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domingo, 8 de janeiro de 2012

Para uns, 27 de julho está logo ali. Para outros, ainda falta uma vida. Daqui a exatos 200 dias terá início a 30ª edição dos Jogos Olímpicos e o vôlei de praia, como já era de se esperar, e muito em função dos resultados da última temporada, começa a ser apontado como um dos esportes com maiores chances de madalhas em Londres.

Convocação pode impedir caso de Pequim.
Mas, em se tratando de vôlei de praia, esses 200 dias serão decisivos e podem, realmente, valer uma vida.

Até o momento, nenhuma dupla tem vaga garantida e a própria classificação para os Jogos continua sendo uma incógnita. Tudo porque, diferente das últimas edições, a vaga olímpica brasileira (só no Brasil o critério foi mudado) passou a ser conquistada pelo país, e não mais pela dupla.

Exemplificando: mesmo que Juliana e Larissa sejam a melhor dupla nacional no ranking classificatório, a vaga delas ainda dependerá de uma convocação da CBV, que pode convocar ambas, convocar uma e não necessariamente convocar outra ou, simplesmente, não convocar nenhuma das duas jogadoras.

De acordo com a CBV, quatro parcerias (quatro masculinas e quatro femininas) serão convocadas, passarão vinte dias treinando em Saquarema e só depois saberão quais vão seguir com a delegação brasileiras para Londres. Tudo para evitar possíveis problemas com o de Pequim, onde o corte de Juliana fez com que Larissa e Ana Paula formassem uma parceria às pressas, que não aguentou o melhor entrosamento das adversárias.

Justo o critério? Não. Trabalhar duro quatro anos, garantir as melhores colocações no ranking e não ser escolhido para estar na maior competição que se pode disputar no planeta certamente é um duro golpe para qualquer atleta.

Eficaz? Talvez. Se Larissa e Ana Paula tivessem treinado juntas durante vinte dias, pode ser que pudessem ter conseguido uma colocação melhor do que o 5º lugar. Mas, talvez também pudessem ter voltado de lá com um resultado ainda pior.

Inteligente? Sim. Como não há substituições no vôlei de praia e contusões acontecem, tentar se precaver das imprevisibilidades do destino pode ser uma boa estratégia para garantir uma melhor participação olímpica.

Baseado no antigo critério, se a Olímpiada tivesse início hoje, o Brasil seria representando por Juliana e Larissa e Talita e Maria Elisa e Alison e Emanuel e Pedro Cunha e Ricardo.

Mas muita água ainda vai rolar. Com essa polêmica classificação e restando oito etapas de Circuito Mundial para o somatório de pontos, esses 200 dias que separam o vôlei de praia de Londres ainda reservam muitas surpreas.

Foto: Globo.com 

domingo, 4 de dezembro de 2011

3ª colocação no Japão garantiu a vaga para Londres. Foto: FIVB
Foi suado, mas a vitória por 3 sets a 0 contra o Japão na manhã de hoje garantiu a seleção masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos de Londres ano que vem.

Que a equipe de Bernardinho não apresentou o seu melhor voleibol, todos sabem. Que faltou regularidade aos jogadores, também é outra coisa clara.

Mas, enquanto muitos fazem análises negativas à "má" participação brasileira no Japão, prefiro me concentrar nas positivas:

1ª) A seleção, jogando bem ou não, está classificada para Londres. Se esse era o objetivo, ele foi conquistado;

2ª) Rússa e Polônia foram melhores e garantiram o título e o vice-campeonato da competição. Aos brasileiros, "restou" o terceiro lugar, que, na verdade, tornou-se o incrível 37º pódio em 38 competições na Era Bernardinho. Ou seja, mesmo abaixo das expectativas, a equipe manteve-se dentro dos retrospectos dos últimos 10 anos;

3ª) Talvez esse seja o ponto mais positivo dessa Copa do Mundo. É preciso ter consciência de que o Brasil não lutará sozinho pelo ouro em Londres. Por mais que torcedores e imprensa demonstrem seu desejo em ver a equipe campeã, é fundamental ter os pés no chão e ver que outras seleções também evoluiram nos últimos anos. Cobranças são importantes, mas não é sempre que se vence no esporte. Mesmo acostumados e orgulhosos com os excelentes resultados do voleibol brasileiro, temos que admitir que derrotas acontecem e que é bom deixar esse clima de "já ganhou" que vem da mídia ou que nós mesmo criamos. Há aproximadamente seis meses das Olímpiadas, é hora de arrumar a casa, pensar na ideial formação da seleção e manter os pés no chão. É melhor levar uma chacoalhada agora do que viver de oba-oba e amargurar com um tropeço lá na frente.

