segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Após 9ª colocação no Rio, cariocas foram campeões em Long Beach
Após 9ª colocação no Rio, cariocas foram campeões em Long Beach (Foto: FIVB)
Com apenas uma vitória dos quatros jogos disputados nos Jogos Olímpicos do Rio, e uma modesta 9º lugar na competição mais importante da temporada, Pedro Solberg/Evandro voltaram a se destacar.

Na primeira etapa após as disputas em Copacabana, a dupla foi campeã do Grand Slam de Long Beach, na Califórnia.

Neste domingo, Solberg/Evandro venceram os donos da casa Dalhausser/Lucena por 2 sets a 1 (21/19, 17/21, 15/9), em 1h02min de partida. Os letões Smedins/Samoilovs, eliminados pelos brasileiros ainda na fase de grupos dos Jogos Olímpicos, completaram o pódio.

Diferente da disputa olímpica, Pedro/Evandro não perderam uma partida sequer. Em sete jogos, foram sete vitórias, e apenas três sets perdidos.

Álvaro Filho/Vítor Felipe e Guto/André, que também representaram o Brasil na etapa, terminaram em 9º e 17º, respectivamente.

Entre as mulheres, Walsh/Ross venceram em casa. As medalhistas de bronze no Rio venceram as espanholas Liliana/Elsa, por duplo 21/16. Laboureur/Sude, da Alemanha, terminaram em 3º lugar.

Larissa/Talita, que buscavam a reabilitação após a 4ª colocação na Rio 2016, foram eliminadas pelas espanholas vice-campeãs nas quartas de final.

Duda/Elize Maia e Lili/Maria Elisa foram 9º. Já Carol/Ana Patrícia, Fernanda Berti/Josi e Juliana/Taiana ficaram em 25º.

O último compromisso internacional das parcerias brasileiras na temporada será o World Tour Finals, entre 13 e 18 de setembro, no Canadá. A exemplo de 2015, as oito melhores parcerias da temporada estão automaticamente classificadas para o evento. Outros dois convites serão oferecidos pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

Pelo ranking, atualizado nesta segunda-feira (29), Pedro/Evandro e Larissa/Talita ocupam a 7ª e a 6ª colocação, respectivamente.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Após a prata no Rio, Àgatha e Bárbara desfazem parceria
Prata no Rio, Àgatha e Bárbara encerram parceria (Foto: Tony Gentile/Reuters)
Depois de um ouro, com Alison/Bruno Schmitd, uma prata, de Àgatha/Bárbara Seixas, e com o encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, o universo do vôlei de praia vai voltando à rotina. Já a partir desta terça-feira (23), serão iniciadas as partidas do Grand Slam de Long Beach, na Califórnia, último evento do gênero na temporada 2016 do Circuito Mundial.

Mas o que mais chamou a atenção neste primeiro dia pós-olimpíada é justamente a abertura do time feminino que representou o Brasil no pódio em Copacabana. Conforme confirmado por Àgatha na manhã desta segunda, no Programa Encontro com Fátima Bernardes, ela e Bárbara Seixas não irão seguir mais como parceiras. Ainda no sábado, Bárbara teria anunciado a saída do time, visando os Jogos de Tóquio.

Com 29 anos, Bárbara chegará na próxima Olimpíada com 33. Já Àgatha, que hoje tem 33, estará com 37 anos, mesma idade em que Walsh chegou aos jogos do Rio (durante a competição, a norte-americana completou 38 anos). À princípio, este seria o principal fator para o fim da dupla. Fernanda Berti, que ao lado de Taiana, perdeu para Àgatha/Bárbara a decisão do Campeonato Mundial ano passado, seria a mais cotada para ser a nova parceria de Babi. A ex-atleta da quadra, que está no vôlei de praia desde 2012, está com 31 anos.

Ainda conforme declarações de Àgatha ao programa global, ela ainda estuda qual o melhor caminho a seguir. Maria Elisa, com quem formou dupla durante a experiência de seleções, em 2013, Taiana, Duda, Carol Horta, Rebecca e Larissa são algumas das opções de defensoras brasileiras. Caso alguma dessas seja escolhida, inevitavelmente, haverá um efeito dominó, com a abertura de outros times.

Para quem não acompanha o dia a dia do vôlei de praia, o fim da dupla, menos de sete dias após a conquista mais importante do time, é uma grande surpresa. E para quem acompanha também. Até então, as separações vinham acontecendo após resultados ruins. A prata no Rio, para uma dupla considerada "número 2" do Brasil, não seria algo tão ruim assim.

Para muitos, Àgatha e Bárbara foram a grande sensação do vôlei de praia no Rio. Embora duas, pareciam uma só. Eram afinadas, dentro e fora de quadra, demonstravam um enorme carinho uma com a outra e jogavam felizes.

No entanto, se o objetivo é Tóquio, a Olimpíada do Rio realmente já é passado. Até então, as medalhistas de prata estavam juntas desde 2011, sendo o time mais antigo de todos os femininos que jogaram em Copacabana.

Quatro anos no vôlei de praia é um tempo enorme. Até a abertura dos Jogos japoneses, o mais provável é o rompimento de alguns outros times. E o amadurecimento de algumas promessas, como Duda, Ana Patrícia, Guto e Saymon, nomes que para mim, têm tudo para estar entre os cotados à vaga olímpica nos próximos anos.

Larissa e Talita estarão com 38 anos em 2020. Nenhuma das duas se pronunciou oficialmente até o momento, mas a vontade de ser mãe, desejo externado por ambas as atletas em algumas entrevistas, deve também gerar a ruptura do time. Além do resultado abaixo do esperado, que pode ter desestimulado as atletas a encararem o quarto ciclo olímpico da carreira.

Bloqueadores de origem, e com uma campanha longe do esperado, Pedro Solberg e Evandro também podem trilhar caminhos diferentes nos próximos anos. Dos quatro times, Alison/Bruno Schmitd é a separação mais improvável. Foram ouro, Alison tem 30 anos, Bruno Schmitd completará 30 em outubro, e os dois dizem gostar de viver em treinar em Vitória.

Como já escrito, para quem não acompanha, as separações soam estranhas. Mas acabaram se tornando uma decisão bastante comum no vôlei de praia brasileiro nos últimos anos. Tiram um pouco do encantamento do vôlei de praia, é verdade. Mas, muitas vezes, acabam se fazendo necessárias diante de um crescimento muito grande do esporte em outros países. Com tantas idas e vindas, não é de se duvidar que, até 2020, o mesmo time que se desfaz hoje, não se refaça lá na frente.

Para quem quiser acompanhar, eis o link  da participação de Àgatha no programa de Fátima Bernardes.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Logo em sua primeira Olimpíada, Bruno conquista o ouro; prata em Londres, Alison é o único a repetir uma decisão olímpica
Doze anos depois, o vôlei de praia feminino voltou a uma decisão olímpica. Doze anos depois, o vôlei de praia masculino, que esteve nas últimas cinco finais dos Jogos, conquistou um novo ouro para o Brasil. Ambos os feitos realizados no Rio de Janeiro, nas praia de Copacabana, diante da torcida brasileira.

Na madrugada desta sexta-feira (19), Alison/Bruno Schmitd se comportaram como era previsível: a dupla campeã da Copa do Mundo de Vôlei de Praia foi superior aos campeões europeus Nicolai/Lupo, que dificultaram a partida, mas não foram capazes de deixar a vitória escapar da mão dos brasileiros. Dois sets a zero, com parciais de 21/19 e 21/17, e concretização de um sonho, que para Alison fora iniciado em Londres, quando ele e Emanuel também chegaram à decisão, mas acabaram vendo o ouro escapar num tie-break disputado ponto a ponto com alemães.

Vitória de uma dupla que era apontava como favorita desde o início não por acaso. Bloqueador nato e excelente virador de bolas, o gigante Alison tinha parte dos requisitos de um bom time. Exímio defensor e sacador, o baixinho Bruno Schmitd, que por pouco não abandonou o esporte devido às críticas pelo sua altura. completava a metade restante. Se Alison arriscou-se ao desfazer a parceria com Emanuel, Bruno também ousou ao separar-se de Pedro Solberg, naquele que era, até então, a dupla mais encaixada para os Jogos Rio 2016.

Ousadia que transformou-se em alegria. Primeiro, no ano passado, quando "Mamute" e "Mágico" venceram o Campeonato Mundial, diante de toda uma arquibancada torcendo para os anfitriões holandeses. Agora, em casa, com cerca de 12 mil pessoas jogando ao lado dos brasileiros. Até nisso, nessa contraposição de público, prova o quanto o time era forte.

