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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dois anos completamente distintos na carreira. Um, marcado pela eliminação precoce em Londres e pela perda da parceria. Outro, com vários ouros e resultados importantes. Demonstrando muita alegria e confiança, Talita aceitou bater um papo - também replicado na Bradesco Esportes FM - falando sobre as frustrações de 2012, do ótimo ano ao lado de Taiana e da expectativa para 2016. Prestes a conquistar o título do Circuito Mundial 2013, os pés continuam no chão e a atleta afirma que ainda está em busca da formação ideal com Taiana.

Bronze em Pequim escapou após derrota para donas da casa. 
Liderança do ranking mundial, Rainha da Praia, Campeã da World Cup e campeã da primeira etapa do Circuito Banco do Brasil 2013/14. Depois de uma Olimpíada não muito legal em Londres, o seu 2013 está sendo muito bom. Você chegou a imaginar isso?
Com certeza, eu sai de 2012 muito triste. A Olimpíada não foi como eu gostaria, não tive um final de ano muito bacana. Mas, assim que eu chamei a Taiana para jogar, vi tanta felicidade nela com esse convite que isso me trouxe muita motivação. Acho que era o que eu estava precisando e acabou que foi um bom encontro. Não há nada melhor que você sentir na pessoa que está ao seu lado essa felicidade por estar jogando com você. Eu não imaginava , lógico, tantos resultados em tão pouco tempo, mas imagina que a felicidade voltaria e que nós conseguiríamos ter bons resultados.

Você fez uma Olimpíada não muito legal (terminou em 9º) e logo depois a Maria Elisa resolveu desfazer a parceria. Você chegou a dizer em algumas entrevistas que ficou sem muitas opções de defensoras. Depois disso chegou a Taiana, vocês se firmaram e os resultados estão aí. Quando você chamou a Taiana, o pensamento era que a parceria fosse dar tão certo assim?
Acho que o tão certo foi porque a gente acreditou. Quando a gente sentou para conversar, eu falei o que gostaria, quais eram os meus planos. Ela aceitou, o Pompilho – nosso técnico – acreditou no trabalho. A gente queria fazer a nossa história, mas não imaginávamos que ia ser tão rápido. Na verdade, não foi um início tão vitorioso: a gente só conseguiu chegar em uma final do Circuito Banco do Brasil na temporada passada (em quatro etapas disputadas), sem conquistar nenhum título. Mas a Taiana já vinha demonstrado ao longo dos anos a capacidade dela. Acho que ela mostrou que podia crescer muito mais e formar um time grande.

Na questão da seleção, você e Taiana e Maria Clara/Carol não sofreram alterações na parceria. Você acha que isso foi um ponto positivo para vocês?
A gente não mudou, mas era um time novo. Na verdade, acho que só a Maria e a Carol que já eram um time desde antes a seleção. O nosso início também foi se ritmo, mas a gente foi ganhando e o entrosamento foi chegando ao longo dos treinamentos.

E para o Circuito Brasileiro: enquanto Maria Elisa, Ágatha e Lili estão refazendo o entrosamento, você e Taiana seguem o mesmo trabalho. Isso ajuda vocês, pelo menos nessas primeiras etapas?
Acho que isso pode ajudar. Acho que a gente sofreu no início por não termos jogado juntas em nenhum momento das nossas carreiras. Mas também acho que elas vão voltar a se entrosar rápido, mesmo com a quebra de parceria que teve na seleção. Eu mesma fiquei quatro meses sem jogar com a Maria Elisa e me entrosei rápido para jogar a World Cup em Campinas.

Depois de várias etapas de Circuito Mundial, vocês já devem estar cansadas. Como será a preparação de agora para frente, já que Circuito Mundial e Brasileiro serão simultâneos?
Ainda faltam algumas etapas do Mundial e o Brasileiro começou agora. Enquanto a gente está no meio para o final da temporada internacional, acabamos de começar a brasileira. Por ser momentos diferentes, é difícil conciliar. Vamos ter que fazer um trabalho mais equilibrado. A gente não pode nem esquecer o Circuito Mundial e nem o Brasileiro. Mas o vôlei de praia sempre teve um pouco disso. Sempre no segundo semestre, a gente voltava do Circuito Mundial um pouco cansada. Só que também era a final da temporada nacional. O que tá mudando agora é isso: estamos voltando de um Circuito Mundial desgastadas, mas, por outro lado, tem a vantagem de ter mais ritmo de jogo. Por mais que corpo e mente estejam cansados, esse ritmo de jogo compensa.

E como será a divisão das etapas que vocês vão jogar? Qual competição vai ter prioridade?
Como esse ano a contagem de pontos é de forma corrida, somando todas as etapas que a dupla disputar, dificulta um pouco abrir mão de alguma etapa do Circuito Mundial para jogar o Brasileiro. Então, ainda há muitos pontos em jogo e nem dá para pensar em folga de pontos em relação ao time vice-líder do ranking mundial porque a gente não sabe como serão aos próximos resultados. Com a regra anterior, que contava um certo número de etapas, as duplas podiam se dar ao luxo de abrir mão de algum torneio. Agora não.


Você e a Taiana foram indicadas ao Prêmio Esportivas do Ano, nos Estados Unidos.  Você acha que a conquista desse Prêmio vai ser a consagração do ano de vocês?
Com certeza. A indicação já deixou a gente muito feliz. Só o fato de estar concorrendo com outras atletas de outras modalidades já é muito bacana. E se a gente vencer, vamos ter ainda mais estímulo, até mesmo pensando em 2016. Essa conquista vai ser para somar e motivar ainda mais.

Mesmo não sendo carioca, você vive e treina no Rio. E começando um ciclo olímpico com bons resultados faz você pensar numa boa Olimpíada na sua “casa”?
Faz, com certeza. Só de saber que a próxima Olimpíada vai ser no Brasil, ainda mais no Rio, cidade que eu vivo há muitos anos, é muito bacana. Eu acredito que você começa a se preparar para uma Olimpíada quando a outra acaba. E 2013 está sendo um ano muito bom, com a construção do nosso time e com uma confiança muito boa. O objetivo, então, é ir conquistando mais títulos e chegar muito bem em 2016.

Você já esteve em duas Olimpíadas e ainda não conquistou medalha. Um pódio olímpico, ainda mais no Rio, é o resultado que falta nos seus vários anos de carreira no vôlei de praia?
Seria sim. Eu trabalhei nos dois últimos ciclos para isso e ainda continuo trabalhando. Em Pequim, eu e Renata chegamos na semifinal, depois de uma classificação, de certa forma, surpreendente para aos Jogos. Naquela época, a concorrência era grande e deixamos Adriana Behar/Shelda para trás, por exemplo. Em Londres, a semifinal não veio. Se eu tinha um sonho que era ir a uma Olimpíada, parte dele eu já realizei. Mas todo atleta busca ir aos Jogos e buscar uma medalha. E isso é também o que eu busco desde que comecei a jogar.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Grandes momentos da carreira vividos ao lado de Bruno.
Em meio aos vários assuntos polêmicos envolvendo as mudanças do vôlei de praia em 2013, um jogador me chamou a atenção por questionar abertamente nas redes sociais os novos planos que Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e Federação Internacional de Vôlei (FIVB) traçam para a modalidade.

Um dos poucos a comentar sobre o assunto, o capixaba Billy, parceiro do atual campeão brasileiro Bruno Schmitd por duas vezes, mostra-se preocupado com o futuro da modalidade, que passará a impedir a participação de jogadores que não estejam convocados para a seleção nas competições internacionais.