Copa do Mundo Feminina

Como ainda não havia comentado a participação feminina no Japão, aproveito o post para fazer uma reflexão semelhante à masculina.

Atuais campeãs olímpicas, o favoritismo recai sobre o Brasil, é claro. Mas, tal como escrito na 3ª análise, vôlei também é esporte e se os seus adversários vivem um melhor momento, não há como garantir o melhor resultado.

A irregularidade feminina foi muito maior, a tal ponto de não garantir a vaga antecipadamente, é verdade. Terminar o ano com a classificação garantida seria importante mas, isso não significa o fim da linha. O passaporte certamente virá no Pré-Olímpico da América do Sul, em maio de 2012.

Poucos apostariam na não classificação da seleção. E, talvez, esse seja também um bom sacode nas meninas de Zé Roberto, que, embora atuais campeãs, não podem pensar que favoritismo ganha Olímpiada. A exemplo da seleção masculina, pés no chão é o primeiro passo para conquistar um bom resultado em Londres.

De olho

Não sei se é muito olhar crítico da minha parte, mas tentem enxergar um certo negativismo, acima do normal, nos meios de comunicação que não garantiram o direito de transmissão dos Jogos em 2012.

Não podemos fechar os olhos aos problemas, mas, às vezes, fico na dúvida se essas análises negativas - algumas mais sérias, falando em crise, brigas, etc - das participações brasileiras no Japão não seriam abafadas caso a transmissão olímpica não se tornasse uma exclusividade da Record.

Será que é coisa só da minha cabeça? 

Aproveito para agradecer a todos que votaram no Primeiro Set no Prêmio Top Blog 2011. Com a ajuda de todos vocês, o blog terminou entre os 30 mais votados do país. E, numa premiação tão importante como essa, é um prazer enorme ficar nessa colocação tão bacana. O bom restuldado

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou agora há pouco o provável calendário 2012 do Circuito Mundial de vôlei de praia. Assim como nos três últimos anos, o Brasil abrirá novamente a disputa internacional. A dúvida é se a etapa acontece no Rio ou em Brasília.

Outro detalhe importante é o número de eventos antes dos Jogos Olímpicos: 12, sendo que a soma da pontuação olímpica vai até a etapa de Roma. Até lá serão quatro Grand Slams, que contam com pontuação maior e que podem ser decisivos para a classificação das duplas brasileiras.

Confira a tabela completa:

Data
Evento
Local
Disputas
16 a 22/04
Open
Rio de Janeiro ou Brasília*
Masculino e Feminino
24 a 29/04
Open
Sanya, China
Feminino
24 a 29/04
Open
Myslowice, Polônia
Masculino
30/04 a 6/05
Grand Slam
Xangai, China
Masculino e Feminino
 7 a 13/05
Grand Slam
Pequim, China
Masculino e Feminino
22 a 27/05
Open
Praga, República Tcheca
Masculino
6 a 12/06
Grand Slam
Moscou, Rússia
Masculino e Feminino
12 a 17/06
Grand Slam
Roma, Itália
Masculino e Feminino
25/06 a 1/07
Grand Slam
Stavanger, Noruega
Masculino e Feminino
2 a 8/07
Grand Slam
Gstaad, Suiça
Masculino e Feminino
10 a 15/07
Grand Slam
Berlim, Alemanha*
Masculino e Feminino
16 a 22/07
Grand Slam
Klagenfurt, Áustria
Masculino e Feminino
27/07 a 12/08
Olimpíadas
Londres
Masculino e Feminino
13 a 19/08
Grand Slam
Stare Jablonki, Polônia
Masculino e Feminino
21 a 26/08
Open
Quebec, Canadá
Masculino e Feminino
28/08 a 2/09
Open
Aland, Finlância
Feminino
2 a 7/10
Open
Agadir, Morrocos*
Masculino
23 a 28/10
Open
Bang Saen, Tailândia
Feminino

Fonte: FIVB
*Locais a serem confirmados pela FIVB

O Primeiro Set é TOP 100 no Prêmio Top Blog 2011. Com isso, passa a figurar entre os 100 melhores da categoria esporte do país. E até a terça-feira da próxima semana, dia 22, o Concurso segue com a 2ª fase do premiação, em que serão eleitos os 3 melhores blogs em cada categoria. Clique aqui e registre o seu voto. 

domingo, 14 de agosto de 2011

Ouro e bronze! Assim foi a participação do vôlei de praia feminino em Londres. Isso mesmo, você não leu errado. Ouro e bronze para o Brasil na terra da Rainha. Pena que este post ainda não está falando dos resultados finais das Olímpiadas.