O último obstáculo então seria passar por adversários de peso antes da decisão: uma dupla espanhola, ex-campeã europeia, uma parceria norte-americana, que contava com um grandalhão campeão olímpico, e uma dupla campeã mundial no ano de 2013. E isso também não acabou sendo um problema para os brasileiros.

Os italianos até poderiam sair com o ouro. Mas seria uma injustiça do esporte. Alison/Bruno, em todos os requisitos, eram os mais merecedores. Torcedores, jornalistas, voluntários, funcionários que montaram a gigante e histórica arena em Copacabana, equipe de entretenimento e tantos outros brasileiros, que, de alguma forma, contribuíram para o espetáculo olímpico carioca também mereciam ver o vôlei de praia brasileiro conquistar o ouro que, como um pecado, acabou escapando das mãos de Àgatha/Bárbara na noite anterior.

No saldo geral, ouro e prata para o Brasil na Olimpíada disputada em casa.

Se Alison precisou de duas decisões consecutivas para chegar ao ouro, Bruno ganhou o seu logo na estreia olímpica. E ainda presenteou o tio Oscar Schmitd, que passou cinco vezes brilhando pelos Jogos Olímpicos sem conseguir o tão sonhado pódio.

Com as duas novas medalhas obtidas no Rio, o Brasil passa a ser dono de 13 das 36 medalhas distribuídas ao vôlei de praia, desde que o esporte entrou para o quadro olímpico, em 1996. E, assim como Àgatha/Bárbara, Alison/Bruno repetem o pódio, tanto no Campeonato Mundial quanto na Olimpíada. Eles, no entanto, com ouro nas duas competições mais importantes da modalidade.

Seria lindo ver o título também para as meninas, mas sabe-se lá o motivo pelo qual ele não veio. Talvez, para Àgatha e Bárbara viverem a mesma emoção de Alison: trabalhar ainda mais forte para transformar a prata em ouro quatro anos depois.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ágatha/Bárbara conquistam prata nos Jogos Olímpicos do Rio
Campeãs do Campeonato Mundial 2015, Àgatha/Bárbara são prata, e única dupla a estar nos dois pódios do vôlei de praia 
Não sou atleta, mas disputar uma medalha de ouro e não ganhá-la deve doer. Na noite desta quarta, ver Àgatha/Bárbara Seixas serem derrotadas pelas alemãs Ludwig/Walkenhorst doeu. Doeu pelas parciais relativamente fáceis das germânicas, 21/18 e 21/14, em 43 minutos de partida. Doeu por saber que na noite anterior as brasileiras haviam realizado o feito histórico de serem as únicas a derrotarem Kerri Walsh em Jogos Olímpicos.

Mas, aos poucos, a dor passou. Passou porque Àgatha/Bárbara foram além. Considerado o time "número 2" do Brasil na Rio 2016, superaram a desconfiança. Em teoria, Juliana/Maria Elisa, pelo histórico, seriam a segunda dupla a garantir vaga para os Jogos.

Em 2011, quando a parceria foi formada, talvez nem elas imaginariam que chegariam tão longe. Foram subindo degrau por degrau. Começaram a se destacar no Circuito Brasileiro, se qualificaram para o Circuito Mundial. Em 2013, passaram pelo esquisito sistema de seleção, onde foram separadas, na semana seguinte em que conquistaram o primeiro título do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. Mesmo assim, Àgatha com Maria Elisa e Bárbara com Lili, continuaram trabalhando. Meses depois, Bárbara foi bronze no Campeonato Mundial de Stare Jablonki, competição mais importante daquele ano.


Com a extinção de ideia de separar parcerias, Àgatha/Bárbara refizeram o time. Em 2014, vieram outras vitórias em etapas nacionais, mais um título de Circuito Brasileiro, o primeiro ouro em Circuito Mundial, e uma segunda colocação geral no ranking mundial da temporada. 

Em 2015, seguiram em evolução. Bronze dois anos antes, desta vez Bárbara foi ouro, com a parceira de origem, no Campeonato Mundial da Holanda, naquele que era então o ápice da dupla. Com a boa pontuação da etapa, aliada ao primeiro título de Grand Slam, o de São Petersburgo, foram as campeãs da temporada internacional. 

Com a prata conquistada ontem, se tornaram o único time do atual ciclo olímpico a estar no pódio do Campeonato Mundial e olímpico. Como bônus, ainda foram vice-campeãs do evento-teste, disputado ano passado. 

Muito se falou das três tentativas de Robson Conceição para se chegar ao ouro. Com 33 e 29 anos, respectivamente, Àgatha e Bárbara podem ter, no mínimo, mais uma chance subir uma posição no pódio. Se não conseguirem, já estão eternizadas como a dupla que levou o Brasil a uma decisão olímpica, após 12 anos de jejum. Serão lembradas como a parceria que jogou feliz, com muito sorriso no rosto, num jeito bem brasileiro de ser. Mesmo ainda em meio ao misto de dor e alegria, o semblante no pódio não deixou de aquele que é a marca registrada da dupla.

Laura Ludwig e Kira Walkenhorst foram melhores e mereceram o ouro. Mesmo alemã, Ludwig não deixa de ser um pouco brasileira: na aparência física, no português que aprendeu a razoavelmente falar, na raça que tem dentro de quadra e na simpatia em tratar torcedores e jornalistas. Assim como Robson Conceição, precisou de três Olimpíadas para chegar ao ouro.

Walsh, que se redimiu da única derrota da carreira olímpica, venceu Larissa/Talita e festejou muito o bronze, mesmo com três ouros no currículo. E também não deixa de ser uma pouco brasileira: é treinada por um técnico que nasceu no Brasil, tem vários amigos no país e ganha sempre o carinho e o respeito dos torcedor que está na arquibancada. Na verdade, Walsh é uma espécie de Michael Phelps ou Usain Bolt: dispensa nacionalidade. Seria, no mínimo, estranho ver o pódio olímpico sem ela.

Talvez, o tão sonhado ouro, que não veio ontem, venha com Alison/Bruno Schmitd hoje. Assim como o Àgatha/Bárbara, foram campeões do Campeonato Mundial ano passado e podiarão na Olimpíada do Rio. 

Podem ser ouro? Sim. Podem terminar com a prata? Sim também. Como disse a um amigo nesta semana, precisamos mudar o conceito de que somente o ouro serve. Talvez, a partir daí consigamos avançar um pouco na nossa cultura esportiva e nas colocações do quadro de medalhas. 

Para quem não acompanha vôlei de praia e não conhecia Àgatha/Bárbara, elas se apresentaram muito bem aos brasileiros. Para quem acompanha, saltar do primeiro ouro em Circuito Mundial para uma prata olímpica, em apenas dois anos, é algo que supera qualquer tipo de dor. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Desde 2004, Brasil não tinha duplas nos dois naipes da decisão olímpica; duplo ouro é inédito (Foto: FIVB)

Pelo horário da partida, iniciada por volta das 23h59 e finalizado por volta de 1h da manhã, pode parecer sonho, mas Àgatha/Bárbara Seixas conseguiram o maior feito do vôlei de praia nestes Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro até aqui: derrotaram Walsh/Ross, por 2 sets a 0, e garantiram vaga na final feminina do torneio, doze anos após Adriana/Shelda disputarem a decisão de Atenas 2004, justamente contra Walsh, que na época jogava com May.

Muitos poderão dizer que o resultado foi inesperado. E não deixa de ser. Mas, por si só, as parciais mostram a superioridade das brasileiras: 22/20 e 21/18, naquela que foi, para muitos, a melhor atuação da história do time "número 2" do país.

Pode parecer apropriação de um resultado favorável, mas, mais cedo, logo após a derrota de Larissa/Talita, cheguei a tweetar no perfil do Primeiro Set: Àgatha/Bárbara poderiam fazer história. Diferente de Larissa/Talita, que carregavam o peso do favoritismo, a dupla podia entrar solta em quadra, como vinha acontecendo nas partidas anteriores. Mesmo jogando mais alegres, Àgatha/Babi não perderam o foco, jogando sempre com muita segurança e concentração.

Diante de tal feito, a pressão desta noite, dia da disputa pelo ouro, deve ser bem maior do que nos dias anteriores. Mas a fala de Bárbara à assessoria da CBV ao final da partida mostra o quanto o trabalho vem sendo consistente também no lado psicológico: "(..) Foi muito importante, histórico, mas temos que virar essa chave, nos prepararmos demais. As alemãs são um time muito perigoso. Não venceram nossa outra dupla brasileira, uma das mais fortes do mundo, por acaso."

