domingo, 10 de julho de 2011

Se pelo indoor, o vôlei brasileiro masculino não viveu o seu melhor final de semana, no de praia o momento é um dos melhores. Mais uma vez, Juliana e Larissa e Alison e Emanuel trataram de colocar a bandeira brasileira no lugar mais alto do pódio. E com louvor!

Brasileiras recuperam liderança do ranking mundial. Foto: FIVB
Na final de ontem, jogando contra as chinesas Xi e Xue, ouso dizer que Ju e Larissa fizeram a melhor exibição da dupla no ano. Apresentando um ótimo volume de jogo e derrotando Talita e Maria Elisa nas semifinais, a sensação era que as medalhistas de bronze em Pequim iriam dificultar a vida das brasileiras. Mas, jogando com muita confiança e tranquilidade, coisa rara para a dupla, principalmente para Larissa, que costuma discutir e esbravejar o jogo todo, a dupla brasuca venceu e venceu bem. Um 2x0 (21/15 e 21/13) que, além do título, recolocou as brasileiras na ponta do ranking mundial.

Contando com o tropeço de Ross e Kessy, quer terminaram em 9º em Gstaad, ambas as duplas passaram a somar 4160 pontos. Com os quatro ouros conquistados, contra apenas um das americanas, as brasileiras retomam a liderança e, com a exibição de ontem, dão cara que vai ser difícil tirar o hexa da mãos delas.

Talita e Maria Elisa, sempre muito regulares, dessa vez chegaram em 4º. Vivian e Taiana terminaram em 5º e Maria Clara e Carol em 9º.

Novo show de Alison e Emanuel

Se Juliana e Larissa brilharam ontem, hoje seria dia de Alison e Emanuel confirmarem a excelente fase no Circuito Mundial.

Demorou bastante, mas parece que a dupla aprendeu muito bem o caminho da vitória. Pela quarta vez, em cinco etapas, o título fica com eles. Dessa vez, quem diria, sobrou para Rogers e Daulhauser, que até a final de Praga, figuravam como os imbatíveis na temporada.

De lá para cá, Alison e Emanuel venceram a primeira competição internacional juntos e passaram a ser a bola da vez no Circuito. E na final de hoje, um fato talvez ilustre bem o ótimo momento vivido pela dupla: em meados do 2º set, numa boa vantagem dos brasileiros, acho que 9x6, era visível ver como os americanos estavam perdidos em quadra. Impressioante e muito bom ao mesmo tempo ver que, a pouco mais de um ano dos Jogos Olímpicos, a dupla se encontrou de tal forma que ninguém está conseguindo batê-los.

Além deles, Márcio e Ricardo terminaram em 5º. Já Benjamin e Bruno Schimtd e Ferramenta e Pedro Solberg terminaram em 9º.

Troca-troca sem fim de parcerias masculinas

Só que nem tudo são flores no masculino: pegando a todos de surpresa, um novo troca-troca de duplas foi anunciado na última quinta-feira: Pedro Solberg preferiu não esperar a recuperação do xará Pedro Cunha e anunciou que passará a jogar com Ricardo, que por sua vez, deixará de fazer dupla com Márcio.

E isso, assim como no início de 2010, traz uma nova mudança geral nas parcerias: Pedro Cunha fica, por enquanto, sem parceiro, e Márcio, que estava garantindo, junto com Ricardo, a segunda vaga para Londres, passará a jogar com Benjamin, conforme anunciou Harley pelo Twitter.

Bruno Schimtd deverá voltar a jogar com Billy, repetindo a parceria de 2009.

Os únicos que ainda mantém a parceria são Alison e Emanuel e Thiago e Harley. Porém, não será nenhuma novidade se essa segunda dupla, que está mal colocada no ranking, vier a se separar também.

Vale lembrar que Thiago e Pedro Cunha foram campeões brasileiros em 2010. E o mesmo Pedro Cunha, mesmo sendo defensor assim como Harley, já foi campeão ao lado do brasiliense na etapa de João Pessoa em 2008. Ou seja, novas parcerias envolvendo esses nomes não podem ser descartadas.

Só que o assunto é complexo e amanhã eu devo voltar comentando mais sobre isso.

O Circuito Mundial segue para a Rússia, onde amanhã começa o country cota feminino.

