente que alguma coisa mude, e rápido, pelo bem do esporte.

Ainda sobre o novo critério: alguns atletas defendem a manutenção da seleção de vôlei de praia, mas defendem também que nenhuma dupla seja impedida de disputar o Circuito Mundial, desde que essas parcerias arquem com as despesas por conta própria. Você concorda com esse pensamento?
Acho muito legal esse lance de seleção brasileira. Mas estão fazendo de maneira errada. Acho que cada time tem que treinar com sua comissão técnica e ser coordenado por apenas um técnico durante o mundial. Imagina dois atletas, um time, com seu técnico, preparador físico, etc.. Já trabalham juntos há muito tempo e o conhecimento da forma de trabalho é grande. De repente, você pega um cara que nunca te treinou, técnica ou fisicamente, e que pode comprometer o rendimento seu ou do time. Quem perde é o Brasil! Eles acham que é indoor, mas não é. E nunca vai ser. E impedir que alguém jogue o Circuito Mundial ou outra competição não entra na minha cabeça. O Márcio acabou em quarto lugar ano passado no ranking do mundial. E agora não vai? Ele tinha que ir. Se algum atleta, por mérito, conseguisse melhores resultados e melhor pontuação que ele, então ele sairia. E pelo que sei, muita gente já foi pro mundial custeando suas próprias despesas. Então nesse ponto não iria mudar muita coisa.

Muitos jovens, como Evandro, Daniel Lazzari e Brian, foram convocados com a ideia de amadurecê-los para as próximas Olimpíadas. Por outro lado, veteranos, como Márcio, Harley, Fábio Luiz e Benjamin, estão fora dos planos da CBV. Você concorda com o raciocínio?
Acho que esses jovens poderão ser grandes atletas. Todos têm potencial. Mas ninguém evolui se não passar por dificuldades. Quer ajudar? Dê passagens, hospedagens, etc.. Mas tem que ralar, vir de baixo. Veja o Alison: é o nosso cara hoje na seleção. Nossa grande chance de medalha pra 2016. Ralou muito e isso fez ele evoluir. Evoluiu por mérito dele. Pergunte a esses aí que você citou como foi o começo deles. Qualifying, ralação um, dois, três anos. O Harley foi melhor jogador do mundo duas vezes e está fora. O Benjamin é o atleta mais inteligente do Brasil para jogar vôlei de praia atualmente e não está. O Fábio Luiz merecia uma chance. Não desmerecendo os demais, mas ninguém leva pra guerra quem ainda não sabe atirar direito.

Mesmo com todas essas mudanças, você acredita na retomada da nossa hegemonia na Olimpíada do Rio? Afinal, independente de toda essa polêmica, temos nomes fortes, como Pedro Solberg, Bruno Schmitd, Maria Elisa, Juliana (mesmo cortada da seleção). Dá para voltar a brigar por um ouro olímpico?
Acredito sim e esses dois times que você citou, se continuarem até lá, são nomes certos no Rio na minha opinião. Agora, estamos em alerta. Os outros países estão evoluindo muito. Uma prova disso é que não ganhamos uma medalha de ouro na categoria SUB-21 desde 2006. Sinceramente, torço para que a medalha de ouro volte a ser nossa. Nós vamos jogar em casa. E temos a obrigação de ganhar.
 
Saque curto:

Nome completo: João Luis Paianca Maciel
Idade: 34 anos
Cidade Natal: Vila Velha/ ES
O que gosta de fazer nas horas vagas: estar com minha família e meus amigos
Livro: A semente da vitória
Filme: Desafiando gigantes
Comida preferida: todas da minha mãe e minha esposa
Uma brincadeira de criança: jogar bola nas pracinhas
A melhor competição que já disputou: ainda não joguei na AVP, e por isso acho que foi o Grand Slam da Áustria
Time de futebol: Flamengo
Um sonho: morar nos Estados Unidos
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