No histórico dos duelos, Ludwig/Walkenhorst são superiores. Enquanto as alemãs venceram quatro partidas, as brasileiras só conseguiram um resultado positivo. Ou seja, vitória europeia e prata brasileira não será uma "amarelada" verde-amarela. No entanto, pela caminhada até aqui, Àgatha/Bárbara podem sim, 20 anos depois, dar o segundo ouro para vôlei de praia feminino.

Larissa/Talita disputam o bronze, contra Walsh/Ross. E aí vem a imprevisibilidade do esporte: para muitos, este seria o confronto pela medalha do ouro. Curiosamente, um destes dois times acabará em quarto lugar, sem nenhuma medalha.

Independente do resultado, vejo esse torneio olímpico como o mais incrível dos últimos tempos: as quatro duplas que lideram o ranking internacional chegaram às semifinais e brindaram o torcedor com muitos sentimentos: alegria, tristeza, incredulidade, encantamento. Os últimos capítulos dessa história começam às 23h desta quarta. Que os deuses olímpicos façam eles serem coloridos de verde-amarelo ;)

Segunda final de Alison e estreia de gala para Bruno "Mágico"

Embora Pedro Solberg/Evandro tenham ficado pelo caminho, numa "injustiça" olímpica, no meu humilde entendimento, o Brasil também se vê representado na decisão.

Depois de fazerem uma semifinal duríssima, de 2 sets a 1 (21/17, 21/23, 16/14), contra os holandeses Brouwer/Meeuwsen, Alison/Bruno Schmitd seguiram no que se previa. A partir de 23h59 desta quinta (18), disputam o ouro contra os italianos Nicolai/Lupo.

Curiosamente, Bruno "Mágico" Schmitd estreia em Olimpíadas já chegando à decisão olímpica, assim como acontecia com Alison "Mamute", há quatro anos, nos Jogos de Londres. Outra curiosidade: do alto de seus modestos 1,85m, o sobrinho de Oscar Schmitd pode, já de cara, conquistar a medalha que o tio não conseguiu em cinco participações olímpicas.

Diferente do feminino, longe das últimas duas decisões pelo ouro, o vôlei de praia masculino do Brasil mantém uma sequência de cinco finais consecutivas, iniciada em 2004, com Ricardo/Emanuel.

Por tudo que se viu em Copacabana desde o dia 6 de agosto, apontar favoritos é roleta-russa. Mas, como grande torcedora desses times brasileiros, não posso deixar de acreditar num duplo ouro verde-amarelo, algo inédito para o Brasil.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Alison chega na 2ª semifinal consecutiva e elimina campeão olímpico dos EUA
Depois da classificação de Larissa/Talita e Àgatha/Bárbara Seixas para as semifinais das Olimpíadas do Rio, Alison/Bruno Shcmitd também deram mais um importante passo rumo ao ouro olímpico. Acredito que o passo mais difícil até aqui.

Em partida disputada na tarde desta segunda-feira (15), os brasileiros venceram Dalhausser, campeão olímpico em Pequim 2008, e Lucena, por 2 sets a 1 (21/14, 12/21, 15/9), eliminando a única dupla norte-americana que ainda se mantinha viva na competição, e garantindo vaga brasileira entre os quatro melhores do torneio olímpico.

O próximo passo rumo à final olímpica em casa será nesta terça, contra os holandeses Brouwer/Meeuwsen, campões mundiais em 2013, que derrotaram os compatriotas Nummerdor/Varenhorst, vice-campeões mundiais ano passado, derrotados justamente por Alison/Bruno. A partida será às 17h, logo após o duelo entre Larissa/Talita contra as alemãs Ludwig/Walkenhorst.

Tão importante quanto o resultado em si, a partida de hoje dá uma moral ainda maior para o time brasileiro, que podia perfeitamente ter Dalhausser/Lucena como adversários da decisão. Com a derrota do time dos Estados Unidos, os americanos somam duas Olimpíadas sem pódio no masculino.

Já o Brasil de Alison pode novamente medalhar. Em 2012, o "Mamute" foi prata, ao lado de Emanuel. E Bruno "Mágico", sobrinho do "Mão Santa" Oscar, pode curiosamente, do alto dos seus 1,85m, dar a primeira medalha olímpica para a família Schmitd.

Embora os adversários mais difíceis, pelo menos em teoria, terem sido deixados para trás, o caminho até o ouro ainda é longo. Mas dá para acreditar!

Atualizada às 12h17

Após dezesseis anos, o Brasil terá duas duplas de vôlei de praia entre as quatro melhores de uma Olimpíada. A última vez do feito foi nos Jogos de Sidney 2000, quando Adriana Behar/Shelda terminaram com a prata e Adriana Samuel/Sandra Pires foram bronze.

Com as vitórias de Larissa/Talita e Àgatha/Bárbara Seixas, que neste domingo (14) passaram as semifinais, eliminando suíças e russas, seguem vivas também as chances de uma decisão 100% brasileira, tal como aconteceu há 20 anos, quando Jaqueline/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel decidiram o ouro em Atlanta 1996.

Na pior das hipóteses, com derrota dos dois times na partida que vale vaga para a final, o Brasil terá um cruzamento de compatriotas na disputa pelo bronze, garantindo a medalha e repetindo o feito de Londres 2012, quando Juliana/Larissa terminaram em 3º.

Por outro lado, pensando muito positivamente, as duplas podem chegar a uma decisão entre compatriotas, jogando justamente no Brasil.

Não é impossível, mas o caminho para uma decisão caseira é muito complicado e dependerá de uma atuação quase impecável dos dois times. Àgatha/Bárbara terão pela frente a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, prata em Londres. Ontem, as americanas bateram a Austrália com muita facilidade, chegando à quinta vitória em cinco jogos disputados até aqui. Enquanto sobra experiência para as americanas em competições olímpicas, Àgatha/Bárbara debutam em Jogos Olímpicos. Mesmo assim, a classificação para as semifinais mostrou que o time "número 2" do Brasil, que detém o título do Campeonato Mundial, conquistado na Holanda ano passado, está focado, bem treinado e com uma preparação física e psicológica muito forte.

Já Larissa e Talita, que já têm três Olimpíadas no currículo, disputadas com parceiras diferentes, chegam com mais expertise. O duelo que pode colocar a parceria na final será contra as perigosas alemãs Ludwig/Walkenhorst, atuais campeãs europeias e campeãs do Circuito Mundial 2016 por antecipação. Vale lembrar que Larissa venceu Ludwig em 2012, em partida válida pelas quartas de final dos Jogos britânicos.

Os dois confrontos acontecem nesta terça, às 16h, com Larissa/Talita e Ludwig/Walkenhorst. Às 23h59, Àgatha/Babi pegam as americanas. A disputa pelo bronze e pelo ouro será na quarta, a partir das 22h.

Quatro duplas, justamente as quatro primeiras do ranking internacional e estimativas dificílimas de serem calculadas. Além da técnica e do fator físico, o coração pode ser muito importante nesses confrontos.

Alison/Bruno x Lucena/Dalhausser

Entre os homens, Alison/Bruno Schmitd, único time brasileiro ainda vivo na Olimpíada, terão hoje um grande desafio pela frente. Às 16h, encaram os americanos Lucena/Dalhausser. Se vencerem, chegam nas semifinais, tendo com adversários ou Nummerdor/Varenhorst ou Brouwer/Meeuwsen, ambos times da Holanda.

Uma coisa é certa: estes estão sendo os Jogos Olímpicos mais equilibrados dos últimos anos no vôlei de praia. É só pedreira, meus amigos!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Mesmo com apenas uma vitória, Pedro/Evandro também avançaram
Atualização: 1h02

Para quem esperava uma fase de grupos relativamente fácil para as duplas de vôlei de praia do Brasil nos Jogos Rio 2016, os resultados foram bem mais apertados do que o previsto. Exceto Larissa/Talita, que passaram com três vitórias em três jogos, as outras três parcerias encontraram algumas pedras no caminho até às oitavas de final.

Àgatha/Bárbara Seixas e Alison/Bruno Schmitd, com duas vitórias e uma derrota, não conseguiram avançar como primeiros de seus respectivos grupos, mas não tiveram uma caminhada tão sofrida quanto Pedro Solberg/Evandro, que só garantiram a classificação no terceiro e decisivo jogo, no tie-break.

Para avançar, os cariocas, estreantes em Jogos Olímpicos, tiveram que vencer os letões Smedins (medalhista de bronze, em Londres) e Samoilovs, um da duplas favoritas ao pódio olímpico. Com a derrota, os campeões do evento-teste, realizado em setembro do ano passado, terminaram em último lugar da fase classificatória, dando adeus precocemente à competição.