Duas medalhas e boas expectativas para 2012. Foto: FIVB
A pouco menos de um ano para os Jogos, a capital inglesa promoveu nessa semana um evento teste para a competição do ano que vem.

E a colocação brasileira foi bem semelhante ao esperado para a participação feminina em 2012. Ângela, que há menos de um mês foi ouro nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro, repetiu a dose e, ao lado de Lili, faturou o título do torneio, o primeiro da parceria formada nessa temporada.

Se o evento era teste, nada melhor do que um ouro sobre as americanas. E isso também aconteceu. Na final de hoje, vitória de virada para cima de Kessy e Ross, dupla 5ª colocada no ranking 2011.

Para completar um teste muito esperançoso para o Brasil, Vivian e Taiana, derrotadas por Ângela e Lili na semifinal, venceram as donas das casa Boulton e Johns e garantiram a segunda medalha brasileira na competição.

A participação olímpica de Ângela e Lili e Vivian e Taiana é bem complicada, é verdade. Mas, a boa participação verde-amarela serviu para apresentar bem o vôlei de praia feminino do Brasil aos torcedores ingleses, que têm tudo para se apaixonar pela molidade e apoiar as duplas brasileiras nos jogos do ano que vem.

Como um bom aperitivo, tirando as confusões causadas pelos protestos ingleses (quem diria que a Inglaterra seria notícia mundial por conta de ondas de violência, hein?!) os resultados abrem margem para uma pergunta que só será respondida ano que vem: será que essas colocações se repetem nos Jogos 2012? Eu acho, e acredito, que sim!

O Circuito Mundial retorna essa semana com a etapa da Finlândia. Juliana e Larissa, Talita e Maria Elisa, Maria Clara e Carol, Vivian e Taiana, Alison e Emanuel, Ricardo e Pedro Cunha e Márcio e Benjamin já estão garantidos no torneio principal.

O Primeiro Set está na disputa do Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, sorteio de dois livros "Brasil, o país do vôlei" para seguidores no Twitter e na FanPage (um livro para cada rede social). Vote, siga e concorra!

domingo, 17 de julho de 2011

De novo eles. 5º título da dupla no Mundial. Foto: FIVB
Semana passada, após a eliminação feminina na Copa do Mundo de futebol e o vice-campeonato da seleção masculina de vôlei contra a Rússia, o vôlei de praia foi o esporte que salvou o final de semana esportivo brasileiro.

E nesse final de semana, quando a seleção masculina de futebol encerra a participação na Copa América com um grande vexame - perdendo quatro pênaltis em sequência - é das areias que novamente saem bons resultados. Dessa vez não foram dois ouros, mas o título das americanas Walsh e May pouco incomodou a boa fase vivida pelos brasileiros.

Prata e liderança no ranking para Ju e Larissa

Depois de vencer todas as três partidas do ano contra as bi-campeãs olímpicas, a confiança era grande e parecia que Juliana e Larissa não enfrentariam grandes dificuldades em conquistar mais um título em solo russo. Ledo engano!

Para quem achava que as americanas já não ofereciam perigo, a ironia falou mais alto. No dia em que Larissa se declarou "morta" no segundo set ( e para dizer isso é que ela devia estar mesmo), Walsh e May ressuscitaram e voltaram a conquistar um título depois de várias etapas com atuações bem mais modestas.

Do resultado, uma lição: as americanas estão vivinhas "da silva". E se May retornar à boa forma física, o perigo rondará novamente.

A boa notícia é que, com a gordurinha acumulada, as brasileiras continuam líderes no ranking, com 460 pontos de diferença, justamente à frente de Walsh e May, que tomaram a vice-colocação das compatriotas Kessy e Ross.

Numa temporada super disputada, a prata em Moscou pode parecer pouco para o torcedor brasileiro, mas fará muita diferença lá na frente.

Além do 2º lugar de Juliana e Larissa, Talita e Maria Elisa terminaram em 5º, Maria Clara e Carol em 9º e Ângela e Lili em 25º.

5º ouro de Alison e Emanuel no Circuito Mundial 2011

Se Juliana e Larissa estão vivendo uma temporada super disputada, no masculino as coisas seguem bem mais tranquilas para Alison e Emanuel.

Depois de perder a hegemonia do Circuito na temporada passada para os americanos Rogers e Daulhauser e em 2009 para os alemães Brik e Reckerman, com mais um título de Alison e Emanuel hoje, o Brasil assume de vez o posto de melhor país na competição.

Derrotando os suiços Heuscher e Bellaguarda, que deixaram para trás Rogers e Daulhauser e Thiago e Harley, numa decisão muito equilibrada, a dupla brasileira garante o quinto título da temporada no tour mundial e a cada dia parece mais próxima de carimbar o passaporte para Londres 2012.