Corajoso, Billy aceitou dar uma entrevista ao blog e suas respostas dão uma dimensão de como anda o clima entre entidades e atletas. Confira:

A partir deste ano, a participação em competições mundiais vai depender das convocações para as seleções. E você não está na lista dos atletas chamados. Diante disso, quais seus planos? Com o encerramento do CBBVP e com o retorno marcado só para agosto, o que você planeja disputar nesse período?
Bem, final de agosto, né? Quase setembro e isso são praticamente 5 meses sem competir. Complicado...Eu joguei ano passado nos EUA e foi muito bom. Talvez retorne para lá esse ano.

Para obter bons patrocínios, umas das exigências da empresa é a visibilidade da marca. E sem tem o que disputar, a dificuldade de encontrar apoio financeiro deve ficar ainda pior. Como fica a situação da sua parceria recém-formada com o Jorge? Quem bancará as despesas de treinamento, viagens, equipe técnica, etc?
As duas principais maneiras de ter condições financeiras no vôlei de praia é jogando o Circuito Mundial e/ou tendo um patrocínio. Nesse formato que o circuito brasileiro está, fica praticamente impossível um patrocínio. Quem tem é porque já tinha. Atualmente eu recebo o apoio das passagens do Banco do Brasil e o Jorge tem um apoio de uma doceria de João Pessoa. Mas as despesas vão muito além disso. Tiramos do nosso bolso para participar das etapas e continuar treinando.

Alguns atletas vêm comentando que a melhor saída para obter retorno financeiro é abandonar o vôlei de praia e partir para outras áreas. Isso passa pela sua cabeça?
Infelizmente, passa sim. Não só na minha, mas na maioria dos atletas hoje. Amamos esse esporte, mas precisamos encarar a realidade. Pagar pra jogar é uma coisa absurda! E eu não vou fazer isso. Infelizmente, todos os grandes jogadores que pararam de jogar tiveram esse como o principal motivo.

Você é um dos poucos atletas que vem demonstrando publicamente sua insatisfação contra os novos sistemas adotados por CBV e FIVB. Você não teme o risco de represálias?
Não e nunca vou ter medo. O que eles vão fazer? Isso é baixo. Pelo que sei, vivemos num país em que a liberdade de expressão é permitida e aceita, certo? Dei a minha opinião e vou continuar dando. Não concordo com o que estão fazendo. Eles precisam entender que não é fazendo mal ou prejudicando um atleta aqui ou ali é que vai resolver alguma coisa. Eles já estão fazendo um grande mal para o esporte! Você diria para um adolescente hoje que o vôlei de praia é uma carreira promissora ? Então! Espero sinceramente que alguma coisa mude, e rápido, pelo bem do esporte.

Ainda sobre o novo critério: alguns atletas defendem a manutenção da seleção de vôlei de praia, mas defendem também que nenhuma dupla seja impedida de disputar o Circuito Mundial, desde que essas parcerias arquem com as despesas por conta própria. Você concorda com esse pensamento?
Acho muito legal esse lance de seleção brasileira. Mas estão fazendo de maneira errada. Acho que cada time tem que treinar com sua comissão técnica e ser coordenado por apenas um técnico durante o mundial. Imagina dois atletas, um time, com seu técnico, preparador físico, etc.. Já trabalham juntos há muito tempo e o conhecimento da forma de trabalho é grande. De repente, você pega um cara que nunca te treinou, técnica ou fisicamente, e que pode comprometer o rendimento seu ou do time. Quem perde é o Brasil! Eles acham que é indoor, mas não é. E nunca vai ser. E impedir que alguém jogue o Circuito Mundial ou outra competição não entra na minha cabeça. O Márcio acabou em quarto lugar ano passado no ranking do mundial. E agora não vai? Ele tinha que ir. Se algum atleta, por mérito, conseguisse melhores resultados e melhor pontuação que ele, então ele sairia. E pelo que sei, muita gente já foi pro mundial custeando suas próprias despesas. Então nesse ponto não iria mudar muita coisa.

Muitos jovens, como Evandro, Daniel Lazzari e Brian, foram convocados com a ideia de amadurecê-los para as próximas Olimpíadas. Por outro lado, veteranos, como Márcio, Harley, Fábio Luiz e Benjamin, estão fora dos planos da CBV. Você concorda com o raciocínio?
Acho que esses jovens poderão ser grandes atletas. Todos têm potencial. Mas ninguém evolui se não passar por dificuldades. Quer ajudar? Dê passagens, hospedagens, etc.. Mas tem que ralar, vir de baixo. Veja o Alison: é o nosso cara hoje na seleção. Nossa grande chance de medalha pra 2016. Ralou muito e isso fez ele evoluir. Evoluiu por mérito dele. Pergunte a esses aí que você citou como foi o começo deles. Qualifying, ralação um, dois, três anos. O Harley foi melhor jogador do mundo duas vezes e está fora. O Benjamin é o atleta mais inteligente do Brasil para jogar vôlei de praia atualmente e não está. O Fábio Luiz merecia uma chance. Não desmerecendo os demais, mas ninguém leva pra guerra quem ainda não sabe atirar direito.

Mesmo com todas essas mudanças, você acredita na retomada da nossa hegemonia na Olimpíada do Rio? Afinal, independente de toda essa polêmica, temos nomes fortes, como Pedro Solberg, Bruno Schmitd, Maria Elisa, Juliana (mesmo cortada da seleção). Dá para voltar a brigar por um ouro olímpico?
Acredito sim e esses dois times que você citou, se continuarem até lá, são nomes certos no Rio na minha opinião. Agora, estamos em alerta. Os outros países estão evoluindo muito. Uma prova disso é que não ganhamos uma medalha de ouro na categoria SUB-21 desde 2006. Sinceramente, torço para que a medalha de ouro volte a ser nossa. Nós vamos jogar em casa. E temos a obrigação de ganhar.
 
Saque curto:

Nome completo: João Luis Paianca Maciel
Idade: 34 anos
Cidade Natal: Vila Velha/ ES
O que gosta de fazer nas horas vagas: estar com minha família e meus amigos
Livro: A semente da vitória
Filme: Desafiando gigantes
Comida preferida: todas da minha mãe e minha esposa
Uma brincadeira de criança: jogar bola nas pracinhas
A melhor competição que já disputou: ainda não joguei na AVP, e por isso acho que foi o Grand Slam da Áustria
Time de futebol: Flamengo
Um sonho: morar nos Estados Unidos

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

1º pódio mundial foi conquistado em outubro, na Tailândia.
No próximo domingo, a importante temporada do vôlei de praia brasileiro chega ao fim. E no agitado ano olímpico, uma outra parceria acabou despontando logo no primeiro ano de formação. 

Juntas a pouco mais de sete meses, Ágatha e Bárbara Seixas terminam 2012 com expressivos resultados, como os vice-campeonatos nas etapas de Recife, Cuiabá e Belo Horizonte do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia e do bronze na etapa da Tailândia, pelo Circuito Mundial.