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domingo, 3 de julho de 2011

Primeiro título mundial da parceria. Foto: FIVB
Por mais de um ano, o Brasil ficou sem título no Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Mas, após o primeiro título de Alison e Emanuel no Tour, na etapa de Praga, em maio, parece que as coisas enfim se acertaram. Por quatro etapas consecutivas, a bandeira brasileira tem ocupado o lugar mais alto do pódio.

E mais uma vez com fim de jejum para uma dupla brasileira. Após fazerem um ótimo início de Circuito Brasileiro na temporada, Márcio e Ricardo conseguem também sair do quase. Os parceiros, que tinham disputado a primeira final internacional da dupla na Copa do Mundo da Itália, enfim puderam comemorar um título de Mundial.

Com tropeços de Alison/Emanuel, Rogers/Daulhauser e eliminando Brink/Reckermann nas semifinais, o caminho ficou aberto para a conquista inédita. Se após a primeira conquista, Alison e Emanuel cresceram muito de produção, o ouro de Márcio e Ricardo pode indicar um caminho bem parecido nessa segunda metade de Tour.

Além do 1º lugar de Márcio e Ricardo, o Brasil ficou em 5º com Alison/Emanuel, 17º com Benjamin/Bruno Schimtd e 25º com Ferramenta/Pedro Solberg.

Medalha inédita para Juliana e Larissa

Se Márcio e Ricardo saem da Noruega comemorando o ouro inédito, o bronze, também inédito na temporada da Ju e Larissa, que foi ouro todas as vezes que chegou às semifinais em 2011, não é lá motivo de muita comemoração.

Abrindo mão da etapa polonesa e indo mal no Grand Slam de Pequim, a dupla, mesmo campeã da Copa do Mundo, não conseguiu recuperar a 1ª colocação no ranking, que está nas mãos das americanas Kessy e Ross, campeãs dessas etapa norueguesa. Com os resultados de Stavanger, Ju e Larissa estão a 480 pontos das americanas. Para coquistar o hexa mundial, a dupla terá que fazer um esforço a mais e secar as adversárias nas próximas etapas. Um título da dupla brasileira e um 9º lugar das americanas já equilibra a briga novamente.

Talita e Maria Elisa e Maria Clara e Carol terminaram a etapa em 9º.

Brasileiros e brasileiras seguem para Gstaad, na Suiça, onde as competições femininas começam amanhã.

Curtinhas

Nessa última semana, a CBV anunciou os representantes brasileiros nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, que serão Alison e Emanuel e Juliana e Larissa.

Pelo indoor, a seleção masculina, depois de derrotar duas vezes a Polônia, lá na Polônia, garantiu a classificação para a próxima fase da Liga Mundial. Os brasileiros enfrentarão Cuba, Estados Unidos e Rússia nessa reta final da competição.

Pela Copa Pan-Americana, a seleção feminina garantiu duas vitórias no dois primeiros jogos da competição. Vitórias sobre Costa Rica e Trinidad e Tobago.

E termino fazendo a mesma lembrança de sempre: o Prêmio Top Blog 2011. Dê uma força na votação e concorra ao livro "Brasil, o país do vôlei. Confira os detalhes aqui. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um dia todo especial para jogadores, treinadores, auxiliares, torcedores e todos os demais envolvidos no esporte que virou sinônimo de conquistas nos últimos anos.

Ouro em 92 começava a colocar o vôlei brasileiro no topo.
Seja na quadra ou na praia, no masculino ou no feminino, o voleibol brasileiro dominou o mundo e hoje nossas equipes ou duplas se tornaram referência mundial na modalidade.

Títulos mundiais, olímpicos e muitas alegrias ao torcedor brasileiro. Com o vôlei, o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro em um esporte coletivo em Jogos Olímpicos, em Barcelona 92. Logo depois, em Atlanta 96, Jaqueline/Sandra e Mônica/Adriana protagonizaram a primeira final da mais nova modalidade olímpica: o vôlei de praia. Daquela final, saiu o primeiro ouro de mulheres brasileiras em 100 anos de existência das Olimpíadas.

Depois, ainda em Jogos Olímpicos, vieram as medalhas de ouro de Ricardo e Emanuel, o bi da seleção masculina, as duas pratas de Adriana Behar e Shelda, a conquista inédita da seleção feminina em 2008, dentre tantos outros resultados expressivos.

Se a seleção feminina foi a que mais demorou a conquistar uma medalha olímpica, o atraso pode ser compensado pela aguerrida (literalmente) geração de Marcia Fu, Ana Moser, Fernanda Venturini e Cia que, jogando contra as cubanas, garantiam um título à parte.