E a confiança é tão grande nos brasileiros que até os patrocinadores das Olimpíadas já apostam na classificação da dupla. Segundo anunciado pela Visa, Alison e Emanuel contarão com o apoio da empresa até os Jogos de ano que vem. A operadora de cartões de crédito patrocina as Olimpíadas há 25 anos e só aposta em nomes fortes como Michael Phelps (natação), Yelena Isinbaeva (atletismo/salto com vara) e Allyson Felix (atletismo).

Com o destaques nesses últimos Grand Slams, com o respaldo da patrocinadora e com a confusão nas outras duplas nacionais, a classificação de Alison e Emanuel parece ser só uma questão de tempo.

Outras colocações de brasileiros em Moscou: Thiago e Harley em 5º (melhor resultado da dupla na temporada internacional), Benjamin e Bruno Schimtd também em 5º e Márcio e Ricardo em 9º.

Doping de Pedro Solberg

Como se não bastasse o constante troca-troca de duplas masculinas, uma outra bomba marcou a semana da modalidade. Pedro Solberg foi pego no anti-doping e está temporariamente suspenso pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

O atleta, que passaria a jogar com Ricardo a partir do Grand Slam da Polônia, pode pegar até dois anos de gancho. Pedro solicitou a contraprova do exame, mas será bastante complicado reverter o resultado.

O Circuito Mundial segue essa semana para a América do Norte. De terça até domingo, Quebec, no Canadá, receberá os jogos. Porém, por ser um torneio OPEN (que distribui menos pontos) algumas duplas abrirão mão da etapa.

Estarão participando do torneio canadense: Benjamin/Bruno Schimtd, Thiago/Harley, Moisés/Álvaro Filho, Talita/Maria Elisa, Maria Clara/Carol e Vivian/Taiana.

O Primeiro Set aproveita e pede o seu voto no Prêmio Top Blog 2011. Dê uma força na votação, siga pelas redes sociais e concorra ao livro "Brasil, o país do vôlei". Clique aqui e registre o seu voto.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na quarta-feira, o Primeiro Set trouxe uma entrevista com Vini, que defenderá a seleção masculina de vôlei a partir do próximo domingo nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro. E hoje, a apenas um dia da abertura oficial da competição, o blog traz um bate-papo com uma atleta que representará o vôlei brasileiro na praia. Disputando o Grand Slam de Moscou até a tarde de hoje, ela terá pouco tempo para pegar um vôo e chegar ao país, já que no próximo domingo faz sua estreia nos Jogos. Hoje você vai saber como está a expectativa da jogadora Ângela Vieira, que vem disputando o Circuito Mundial 2011 ao lado da capixaba Lili, mas que, no Rio de Janeiro, defenderá o país ao lado da carioca Val. Confira:

Ângela e Val será a dupla brasileira feminina nos Jogos. Foto: FIVB
Essa será a estreia do vôlei de praia em Jogos Mundiais Militares. O que você espera dessa edição de exibição?
É um presente para o Brasil, país que tem o maior e melhor campeonato nacional de vôlei de praia do mundo. Estou jogando com a Lili o Circuito Mundial e vamos jogar juntas também no Brasileiro. Mas, eu joguei o ano passado inteiro com a Val e já nos conhecemos bem.  Minha expectativa é a melhor possível, pois acredito que temos condições de conquistar esse título e para isso vamos nos empenhar totalmente.

E qual é a sensação de defender o Brasil em uma estreia da modalidade nos Jogos?
Eu me sinto abençoada, por ser uma atleta representante do Brasil que tanto amo e ainda poder defender o meu país em casa.

Como surgiu a oportunidade de competir pelo Exército brasileiro? Conte um pouco sobre a sua entrada nas Forças Armadas.

Através de um edital do Exército brasileiro para atletas profissionais em diversas modalidades. Entrei em contato buscando saber sobre as informações e exigências. Daí, providenciei todas as documentações necessárias, exames, etc e depois vieram diversos testes. Muitas se escreveram e, depois de varias avaliações, foram selecionadas duas atletas no feminino: eu e a Val. Depois tivemos vários treinamentos e aqui estamos com muito orgulho, representantes nosso país.

Como é a sua rotina no Exército? Você aprendeu também coisas que oficiais “normais” aprendem, como marchar, prestar continência, atirar
?
Sim, nós aprendemos tudo isso. No início fiquei tímida, por se tratar de coisas novas. Mas logo percebi que a vida no Exército é bem semelhante a de um atleta profissional: é necessário disciplina e estamos sempre em busca de aprimorar nossas habilidades.