O bate-papo da vez é com a super bem-humorada Ágatha, que falou sobre início da carreira, sobre a amizade extraquadra com a parceria Bárbara, sobre as expectativas para a próxima temporada e muito mais. Confiram:

Pergunta enviada por Gabriel Benévolo De Monteiro Chaves, via Facebook: Como foi o início da sua carreira?
Eu joguei vôlei de quadra dos 10 aos 20 anos. Não cheguei a ser profissional, joguei até o juvenil no clube Paulistano, em São Paulo. A transição para o vôlei de praia aconteceu de uma forma meio inesperada. Eu estava de férias na minha cidade, Paranaguá-PR, e lá comecei a brincar nas areias e a participar de algumas competições no estado, durante o verão. Eu e minha parceira Shirley. Conquistamos uns resultados legais e isso começou a me animar. Aí alguns meses depois eu recebi uma proposta pra jogar com a Sueli, que era de Curitiba. Enfrentamos o inverno curitibano, corremos atrás de patrocínio e conseguimos uma empresa, isso em 2012. Ali a ideia de ser uma atleta de vôlei de praia começou a vingar e desde então se tornou a minha profissão, a minha paixão.

Logo no primeiro ano de parceria entre você e a Bárbara, os resultados já apareceram. Como é a química entre vocês, dentro e fora das quadras?
Eu e Babi formamos a parceria em maio de 2011. É muito louco isso, porque eu e ela nunca tínhamos conversado antes. A primeira vez que sentamos para bater um papo foi para fechar a nossa parceria. Ali foi o início da nossa amizade. É lógico que no começo era uma relação profissional, afinal nem nos conhecíamos direito. Entretanto com o tempo a gente foi se dando bem, se conhecendo e ficando amigas. A gente pensa muito parecido sobre a vida, temos hábitos muito parecidos também. Até o jeito alto-astral é igual. Acho que o que melhor fazemos é falar bobagem e rir (risos). Então, com toda esta cumplicidade, fica fácil estar em quadra ao lado dela. Porque a gente leva para as areias toda esta amizade e se ajuda o tempo todo.

Sabe-se que os problemas enfrentados por atletas de vôlei de praia são enormes, principalmente na questão de patrocínios. E você está com cum patrocínio da Brasoil. Até que ponto essa ajuda reflete nos resultados?
Reflete muito. Tudo bem que a minha profissão é apaixonante para a maioria das pessoas e honrosa, por eu levar o nome do Brasil para o mundo. Mas eu também preciso pagar as minhas contas. E um patrocínio dá a estabilidade para que o atleta tenha paz e trabalhe com paciência até alcançar seus objetivos. Além disso, um patrocínio também possibilita que o atleta tenha condições de ter uma boa estrutura de treinamento, que possa viajar para as competições, que tenha uma boa equipe técnica, enfim, a ajuda financeira é primordial para quem quer se tornar o melhor no esporte. É um dos itens que separa o amador do profissional.

Pergunta enviada por Iranice Santos, via Facebook:  O que te levou a criar o Ágatha Centro de Treinamento de Vôlei de Praia? Conte um pouco sobre ele.
Eu sempre tive muita vontade de ajudar as pessoas. Pensei durante um bom tempo o que eu poderia fazer. Como minha vida sempre foi muito corrida, nunca pude assumir compromissos com dias e horários fixos. Então vi que a melhor maneira de realizar algo, era criando alguma coisa que eu já conhecia. Aí surgiu a ideia do Projeto Social. E por que Paranaguá? Porque foi lá que eu me criei, foi lá que eu comecei a jogar vôlei de quadra e vôlei de areia. Então também foi uma forma de eu retribuir para minha cidade tudo que eu já tinha recebido dela.

Ainda sobre o projeto social, como é poder contribuir para a melhoria de qualidade de vida de uma criança? Isso acaba sendo um estímulo para o seu desempenho nas competições?
É maravilhoso. Infelizmente eu não posso acompanhar tão de perto esta evolução dos meus pequenos, mas sempre que posso estou nos eventos que realizamos. Já passaram pelo Projeto mais de 1000 crianças. Atualmente estamos com cerca de 200 alunos. Para alguns, o Projeto foi uma fase que foi legal e passou. Para outros, o Projeto realmente mudou suas vidas. A sensação é tão gostosa, quando eu chego lá no Paraná e vejo alunos que estão com a gente desde o comecinho, coisa de 4 anos atrás. O Projeto se tornou aos poucos a segunda casa deles. Fizeram amigos e levaram este círculo de amizade para frente. Fazem questão de participar não só como atletas, mas também como voluntários. É muito gratificante. Este trabalho me estimula profissionalmente com certeza, mas me realiza muito mais pessoalmente.

Recentemente, numa matéria do SporTV, você demonstrou habilidade também com a voz, cantando muito bem, inclusive. Você gosta de cantar? Já fez aula ou algo parecido?
Eu amooooooo cantar! (risos) Meu noivo brinca comigo que eu não canto bem. Eu acho que ele tem medo que eu apronte uma pra ele, cantando em alguma data especial na frente de todos. Acho que ele tá com medo do nosso casamento (risos). Nunca fiz aula, é uma das minhas vontades pós-esporte (risos). Mas já fiz aula de violão e amava quando estava com a minha viola. É só uma questão de tempo pra eu começar a desbravar este universo musical.

No último mês, a FIVB divulgou a lista dos melhores do ano no Circuito Mundial. E a Bárbara foi eleita a atleta revelação. Como que foi essa temporada de tour mundial para vocês? Você acha que essa eleição é a valorização dos bons resultados que vocês tiveram?
Essa temporada do Circuito Mundial foi linda para nós. Assim como no Circuito Brasileiro, eu e ela não tínhamos ponto nenhum no começo das etapas. A gente foi devagarinho, etapa a etapa conquistando resultados legais. Parece que tudo para mim e pra Babi vem degrau a degrau. Na nossa caminhada nunca houve um momento que ultrapassamos fases. Cada coisa no seu tempo, cada conquista na sua hora. E isso com relação a tudo, vitórias, viagens, patrocínios, apoios. Com todas estas mudanças de duplas para o próximo ano, calculo que a nossa parceria esteja em segundo lugar no ranking das brasileiras do Circuito Mundial. É a primeira vez que eu consigo rankiar neste circuito. Foi o primeiro ano da Babi lá fora. Então com certeza foi um ano maravilhoso! No finalzinho eu ficava falando pra ela, “você tem que ganhar este prêmio de revelação, não tem ninguém que apareceu este ano e já foi tão bem como você”. E foi lindo quando ela ganhou. Merecidíssimo! Com certeza premiou e fechou com chave de ouro essa temporada.

Ano que vem, Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa irão desfazer as parcerias. E o cenário do vôlei de praia tende a sofrer uma grande mudança, principalmente no início da temporada. Você acha que você e Bárbara podem acabar sendo beneficiadas com isso, já que vai ser necessário um tempo de entrosamento entre as novas duplas que serão formadas?
Com certeza estas mudanças fazem com que eu e Babi estejamos um passo è frente das novas parcerias. O entrosamento só vem com o tempo e contra isso não adianta lutar contra. Agora dizer que estas novas duplas não irão bem seria uma bela mentira minha, pois elas são formadas por atletas experientes e muito técnicas. Vai ser uma briga das grandes! E acho que o cenário novo tende a nivelar as equipes e os resultados. Só jogando pra saber.

Pergunta enviada por José Carlos De Almeida Porto, via pelo Facebook: Queria saber se você tem uma previsão de quando vai retomar os estudos da faculdade de jornalismo.
Olha, esta pergunta é a mais difícil de todas que eu respondi até agora (risos). Estou amando esse mundo do jornalismo. Me identifico muito com ele, amo escrever, amo falar, amo pesquisar, amo um microfone (risos), então combina comigo. O problema é só eu ter tempo pra fazer as aulas. O nosso calendário de competições esta cada vez mais apertado. Eu realmente não sei dizer se vou conseguir voltar para as aulas no próximo ano. Vontade não falta. Eu vou tentar!