Outra prova da dificuldade do torneio foi a eliminação dos norte-americanos Gibb/Patterson, últimos colocados do Grupo F. Os espanhóis Herrera/Gavira e Jefferson, brasileiro que defende o Catar, e seu parceiro Cherif foram os classificados.

Treinados pelo ex-jogador Eduardo Garrido, os primos Marco e Esteban Grimalt, que contaram com bom apoio do torcedor brasileiro e de muitos chilenos que estão no Brasil, terminaram na última colocação do Grupo E.

Entre as mulheres, outra baixa norte-americana: Frendrick/Sweat, que estavam no grupo A, de Larissa/Talita, deram adeus aos Jogos com três derrotas em três partidas.

Com as definições de momento, Àgatha/Bárbara Seixas enfrentarão as chinesas Wang/Yue já nesta sexta. Pedro/Evandro, que devem ganhar moral com a vitória obtida nesta quinta-feira (12), encaram os russos Liamin/Barsuk. Teoricamente, Alison/Bruno Schmitd farão o jogo mais difícil, tendo pela frente os espanhóis Herrera/Gavira. Já Larissa/Talita duelarão contra as alemãs Borger/Büthe.

Ou seja, para quem achava que uma Olimpíada no Brasil seria com chances claras - e fáceis - de medalhas, os cruzamentos, e o nível técnico muito equilibrado entre os times, mostram que o caminho até o pódio será bem duro.


domingo, 10 de julho de 2016


Ouro em Gstaad foi o primeiro de Pedro/Evandro no Circuito Mundial 2016
Ouro em Gstaad foi o primeiro de Pedro/Evandro no Circuito Mundial 2016
No último torneio antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Brasil foi duplamente ouro no Major Series de Gstaad, na Suíça. E com duas conquistas sobre duplas dos Estados Unidos. No duelo feminino, Larissa/Talita levaram a melhor sobre Walsh/Ross, na decisão disputada neste sábado (9). Já Pedro Solberg/Evandro superaram Dalhausser/Lucena neste domingo (10).

Com os dois títulos, o Brasil garantiu, pela primeira vez na temporada, dois ouros em etapas disputadas fora do país. Áté então, o país havia conquistado uma dobradinha em Vitória, com Alison/Bruno Schmidt e Larissa/Talita, e outra em Fortaleza, com Duda/Elize Maia e Oscar/André Stein. 

Mostrando ampla superioridade, Larissa/Talita quase não encontraram dificuldades para vencer uma das duplas mais favoritas ao ouro no Rio de Janeiro. Ao final, 2 sets a 0 (21/18, 21/14) e 3 a 1 para o Brasil no confronto direto entre o time número 1 brasileiro contra o time número 1 norte-americano. Solberg/Evandro tiveram um primeiro set mais difícil contra Dalhausser/Lucena, finalizado em apenas 22/20, mas depois acabaram tendo uma parcial mais tranquila, 21/16, fechando o set e a partida, em 41 minutos. Agora a disputa entre os dois times está empatada com um triunfo para cada lado.

Alison/Bruno Schmitd, campeões do Major de Porec na última semana, foram derrotados por Álvaro Filho/Vitor Felipe nas oitavas de final, encerrando o torneio na 9ª colocação. Ágatha/Bárbara Seixas, segundo time feminino nos Jogos do Rio, abriram mão da etapa.

Os letões Smedins/Samoilovs e as alemãs Ludwig/Walkenhorst completaram os pódios.

Definição dos grupos olímpicos 

Ainda em Gstaad, foram definidos os seis grupos de cada naipe da competição.

Cabeça de chave 1, Larissa/ Talita estão no grupo A, ao lado das polonesas Brzostek/Kolosinka, das norte-americanas Fendrick/Sweat e de um país classificado pela repescagem mundial (Áustria, Rússia ou Ucrânia). Já Ágatha/Bárbara Seixas, cabeças de chave do grupo B, enfrentam as espanholas Liliana Fernandez/Elsa Baquerizo, as argentinas, atuais campeãs pan-americanas Ana Gallay e Georgina Klug e o segundo país classificado na repescagem mundial (China, Vanuatu ou República Tcheca).

Entre os homens, Alison/Bruno Schmidt terão pela frente os italianos Ranghieri/Carambula, os austríacos Doppler/Horst e um país classificado da repescagem mundial (Canadá, China ou Venezuela) no grupo A. Pedro/Evandro, cabeças de chave 4, enfrentarão no grupo D os letões Smedins/Samoilovs, os canadenses Saxton/Schalk e os cubanos Diaz/Gonzalez, naquele que deve ser o grupo mais difícil das duplas brasileiras na primeira fase da competição.

O brasileiro Jeferson, que defenderá o Catar, está no Grupo F, ao lado dos americanos Gibb/Patterson, dos espanhóis Herrera/Gavira e dos austríacos Huber/Seidl. Confira todos os grupos:

TORNEIO FEMININO

Grupo A
Larissa/Talita (BRA)
Brzostek/Kolosinka (POL)
Fendrick/Sweat (USA)
Repescagem Mundial - Áustria, Rússia ou Ucrânia

Grupo B
Ágatha/Bárbara Seixas (BRA)
Liliana Fernandez/Elsa Baquerizo (ESP)
Ana Gallay/ Georgina Klug (ARG)
Repescagem Mundial - China, Vanuatu ou República Tcheca

Grupo C
Walsh Jennings/Ross (EUA)
Forrer/Vergé-Dépré (SUI)
Wang/Yue (CHN)
Artacho Del Solar/Laird (AUS)

Grupo D
Ludwig/Walkenhorst (ALE)
Menegatti/Orsi Toth (ITA)
Broder/Valjas (CAN)
Elghobashy/Nada (EGI)

Grupo E
Pavan/Bansley (CAN)
Borger/Büthe (ALE)
Heidrich/Zumkehr (SUI)
Van Gestel/Van der Vlist (HOL)

Grupo F
Meppelink/Van Iersel (HOL)
Bawden/Clancy (AUS)
Alfaro/Charles (CRC)
Pazo/Agudo (VEN)

TORNEIO MASCULINO

Grupo A
Alison/Bruno Schmidt (BRA)
Ranghieri/Carambula (ITA)
Doppler/Horst (AUT)
Repescagem Mundial - Canadá, China ou Venezuela

Grupo B 
Brouwer/Meeuwsen (HOL)
Losiak/Kantor (POL)
Böckermann/Flüggen (ALE)
Repescagem Mundial - Bélgica, Rússia ou México

Grupo C
Lucena/Dalhausser (EUA)
Nicolai/Lupo (ITA)
Virgen/Ontiveros (MEX)
Naceur/Belhaj (TUN)

Grupo D
Pedro Solberg/Evandro (BRA)
Samoilovs/Smedins (LET)
Saxton/Schalk (CAN)
Diaz/Gonzalez (CUB)

Grupo E
Nummerdor/Varenhorst (HOL)
Semenov/Krasilnikov (RUS)
Fijalek/Prudel (POL)
Marco Grimalt/Esteban Grimalt (CHI)

Grupo F
Gibb/Patterson (EUA)
Herrera/Gavira (ESP)
Huber/Seidl (AUT)
Jefferson/Cherif (QAT)

PS: No fim de semana perfeito para o vôlei do Brasil, a seleção feminina garantiu também mais um título para a modalidade, ao vencer os Estados Unidos por 3 sets a 2. Com isso, o país chegou ao 11º título da competição, aumentando ainda mais a distância para as americanas, que seguem com seis conquistas.


domingo, 19 de junho de 2016

Ouro, dupla da Letônia teve dupla do Brasil em ambos os lados do pódio
Ouro, dupla da Letônia teve dupla do Brasil em ambos os lados do pódio
Duas derrotas na decisão, duas pratas e mais uma vitória alemã diante do Brasil no vôlei de praia. Assim pode ser resumido o Grand Slam de Olsztyn, disputado esta semana na Polônia. Com dois revezes, contra Ludwig/Walkenhorst e Smedins/Samoilovs, respectivamente, Larissa/Talita e Alison/Bruno Schmitd, times "número 1" do Brasil nos Jogos Olímpicos, desperdiçaram a chance de garantir o ouro verde-amarelo.

Na decisão feminina, disputada neste sábado (18), Larissa/Talita acabaram superadas no tie-break pelas germânicas (18/21, 21/15, 10/15), campeãs das últimas duas etapas de Circuito Mundial: na semana passada, no Major Series de Hamburgo, venceram Àgatha/Bárbara Seixas, também no tie-break.