Sem falar nos técnicos, que viraram grandes exemplos de comando e liderança no esporte nacional: Bernardinho, José Roberto Guimarães, Reis Castro, Letícia Pessoa, esses dois últimos bem menos badalados, mas que tanto contribuiram e estão contribuindo para o sucesso do esporte nas areias. (Reis há oito anos é técnico de Juliana e Larissa e Letícia, após comandar por nove anos a dupla Adriana e Shelda, hoje treina os campeões mundiais Alison e Emanuel)

Vitórias e glórias são muitas. É impossível listar num único post  todos os jogadores e jogadoras que tão bem defenderam e defendem nosso país.

E hoje eles têm motivos de sobra para comemorar. Maior que a comemoração deles, somente a nossa, já que passamos a ter o vôlei como nosso grande orgulho nacional.

Parabéns a todos os envolvidos nesse esporte tão apaixonante! Feliz Dia Nacional do Vôlei a todos! E que o futuro do voleibol brasileiro seja cada vez mais dourado.

Se você é um dos milhões de apaixonados do esporte no país, explique e compartilhe a sua paixão deixando um comentário abaixo. Diga como, onde e com quem começou essa paixão! (a minha pode ser descoberta através do meu perfil)

Aproveitando a oportunidade, lembro mais uma vez da eleição no Prêmio Top Blog 2011. O Primeiro Set pede o seu voto para ficar entre os 100 melhores blogs de esporte do país. Com tantas conquistas da modalidade, seria bacana o vôlei figurar também entre os melhores na blogosfera brasileira. Para dar a sua força, clique aqui. Após o voto, será necessário confirmar a sua escolha através do e-mail de confirmação que chegará em sua caixa de entrada. Ao fim da votação, sorteio de dois exemplares do livro "Brasil, o país do vôlei."

E viva o vôlei brasileiro!

domingo, 26 de junho de 2011

Em 4 partidas contra EUA, Brasil vence duas e perde duas.
Vitória, derrota, queda de sinal, retorno de jogador. Nos Estados Unidos, a seleção brasileira viveu novas emoções em mais uma semana de Liga Mundial.

E mais uma vez, equilíbrio total entre as duas equipes que fizeram a última final olímpica, em Pequim 2008. Se em Belo Horizonte foi 3 sets a 1 na primeira partida e 3x1 na segunda, em Tulsa foi exatamente a mesma coisa.

Com a vaga praticamente garantida à próxima fase, a seleção alternou bons e maus momentos, que felizmente ainda são permitidos. Óbvio que os americanos, lutando ainda pela classificação, precisavam muito mais do resultado positivo do que os brasileiros, mas a verdade é que o time de Bernardinho ainda precisa se acertar em alguns detalhes para chegar "calibrado" na fase final.

De bom nos jogos contra os americanos foi a melhora no volume de jogo de Giba, que começou sacando muito bem ontem, e o retorno de Dante, que tem tudo para crescer nessa reta final. Leandro Vissoto, lesionado, dará lugar a Wallace. E essa alteração forçada talvez seja muito positiva para a seleção, já que Vissoto não vinha conseguindo fazer partidas convincentes.

Com 24 pontos, o Brasil segue líder do grupo A. Polônia e Estados lutam pela outra vaga. Levando em consideração que os americanos enfrentarão a modesta seleção de Porto Rico, que ainda não venceu nenhuma partida até aqui, e os poloneses os brasileiros, é bem provável que esbarremos com os Estados Unidos na sequência da Liga Mundial novamente. Brasil x Polônia jogam na quarta e quinta-feira, às 15h30min, com transmissão garantida pelos canais Esporte Interativo e SporTV.

E aí sim, os altos e baixos não serão permitidos.

Lembro a todos mais uma vez da eleição no Prêmio Top Blog. Peço a força de todos vocês para tentar colocar o Primeiro Set entre os 100 melhores blogs de esporte do país. Acessem esse link, cliquem em votar e não se esqueçam de validar o voto assim que o e-mail de confirmação cair em suas caixas de entrada. Ao final do Prêmio, caso o objetivo seja atingido, sorteio de dois exemplares do livro "Brasil, o país do vôlei."

