Depois de um certo atraso, em virtude do feriadão sem internet, é hora de colocar o blog em dia. E para começar, Circuito Mundial de Vôlei de Praia, etapa Brasília.
Como a grande maioria de vocês devem ter acompanhado pela TV, e como já esperado, Brasil x Estados Unidos foi o grande confronto nessa abertura de calendário 2011. Principais candidatos aos ouros olímpicos em Londres, os dois países deram uma prévia de como deverá ser intensa essa disputa particular por toda a temporada. Mostrando o equilíbrio entre as duas maiores forças do vôlei de praia atual, um ouro para cada lado.
Pelo lado feminino, retorno das campeãs olímpicas Walsh e May, que não jogavam juntas desde o desafio Brasil x Estados Unidos, disputado no Arizona, em 2009, competição que poucos se lembraram. Naquela ocasião, as americanas perderam a decisão para Juliana e Larissa.
E quase dois anos e meio depois, o que todos queriam era ver novamente uma final entre elas. As americanas vinham de uma sequência de 80 jogos de invencibilidade, conquistada durante o último ciclo olímpico, e Ju e Larissa de dois títulos mundiais consecutivos.
Verdade seja dita que Walsh, mesmo agora mãe de dois filhos, voltou esbanjando saúde. Mas, ao lado de May, não tão em forma assim, encontrou pela frente uma dupla que soube aproveitar muito bem a ausência das principais adversárias. Também acostumadas a acumular marcas importantes, as brasileiras evoluiram, amadureceram, souberam equilibrar os nervos e com o 2x1 no placar (21/16, 15/21 e 15/12), mostraram que equilibrar uma concorrência com Walsh e May é algo possível e bem provável.
Em condições normais de temperatura - Brasília estava um forno para as americanas e também para as brasileiras - e pressão, não a pressão estudada na química, mas a da torcida, ajudou e ajudou muito - os próximos duelos, que certamente virão, devem ser ainda mais disputados.
O caminho até Londres é longo e só está começando, mas esse primeiro título vai dar uma motivação muito grande em Ju e Larissa. Afinal, se para o torcedor é legal demais o gostinho da vitória sobre Walsh e May, para as jogadoras deve ser uma alegria impressionante.
A preocupação, porém, foi o grande número de duplas norte-americanas nas semifinais: três. Além do título de Ju e Larissa, o Brasil termintou em 5º com Talita e Maria Elisa, 13º com Maria Clara e Carol, 17º com Vivian e Taiana e 25º com Ângela e Pri Lima. Cris e Andreza, ou Saka e Rtvelo, as brasileiras naturalizadas georgianas, terminaram em 17º.
A próxima etapa feminina acontece em Sanya, na China, a partir de amanhã. Aproximadamente 48 horas de viagem até lá. É chegar e jogar!
Festa feminina, frustação masculina
Se a vitória sobre as americanas trouxe boas expectativas nesse início de caminhada olímpica, o título de Rogers e Daulhausser foi um banho de água fria em quem acreditava que dessa vez os norte-americanos não sairiam felizes de Brasília.
E a grande dúvida é se alguma dupla vai realmente conseguir medir forças com os atuais campeões do Circuito. Jogando o mesmo vôlei perfeito de sempre, eles deixaram Alison e Emanuel e Márcio e Ricardo, duplas mais cotadas à concorrência, sem ter o que fazer. Na final, Alison e Emanuel fizeram um primeiro set de igual para a igual, mas a frieza, a calma e o volume de jogo dos campeões olímpicos falou mais alto. Dois sets a zero (21/18 e 21/13) e muita dor de cabeça para tentar achar o ponto de equilíbrio para os próximos confrontos.
Márcio e Ricardo, que perderam a semifinal para os norte-americanos, também não conseguiram passar pelos chineses e terminaram em 4º. Benjamin/Bruno Schimtd chegaram em 7º, Lipe/Franco e Pedro Solberg/Pedro Cunha em 17º e Thiago/Harley em um ingrato 25º. Renatão e Jorge, ou Geor e Gia, terminaram em 13º.