Enquanto o ouro feminino foi definido no tie-break, os letões Smedins/Samoilovs tiveram menos dificuldade para bater os brasileiros. Na decisão deste domingo, conseguiram expressiva vitória, com parciais de 21/19 e 21/15, sobre Alison/Bruno, time número 1 do Brasil e do ranking olímpico.

Duda/Elize Maia e Guto/Saymon, promessas para os próximos ciclos olímpicos, foram bem novamente. Na disputa pelo bronze, a jovem dupla masculina venceu os experientes americanos
Gibb/Patterson, por 2 sets a 1 (21-15, 19-21, 15-11), saindo do qualificatório para o pódio da etapa. Duda/Elize quase seguiram pelo mesmo caminho. No entanto, na partida que valia o bronze, perderam para Dubovcova/Nestarcova, da Eslováquia, numa semifinal bastante surpreendente para os dois times.

Àgatha/Bárbara Seixas, vice-campeãs na semana passada, foram eliminadas nas oitavas de final, pelas suíças Betschart/Hüberli, e terminaram em 9º. Juliana, lesionada, e Taiana desistiram do jogo da repescagem e encerraram a participação em 17º, mesma colocação obtida por Lili/Maria Elisa. Pelo naipe masculino, Pedro Solberg/Evandro, eliminados por Guto/Saymon, e Álvaro Filho/Vítor Felipe terminaram em 5º. Ricardo/André Estein foram 17º.

As duplas do Brasil têm agora uma semana de folga e voltam às disputas no dia 28 de junho, no Major de Porec, na Croácia. Depois, devem disputar a etapa de Gstaad, na Suíça, a partir de 5 de julho, provavelmente a última dos times antes dos Jogos Olímpicos. Confira aqui o calendário.

Evidente que há 47 dias para os Jogos, a preparação final para a Olimpíada seja muito mais importante do que o resultado no tour internacional. No entanto, a vitória de Alemanha e Letônia em Olsztyn não foi mero acaso. Tal como escrevi na última segunda-feira (13), Ludwig/Walkenhorst e Smedins/Samoilovs;estão nas minhas;apostas pessoais como candidatos a medalhas no Rio.

Que joguem tudo agora e que o Brasil acumule gordura para Copacabana ;)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Mesmo entre melhores do ranking internacional, duplas do Brasil já tinham vaga garantida
Mesmo entre melhores do ranking internacional, brasileiros já tinham vaga garantida
Um dia após o fechamento do ranking olímpico, encerrado neste domingo, com o Major Series de Hamburgo, que somou pontos para a disputa dos Jogos Rio 2016, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou a lista das 15 duplas, masculinas e femininas, classificadas através deste critério. Outras 14 vagas, sete em cada naipe, serão definidas através de torneios continentais e uma última competição a nível mundial.

Os times mais fortes, no entanto, são estes 15 anunciados nesta segunda, pelo menos em teoria. A relação das 24 parcerias saíra após o Qualificatório Final, que acontecerá entre os dias 6 e 10 de julho, na Rússia.

Destes nomes, vale destacar Ludwig/Walkenhorst, alemãs atuais campeãs europeias, que melhoraram muito o volume de jogo nos últimos anos. A americanas Walsh, tricampeã olímpica, e Ross, prata em Londres 2012, dispensam comentários. Depois de abandonar o vôlei de quadra e o time do Rexona, comandado por Bernardinho, Sarah Pavan migrou para o vôlei de praia, garantindo a vaga "número 1" do Canadá, que também pode dar trabalho. Depois de derrotarem Lilli/Carol Horta na decisão do Pan de Toronto, as argentinas americanas Gallay/Klug também surpreenderam, entram na lista e não deixam de ser um risco.

Já entre os homens, além dos times norte-americanos, tradicionalmente muito fortes, a Holanda é o país de destaque, colocando os campeões do Campeonato Mundial 2013 Brouwer/Meeuwsen e Nummerdor/Varenhorst, vice em 2015, entre os primeiros da lista. Os letões Smedins, bronze em Londres, e Samoilovs, campeões do evento-teste no Rio ano passado, são minhas apostas pessoais. Os mexicanos Virgen/Ontiveros, campeões pan-americanos ano passado, em cima de Álvaro Filho/Vítor Felipe, lutaram até o fim, conquistaram a última vaga e, assim como as argentinas, podem oferecer algum sufoco.

Muito forte nas duas Olimpíadas, desta vez a China só conseguiu uma vaga, com Wang/Yue, que não têm a mesma força que Xi/Xue, bronze em Pequim e quarto lugar em Londres, derrotadas com muita dificuldade por Juliana/Larissa, por exemplo.

Vale lembrar que Alison/Bruno Schmitd e Àgatha/Bárbara Seixas, atuais campeões do Campeonato Mundial, já tinham a vaga assegurada. Larissa/Talita e Pedro Solberg/Evandro foram convocados pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no fim do ano passado, como ocupantes das vagas destinadas ao país-sede da Olimpíada.

Até os Jogos, voltamos a discutir detalhadamente a lista. Confira a relação dos times classificados:

Feminino
1) Kerri Walsh/April Ross (EUA)
2) Laura Ludwig/Kira Walkenhorst (ALE)
3) Sarah Pavan/Heather Bansley (CAN)
4) Madelein Meppelink/Marleen Van Iersel (HOL)
5) Louise Bawden/Taliqua Clancy (AUS)
6) Marta Menegatti/Viktoria Orsi Toth (ITA)
7) Karla Borger/Britta Buthe (ALE)
8) Liliana Fernandez/Elsa Baquerizo (ESP)
9) Kinga Kolosinska/Monika Brzostek (POL)
10) Isabelle Forrer / Anouk Verge-Depre (SUI)
11) Jamie Broder / Kristina Valjas (CAN)
12) Joana Heidrich / Nadine Zumkehr (SUI)
13) Lauren Fendrick / Brooke Sweat (EUA)
14) Ana Gallay / Georgina Klug (ARG)
15) Fan Wang / Yuan Yue (CHN)
16) Egito - Copa Continental da África
17) Copa Continental da Europa
18) Copa Continental da NORCECA
19) Copa Continental da Ásia
20) Copa Continental da América do Sul
21) Copa Continental Final Mundo
22) Copa Continental Final Mundo
23) Ágatha/Bárbara Seixas (BRA) - campeãs do Campeonato Mundial
24) Larissa/Talita (BRA) - país-sede

Masculino
1) Alexander Brouwer/Robert Meeuwsen (HOL)
2) Nick Lucena/ Phil Dalhausser (EUA)
3) Reinder Nummerdor/Christiaan Varenhorst (HOL)
4) Jake Gibb/Casey Patterson (EUA)
5) Pablo Herrera/Adrian Gavira (ESP)
6) Aleksandrs Samoilovs/Janis Smedins (LET)
7) Konstantin Semenov/Viacheslav Krasilnikov (RUS)
8) Paolo Nicolai/Daniele Lupo (ITA)
9) Bartosz Losiak/Piotr Kantor (POL)
10) Alex Ranghieri/Adrian Carambula (ITA)
11) Clemens Doppler/Alexander Horst (AUS)
12) Grzegorz Fijalek/Mariusz Prudel (POL)
13) Markus Bockermann/Lars Fluggen (ALE)
14) Chaim Schalk/Ben Saxton (CAN)
15) Juan Virgen/Lombardo Ontiveros (MEX)
16) Copa Continental África
17) Copa Continental da Europa
18) Copa Continetal da NORCECA
19) Copa Continental da América do Sul
20) Copa Continental da Ásia
21) Copa Continental Final Mundo
22) Copa Continental Final Mundo
23) Alison/Bruno Schmidt (BRA) - Campeões do Campeonato Mundial
24) Evandro/Pedro Solberg (BRA) - país-sede

domingo, 12 de junho de 2016

Mesmo sem medalha no Major Series de Hamburgo, Alison/Bruno terminaram corrida olímpica na liderança do ranking
Mesmo sem medalha, dupla termina corrida olímpica na liderança do ranking
Depois da prata e do bronze conquistado pelos times feminino do Brasil ontem, Alison/Bruno Schmitd não conseguiram colocar o país no pódio também entre os homens no Major Series de Hamburgo.

Única dupla ainda viva na etapa, Alison/Bruno começaram o domingo (12) jogando as semifinais contra os norte-americanos Lucena/Dalhausser, que acabaram vencendo os brasileiros por 2 sets a 0 (21/16, 21/15), em 35 minutos de partida. Mais tarde, na disputa pelo bronze, a dupla brasileira acabou tomando a virada dos russos Semenov/Krasilnikov (15/21, 22/20, 15/10).