Saque curto:

Nome completo: Ágatha Bednarczuk
Data de nascimento: 22/06/1983
Peso e altura: 73 kg e 1,80m
Apelido: Gata
Cidade onde treina: Rio de Janeiro
O que gosta de fazer nas horas vagas: bater papo com os amigos e ficar enroladinha com o meu amor
Ídolo: não tenho
Filme: Hoje é Os Intocáveis
Livro: Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes
Time de futebol: Coritiba e Rio Branco (Paranaguá)
Comida preferida: Hoje é Japonesa
Mania: de anotar tuuuuuudo, sempre tenho papel e caneta por perto
O lugar mais bonito que já jogou: são vários, mas amo Gstaad na Suíça
Uma conquista inesquecível: são tantas, mas o primeiro Festival do meu Projeto Social foi marcante 
Qualidade: alegria
Defeito: cada um deve encontrar um defeito diferente em mim, né? (risos)
Sonho: São váaaaaaarios também (risos): jogar uma Olimpíada, aumentar meu projeto social, criar uma família amorosa e unida

Fotos: CBV

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Gustavo é a principal referência no grupo do técnico Paulão.
Ídolo da seleção, capitão da equipe campeã olímpica em Atenas 2004, prata em Pequim 2008, seis vezes campeão da Liga Mundial, duas vezes campeão italiano e tantos outros títulos no currículo. Mas, segundo ele próprio, ainda falta uma conquista para que a sua história no vôlei fique completa: o título da Superliga Masculina de Vôlei.

E jogando pela primeira vez em uma equipe de seu estado, o meio de rede Gustavo Endres não esconde o desejo de contribuir para uma boa temporada do Canoas Vôlei, campeão da Superliga B em 2011. Mesmo com humildade e pés do chão ao afirmar em outras entrevistas que vitórias contra equipes como Sada/Cruzeiro, Sesi-SP e Vivo/Minas não são prometidas a nenhum patrocinador, a principal referência do grupo mostra que o projeto é sólido e que pode surpreender nessa primeira participação na Superliga. Confira o bate-papo:

Você foi contratado como jogador, mas vem fazendo também o papel de “cartola” do Canoas. Você sempre foi um líder dentro de quadra e agora começa a fazer o mesmo fora delas. Como está sendo essa nova experiência? Quais as principais tarefas que você tem executado nessa nova função?
Não é bem uma tarefa de cartola.Venho acompanhando o Paulão e o Fábio Senna (gerente geral) nas reuniões que envolvem a busca por patrocinadores e outros detalhes que envolvam o clube. Mas a minha função segue dentro de quadra, ainda assim observando o que cerca o mundo do voleibol fora das quadras. A intenção é que isso vá me dando um base para quando encerrar a carreira.

Um time estreante em Superliga, sem investimentos milionários, mas com nomes como Minuzzi, Rafinha, você e Paulão. Ou seja, um time modesto, mas, se comparado a outras equipes, com peças importantes no elenco. Quais as pretensões do Canoas nesta primeira Superliga?
Montamos um grupo baseados na confiança em cima de um projeto encabeçado pelo Paulão. Tem sido muito bom o retorno da cidade, dos torcedores e patrocinadores. Nosso objetivo traçado é chegar aos playoffs, apostando em jogadores experientes e, principalmente, identificados com o estado, já que o Canoas é o único representante gaúcho na Superliga.

Em algumas entrevistas passadas, você disse que a equipe ainda estava buscando patrocinadores. Quais é a realidade financeira de vocês hoje? Quais as empresas que patrocinam o Canoas?
O mais importante é como se dá essa relação, de parceria mútua entre as partes. Móveis Kappesberg é o principal aporte, até por isso estará no nome da equipe. A estrutura toda é oferecida pelo Unilasalle e pela Prefeitura de Canoas. Ainda temos Fátima Saúde, Hospital Mãe de Deus, Claro, Asics, Armazém da Vida e Canoas Parque Hotel.

No fim da temporada passada, você comentou na sua página no Facebook que buscaria uma equipe para disputar essa Superliga 2012/13 e se não conseguisse talvez pensaria em encerrar a carreira. Esse pensamento ainda passa pela sua cabeça? Essa pode ser a sua últimaSuperliga?
Com 37 anos ainda me sinto bem, treinando e jogando. Vou dar meu máximo nessa Superliga, pois é um desafio novo na carreira, já que nunca havia jogado por um clube gaúcho e ainda não ganhei um Superliga. Encerrada a temporada, faço uma avaliação de tudo. Se ainda sentir que tenho algo de bom a oferecer dentro de quadra, sigo. Se não, trilharei um novo caminho, certamente dentro do vôlei.

Para você, quais equipes são as favoritas nessa temporada de Superliga? Se tivesse que apostar numa decisão para o dia 14 de abril de 2013, em quais equipes apostaria?
No papel, temos três grandes equipes que acredito que vão brigar pelo título, que são RJX, Sesi e  Cruzeiro. Acredito que o campeão sai dessas três. Mas minha final não é uma aposta, é um sonho. Por não vermos Canoas x Sesi na final? Imaginem só, irmãos Endres decidindo a Superliga!

Olímpiada Rio 2016: recentemente a CBV anunciou a permanência do Bernardinho à frente da seleção. E quanto aos jogadores: você acredita que boa parte do grupo está montada ou alguns outros nomes podem surgir nesse próximo ciclo olímpico?
Com certeza vão surgir novos nomes. É só pegarmos o exemplo dessa última Olimpíada, onde já tínhamos uma base de equipe e o Lucarelli, recém surgindo muito bem na equipe do Minas, beliscou uma vaga entre os 12. São 4 anos à nossa frente para projetar o surgimento de novos talentos.

Saque curto


Programa de TV preferido: esportivos
O que gosta de fazer nas horas vagas:  quando estou sozinho, redes sociais em geral. Se estou em família, só dar atenção para os filhos e à esposa
Livro: Mentes Brilhantes, o que estou lendo
Filme: Abraham Lincoln
Comida preferida: o que a minha mulher fizer
Uma música: True Love (Pink)
Uma brincadeira de criança: jogar taco
A melhor cidade que já competiu: Treviso (ITA)
Time de futebol: Internacional
Um sonho: Já conquistei muitos dos meus sonhos. Falta um ainda: ser campeão da Superliga pelo Canoas.
  
Fotos: Divulgação

quinta-feira, 22 de março de 2012


Evandro conquistou seu primeiro título de CBBVP. Foto: CBV
Depois da última etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, disputada em Recife, o nome de um novo talento do vôlei de praia brasileiro ganhou destaque na mídia. Com uma evolução muito rápida, o jovem Evandro, de apenas 21 anos, é apontado como uma das grandes promessas da modalidade para os próximos anos.

Após passar pelas seleções brasileiras infanto-juvenil e juvenil indoor, o gigante de 2,10m trocou as quadras pelas areias e, em menos de dois anos após a mudança, foi eleito o jogador revelação da temporada 2011. Em quatro etapas ao lado do novo parceiro Harley, Evandro chegou aos seus dois primeiros pódios na principal competição brasileira. E o jogador é o entrevistado do mês aqui no blog Primeiro Set. Confira um pouco mais sobre ele:

Você é apontado como a grande aposta para as Olimpíadas de 2016. Tanto é que foi convocado para o projeto de seleções da CBV. Como é viver sendo considerado uma aposta? Isso, de certa forma, pressiona um pouco ou acaba sendo um combustível extra?
Na verdade, eu não penso muito em 2016. Penso mais no agora, até porque tenho consciência de que se eu não trabalhar bem o hoje, não chegarei às Olimpíadas do Rio. Acredito que com um passo de cada vez eu vou estar lá.

