Mesmo com apenas uma vitória, Pedro/Evandro também avançaram |
Para quem esperava uma fase de grupos relativamente fácil para as duplas de vôlei de praia do Brasil nos Jogos Rio 2016, os resultados foram bem mais apertados do que o previsto. Exceto Larissa/Talita, que passaram com três vitórias em três jogos, as outras três parcerias encontraram algumas pedras no caminho até às oitavas de final.
Àgatha/Bárbara Seixas e Alison/Bruno Schmitd, com duas vitórias e uma derrota, não conseguiram avançar como primeiros de seus respectivos grupos, mas não tiveram uma caminhada tão sofrida quanto Pedro Solberg/Evandro, que só garantiram a classificação no terceiro e decisivo jogo, no tie-break.
Para avançar, os cariocas, estreantes em Jogos Olímpicos, tiveram que vencer os letões Smedins (medalhista de bronze, em Londres) e Samoilovs, um da duplas favoritas ao pódio olímpico. Com a derrota, os campeões do evento-teste, realizado em setembro do ano passado, terminaram em último lugar da fase classificatória, dando adeus precocemente à competição.
Outra prova da dificuldade do torneio foi a eliminação dos norte-americanos Gibb/Patterson, últimos colocados do Grupo F. Os espanhóis Herrera/Gavira e Jefferson, brasileiro que defende o Catar, e seu parceiro Cherif foram os classificados.
Treinados pelo ex-jogador Eduardo Garrido, os primos Marco e Esteban Grimalt, que contaram com bom apoio do torcedor brasileiro e de muitos chilenos que estão no Brasil, terminaram na última colocação do Grupo E.
Entre as mulheres, outra baixa norte-americana: Frendrick/Sweat, que estavam no grupo A, de Larissa/Talita, deram adeus aos Jogos com três derrotas em três partidas.
Com as definições de momento, Àgatha/Bárbara Seixas enfrentarão as chinesas Wang/Yue já nesta sexta. Pedro/Evandro, que devem ganhar moral com a vitória obtida nesta quinta-feira (12), encaram os russos Liamin/Barsuk. Teoricamente, Alison/Bruno Schmitd farão o jogo mais difícil, tendo pela frente os espanhóis Herrera/Gavira. Já Larissa/Talita duelarão contra as alemãs Borger/Büthe.
Ou seja, para quem achava que uma Olimpíada no Brasil seria com chances claras - e fáceis - de medalhas, os cruzamentos, e o nível técnico muito equilibrado entre os times, mostram que o caminho até o pódio será bem duro.