Dntre os ensinamentos aprendidos, qual foi o que você mais achou interessante?
O tiro. Fiquei com receio no primeiro, mas depois do segundo eu queria praticar mais para melhorar minha pontaria.

Jogadoras que disputam o Circuito Mundial também deverão estar competindo no Rio, não é? Quais delas você vê como adversárias mais fortes?
A tabela já esta pronta e algumas atletas do Circuito Mundial vão fazer como eu: depois de Grand Slam Moscow vão direto para o Rio de Janeiro. Nossas principais adversárias serão Itália e Estados Unidos.

Mãe, esposa, jogadora e sargenta do Exército. Como é conciliar tanta coisa ao mesmo tempo? 
Tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23) ! É assim que eu creio: quando temos o apoio da família e fazemos o nosso melhor na profissão que amamos as coisas acontecem naturalmente. Meu filho tem 10 anos, é difícil ficar longe dele. Mas, graças a Deus, eu tenho uma família que me dá todo suporte e há também a internet que nos aproxima mesmo estando em continentes diferentes.

Voltando a falar de Circuito Mundial. Por conta da desistência da Luana de participar do Tour 2011, devido à perda de patrocínio, você passou a jogar com a Lili. Como está sendo essa parceria? Quais os objetivos de vocês?

No meu projeto profissional a minha maior meta são as Olimpíadas de Londres em 2012. E eu já estava preparada desde o ano passado para competir no Circuito Mundial em busca de pontuação para alcançar essa meta. Joguei com a Raquel Pelluci, Priscila Lima, e por acaso, eu a Lili conversamos e vimos que nossos objetivos eram bem semelhantes. Por isso, decidimos unir forças e aqui estamos. Estamos crescendo como dupla e estamos confiantes para as próximas competições.

Ainda sobre essa parceria com a Lili, como está a questão do patrocínio? Conseguiram algum incentivo ou estão tendo que arcar com os custos sozinhas?

Ainda estamos sem patrocínio, mas estamos batalhando. Eu consegui o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal com custeio das passagens aéreas, mas o restante das despesas estão sendo pagas do meu bolso. A Lili está pagando tudo do próprio bolso. É complicado, mas até aqui, o Senhor tem nos ajudado.


Saque curto

Nome: Ângela Cristina Rebouças Lavalle Vieira
Idade: 30 anos
Nascimento: 24/04/81
Cidade: Brasília (DF)
Peso: 68kg
Altura: 1,76m
Hobbie: glorificar a Deus com cânticos
Mania: mascar chiclete
Um livro: Uma vida com propósitos. Rick Warren
Comida preferida: arroz, feijão, carne e salada...a melhor comida do mundo
Ídolo: Jesus Cristo
Um filme: O peregrino
Uma música: Dependo de ti. De Paulo Cesar Baruk
Sonho: proclamar o evangelho onde eu estiver
Uma frase: Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece! Felipenses 4:13

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Depois de um certo atraso, em virtude do feriadão sem internet, é hora de colocar o blog em dia. E para começar, Circuito Mundial de Vôlei de Praia, etapa Brasília.

Muita emoção pelo título sobre as americanas. Foto: FIVB
Como a grande maioria de vocês devem ter acompanhado pela TV, e como já esperado, Brasil x Estados Unidos foi o grande confronto nessa abertura de calendário 2011. Principais candidatos aos ouros olímpicos em Londres, os dois países deram uma prévia de como deverá ser intensa essa disputa particular por toda a temporada. Mostrando o equilíbrio entre as duas maiores forças do vôlei de praia atual, um ouro para cada lado.

Pelo lado feminino, retorno das campeãs olímpicas Walsh e May, que não jogavam juntas desde o desafio Brasil x Estados Unidos, disputado no Arizona, em 2009, competição que poucos se lembraram. Naquela ocasião, as americanas perderam a decisão para Juliana e Larissa.

E quase dois anos e meio depois, o que todos queriam era ver novamente uma final entre elas. As americanas vinham de uma sequência de 80 jogos de invencibilidade, conquistada durante o último ciclo olímpico, e Ju e Larissa de dois títulos mundiais consecutivos.

Verdade seja dita que Walsh, mesmo agora mãe de dois filhos, voltou esbanjando saúde. Mas, ao lado de May, não tão em forma assim, encontrou pela frente uma dupla que soube aproveitar muito bem a ausência das principais adversárias. Também acostumadas a acumular marcas importantes, as brasileiras evoluiram, amadureceram, souberam equilibrar os nervos e com o 2x1 no placar (21/16, 15/21 e 15/12), mostraram que equilibrar uma concorrência com Walsh e May é algo possível e bem provável.