Você é muito jovem e está evoluindo rapidamente. Mas como foi o início da carreira? Até chegar às etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia foram muitas as dificuldades encontradas pelo caminho?
Sim, foram muitas dificuldades. Quando eu tinha 16 anos, deixei de morar com meus pais e fui para São Paulo jogar vôlei (pelo Banespa). Fiquei três anos lá. Foi difícil, mas não me arrependo.

Desde o final da temporada passada, você fechou parceria com um atleta bem mais rodado e experiente, que é o Harley. E em quatro etapas disputadas, vocês conquistaram dois pódios (os seus dois primeiros em Circuito Banco do Brasil). Como está sendo a experiência de formar essa dupla?
Para mim está sendo bom demais: arranco tudo de bom que o Harley tem. Ele sempre me dá vários toques e eu procuro escutar bastante. Essa dupla ficou boa porque juntou a experiência dele com a minha juventude e, por isso, tem tudo para dar certo.

Em Recife, vocês fizeram uma ótima apresentação, venceram duplas fortes, como Ricardo e Pedro Cunha, e garantiram o título de forma incontestável. Qual foi a emoção de chegar ao primeiro título de Circuito Banco do Brasil?
A emoção foi a melhor do mundo. Eu, com apenas 21 anos, ganhar uma etapa e uma semifinal do Ricardo e Pedro Cunha? Foi muito bom! Agora que senti o gostinho de subir no lugar mais alto do pódio não pretendo sair de lá. Eu, Harley e a toda a nossa comissão técnica estamos trabalhando para isso.

Em virtude das Olimpíadas, algumas duplas podem acabar desviando um pouco o foco das etapas brasileiras. E nessa brecha, pode aparecer um espaço para outras parcerias correrem atrás dos títulos, como é o seu caso e o de Harley. Você acredita nisso?
Sem dúvida, acreditamos e vamos lutar dentro desse espaço. A meta desse ano é fazer uma temporada muito produtiva para gente, já que não temos chance de ir para as Olimpíadas.

Saque curto


Nome: Evandro Goncalves de Oliveira Junior  
Cidade: Rio de Janeiro
Nascimento: 17/07/1990   
Peso e altura: 100 kg  e 2,10m
Apelido: Negão e Gigante
Uma música: A amizade (Fundo de quintal) e pagode em geral.
Um filme:
Velozos e Furiosos.
Mania:
dormir
Comida preferida: camarão
Time de futebol: Flamengo
Ídolo: Michael Jordan
Um sonho: ser campeão olímpico
O que gosta de fazer nas horas vagas: ficar com a família e amigos.
Hobbie: Ouvir música alta em casa ou no carro

A terceira etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia acontece a partir dessa sexta-feira, 23, em João Pessoa.

PS: Nesse mês de março o Primeiro Set completa dois anos de existência. No dia 31 serão sorteados três exemplares do livro Transformando suor em ouro, do técnico Bernardinho. Clique aqui  e saiba como participar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Taiana terá um ano muito importante pela frente. Foto: FIVB
A partir de amanhã, dia 3, a temporada efetivamente começa para as principais duplas de vôlei de praia do país, que disputarão a etapa de abertura do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Salvador.

Para marcar o início dessa temporada tão importante para a modalidade, a entrevistada da vez é uma jogadora que terá grandes desafios pela frente: além da disputa do circuito nacional e mundial, esse ano ela participará pela primeira vez uma edição do Rainha da Praia.

Além disso, nessa semana, após esse bate-papo com o blog, ela recebeu a feliz notícia que é uma das doze pré-convocadas para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres (Entenda o novo critério de convocação do vôlei de praia). A cearense Taiana Lima, atual parceira da paraense Vivian, conta como está a expectativa para essa temporada tão importante em sua carreira. Confira:

Ano passado você, Vivian e muitos outros atletas encontraram dificuldades quanto à questão de patrocínio. E no final da temporada vocês duas fecharam contrato com a Cenoura e Bronze. Como é começar esse ano tão importante contanto com esse apoio?
É sempre importante ter um apoio desse porte, porque pode nos proporcionar ter uma boa estrutura com uma equipe multidisciplinar. Depois de fechado o patrocínio, passamos a contar com uma comissão técnica formada por técnico, dois auxiliares, preparador físico e quiropraxista (responsável pelo tratamento e prevenção das desordens do sistema neuro-músculo-esquelético), além do acompanhamento nutricional e psicológico.

No projeto da Cenoura e Bronze, vocês têm a ex-jogadora, e também sua ex-parceira, Virna como madrinha do projeto. Como é contar com um incentivo desses?
A Virna para mim sempre foi um exemplo por toda sua garra e vontade de vencer. Quando fui jogar com ela tive a oportunidade de aprender e evoluir muito como jogadora. Agora ela está nos bastidores e foi através dela que conseguimos o patrocínio. Para mim, é muito importante ter o apoio e confiança de uma pessoa como ela que, na minha opinião, sempre será um referencial no meio esportivo.

Muitos atletas reclamam da falta de apoio na modalidade praia. Com você foi diferente ou também já passou alguma dificuldade para se manter nesse esporte?
Infelizmente, essa é uma realidade que enfrentamos. Eu passei alguns anos sem patrocínio e tinha meus pais como principais incentivadores, a federação cearense, através do presidente Jose Virgílio, que também me ajudou muito, além de toda força de vontade para evoluir e melhorar. Graças a Deus, hoje tenho a oportunidade de ter um bom patrocinador.

O início de 2011 foi muito bom para vocês: das três primeiras etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, vocês chegaram em duas finais. Como está a preparação para essa nova temporada? Os objetivos são os mesmos?
O objetivo é de conquistar cada vez mais espaço, conquistando títulos e melhorando a posição no ranking do Circuito Mundial e por fim, buscar a vaga olímpica. Acho que pensando de degrau em degrau é possível atingir o topo.

E quanto a Londres: no ranquiamento nacional de duplas, você e Vivian aparecem na 3ª colocação. Na frente de vocês, se encontram Juliana e Larissa e Talita e Maria Elisa. No entanto, a critério de classificação mudou e as atletas serão escolhidas por meio de convocação. Como está a cabeça de vocês? (Pergunta feita antes da divulgação da pré-convocação)
A princípio, estamos focadas no Circuito Brasileiro nesse início de ano. Na sequência estaremos brigando firme para melhorarmos nossa posição no ranking mundial. Acredito que a vaga para Londres é conseqüência de um trabalho bem feito. Quanto ao critério, acho que o Brasil vai ser bem representando de qualquer maneira.

Ano passado, no evento teste para as Olimpíadas, você e Vivian terminaram em 3º, sendo derrotadas por Ângela e Lili nas semifinais. Por mais que vocês estejam acostumadas a eventos internacionais, participar de um teste para os Jogos Olímpicos não é algo muito comum na vida de um atleta. Como foi participar desse evento?
Foi um evento onde tivemos a oportunidade de saber como será a organização dos Jogos. Lá serão mais dias de competição, o que já é um diferença considerável, já que nos outros campeonatos jogamos, no mínimo, duas vezes por dia. (Nas Olimpíadas cada dupla faz apenas um jogo a cada dia). Nesse evento teste notamos que o planejamento diário faz diferença, além de observarmos que também é fundamental manter o foco e a mente tranquila. No fim, tudo isso faz muita diferença.