Na grande decisão, os norte-americanos Lucena/Dalhausser fizeram um duríssimo primeiro set , finalizado em 29/27, contra os holandeses Brouwer/Meeuwsen. Em uma segunda parcial bem mais tranquila, 21/12, acabaram fechando o jogo e conquistando o ouro.

Mesmo com a quarta colocação, o time "número 1" do Brasil terminou o ranking olímpico na liderança, justamente à frente de alemãs e holandeses, donos da segunda e terceira colocação, respectivamente. Com isso, serão cabeças de chave nos Jogos Rio 2016.

Pedro Solberg/Evandro, 9º em Hamburgo, aparecem na quarta colocação do ranking para os Jogos, finalizado justamente em Hamburgo. e também devem ser líderes de chave.

Guto/Saymon e Álvaro Filho/Vítor Felipe, fora das Olimpíadas, terminaram o Major alemão em 17º. Assim como na etapa de Moscou, Ricardo/André Stein não conseguiram avançar à fase de grupos, encerrando a competição na 25ª colocação.

Já a partir de terça-feira, as disputas recomeçam com o Grand Slam de Olsztyn, na Polônia. Até os Jogos do Rio, serão mais três etapas para acertar os detalhes para chegar bem em Copacabana, em agosto.

sábado, 11 de junho de 2016

Alemãs comemoraram título em casa, e brasileiras completaram o pódio em Hamburgo
Alemãs venceram em casa, e brasileiras completaram pódio
O vôlei de praia feminino do Brasil terminou com prata e bronze no Major Series de Hamburgo, primeiro de uma série de quatro torneios do gênero da temporada, e última competição a contar pontos para os Jogos Rio 2016.

Em possíveis cruzamentos olímpicos, Àgatha/Bárbara Seixas venceram as compatriotas Larissa/Talita nas semifinais do torneio, mas acabaram derrotadas na sequência pelas alemãs Ludwig/Walkenhorst por 2 sets a 1 (21/19, 19/21 e 15/12) na grande decisão da etapa alemã.

Empurradas por cerca de quase 13 mil torcedores, que encheram a arena de tênis adaptada para o vôlei de praia, e contando com a excelente atuação de Laura Ludwig, o ouro germânico foi conquistado com méritos. Enquanto a defesa do time europeu funcionou em boa parte da partida, Àgatha e Bárbara tiveram dificuldades em segurar o forte ataque adversário.

Na disputa pelo bronze, Larissa/Talita venceram com muita propriedade. Superiores em toda a partida, venceram Walsh/Ross por 2 seta 0 (21/15, 21/17), em apenas 32 minutos.

Quatro primeiras colocadas da corrida olímpica, e possivelmente cabeças de chave em seus respectivos grupos, Larissa/Talita, Walsh/Ross, Àgatha/Bárbara e Ludwig/Walkenhorst têm tudo para se encontrarem nos cruzamentos decisivos nas Olimpíadas.

A 56 dias dos jogos, muito mais do que o ouro, o torneio de Hamburgo serviu para mostrar que os dois times brasileiros estão bem.

Mesmo que Larissa/Talita tenham um favoritismo maior, Àgatha/Bárbara apresentaram hoje talvez um voleibol semelhante ao jogado no Campeonato Mundial do ano passado, quando foram ouro. Neste ritmo, a chance de vê-las na decisão olímpica aumenta, e muito. Vale lembrar que o critério olímpico dos últimos anos deve se manter, obrigando que, caso duas duplas de mesmo país cheguem às semifinais, haja um cruzamento de compatriotas, impedindo uma decisão nacional.

E se o nível apresentado no Rio for o mesmo que viu-se hoje na Alemanha, com certeza teremos um belíssimo torneio olímpico.

Antes dos Jogos, os times ainda têm pela frente mais três competições: Grand Slam de Olsztyn, já na próxima semana, e Majors de Porec e Gstaad, em julho. Serão cerca de 30 dias de mais possíveis prévias do que podemos ter por aqui.

Neste domingo, o torneio alemão se encerra com as decisões masculinas. Alison/Bruno Schmitd são os únicos brasileiros ainda com chance de medalhas. Pela manhã, eles enfrentam os americanos Lucena/Dalhausser nas semifinais. Caso vençam, encaram Rússia ou Holanda na briga pelo ouro.


domingo, 29 de maio de 2016

Principais duplas no país nos Jogos Rio 2016 conquistaram prata em Moscou
O Brasil encerra o Grand Slam de Moscou, penúltima etapa antes do fechamento da lista com as duplas classificadas para os Jogos Rio 2016, com duas pratas na bagagem.

Na decisão com ares de final olímpica, Walsh/Ross acabaram superando Larissa/Talita por 2 sets a 0 (20-22, 17-21), em 36 minutos de partida. Melhores durante toda o confronto, as norte-americanas não só chegaram ao quarto título de Circuito Mundial da temporada como derrubaram a invencibilidade das brasileiras, que até então tinham vencido todas as 12 decisões de tour internacional que disputaram.

No duelo particular entre os dois times, Walsh/Ross venceram o primeiro dos três desafios; Larissa/Talita levaram a melhor na etapa de Long Beach, nos Estados Unidos, ano passado, e no Open de Vitória, em março deste ano.

O bronze foi conquistado pelas canadenses Sarah Pavan/Bansley, que venceram Juliana/Taiana por 2 sets a 0 (21/16 e 21/18).

Mesmo começando a etapa no qualificatório, Duda/Elize Maia tiveram forças para terminar numa boa 5ª colocação geral, após perderem justamente para Walsh/Ross nas quartas de final do torneio. Já Àgatha/Bárbara Seixas, segundo time olímpico do Brasil, não fizeram um bom torneio e foram eliminadas ainda na repescagem, pelas tchecas Slukova/Hermannova, número 26 do evento.

Alison/Bruno Schmitd cedem quatro match points e também são pratas

Se no torneio feminino, Walsh/Ross fizeram uma possível final olímpica contra Larissa/Talita, a decisão entre os homens acabou sendo uma reedição do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia do ano passado.

Alison/Bruno Schmitd, vindos de 23 vitórias consecutivas, no entanto, não conseguiram vencer novamente os holandeses Nummerdor/Varenhorst.

Mesmo com uma parcial de 21/7 no segundo set e de um placar de 14 a 12 no tie-break, os atuais campeões brasileiros e mundiais acabaram cedendo a virada, após o time da Holanda forçar os pontos finais em cima do mamute, que encontrou dificuldades em colocar a bola no chão.

Os jovens Losiak/Kantor, campeões do Grand Slam do Rio de Janeiro, foram bronze, ao derrotarem os norte-americanos Gibb/Patterson também no tie-break (19/21, 22/20, 15/12).

Antes do bronze, os poloneses foram os responsáveis pela eliminação de Álvaro Filho/Vítor Felipe nas quartas de final e de Pedro Solberg/Evandro nas oitavas. A parceria estreante, formada por Ricardo/André Stein, acabou eliminada ainda na fase de grupos, com três derrotas em três jogos.

Agora as atenções se voltam para o Major Series de Hamburgo, na Alemanha, entre os dias 7 e 12 e junho. (Confira o calendário aqui.

Duas pratas que podiam ser ouro, é verdade. Mas, já garantidos nos Jogos, se for para perder, melhor que os times do Brasil percam agora.

domingo, 22 de maio de 2016

Ouro em Cincinnati é o primeiro dos jovens, de apenas 22 anos (Foto: FIVB)
Únicos representantes do vôlei de praia brasileiro na fase principal do Open do Cincinnati, nos Estados Unidos, Guto/Saymon fizeram história ao vencer o torneio e chegar ao primeiro ouro da dupla em etapas do Circuito Mundial.

Na decisão, realizada na madrugada deste domingo (22), a dupla venceu os canadenses Binstock/Schachter, com parciais de 22/20 e 21/8, em 33 minutos de partida.

Agora, em oito etapas de Circuito Mundial, disputadas pelos jovens parceiros desde setembro do ano passado, a dupla agora soma três pódios: além do ouro de Cincinnati, foram bronze no Opens do Rio de Janeiro e Maceió.

Os veteranos Lucena/Dalhausser terminaram com o bronze.

Pelo torneio feminino, que não contou com a presença de brasileiras, Walsh/Ross venceram as chinesas Xue/X. Y. Xia por 2 set a 1 (20-22, 21-14, 18-16), em 66 minutos de partida, chegando ao terceiro ouro da parceria em etapas do tour 2016.