Em condições normais de temperatura - Brasília estava um forno para as americanas e também para as brasileiras - e pressão, não a pressão estudada na química, mas a da torcida, ajudou e ajudou muito -  os próximos duelos, que certamente virão, devem ser ainda mais disputados.

O caminho até Londres é longo e só está começando, mas esse primeiro título vai dar uma motivação muito grande em Ju e Larissa. Afinal, se para o torcedor é legal demais o gostinho da vitória sobre Walsh e May, para as jogadoras deve ser uma alegria impressionante.

A preocupação, porém, foi o grande número de duplas norte-americanas nas semifinais: três. Além do título de Ju e Larissa, o Brasil termintou em 5º com Talita e Maria Elisa, 13º com Maria Clara e Carol, 17º com Vivian e Taiana e 25º com Ângela e Pri Lima. Cris e Andreza, ou Saka e Rtvelo, as brasileiras naturalizadas georgianas, terminaram em 17º.

A próxima etapa feminina acontece em Sanya, na China, a partir de amanhã. Aproximadamente 48 horas de viagem até lá. É chegar e jogar!

Festa feminina, frustação masculina
Se a vitória sobre as americanas trouxe boas expectativas nesse início de caminhada olímpica, o título de Rogers e Daulhausser foi um banho de água fria em quem acreditava que dessa vez os norte-americanos não sairiam felizes de Brasília.

E a grande dúvida é se alguma dupla vai realmente conseguir medir forças com os atuais campeões do Circuito. Jogando o mesmo vôlei perfeito de sempre, eles deixaram Alison e Emanuel e Márcio e Ricardo, duplas mais cotadas à concorrência, sem ter o que fazer. Na final, Alison e Emanuel fizeram um primeiro set de igual para a igual, mas a frieza, a calma e o volume de jogo dos campeões olímpicos falou mais alto. Dois sets a zero (21/18 e 21/13) e muita dor de cabeça para tentar achar o ponto de equilíbrio para os próximos confrontos.

Márcio e Ricardo, que perderam a semifinal para os norte-americanos, também não conseguiram passar pelos chineses e terminaram em 4º. Benjamin/Bruno Schimtd chegaram em 7º,  Lipe/Franco e Pedro Solberg/Pedro Cunha em 17º e Thiago/Harley em um ingrato 25º. Renatão e Jorge, ou Geor e Gia, terminaram em 13º.

Para a etapa de Xangai, na China, que acontece entre 02 e 07 de maio, é tirar coelho da cartola para tentar vencer novamente uma etapa de Circuito Mundial. Desde a etapa chinesa da temporada passada, com o título dos ex-parceiros Pedro Solberg e Harley, o Brasil não sabe o que é conquistar um ouro no masculino.

Está na hora de começar a virar esse jogo. Força, meninos!

domingo, 10 de abril de 2011

Todas estão com os olhos voltados para o Circuito Mundial, mas antes da competição que vale vaga olímpica começar, faltava a etapa de Santa Maria, última do semestre do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Alison/Emanuel conquistam o ouro em Santa Maria. Foto: CBV
E dessa vez, certa "normalidade" no resultado feminino. Após dois vices, Juliana e Larissa voltaram ao lugar mais alto do pódio ao derrotarem na final Luana e Lili por 2 sets a 0.

Se para as tetra-campeãs brasileiras o segundo lugar não é motivo de tanta comemoração, a dupla capixaba têm bons motivos para celebrar a colocação. Foi a primeira final da parceria que joga junta desde 2008. Antes, Luana e Lili haviam subido ao pódio apenas duas vezes, ambas na terceira colocação.

Já Ju e Larissa conseguem o quarto título da temporada, retomam a confiança e acumulam uma certa vantagem no ranking, até porque Talita/Maria Elisa e Vivian/Taiana, duplas que concorrem diretamente ao título nacional, tiveram uma oscilação muito grande nos últimos resultados (nessa etapa, ambas ficaram em quinto).

O pódio em Santa Maria foi completado por Maria Clara e Carol que levaram a melhor sobre Val/Shaylyn por 2x0.

Queda de Márcio e Ricardo
Se Juliana e Larissa voltaram ao lugar mais alto do pódio, quem saiu dele foi Márcio e Ricardo. Após três títulos consecutivos, e quatro na temporada, a dupla foi parada pelos inspirados Alison e Emanuel que venceram por 2 sets a 0.

Roubando o título de Block Machine de Ricardo, Alison fez a diferença nos bloqueios e, depois de dois vices e dois terceiros, garantiu o primeiro título da dupla em 2011. Para a estreia em Brasília, os finalistas em Santa Maria têm tudo para começarem o Circuito Mundial com os melhores resultados para o Brasil.