Ainda sobre Olimpíadas, quais duplas você acredita que serão as principais concorrentes das brasileiras? Muitos dizem que Walsh e May "já não são mais a mesma dupla de antes" e que as brasileiras são favoritas ao ouro. Você concorda?
Acho que o Brasil tem grandes chances, mas nunca podemos esquecer que as americanas são bem experientes no que diz  respeito a esse tipo de evento. Afinal de contas, estamos falando das bicampeãs olímpicas. Fora que além delas existem outros times de muita qualidade, que vem crescendo muito nesses últimos anos, como as chinesas Zang Xi/ Xue. De qualquer maneira, sou mais Brasil.

Daqui a pouco mais de 15 dias, acontece mais uma edição do Rainha da Praia. E você, pela primeira vez, estará entre as oito atletas participantes. Como está a expectativa?
Espero me divertir bastante e aproveitar todos os momentos, já que por ser um torneio diferente, não existe muita cobrança. Mas, claro que vou querer conquistar essa coroa. Acho que quem conseguir se adaptar melhor às trocas de parceiras terá mais chances de brigar pelo título.

Saque curto

Nome completo: Taiana de Souza Lima
Data de nascimento: 27/05/84
Peso e altura: 1,75m e 66kg
Cidade onde treina: Rio de Janeiro
O que gosta de fazer nas horas vagas: Ir ao cinema e ficar em casa curtindo o maridão.
Ídolo: Ayrton Senna
Filme: Adoro filmes! O filme “Um Sonho possível” tem uma bela história.
Comida preferida: Adoro massas, mas nesse momento estou preferindo um bom prato de feijão, arroz, carne, salada e um delicioso suco de cajá para acompanhar.
Mania: Sempre que vou em direção ao saque, coloco o pé direito na frente antes de pegar a bola.
O lugar mais bonito que já jogou: Muitos, mas, por toda sua história, destacaria Roma.
Qualidade: Persistência
Defeito: Impaciência
Sonho: Disputar uma Olimpíada.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011


Ter um patrocinador que ofereça todo apoio para que se possa ter uma boa estrutura em treinamentos, alimentação, comissão técnica, viagens, etc. Esse é o sonho de consumo de todo atleta brasileiro. E, infelizmente, muitos não contam com essa ajuda que é fundamental para se chegar aos bons resultados. Seguindo na linha de pensamento do blog, que busca divulgar o vôlei brasileiro pelas várias esferas que o compõem, a entrevista da vez é com a empresa Radix Engenharia que, desde o início de 2011, patrocina a dupla Talita e Maria Elisa.

A Radix chegou ao mercado em abril de 2010, criada pelos fundadores e principais gestores da Chemtech,  empresa que também já patrocinou a dupla de vôlei de praia. Como resultado do bom trabalho oferecido, recentemente a Radix chegou a duas notáveis premiações: foi considerada a melhor empresa para se trabalhar no Rio de Janeiro e a melhor empresa para se trabalhar no Brasil. Luciano Galvão, coordenador de eventos e bem-estar da empresa, conta como é oferecido esse apoio a dupla e quais os retornos para a marca. Confira!

Dupla é apoiada por um bom grupo de "radixianos". Foto: Radix
O que faz a Radix, uma empresa de engenharia, apostar no esporte como difusor da sua marca?
A Radix não é uma empresa de varejo, que tenha alguma intenção de alavancar a sua marca através da exposição pelo esporte. Mas, temos alguns princípios na empresa que são comuns ao esporte. Por isso, acreditamos que ao patrocinar esses projetos estamos, por exemplo, incentivando um estilo de vida mais saudável, inclusive junto aos nossos funcionários.
 Além disso, divulgamos internamente sobre os nossos patrocinados. Criamos uma cultura do esporte e a favor da qualidade de vida. Os funcionários se sentem orgulhosos, pois têm acesso aos atletas patrocinados – promovemos encontros, organizamos torcida etc -, ficam satisfeitos de saberem que a empresa onde trabalham apoia o esporte nacional e valorizamos esse estilo de vida.
Externamente, sabemos que o esporte é uma boa ferramenta de divulgação de nossa marca, ainda mais que somos uma empresa nova, e que agregamos valores à Radix ao nos associarmos a um ambiente competitivo, saudável e que eleva o nome do nosso país.

E por que apostar no vôlei de praia e na dupla Talita e Maria Elisa?
Procuramos patrocinados que sigam a linha de princípios da empresa. A Talita e Maria Elisa nos foram apresentadas e pudemos verificar que elas possuem características iguais a Radix. São atletas dedicadas, com boa noção da representatividade do Brasil, estão ligadas a um esporte que promove saúde, são educadas e atenciosas, além de vitoriosas.
A opção pelo vôlei de praia é por acreditarmos no esporte e na visibilidade que conseguimos através dele. Tanto em competições nacionais e internacionais, quanto no dia a dia dos treinamentos em um espaço democrático como a praia.

Através do patrocínio, o que é oferecido para a dupla?
Disponibilizamos a equipe a infra-estrutura para que possam rodar os circuitos brasileiro e mundial de vôlei de praia. 

Como está sendo o retorno de marca com este patrocínio?
Excelente! Estamos tendo bom retorno tanto internamente, com nossos funcionários se envolvendo no projeto, como também externamente com a exposição de nossa marca e associação ao esporte. 

Além da dupla, outros eventos de vôlei de praia recebem apoio da Radix?
Somos mantenedores do Instituto Novo Ser, idealizador do  projeto Praia para Todos. Além de promover acessibilidade para deficientes físicos à praia, também disponibilizam diversas modalidades esportivas para esse público, incluindo o vôlei de praia sentado.

Além do vôlei de praia, quais são as modalidades esportivas atualmente patrocinadas pela Radix?
Patrocinamos também maratona aquática, aeromodelismo, barco solar, baajatinga  e  corrida de orientação.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma história emocionante! Dessas que faz a gente perceber o quão apaixonante pode ser o esporte na vida de uma pessoa. Eu a conheci (virtualmente) logo após a entrevista feita com a jogadora Andrezza de Paula, depois que ela entrou em contato pedindo autorização para publicar o post em seu blog lá na Rússia.

Natasha não esconde a paixão pelo Brasil. Foto: Arquivo pessoal
Na entrevista de hoje, você conhece uma super fã do voleibol brasileiro. Ela é russa, se chama Natasha Chernova, mora em Moscou, nunca veio ao Brasil, mas carrega nosso país no coração.

A paixão é tão grande que Natasha driblou até a complicada língua portuguesa só para conseguir se aproximar dos atletas brasileiros nas etapas. E, nessa semana, ela vai poder colocar em prática todo o português aprendido, já que viajará de Moscou até Aland, na Finlândia, para ver os brasileiros em ação em mais uma etapa do Circuito Mundial.

Uma história muito interessante, que vale a pena ser conferida:

 “Sempre amei o esporte”, foi a primeira frase do e-mail dela. Demonstrando um ótimo domínio do português, com apenas alguns pequenos tropeços na concordância verbal, Natasha foi buscar lá no passado a explicação pelo amor ao esporte. “Nasci numa pequena cidade no Sul da Rússia, que se chama Kharabali. Na escola, comecei a jogar vôlei e basquete, quando tinha 10 anos. Claro que não jogava profissionalmente, mas eu tinha o espírito lutador e para mim cada competição era um desafio.

