quarta-feira, 16 de março de 2016

Após cirurgia, Walsh retornou com título no Grand Slam do Rio
No último domingo (13), o torcedor que foi à Copacabana na expectativa de ver um ouro brasileiro no Grand Slam de Vôlei de Praia acabou presenciando o título das norte-americanas Walsh/Ross.

Sem Larissa/Talita, eliminadas pelas italianas Marta Menegatti/Orsi Toth nas oitavas de final, e sem Àgatha/Bárbara Seixas, derrotadas por suíças Forrer/Vergé-Dépré nas quartas, Walsh/Ross deslancharam. Venceram as polonesas Kolosinska/Brzostek com facilidade, por 2 sets a 0 (21/15, 21/13) em apenas 31 minutos de partida, terminando o torneio com um retrospecto de sete vitórias em sete jogos e apenas três sets perdidos.

Parada desde setembro do ano passado, por conta de uma cirurgia no ombro direito, Walsh não só retornou às competições, como já voltou a ocupar o lugar mais alto do pódio.

Tudo bem que, com apenas nove torneios disputados - já contado com a Open de Vitória, a parceria ainda precisa de três competições para atender a exigência mínima de 12 torneios internacionais disputados para pleitear uma vaga nas Olimpíadas do Rio. Tudo bem também que a dupla precisará medir forças com as outras compatriotas para garantir o retorno à Copacabana em agosto.

Mas o retorno em alto nível liga o sinal de alerta. Também não muito bem nos anos anteriores a 2012, e vendo Juliana/Larissa vencerem praticamente todas as competições da época, inclusive o Campeonato Mundial em 2011, Walsh, ainda nos tempos de parceria com May, "se fez de morta", chegou devagarinho e conquistou ao tricampeonato olímpico.

Diante disso, por mais que 175 dias no vôlei de praia sejam muita coisa, acreditar num incrível tetracampeonato de Kerri não seria coisa só para norte-americano ver. Assim como acreditar que a luta pelo ouro do vôlei de praia no Rio pode ser uma das maiores disputas da história da modalidade nos Jogos Olímpicos, sem demagogia.

Pedro Solberg/Evandro conquistam prata e lenda Emanuel se aposenta 
Se a briga pelo ouro feminino deve ser intensa, a situação tem tudo para ser a mesma entre os homens. Depois de fazer um campeonato de recuperação, Pedro Solberg/Evandro foram o Brasil na decisão do Grand Slam carioca. No entanto, mesmo com o apoio da torcida, os cariocas acabaram derrotados pelos poloneses Losiak/Cantor, em parciais duríssimas de 19/21 e 21/23. em 45 minutos de partida.

Mesmo sem título, o "segundo time" olímpico do Brasil chegou à segunda decisão de mundial consecutiva - em Maceió perderam para os norte-americanos Dalhausser/Lucena - repetindo uma sequência melhor do que Alison/Bruno Schmitd no início da temporada, tal como em 2015.

Já no seu torneio à parte, Emanuel, que afirmava não estar competindo no Rio e sim curtindo seus últimos momentos dentro do quadra, acabou dando adeus à brilhante trajetória perdendo pelos primos Grimalt, do Chile, treinados pelo brasileiro Garrido. Nos 25 anos dedicados ao esporte, foram 153 títulos, dentre eles a conquista da medalha de ouro em Atenas 2004. Uma perda para o vôlei de praia brasileiro, ainda mais nos tempos de "globalização" e competitividade pelo qual passa a modalidade.

Encerrado no domingo, o Grand Slam do Rio já deu lugar ao Open de Vitória, realizado nesta semana na capital capixaba.
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