Além do título, as norte-americanas completam a etapa celebrando a classificação para os Jogos Rio 2016. Líderes na pontuação olímpica dos Estados Unidos, a dupla chegou ao  12º torneio internacional, pré-requisito exigido pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB). A confirmação oficial, no entanto, só deve sair no dia 13 de junho, um dia após o encerramento da contagem de pontos para as Olimpíadas.

Liliana/Elsa, da Espanha, completaram o pódio.

Faltando 75 dias para a abertura dos Jogos, restarão agora duas etapas para o fechamento do calendário classificatório: o Grand Slam de Moscou, que começa já a partir desta terça-feira (24) e depois o Major de Hamburgo, entre os dias 7 e 12 de junho.

Brasileiros campeões do Mundial Sub-21

Além do ouro de Guto/Saymon, a semana também foi marcada pela dupla conquista brasileira no Mundial Sub-21, disputado em Lucerna, na Suíça.

Pelo feminino, Duda/Ana Patrícia, campeãs dos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014, na China, voltaram a dar o título ao Brasil, que tinha sido campeão pela última vez em 2007, com Lili/Bárbara Seixas.

Entre os homens, Arthur Lanci/George Souto repetiram o feito de Allison/Guto, que haviam vencido o torneio em 2013.

Em 15 edições do torneio, realizado anualmente desde 2001, o Brasil é o mais vencedor da competição, com 12 conquistas.

Challenger de João Pessoa

Campeão Sub-21 na segunda-feira, o paraibano George voltou a vencer neste domingo. Desta vez, ele e Thiago foram campeões do Challenger de João Pessoa. Neide e Rebecca foram as vencedoras no feminino.

O campeonato é composto por quatro etapas. O torneio também passará por Recife, Aracaju e Cabo Frio.

domingo, 1 de maio de 2016

Assim como na Holanda, em 2015, pódio feminino foi todo brasileiro em Fortalez
Assim como na Holanda, em 2015, pódio feminino foi todo brasileiro em Fortaleza
Mesmo sem Alison/Bruno Schmitd e Larissa/Talita, que optaram por não disputar a etapa, e com uma eliminação de Pedro Solberg/Evandro e Àgatha/Bárbara Seixas ainda nas oitavas de final, o Open de Fortaleza, último torneio de uma série de quatro competições de Circuito Mundial em solo brasileiro, terminou com ouro para o Brasil nos dois naipes.

Entre as mulheres, Duda/Elize Maia repetiram o feito de fevereiro, quando venceram o Open de Maceió. Desta vez, nas areias da Praia do Futuro, derrotaram as compatriotas Juliana/Taiana na decisão deste domingo, por 2 sets a 0 (21/17, 21/18).  Com o título, Duda, de apenas 17 anos, soma agora dois ouros em etapas do tour internacional e, com os bons resultados que vem obtendo, já começa a citar as Olimpíadas de 2020 como meta para os próximos anos.

Sem Maria Elisa, afastada das areias por conta de um exame positivo no doping, Lili jogou ao lado de Rebecca, reeditando a antiga parceria de temporadas anteriores. Ainda demonstrando bom entrosamento, terminaram com o bronze, e ajudaram a deixar o Brasil em todas as colocações do pódio feminino.

A última vez que as duplas femininas do país haviam sido ouro, prata e bronze numa mesma etapa foi em julho de 2015, no Campeonato Mundial da Holanda.

Título inédito para André/Oscar

Entre os homens, Oscar, ao lado do jovem André Stein, de apenas 21 anos, conquistaram o primeiro ouro de Circuito Mundial de suas carreiras. Na decisão, os brasileiros tiveram pela frente os alemães Erdmann/Matysik. Os europeus venceram o primeiro set, por 21/15, perderam o segundo, por 21/18,  e acabaram desistindo da partida após Kay Matysik teve uma queda de pressão.

Assim como Duda, André, que até então havia vencido uma etapa de Circuito Brasileiro - no início do ano, em Niterói -, uma de Circuito Nacional e outra na categoria sub-23, também começa a aparecer como possível destaque na modalidade nos próximos anos.

O bronze foi conquistado pelos mexicanos Virgen e Ontiveros, após vitória por 2 sets a 0 21/13, 21/17) contra os primos Grimalt, do Chile.

Aposentadoria de Márcio Araújo

Depois da aposentadoria de Emanuel, no Grand Slam do Rio de Janeiro, em março, Márcio Araújo também marcou sua despedida do vôlei de praia.

Jogando em casa, o cearense foi eliminado nas oitavas de final da etapa pelos mexicanos Virgen/Ontivero, Dentre os vários títulos conquistados pelo atleta, de 42 anos, estão o ouro no Campeonato Mundial de 2005 e a prata olímpica em Pequim 2008.

Já na próxima semana, os oitos melhores times do Brasil, de cada naipe, participam do SuperPraia, torneio que encerra a temporada nacional. O Circuito Mundial também prossegue já a partir de terça-feira (3), com o Open de Sochi, na Rússia. Confira aqui o calendário completo.

domingo, 24 de abril de 2016

Título em Fortaleza foi conquistado por times olímpicos
Times "número 1" do Brasil nas Olimpíadas 2016, Alison/Bruno Schmitd e Larissa/Talita conquistaram neste domingo (24) o título do Open de Fortaleza, última etapa da temporada 2015/16 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. Além de serem as campeãs do torneio disputado na Praia do Futuro, as parcerias também garantiram o título nacional de seus respectivos naipes.

Líderes absolutas do ranking em toda a temporada, Larissa/Talita chegaram matematicamente ao título ainda na sexta-feira, com duas vitórias na fase inicial da competição. Já Alison/Bruno garantiram a conquista após classificação para as semifinais do torneio.

Duda/Elize Maia, que perderam a decisão de hoje por 2 sets a 0 (21/18, 26/24) encerraram a temporada na segunda colocação geral. Entre os homens, Guto/Saymon, derrotados ontem por Alison/Bruno, também fecham a temporada como vice do ranking.

Àgatha/Bárbara Seixas e Pedro Solberg/Evandro, times que também defenderão o Brasil em Copacabana, abriram mão da etapa.

As duplas brasileiras prosseguem em Fortaleza, cidade que receberá a partir de terça-feira (26), a etapa Open do Circuito Mundial, última competição se uma série de quatro torneios do tour internacional sediados aqui no Brasil. No fim de semana seguinte, a temporada nacional será encerrada com o Superpraia, competição que reunirá as 14 melhores duplas do ranking, além de dois times convidados. Os jogos ocorrem de 6 a 8 de maio, em João Pessoa. Confira aqui o calendário completo.

Walsh/Ross e Dalhausser/Lucena vencem na China

Enquanto as duplas do Brasil, já classificadas para os Jogos, abrem mão das etapas internacionais, as parcerias estrangeiras continuam disputando o Circuito Mundial, ainda almejando pontos para a participação nas Olimpíadas em agosto.

Invictas, Walsh/Ross venceram, neste domingo, as alemãs Laboureur/Sude, por duplo 21/15, e conquistaram o Open de Fuzhou, na China. No naipe masculino, o título também foi americano, com vitória de Dalhausser/Lucena sobre os italianos Nicolai/Lupo, também por 2 sets a 0 (21/18, 21/15). Assim como a dupla feminina, o time masculino venceu sete dos sete jogos disputados.

Na semana passada, no Open de Xiamen, também na China, Walsh/Ross foram bronze, ao vencerem justamente as adversárias de hoje. O ouro foi conquistado pelas austríacas Schwaiger S./Hansel. Herrera/Gavira, da Espanha, passaram pelos americanos Hyden/Bourne, e venceram a etapa masculina, que não contou com a participação de Dalhausser/Lucena.

Suposto doping de Maria Elisa

Segundo informações do Blog do Bruno Volock e do Globoesporte.com, Maria Elisa teria sido pega no exame antidoping, cuja amostra foi coletada no Grand Slam do Rio de Janeiro, em março. A substância proibida estaria presente em um medicamento para acelerar o metabolismo e ajudar no emagrecimento da atleta.

Com isso, Maria não esteve presente na etapa de Fortaleza e Lili, sua atual parceira, jogou ao lado de Rebecca.

Em nota, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) informou que não se pronunciará sobre o caso antes de ser comunicada oficialmente pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD).

Maria Elisa/Juliana é o time reserva convocado pela CBV para a Rio 2016, caso Larissa/Talita ou Àgatha/Bárbara Seixas apresentem alguma lesão.