Para a etapa de Xangai, na China, que acontece entre 02 e 07 de maio, é tirar coelho da cartola para tentar vencer novamente uma etapa de Circuito Mundial. Desde a etapa chinesa da temporada passada, com o título dos ex-parceiros Pedro Solberg e Harley, o Brasil não sabe o que é conquistar um ouro no masculino.
Está na hora de começar a virar esse jogo. Força, meninos!
Muita emoção pelo título sobre as americanas. Foto: FIVB |
Pelo lado feminino, retorno das campeãs olímpicas Walsh e May, que não jogavam juntas desde o desafio Brasil x Estados Unidos, disputado no Arizona, em 2009, competição que poucos se lembraram. Naquela ocasião, as americanas perderam a decisão para Juliana e Larissa.
E quase dois anos e meio depois, o que todos queriam era ver novamente uma final entre elas. As americanas vinham de uma sequência de 80 jogos de invencibilidade, conquistada durante o último ciclo olímpico, e Ju e Larissa de dois títulos mundiais consecutivos.
Verdade seja dita que Walsh, mesmo agora mãe de dois filhos, voltou esbanjando saúde. Mas, ao lado de May, não tão em forma assim, encontrou pela frente uma dupla que soube aproveitar muito bem a ausência das principais adversárias. Também acostumadas a acumular marcas importantes, as brasileiras evoluiram, amadureceram, souberam equilibrar os nervos e com o 2x1 no placar (21/16, 15/21 e 15/12), mostraram que equilibrar uma concorrência com Walsh e May é algo possível e bem provável.
Em condições normais de temperatura - Brasília estava um forno para as americanas e também para as brasileiras - e pressão, não a pressão estudada na química, mas a da torcida, ajudou e ajudou muito - os próximos duelos, que certamente virão, devem ser ainda mais disputados.
O caminho até Londres é longo e só está começando, mas esse primeiro título vai dar uma motivação muito grande em Ju e Larissa. Afinal, se para o torcedor é legal demais o gostinho da vitória sobre Walsh e May, para as jogadoras deve ser uma alegria impressionante.
A preocupação, porém, foi o grande número de duplas norte-americanas nas semifinais: três. Além do título de Ju e Larissa, o Brasil termintou em 5º com Talita e Maria Elisa, 13º com Maria Clara e Carol, 17º com Vivian e Taiana e 25º com Ângela e Pri Lima. Cris e Andreza, ou Saka e Rtvelo, as brasileiras naturalizadas georgianas, terminaram em 17º.
A próxima etapa feminina acontece em Sanya, na China, a partir de amanhã. Aproximadamente 48 horas de viagem até lá. É chegar e jogar!
Festa feminina, frustação masculina
Se a vitória sobre as americanas trouxe boas expectativas nesse início de caminhada olímpica, o título de Rogers e Daulhausser foi um banho de água fria em quem acreditava que dessa vez os norte-americanos não sairiam felizes de Brasília.
E a grande dúvida é se alguma dupla vai realmente conseguir medir forças com os atuais campeões do Circuito. Jogando o mesmo vôlei perfeito de sempre, eles deixaram Alison e Emanuel e Márcio e Ricardo, duplas mais cotadas à concorrência, sem ter o que fazer. Na final, Alison e Emanuel fizeram um primeiro set de igual para a igual, mas a frieza, a calma e o volume de jogo dos campeões olímpicos falou mais alto. Dois sets a zero (21/18 e 21/13) e muita dor de cabeça para tentar achar o ponto de equilíbrio para os próximos confrontos.
Márcio e Ricardo, que perderam a semifinal para os norte-americanos, também não conseguiram passar pelos chineses e terminaram em 4º. Benjamin/Bruno Schimtd chegaram em 7º, Lipe/Franco e Pedro Solberg/Pedro Cunha em 17º e Thiago/Harley em um ingrato 25º. Renatão e Jorge, ou Geor e Gia, terminaram em 13º.
Para a etapa de Xangai, na China, que acontece entre 02 e 07 de maio, é tirar coelho da cartola para tentar vencer novamente uma etapa de Circuito Mundial. Desde a etapa chinesa da temporada passada, com o título dos ex-parceiros Pedro Solberg e Harley, o Brasil não sabe o que é conquistar um ouro no masculino.
Está na hora de começar a virar esse jogo. Força, meninos!