Na decisão do terceiro lugar, Pedro Cunha e Pedro Solberg venceram Thiago e Harley pelo placar de 2 sets a 0 e completaram o pódio gaúcho.

Perda de patrocínio
Mesmo mostrando evolução nos resultados, após terminarem em quarto em Balneário Camboriú e Santa Maria e conquistarem o Sulamericano 2010/2011 na Argentina, Thiago e Harley ficaram sem patrocinador.

A poucos dias do Circuito Mundial, a dupla é a única entre as quatro mais cotadas à vaga para Londres 2012 que não contará com patrocínio. Eleito por duas vezes o melhor jogador da competição, em 2008 e 2009, Harley busca chamar a atenção de empresários brasileiros pelo Twitter.

Por ser uma competição que faz um tour pelo mundo afora, os gastos são grandes e a ausência de um patrocinador, certamente, compromete o planejamento da dupla.

Segundo o próprio Harley, que completou 500 vitórias no Circuito Banco do Brasil na sexta-feira, outras duplas ainda poderão ser prejudicadas, já que a renovação de contrato acontecerá - ou não - no meio do ano.

Circuito Banco do Brasil SUB-21 
Ainda em Santa Maria, JP e Victor Palis e Rebecca e Carolinha Horta foram os campeões SUB-21 da etapa.

E a campeã Carolina foi a entrevistada da vez aqui no Primeiro Set. Se você ainda não leu, clique aqui e confira.

A próxima etapa do Circuito Banco do Brasil acontece somente em Setembro, em Salvador. Agora as atenções se voltam para Brasília, que recebe a primeira etapa do Circuito Mundial entre os dias 18 e 24 de abril.

Antes disso, eu volto para comentar um pouco mais sobre a competição.

sábado, 27 de março de 2010

Bem legal essa matéria que saiu no SPORTV:

No ano passado, o jogador de vôlei de praia Pedro Cunha pensou em se aposentar, aos 25 anos de idade, por causa de uma grave e rara lesão na perna esquerda.

Por pouco não abandonou o esporte de vez.

Pedro Cunha e Thiago. Foto: CBV
Após mais de 6 meses de recuperação, o atleta deu a volta por cima e com o novo parceiro, Thiago, conquistou 3 das 4 primeiras etapas do CBBVP (Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia).

A dupla que treina junto desde o final do ano passado poderia nem ter se formado:

- Fiquei sabendo que o Thiago ficou meio na dúvida porque outras pessoas chamaram ele para jogar, mas ele foi muito feliz na escolha e está dando super certo. Ele nunca tinha ganho um torneio.Brinca Pedro.

- Sempre treinei com campeões, então sempre via as pessoas ganhando e nunca tinha ganhado. Fazer quatro finais, ganhar três torneios...a gente sabia que isso, mais cedo ou mais tarde, ia chegar, mas não esperavámos assim tão rápido.

Os dois, com idade olimpíada, pensam em Londres 2012 e no Rio 2016, quando terão 33 anos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Na minha ida à etapa de São José dos Campos conversei com a dupla de vôlei de praia Renatão e Jorge, brasileiros naturalizados georgianos, quarto colocados nos jogos olímpicos de Pequim. Renatão e Jorge ou Geor e Gia, como queiram, falaram sobre as olímpiadas, o patrocínio, o carinho pela Geórgia, as críticas pela naturalização, etc. Confiram:

Renatão e Jorge ou  Geor e Gia. 4º colocados em Pequim. Foto: FIVB
Após a 4ª colocação nas Olimpíadas 2008, a dupla não obteve bons resultados em 2009, tanto no circuito nacional como internacional. Como está a preparação de vocês para 2010 e para a classificação para Londres 2012?

Jorge: Esse ano está bem melhor porque estamos com uma equipe só para gente. Antes treinávamos com a equipe de Ricardo e Emanuel e agora, com a separação da dupla, demos um passo a mais. Estamos com pessoas focadas mais no nosso time. Começamos a nos preparar desde janeiro e estamos bem confiantes. Esperamos um resultado bem melhor que ano passado e como a busca pela vaga olímpica são nos 2 anos que antecedem os jogos, o ano passado foi mais para buscar dar uma descansada fazendo com que a gente focassse menos o mundial. Eu e Renato temos consciência que ano passado não fomos tão bem, mas é normal. As duplas do Brasil não foram bem também, de um modo geral, mas esse ano vamos bem melhor.

Se hoje a dupla conseguisse um patrocínio aqui no país, vocês pensariam em defender o Brasil novamente?