Pelo vôlei de praia, depois dos ouros de Juliana/Larissa e Alison/Emanuel na Copa do Mundo de Roma, o Circuito Mundial volta com o Grand Slam de Stavanger, na Noruega. As disputas do Contry-Cota feminino começam amanhã.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Passada a euforia das vitórias, com a adrenalina bem mais controlada, volto novamente a escrever sobre os dois ouros brasileiros conquistados ontem na Copa do Mundo de Vôlei de Praia em Roma.
E por mais que me esforce para não fazer esse tipo de comparação forçada entre vôlei e futebol, sempre acabo encontrando argumentos que me induzem a mudar de ideia e expor meu pensamento crítico em relação à gritante disparidade entre as duas modalidades.

Em 2010, nessa mesma época, a seleção brasileira de futebol disputava a Copa do Mundo da África do Sul. Não éramos os favoritos, mas contávamos com os badalados Robinho, Júlio César, Kaká, Luis Fabiano... Por ser Copa e envolver a grande paixão do torcedor brasileiro, espaço na mídia não faltou: rádio, TV, jornal, internet. Por um mês a imprensa esportiva brasileira viveu disso.

Dinheiro e patrocínio não eram problemas à CBF e aos jogadores da amarelinha. Foram 10 patrocinadores e uma receita em torno de R$ 220 milhões, aproximadamente R$ 18 milhões mensais. Além disso, era jogador virando garoto propaganda aqui, expondo outra marca ali e conseguindo facilmente tirar mais um "por fora".

O patriotismo não faltou: crianças pintavam as ruas, adultos espalhavam bandeirinhas pelo bairro, o comércio fechava as portas, tudo em apoio e reconhecimento aos nossos representantes nacionais.

Mas, tudo por tão pouco. Já manifestando a "morte do futebol brasileiro", como publicou uma revista inglesa na semana passada, os escolhidos de Dunga acabaram por colocar fim aquele pequeno orgulho que ainda restava (pelo menos em mim, que desde 2002 perdi o encanto por aquilo que ainda teimam em chamar de seleção). 

Dessa vez na Itália, mesmo local onde a seleção masculina de vôlei havia sido campeã mundial poucos meses após o fracasso brasileiro na África, uma outra Copa do Mundo acontecia.

Badalação? Sim, em cima de Juliana e Larissa que, após o título de ontem, passarão a carregar toda a pressão do ouro olímpico nas costas, que se não vier vai ser o maior "vexame" de Londres.

Espaço na mídia? Sim, duas TV's cobrindo. Uma fechada e outra aberta, que só é acessível à quem tem antena parabólica em casa. E, por direitos de transmissão, nada de cobertura via internet nesse segundo canal.

Dinheiro? Patrocínio? Isso é luxo para jogadores de vôlei de praia. Para aqueles que ainda os tem é melhor garantir a sequência de bons resultados para não ver o contrato abruptamente rompido. Para os que nenhum apoio recebem é melhor ir encerrando parceria, vendendo carro, fazendo empréstimo em banco, perdendo preparador físico, técnico e afins.

E mesmo assim, numa situação tão conflitante, eis que temos um novo esporte a nos fazer estufar o peito e cantar juntos com muito orgulho o hino nacional. Um esporte, que por um dia (aliás, dois), ganha espaço no Faustão, no Fantástico, no Jornal Nacional, nas primeiras páginas de jornais.

Para os críticos: "Ahhh, que nada. Foi só uma competição como outra qualquer. Quero ver mesmo é nas Olímpiadas."

Mas, para aqueles que não têm a maligna cegueira futebolística, os ouros de Juliana/Larissa e Alison/Emanuel servem para liquidificar novamente aquela lágrima há tempos escondida em nossos olhos e mostrar que de uma vez por todas o vôlei virou sim o nosso orgulho nacional.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Em terras de deuses, deusas, imperadores e mitos, quatro gladiadores brasileiros escreveram hoje uma narrativa mais do que épica para a história do vôlei de praia nacional.

História antiga x história moderna

Ju/Larissa buscavam o ouro há 6 anos.
Há muitos anos, elas incomodavam e incomodavam muito. A brasileiras iam bem, chegavam às finais, mas sempre eram paradas pelas tiranas americanas. Como o torcedor brasileiro e, principalmente, a imprensa nacional só valoriza mesmo o ouro, em qualquer que fosse o embate, por mais que a prata e o bronze eram conquistados, aquele gostinho de derrota sempre pertubava. E quanto mais o desejo de vingança aumentava, mais as americanas incomodavam.