Este é o segundo caso consecutivo de suposto doping envolvendo atleta brasileiro antes de uma Olimpíada. Em 2011, Pedro Solberg foi afastado do Circuito Mundial também por suspeita de doping. Somente no final do ano passado, depois de entrar com uma ação na Justiça, e encomendar laudos independentes, o atleta conseguiu provar sua inocência.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Uniformes vestirão atletas do indoor e do vôlei de praia, além da equipe técnica
Uniformes vestirão atletas do indoor e do vôlei de praia, além da equipe técnica
Foram apresentados nesta terça-feira (16), no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema (RJ), os novos uniformes do vôlei brasileiro, tanto para as equipes de quadra quanto para as duplas do vôlei de praia.

Se o estilo monocromático foi a tônica a partir do Pan de Guadalajara, a proposta das novas roupas seguirá um caminho bem contrário nos Jogos do Rio de Janeiro.

Abusando de tons bem mais fortes e com muito colorido, os novos uniformes foram concebidos, segundo Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e Olympikus, fornecedora do material, "a partir do conceito do Big Bang, representando a explosão gerada a partir da união dos atletas brasileiros"

Além das cores, a volta das mangas na camisa masculina também chamou a atenção. Os materiais utilizados na fabricação, poliamida com elastano, no entanto, ajudariam a dar maior liberdade aos movimentos, facilitar a transpiração e proporcionar uma secagem mais rápida.

Segundo Àgatha, os atletas puderam participar do processo criativo. "Sugerimos ideias e sempre dissemos que seria interessante termos as cores da nossa bandeira, traz uma energia muito boa. Além disso, o material é confortável e leve, o que é muito importante em todos os esportes, ainda mais no vôlei de praia", disse durante a apresentação.

Este é o 19º ano de parceria entre CBV e Olympikus, que também já conceberam uma proposta um tanto quanto inovadora para o Pan 2007 e para as Olimpíadas de Pequim. Naquela oportunidade, o degradê marcou o primeiro ouro da história da seleção feminina de quadra.

Todas as imagens disponibilizadas pela CBV podem ser conferidas na Fanpage do Primeiro Set.

Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV


domingo, 20 de março de 2016

Em possível duelo olímpico, Larissa/Talita levaram a melhor sobre Walsh/Ross
Em possível duelo olímpico, Larissa/Talita levaram a melhor
Depois de conquistar um ouro e uma prata em Maceió e uma a prata no Grand Slam de Rio, as duplas do Brasil foram duplamente ouro neste domingo (20), na etapa Open de Vitória, válida pelo Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

Nascidos no Espírito Santo, Alison e Larissa contaram com a ajuda do público que compareceu à arena montada na praia de Camburi para conquistar o primeiro ouro de seus times na temporada internacional.

No feminino, Larissa/Talita e Walsh/Ross, campeãs do Grand Slam do Rio na última semana, protagonizaram um dos encontros mais esperados para as Olimpíadas. Mesmo cinco pontos atrás do placar no primeiro set, as brasileiras tiveram paciência e, jogando juntas, como ressaltou Talita no fim da partida, conseguiram fechar a partida em 2 sets a 0, em 39 minutos.

Na disputa pelo terceiro lugar, as alemãs Holtwick/Semmler derrotaram as australianas Bawden/ Clancy por 2 a 1, (20/22, 21/17 e 15/11), em 50 minutos, e levaram o bronze.

Focadas na preparação para os Jogos do Rio, Àgatha/Bárbara Seixas não disputaram a etapa.

A recém-parceria formada por Lili/Maria Elisa terminou em 5º, que também foi o melhor resultado do time nas três etapas de Circuito Mundial disputadas. Duda/Elize Maia e Juliana/Taiana terminaram em 9ª e Rebecca/Neide em 25º.

Alison/Bruno Schmitd desencantam 
Depois de uma eliminação nas quartas de final no Grand Slam do Rio, Alison/Bruno aproveitaram o fator casa para melhorar o desempenho internacional em 2016.

Em sete jogos, os atletas, que treinam em Vila Velha, perderam um único set em todo o torneio, ainda na primeira partida da fase classificatória. Na decisão, contra os italianos Nicolai/Lupo, parciais de 21/13 e 21/18 e boa exibição, tal como na temporada passada.

Bronze no Rio, os holandeses Brouwer/Meeuwsen repetiram o resultado ao derrotarem os italianos Ranghieri/Carambula também por 2 sets a 0 (21/18, 21/15).

Eliminados por Alison/Bruno nas quartas de final, Guto/Saymon terminaram na 5ª colocação. Sem Emanuel, que se despediu das competições na última semana, Ricardo voltou a fazer dupla com Àlvaro Filho, terminando em 9º. Léo Gomes/Bernart foram 17º e Márcio Araújo/Luciano 25º.

Assim como Àgatha/Bárbara Seixas, Pedro Solberg/Evandro, prata no Open de Maceió e no Grand Slam do Rio de Janeiro, também optaram por não competir em Vitória.

Em abril, entre os 26 e 1º de maio, o Brasil recebe sua quarta etapa de Circuito Mundial do ano, desta vez em Fortaleza. Antes, porém, o tour passa por Doha (Qatar), somente com o torneio masculino, e Fuzhou e Xiamen, na China, com competições em ambos os naipes. As principais duplas do Brasil, no entanto, não devem estar presentes.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Após cirurgia, Walsh retornou com título no Grand Slam do Rio
No último domingo (13), o torcedor que foi à Copacabana na expectativa de ver um ouro brasileiro no Grand Slam de Vôlei de Praia acabou presenciando o título das norte-americanas Walsh/Ross.

Sem Larissa/Talita, eliminadas pelas italianas Marta Menegatti/Orsi Toth nas oitavas de final, e sem Àgatha/Bárbara Seixas, derrotadas por suíças Forrer/Vergé-Dépré nas quartas, Walsh/Ross deslancharam. Venceram as polonesas Kolosinska/Brzostek com facilidade, por 2 sets a 0 (21/15, 21/13) em apenas 31 minutos de partida, terminando o torneio com um retrospecto de sete vitórias em sete jogos e apenas três sets perdidos.

Parada desde setembro do ano passado, por conta de uma cirurgia no ombro direito, Walsh não só retornou às competições, como já voltou a ocupar o lugar mais alto do pódio.

Tudo bem que, com apenas nove torneios disputados - já contado com a Open de Vitória, a parceria ainda precisa de três competições para atender a exigência mínima de 12 torneios internacionais disputados para pleitear uma vaga nas Olimpíadas do Rio. Tudo bem também que a dupla precisará medir forças com as outras compatriotas para garantir o retorno à Copacabana em agosto.

Mas o retorno em alto nível liga o sinal de alerta. Também não muito bem nos anos anteriores a 2012, e vendo Juliana/Larissa vencerem praticamente todas as competições da época, inclusive o Campeonato Mundial em 2011, Walsh, ainda nos tempos de parceria com May, "se fez de morta", chegou devagarinho e conquistou ao tricampeonato olímpico.

Diante disso, por mais que 175 dias no vôlei de praia sejam muita coisa, acreditar num incrível tetracampeonato de Kerri não seria coisa só para norte-americano ver. Assim como acreditar que a luta pelo ouro do vôlei de praia no Rio pode ser uma das maiores disputas da história da modalidade nos Jogos Olímpicos, sem demagogia.

Pedro Solberg/Evandro conquistam prata e lenda Emanuel se aposenta 
Se a briga pelo ouro feminino deve ser intensa, a situação tem tudo para ser a mesma entre os homens. Depois de fazer um campeonato de recuperação, Pedro Solberg/Evandro foram o Brasil na decisão do Grand Slam carioca. No entanto, mesmo com o apoio da torcida, os cariocas acabaram derrotados pelos poloneses Losiak/Cantor, em parciais duríssimas de 19/21 e 21/23. em 45 minutos de partida.

Mesmo sem título, o "segundo time" olímpico do Brasil chegou à segunda decisão de mundial consecutiva - em Maceió perderam para os norte-americanos Dalhausser/Lucena - repetindo uma sequência melhor do que Alison/Bruno Schmitd no início da temporada, tal como em 2015.

Já no seu torneio à parte, Emanuel, que afirmava não estar competindo no Rio e sim curtindo seus últimos momentos dentro do quadra, acabou dando adeus à brilhante trajetória perdendo pelos primos Grimalt, do Chile, treinados pelo brasileiro Garrido. Nos 25 anos dedicados ao esporte, foram 153 títulos, dentre eles a conquista da medalha de ouro em Atenas 2004. Uma perda para o vôlei de praia brasileiro, ainda mais nos tempos de "globalização" e competitividade pelo qual passa a modalidade.

Encerrado no domingo, o Grand Slam do Rio já deu lugar ao Open de Vitória, realizado nesta semana na capital capixaba.
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