domingo, 8 de setembro de 2013

Novatos e veteranos se entrosaram e Sada não teve dificuldades.
Eu ia deixar para comentar sobre o assunto amanhã, mas, no calor das centenas de tuítes (na maioria, negativos!), resolvi escrever já de uma vez.

Em apenas 69 minutos de partida, o Sada/Cruzeiro acaba de vencer o São Bernardo na estreia da temporada 2013/14 da Superliga Masculina de vôlei. Vitória pelo tranquilo placar de 3x0.

No entanto, as parciais de 21/16, 21/15 e 21/16 mostraram muito mais que a total supremacia do time celeste que, na minha opinião, é o grande do favorito ao título.

Pelo menos no jogo de hoje, a sensação que se teve foi que adotando sets de apenas 21 pontos, a CBV estará, de fato, deixando as partidas mais atrativas para a TV.

Somando paradas técnicas, intervalos e algumas outras interrupções, o jogo de hoje durou 21 minutos a menos que uma partida de futebol, sem falar nos tradicionais 15 minutos de intervalo nos gramados.

Mas a dúvida é se, realmente, essa retirada dos quatro pontos finais dos sets vai surtir efeito no interesse pelas coberturas.

Durante décadas, o vôlei contou com a extinta vantagem. Em 1998, essa regra deu lugar aos sets de 25 pontos corridos para, justamente, diminuir o tempo das transmissões.

Realmente, as partidas ficaram menores e menos cansativas de se ver, mas a cobertura ao vivo (principalmente em canais abertos) não seguiu na proporção esperada por FIVB e CBV. E acredito que o mesmo deva acontecer agora.

Não serão quatro pontos que vão fazer a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, colocar uma partida do Sada durante um horário nobre durante a semana, por exemplo. No máximo, algumas transmissões a mais no modesto sábado de manhã.

Todos os graves problemas na divulgação das equipes (sobretudo as menores) e na respectiva exposição dos patrocinadores, não estarão solucionados.

Tudo bem que ficar duas horas e meia num ginásio assistindo uma interminável partida de 3x2, com parciais do tipo 30/28, 28/26, 26/28, 32/30 e 17/15, por exemplo, é cansativo. Então, se for durante a semana, por volta das 21 horas, pode até acabar atrapalhando o dia do trabalho seguinte do torcedor.

Mas, creio que a mudança será benéfica muito mais para a mídia do que para clubes, atletas e torcedores.

É claro que o vôlei brasileiro precisa evoluir, mas algumas mudanças, tanto na praia (leia-se seleção) quanto no indoor, não estão seguindo um critério lógico e justo.

É claro que também está muito cedo para julgar a ideia, mas, sinceramente, essa não deve ser a salvação para todos os problemas da falta de mídia do vôlei. Pelo menos é o que eu penso. E você, o que acha?

Foto: CBV

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