Mas, os tempos mudam e a história muda com eles. Acostumadas a colocar Juliana e Larissa na roda, disseram os deuses que, enfim, Walsh e May teriam que passar a se contentar com o posto de coadjuvantes.

Nessa temporada, a história começou a contar com um novo capítulo em Brasília, passou por Sanya e em Roma seria a chance de virar uma saga.

Como boas combatentes, Walsh e May venderam muito caro a derrota. Se fizeram de mortas no primeiro set, colocaram terror no segundo e mostraram o porquê do bi-campeonato olímpico no terceiro. Se o preparo físico não era o dos mais favoráveis, a calma, a técnica e a frieza fizeram com que a dupla abrisse um desanimador 10x6 no placar. Elas só não poderiam imaginar, porém, que Juliana e Larissa, calejadas de tanto ficar no quase, dariam uma reviravolta verde-amarela na partida histórica.

Depois de duas pratas e um bronze, enfim, as brasileiras conquistaram o título que ainda lhes faltava. Para a coleção ficar completa, resta agora "apenas" o ouro olímpico que - com 1000 pontos conquistados hoje e com a confiança adquirida pós-título de Copa do Mundo - passa a se tornar um objetivo cada vez mais próximo.


Mamute imperador

Ele também não ganhou de primeira. Depois de amargar a prata, jogando ao lado de Harley em Stavanger 2009, hoje foi o dia do "mamute" Alison soltar o grito final da batalha.

Alison/Emanuel são campeões invictos. Foto:FIVB
Gladiando contra Márcio e Ricardo, Alison e Emanuel quase não encontraram dificuldades e o resultado de 2x0 foi reflexo de uma ótima temporada da dupla, que agora acumula três ouros consecutivos e, com os 1000 pontos ganhos, se torna líder do Tour 2011.

O primeiro título de Copa para Alison e o terceiro para Emanuel, que emocionou ao vibrar como se nunca tivesse vencido essa competição.

Aos poucos, o calejado "Manu" (calejado de vencer) vai domando a ansiedade do jovem "mamute" e juntos eles passam a ser a referência brasileira para a conquista do título de lorde em Londres 2012.

Dois ouros, uma prata e um dia muito especial para o vôlei de praia brasileiro.

Se a essa altura estávamos nos decepcionando com a Copa de Mundo de Futebol ano passado, a de Vôlei de Praia serviu para encher de orgulho o torcedor brasileiro.

sábado, 18 de junho de 2011

48 duplas masculinas, 48 femininas, 208 jogos, 7 dias de disputa e agora só resta um capítulo para concluir a história do Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo, de Vôlei de Praia, edição 2011.

E essa história pode terminar com final duplamente feliz para os brasileiros.

Amanhã Juliana e Larissa podem conquistar um dos poucos títulos que ainda não estão na vasta coleção da dupla. Duas vezes prata e uma bronze, no mínimo uma situação já é diferente em Roma. Dessa vez, o favoritismo jogará pelo lado brasileiro.

Com o joelho machucado e com uma má preparação física, May, que ao lado de Walsh, foi favorita em quase tudo o que disputou de praticamente 2004 para cá, amanhã vai ter que se esforçar ao máximo para tirar o título das brasileiras. Além disso, o mau resultado no Grand Slam de Pequim, disputado na semana passada, faz com que Ju e Larissa sintam ainda mais cobiça pelo ouro.

Mas, em se tratando de americanas bi-campeãs olímpicas como adversárias, toda comemoração antecipada pode trazer complicações mais sérias depois.

Se elas são o "único" empecilho no caminho do título feminino, no masculino todos já foram retirados.

Alemãs, americanos, chineses... todos ficaram pra trás e a final, que só não é mais importante que uma decisão olímpica, terá a cara de uma disputa de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Alison e Emanuel e Márcio e Ricardo farão uma final que todo patriota gosta de ver.

De um lado a dupla que vive o melhor momento da parceria, com dois ouros consecutivos no Circuito Mundial. Do outro, brasileiros que ainda não emplacaram no Tour 2011, justamente porque decidiram abrir mão de algumas etapas para se preparar melhor para a disputa em Roma. Certeza mesmo é que o ouro já é brasileiro.

As finais de amanhã começarão a partir das 14h15min, com transmissão ao vivo pelo SporTV e Esporte Interativo.

Para entrar no clima de final de Copa do Mundo, um vídeo que marcou a semana de disputa em Roma.

                  

E que amanhã Roma seja tomada pelo império brasileiro!
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