Renatão: Era uma caso a se pensar, mas acredito que hoje, no momento, não. Estamos numa idade considerada não tão nova assim. Então, não poderíamos nos dar o luxo de ficar 2 anos parados, sem atuar por nenhum país. Acho que não seria um bom negócio.

E sobre as críticas sofridas por vocês atuarem pela Geórgia? Li uma vez uma crítica sobre a CBV  deixar uma dupla naturalizada georgiana disputar o circuito nacional de vôlei de praia.  Como vocês lidam com isso?

Renatão: A gente aprendeu a viver com isso. Aproveitamos as críticas e nos motivamos cada vez mais. Se a gente não contasse com o apoio do governo da Geórgia não estaríamos mais jogando. Hoje, eu estaria estudando, fazendo outra coisa. A chande de jogar pela Geórgia fez a gente continuar um sonho e fazer o que a gente mais gosta que é jogar voleibol.

Como é a identificação do povo georgiano com a dupla e com o vôlei de praia?

Jorge: Por incrível que pareça, nós somos mais conhecidos na Geórgia do que no Brasil. O reconhecimento que temos lá, de um modo geral, é muito maior do que no nosso país e até mesmo na Paraíba, nosso estado.  A escolha deles por um time brasileiro foi justamente por isso, porque eles se identificam muito conosco, são um povo quente, forte, guerreiro. Apesar de a gente ver o país em situação de guerras e conflitos o povo é bem patriota como nós brasileiros. Eles poderiam ter escolhido uma dupla européia ou de qualquer outro país, mas preferiram uma dupla brasileira justamente por se identificarem muito com o nosso país.

Como foi disputar uma medalha de bronze justamente contra Ricardo e Emanuel, uma dupla brasileira e que dividia  a comissão técnica com vocês?

Renatão e Jorge em São José dos Campos. Foto: Juliana Netto
Jorge: A gente sabia que seria um grande desafio porque naquele momento, ficamos um pouco só. Toda a comissão ficou direcionada para eles, toda a equipe, todo o país, enfim, todos se direcionaram para eles.
Então, sabíamos que não íamos jogar só contra Ricardo e Emanuel, íamos jogar contra todo o Brasil e toda a equipe. Mas, foi muito legal e mais importante foi saber que a medalha ficou para o grupo. Eu queria ter ganho, mas foi legal. Eu queria ter saído com a medalha, mas eles jogaram melhor que eu e Renato e mereceram.

Conforme informado na última sexta-feira, Harley, o melhor jogador do mundo em 2008 e 2009 e Rei da Praia 2010, a partir de agora tem um novo parceiro: Fábio Luiz, vice-campeão olimpíco em Pequim, ao lado de Márcio.

Harley, grande destaque nos últimos anos. Foto: FIVB
Vejo com bons olhos essa parceria e acredito que eles terão muito sucesso juntos. Sendo bastante otimista, já sinto um cheirinho de  medalha olímpica.

Ambos estavam vivendo uma instabilidade muito grande e não conseguiram nenhum resultado satisfatório nas 4 primeiras etapas do CBBVP 2010. Juntos, acredito que eles se completarão. Harley é um excelente sacador,  defensor e levantador e Fábio um super bloqueador. Sem contar na vibração dos dois que é muito forte. "A vontade, a garra, a vibração mostrada pelo Harley nesses dois últimos anos superam qualquer sacrifício. Vou na energia dele. Acho que ele se encaixa dentro do meu objetivo. Vai ser uma união boa, mas vamos ter que trabalhar para chegar ao ouro olímpico - afirmou Fábio Luiz".

E por lembrar de Londres 2012, ambos estarão super motivados: Harley por um jogo deixou de ir para Pequim, perdendo a vaga justamente para Márcio e Fábio Luiz na semifinal da etapa de Marselha, na França, a última na pontuação antes dos jogos, e já disse em algumas entrevistas que essa foi a sua pior decepção na carreira.

Já Fábio Luiz, fez uma excelente campanha olímpica. Contrariando as expectativas, passou fácil por Ricardo
e Emanuel na semifinal. Na final, após ganhar o 1º set contra os americanos Rogers e Dalhausser, perdeu a medalha ao sofrer uma incrível virada, com direito à um tie break de 15 x 4.
Vê-los perder daquela forma partiu o coração e imagino como aquela derrota ficou "engasgada".

Em 2012, há a chance dos dois sairem felizes.

Na teoria, a dupla é boa e muito forte e acredito que na prática serão também.

Muito boa sorte à nova dupla e que eles tragam muitas felicidades ao vôlei de praia brasileiro.
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