segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Atualizada às 12h17

Após dezesseis anos, o Brasil terá duas duplas de vôlei de praia entre as quatro melhores de uma Olimpíada. A última vez do feito foi nos Jogos de Sidney 2000, quando Adriana Behar/Shelda terminaram com a prata e Adriana Samuel/Sandra Pires foram bronze.

Com as vitórias de Larissa/Talita e Àgatha/Bárbara Seixas, que neste domingo (14) passaram as semifinais, eliminando suíças e russas, seguem vivas também as chances de uma decisão 100% brasileira, tal como aconteceu há 20 anos, quando Jaqueline/Sandra Pires e Mônica/Adriana Samuel decidiram o ouro em Atlanta 1996.

Na pior das hipóteses, com derrota dos dois times na partida que vale vaga para a final, o Brasil terá um cruzamento de compatriotas na disputa pelo bronze, garantindo a medalha e repetindo o feito de Londres 2012, quando Juliana/Larissa terminaram em 3º.

Por outro lado, pensando muito positivamente, as duplas podem chegar a uma decisão entre compatriotas, jogando justamente no Brasil.

Não é impossível, mas o caminho para uma decisão caseira é muito complicado e dependerá de uma atuação quase impecável dos dois times. Àgatha/Bárbara terão pela frente a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, prata em Londres. Ontem, as americanas bateram a Austrália com muita facilidade, chegando à quinta vitória em cinco jogos disputados até aqui. Enquanto sobra experiência para as americanas em competições olímpicas, Àgatha/Bárbara debutam em Jogos Olímpicos. Mesmo assim, a classificação para as semifinais mostrou que o time "número 2" do Brasil, que detém o título do Campeonato Mundial, conquistado na Holanda ano passado, está focado, bem treinado e com uma preparação física e psicológica muito forte.

Já Larissa e Talita, que já têm três Olimpíadas no currículo, disputadas com parceiras diferentes, chegam com mais expertise. O duelo que pode colocar a parceria na final será contra as perigosas alemãs Ludwig/Walkenhorst, atuais campeãs europeias e campeãs do Circuito Mundial 2016 por antecipação. Vale lembrar que Larissa venceu Ludwig em 2012, em partida válida pelas quartas de final dos Jogos britânicos.

Os dois confrontos acontecem nesta terça, às 16h, com Larissa/Talita e Ludwig/Walkenhorst. Às 23h59, Àgatha/Babi pegam as americanas. A disputa pelo bronze e pelo ouro será na quarta, a partir das 22h.

Quatro duplas, justamente as quatro primeiras do ranking internacional e estimativas dificílimas de serem calculadas. Além da técnica e do fator físico, o coração pode ser muito importante nesses confrontos.

Alison/Bruno x Lucena/Dalhausser

Entre os homens, Alison/Bruno Schmitd, único time brasileiro ainda vivo na Olimpíada, terão hoje um grande desafio pela frente. Às 16h, encaram os americanos Lucena/Dalhausser. Se vencerem, chegam nas semifinais, tendo com adversários ou Nummerdor/Varenhorst ou Brouwer/Meeuwsen, ambos times da Holanda.

Uma coisa é certa: estes estão sendo os Jogos Olímpicos mais equilibrados dos últimos anos no vôlei de praia. É só pedreira, meus amigos!

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