quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Gustavo é a principal referência no grupo do técnico Paulão.
Ídolo da seleção, capitão da equipe campeã olímpica em Atenas 2004, prata em Pequim 2008, seis vezes campeão da Liga Mundial, duas vezes campeão italiano e tantos outros títulos no currículo. Mas, segundo ele próprio, ainda falta uma conquista para que a sua história no vôlei fique completa: o título da Superliga Masculina de Vôlei.

E jogando pela primeira vez em uma equipe de seu estado, o meio de rede Gustavo Endres não esconde o desejo de contribuir para uma boa temporada do Canoas Vôlei, campeão da Superliga B em 2011. Mesmo com humildade e pés do chão ao afirmar em outras entrevistas que vitórias contra equipes como Sada/Cruzeiro, Sesi-SP e Vivo/Minas não são prometidas a nenhum patrocinador, a principal referência do grupo mostra que o projeto é sólido e que pode surpreender nessa primeira participação na Superliga. Confira o bate-papo:

Você foi contratado como jogador, mas vem fazendo também o papel de “cartola” do Canoas. Você sempre foi um líder dentro de quadra e agora começa a fazer o mesmo fora delas. Como está sendo essa nova experiência? Quais as principais tarefas que você tem executado nessa nova função?
Não é bem uma tarefa de cartola.Venho acompanhando o Paulão e o Fábio Senna (gerente geral) nas reuniões que envolvem a busca por patrocinadores e outros detalhes que envolvam o clube. Mas a minha função segue dentro de quadra, ainda assim observando o que cerca o mundo do voleibol fora das quadras. A intenção é que isso vá me dando um base para quando encerrar a carreira.

Um time estreante em Superliga, sem investimentos milionários, mas com nomes como Minuzzi, Rafinha, você e Paulão. Ou seja, um time modesto, mas, se comparado a outras equipes, com peças importantes no elenco. Quais as pretensões do Canoas nesta primeira Superliga?
Montamos um grupo baseados na confiança em cima de um projeto encabeçado pelo Paulão. Tem sido muito bom o retorno da cidade, dos torcedores e patrocinadores. Nosso objetivo traçado é chegar aos playoffs, apostando em jogadores experientes e, principalmente, identificados com o estado, já que o Canoas é o único representante gaúcho na Superliga.

Em algumas entrevistas passadas, você disse que a equipe ainda estava buscando patrocinadores. Quais é a realidade financeira de vocês hoje? Quais as empresas que patrocinam o Canoas?
O mais importante é como se dá essa relação, de parceria mútua entre as partes. Móveis Kappesberg é o principal aporte, até por isso estará no nome da equipe. A estrutura toda é oferecida pelo Unilasalle e pela Prefeitura de Canoas. Ainda temos Fátima Saúde, Hospital Mãe de Deus, Claro, Asics, Armazém da Vida e Canoas Parque Hotel.

No fim da temporada passada, você comentou na sua página no Facebook que buscaria uma equipe para disputar essa Superliga 2012/13 e se não conseguisse talvez pensaria em encerrar a carreira. Esse pensamento ainda passa pela sua cabeça? Essa pode ser a sua últimaSuperliga?
Com 37 anos ainda me sinto bem, treinando e jogando. Vou dar meu máximo nessa Superliga, pois é um desafio novo na carreira, já que nunca havia jogado por um clube gaúcho e ainda não ganhei um Superliga. Encerrada a temporada, faço uma avaliação de tudo. Se ainda sentir que tenho algo de bom a oferecer dentro de quadra, sigo. Se não, trilharei um novo caminho, certamente dentro do vôlei.

Para você, quais equipes são as favoritas nessa temporada de Superliga? Se tivesse que apostar numa decisão para o dia 14 de abril de 2013, em quais equipes apostaria?
No papel, temos três grandes equipes que acredito que vão brigar pelo título, que são RJX, Sesi e  Cruzeiro. Acredito que o campeão sai dessas três. Mas minha final não é uma aposta, é um sonho. Por não vermos Canoas x Sesi na final? Imaginem só, irmãos Endres decidindo a Superliga!

Olímpiada Rio 2016: recentemente a CBV anunciou a permanência do Bernardinho à frente da seleção. E quanto aos jogadores: você acredita que boa parte do grupo está montada ou alguns outros nomes podem surgir nesse próximo ciclo olímpico?
Com certeza vão surgir novos nomes. É só pegarmos o exemplo dessa última Olimpíada, onde já tínhamos uma base de equipe e o Lucarelli, recém surgindo muito bem na equipe do Minas, beliscou uma vaga entre os 12. São 4 anos à nossa frente para projetar o surgimento de novos talentos.

Saque curto


Programa de TV preferido: esportivos
O que gosta de fazer nas horas vagas:  quando estou sozinho, redes sociais em geral. Se estou em família, só dar atenção para os filhos e à esposa
Livro: Mentes Brilhantes, o que estou lendo
Filme: Abraham Lincoln
Comida preferida: o que a minha mulher fizer
Uma música: True Love (Pink)
Uma brincadeira de criança: jogar taco
A melhor cidade que já competiu: Treviso (ITA)
Time de futebol: Internacional
Um sonho: Já conquistei muitos dos meus sonhos. Falta um ainda: ser campeão da Superliga pelo Canoas.
  
Fotos: Divulgação
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