Depois do término da escola, comecei a estudar na Universidade em Moscou. Infelizmente, na faculdade não tinha estudos do esporte para moças e acabei abandonando o vôlei e o basquete. Mas, mesmo tendo que abrir mão das duas modalidades praticadas, a essência do esporte ficou em minhas veias. Para mim era muito importante ganhar cada jogo e conquistar primeiros lugares para a minha escola. Por conta disso, passei a entender o que significa a vitória e que significa a derrota. Posso dizer que sei o que sente o esportista”.

Até então, o único contato de Natasha com o voleibol era na escola. Somente depois de entrar na faculdade que ela foi pela primeira vez numa partida oficial da Superliga Russa. Ela gostou do que viu, fez novas amizades pela internet e passou a torcer pela equipe do Lokomotiv-Belogorie, inclusive acompanhando o time em algumas viagens pela Rússia. Mas, a admiração pela equipe russa não seria tão forte como o que viria mais tarde. 

Natasha e os ídolos Harley e Benjamin. Foto: Arquivo pessoal
 “Um dia minha amiga, torcedora do Lokomotiv, de Sao Petersburgo, me chamou para ir numa etapa do vôlei de praia. Isso aconteceu em 2005. Até 2005, eu nunca tinha assistido uma partida da modalidade pessoalmente. E eu pensei: por que não?!

Comprei a passagem do trem e cheguei no sábado em São Petersburgo. Foram dois dias que mudaram a minha vida. Os primeiros jogos que eu assisti foram dos brasileiros Tande e Franco, Benjamin e Harley, Márcio e Fábio Luiz e Ricardo e Emanuel. E pensei: Natasha, como você viveu até aqui sem o vôlei de praia brasileiro!?? Eu me apaixonei pelo vôlei de praia graças aos jogadores brasileiros Benjamim e Harley.

Aqui na Rússia as pessoas que amam e conhecem a arte do teatro dizem que o espetáculo é maravilhoso porque artistas vivem na cena. E, naquela etapa, eles, literalmente, viveram em quadra (Nessa etapa, o pódio foi todo brasileiro com Ricardo/Emanuel, Márcio/Fábio Luiz, Tande/Franco. Benjamin e Harley terminaram em 4º).

Mesmo fã assumida desses dois últimos jogadores, ela diz ter uma admiração especial por todos os outros atletas brasileiros. “Claro que eu tenho respeito para vários jogadores do Brasil. O Brasil tem grande história do vôlei de praia. Gosto muito do Franco, aqui na Rússia nós torcedores gostamos muito dele. Assim como amamos a Shelda e estamos com saudades daqueles tempos que ela ainda jogava.

Sempre assisto também os jogos de Juliana e Larissa e acredito que essa dupla será campeã em Londres na próxima Olimpíada. Mas o meu primeiro amor no vôlei de praia foi Benjamim e Harley. Para mim não tem importância ao lado de quem eles estão jogando. Sou torcedora fiel de ambos”.

De acordo com ela, as etapas de vôlei de praia são a válvula de escape para eliminar o stress do dia a dia. “Agradeço o meu Deus por cada possibilidade que Ele me dá para viajar para lugares maravilhosos do mundo onde passam as etapas do Circuito Mundial. Para mim, o vôlei de praia é o meu melhor descanso: a minha cabeça se desliga completamente. É o segundo ano que visito Praga e Aland, cidades que recebem as etapas do mundial. Espero poder viajar no próximo ano também para outros países, como Suiça e Itália.

A paixão é grande também no indoor. Foto: Arquivo pessoal
Perguntada sobre a dificuldade de conversar com os brasileiros, Natasha disse como foi aprender o português e como passou a ser a sua relação com a cultura brasileira. “A primeira coisa que despertou meu interesse pelo idioma foi, indiscutivelmente, a possibilidade de contato com os jogadores brasileiros.

Mas, depois apareceram outras coisas: história, música, livros. Assisto os documentários brasileiros, acompanho as notícias, compro livros para entender mais sobre o país e o povo brasileiro. Nesse ano, estive pela segunda vez no festival de cinema do Brasil em Moscou. Às vezes, parece até que sou brasileira. Brinco que agora não tenho mais somente a bandeira russa, mas a brasileira também. Risos”

E as notícias do vôlei  verde-amarelo também fazem parte da busca de Natasha. “Acesso sempre o site da CBV, o da Globo.com e o Primeiro Set. Eu e as minhas amigas criamos um blog e traduzimos as notícias brasileiras para os torcedores russos. Eu traduzo as notícias do vôlei de praia do Brasil, conto sobre Circuito Banco do Brasil, escrevo sobre atletas, etc. Já minhas amigas escrevem sobre o vôlei de praia de outros países.

Mas, tamanha paixão não foi rapidamente compreendida pelos amigos. “No início, eles não entendiam bem, mas agora passaram a aceitar esta parte de mim. Porque eles veem que eu estou feliz gracas ao vôlei de praia do Brasil.”

O único problema é quando acontece algum confronto direto entre Brasil e Rússia. Nesse caso, Natasha se diz muito dividida. “No vôlei de praia sempre torço pelo Benjamim e Harley, isso é certo. Já na Liga Mundial, por exemplo, neste ano torci pela equipe que apresentasse o melhor voleibol, brinca. Para mim é complicado. Sou russa, mas a metade do meu coração pertence ao Brasil.”

Perguntada sobre um grande sonho que queira realizar, a torcedora finalizou enfática. “Sonho conhecer o Brasil. Acredito que isso aconteca logo e seguramente vou ver Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia!”

O Primeiro Set está na disputa do Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, sorteio de dois livros "Brasil, o país do vôlei" para seguidores no Twitter e na FanPage (um livro para cada rede social). Vote, siga e concorra!  Clique aqui e registre o seu voto!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na quarta-feira, o Primeiro Set trouxe uma entrevista com Vini, que defenderá a seleção masculina de vôlei a partir do próximo domingo nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro. E hoje, a apenas um dia da abertura oficial da competição, o blog traz um bate-papo com uma atleta que representará o vôlei brasileiro na praia. Disputando o Grand Slam de Moscou até a tarde de hoje, ela terá pouco tempo para pegar um vôo e chegar ao país, já que no próximo domingo faz sua estreia nos Jogos. Hoje você vai saber como está a expectativa da jogadora Ângela Vieira, que vem disputando o Circuito Mundial 2011 ao lado da capixaba Lili, mas que, no Rio de Janeiro, defenderá o país ao lado da carioca Val. Confira:

Ângela e Val será a dupla brasileira feminina nos Jogos. Foto: FIVB
Essa será a estreia do vôlei de praia em Jogos Mundiais Militares. O que você espera dessa edição de exibição?
É um presente para o Brasil, país que tem o maior e melhor campeonato nacional de vôlei de praia do mundo. Estou jogando com a Lili o Circuito Mundial e vamos jogar juntas também no Brasileiro. Mas, eu joguei o ano passado inteiro com a Val e já nos conhecemos bem.  Minha expectativa é a melhor possível, pois acredito que temos condições de conquistar esse título e para isso vamos nos empenhar totalmente.

E qual é a sensação de defender o Brasil em uma estreia da modalidade nos Jogos?
Eu me sinto abençoada, por ser uma atleta representante do Brasil que tanto amo e ainda poder defender o meu país em casa.

Como surgiu a oportunidade de competir pelo Exército brasileiro? Conte um pouco sobre a sua entrada nas Forças Armadas.

Através de um edital do Exército brasileiro para atletas profissionais em diversas modalidades. Entrei em contato buscando saber sobre as informações e exigências. Daí, providenciei todas as documentações necessárias, exames, etc e depois vieram diversos testes. Muitas se escreveram e, depois de varias avaliações, foram selecionadas duas atletas no feminino: eu e a Val. Depois tivemos vários treinamentos e aqui estamos com muito orgulho, representantes nosso país.

Como é a sua rotina no Exército? Você aprendeu também coisas que oficiais “normais” aprendem, como marchar, prestar continência, atirar
?
Sim, nós aprendemos tudo isso. No início fiquei tímida, por se tratar de coisas novas. Mas logo percebi que a vida no Exército é bem semelhante a de um atleta profissional: é necessário disciplina e estamos sempre em busca de aprimorar nossas habilidades.

Dntre os ensinamentos aprendidos, qual foi o que você mais achou interessante?
O tiro. Fiquei com receio no primeiro, mas depois do segundo eu queria praticar mais para melhorar minha pontaria.

Jogadoras que disputam o Circuito Mundial também deverão estar competindo no Rio, não é? Quais delas você vê como adversárias mais fortes?
A tabela já esta pronta e algumas atletas do Circuito Mundial vão fazer como eu: depois de Grand Slam Moscow vão direto para o Rio de Janeiro. Nossas principais adversárias serão Itália e Estados Unidos.

Mãe, esposa, jogadora e sargenta do Exército. Como é conciliar tanta coisa ao mesmo tempo? 
Tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23) ! É assim que eu creio: quando temos o apoio da família e fazemos o nosso melhor na profissão que amamos as coisas acontecem naturalmente. Meu filho tem 10 anos, é difícil ficar longe dele. Mas, graças a Deus, eu tenho uma família que me dá todo suporte e há também a internet que nos aproxima mesmo estando em continentes diferentes.

Voltando a falar de Circuito Mundial. Por conta da desistência da Luana de participar do Tour 2011, devido à perda de patrocínio, você passou a jogar com a Lili. Como está sendo essa parceria? Quais os objetivos de vocês?

No meu projeto profissional a minha maior meta são as Olimpíadas de Londres em 2012. E eu já estava preparada desde o ano passado para competir no Circuito Mundial em busca de pontuação para alcançar essa meta. Joguei com a Raquel Pelluci, Priscila Lima, e por acaso, eu a Lili conversamos e vimos que nossos objetivos eram bem semelhantes. Por isso, decidimos unir forças e aqui estamos. Estamos crescendo como dupla e estamos confiantes para as próximas competições.

Ainda sobre essa parceria com a Lili, como está a questão do patrocínio? Conseguiram algum incentivo ou estão tendo que arcar com os custos sozinhas?

Ainda estamos sem patrocínio, mas estamos batalhando. Eu consegui o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal com custeio das passagens aéreas, mas o restante das despesas estão sendo pagas do meu bolso. A Lili está pagando tudo do próprio bolso. É complicado, mas até aqui, o Senhor tem nos ajudado.


Saque curto

Nome: Ângela Cristina Rebouças Lavalle Vieira
Idade: 30 anos
Nascimento: 24/04/81
Cidade: Brasília (DF)
Peso: 68kg
Altura: 1,76m
Hobbie: glorificar a Deus com cânticos
Mania: mascar chiclete
Um livro: Uma vida com propósitos. Rick Warren
Comida preferida: arroz, feijão, carne e salada...a melhor comida do mundo
Ídolo: Jesus Cristo
Um filme: O peregrino
Uma música: Dependo de ti. De Paulo Cesar Baruk
Sonho: proclamar o evangelho onde eu estiver
Uma frase: Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece! Felipenses 4:13

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ele foi um dos grandes destaques da última edição da Superliga Masculina de Vôlei. Na grande decisão da competição, recebeu o troféu de melhor jogador da partida, desbancando até mesmo o companheiro de equipe, e melhor jogador do mundo, Murilo. Agora, o campeão brasileiro tem um novo desafio pela frente: representar o Brasil nos Jogos Mundiais Militares, que começam  no próximo sábado, dia 16. E o Primeiro Set bateu um papo com o central Vini, que disse estar muito feliz e realizado em defender o país nos Jogos do Rio de Janeiro. Integrado ao Exército desde 2009, quando foi um dos atletas escolhidos através abertura de edital, o Sargento Vinícius conta uma pouco sobre a expectativa de participar dessa importante competição. Confira:

Vini e Anderson jogarão juntos pela seleção. Foto: Vini
Falta pouco para o início dos Jogos Mundiais Militares. Como estão os preparativos finais da seleção para a estreia?
Bom, a preparação está sendo a melhor possível. Estamos acertando alguns detalhes para que corra tudo certo. Na semana passada fizemos um amistoso contra Volta Redonda e nessa semana estamos fazendo mais dois amistosos contra a Seleção B. Então, estaremos bem preparados para o Mundial, que já começa no dia 16.

Em meados de junho, a seleção militar conquistou o título da Copa Pan-americana, no Canadá. Qual foi a sensação dessa conquista?
Defender a nossa pátria foi uma sensação única, especialmente para mim.  Até porque eu ainda não tinha conquistado nenhum título pelo Brasil e graças a Seleção Militar isso foi possível.

Na Copa Pan-americana vocês foram campeões invictos e derrotaram os Estados Unidos de forma convincente: 3 sets a 1. Qual seleção você vê como a principal adversária para o Brasil nos Jogos ?
Nos Jogos Militares, serão duas seleções que nos darão trabalho: China e Irã. Eles estão com a responsabilidade, até porque a seleção militar ainda não possui esse título. Mas, estaremos jogando em casa, com a torcida toda a favor. E entraremos com tudo no Maracanãzinho!

Como é a rotina de um jogador de vôlei no exército?
Aqui na Esefex-Urca temos uma rotina normal de um militar atleta, primeiro respeitando os valores do nosso Exército e depois treinando normalmente como nos clubes mesmo. Para saber sobre esses valores, fizemos o estágio básico para sargentos, onde aprendemos na teoria e prática os ensinamentos militares.

E pela Superliga, qual a sua expectativa para a próxima temporada, agora jogando pelo novo clube, o Vôlei Futuro?
As expectativas são as melhores possíveis. Estamos com um time forte e completo, além de uma estrutura excelente para desenvolver nosso trabalho em quadra. Não vejo a hora de começar a treinar pelo Vôlei Futuro. Acredito demais nesse projeto e vamos entrar pra buscar o melhor em todas as competições!

2011 tem sido um ano muito bom para você: campeão da Superliga, disputa dos Jogos Militares, nascimento do seu primeiro filho. O que mais falta para o seu ano ficar completo?
Melhorando meus resultados já está excelente. E que minha filha venha ao mundo com muita saúde!

Foto: Vôlei na Rede
Saque Curto:

Nome completo: Vinícius Mendes De Siqueira
Idade: 28 anos
Altura: 1,96
Peso: 90kg
Hobbie: internet e vídeo game
Um livro: Nelson Mandela
Um filme: 300 de Esparta
Uma música: Te Agradeço( Kleber Lucas)
Um torneio: Superliga
Um lugar: Minha Casa
Time de futebol: São Paulo
Comida preferida: Churrasco e Japonesa
Ídolo: Senna e Gustavo Endres
Sonho: Ser um excelente técnico


Ainda antes do início dos Jogos Militares terá um novo bate-papo com outro destaque brasileiro na competição. Aguarde!
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