quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Mais uma história super bacana que chegou para ser compartilhada aqui no Primeiro Set.
O Post do Torcedor de hoje foi escrito por Aline Kelly Dantas Silva, fiel torcedora do BMG/Montes Claros, que viveu uma situação bastante inusitada na segunda rodada da Superliga Masculina. Confira:

Nem na formatura o casal abandonou o MOC.
A nossa história no MOC só pode ser contada no plural, afinal, descobrimos e nos apaixonamos pelo Montes Claros Vôlei juntos. Somos Aline e Serginho (grilo) e a paixão pelo vôlei nos une ainda mais, já que no futebol existe certa divergência “6 x 1 kkkkkk” néh?!

Cada jogo tem a sua história e são muitas coisas legais que podem ser relembradas, mas hoje contaremos a nossa saga para ver o MOC ganhar de 3 x 1 do cheio de estrelas RJX.

Na quinta feira, 15 de dezembro, iniciavam-se os meus eventos de formatura, começando com o culto. Roupa: terninho e scarpam pra mim e calça, camisa e sapato sociais para Serginho! Programamos os horários e nada poderia atrasar (só o jogo!).

O culto foi lindo, e, como os demais eventos de formatura, emocionante. Mas foi só o tempo de tirar as fotos no final, subirmos na moto e irmos direto para o caldeirão. Chegando perto, a gente ouvia o barulho da torcida e ficava se perguntando como estaria o jogo.

Compramos o ingresso e subimos correndo a rampa em direção à ala azul, a nossa preferida, e olhando direto para o placar vimos: 1º set MOC 25 x17 RJX, e 2º set MOC 20 a (não me lembro quanto para o RJX).

Ihullllll, o MOC tá ganhando! Mas, ahhhhhh já perdemos o jogo quase todo! Engano nosso, muita coisa ainda ocorreu naquela partida. Foi “o jogo”! Gritamos, cantamos, ficamos roucos, ficamos com raiva, sorrimos, e gritamos, gritamos, gritamos...

Goteira foi o grande destaque da rodada.
E aí veio a chuva forte, o jogo parou por causa das goteiras e eu pensei: R$20, 00 da chapinha indo embora!

O MOC ganhou este jogo, e ganhou bem! Estavámos felizes, mas para a nossa surpresa, a chuva não passava e ficamos lá no Poliesportivo até quase 1 hora da manhã esperando. Quando vimos que todos foram embora, tivemos que encarar a chuva até o Maracanã. Quem é de Montes Claros sabe o que estamos falando: é como atravessar toda a cidade!

Em condições ambientais favoráveis nada demais, mas de madrugada, na chuva, com roupa social e cabelo escovado a situação muda um pouco!

Mas depois de tudo isso nós só poderíamos dizer que valeu muito a pena! Amamos muito tudo isso.

Somos apaixonados por vôlei, por Montes Claros, e esse time é motivo de muito orgulho.

Tem uma história bem bacana para compartilhar com os leitores do Primeiro Set? Envie seu texto para primeiroset@gmail.com . Você pode participar também do Álbum do Torcedor na página do blog no Facebook, enviando fotos das partidas que esteve presente. Participe!


PS: Com a publicação desse post, chegamos ao de número 200! Obrigada a todos que leem e fazem esse espaço acontecer!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pódio totalmente diferente nesse início de 2012. Foto: CBV
Bruno e Hevaldo, Márcio e Franco e Gilmário e Luciano. Certamente, até pouco antes do início da disputa, esses não eram os nomes mais cotados para compor o pódio masculino da primeira etapa da temporada 2012 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, realizada em Salvador. Se o ano era novo, os resultados também foram.

Mais focados no Circuito Banco do Brasil, Bruno e Hevaldo (atleta que também está disputado a Superliga B, pela UFC Ceará) e Márcio e Franco (parceria formada às pressas, já que Pedro Solberg ainda não se recuperou da lesão que sofreu no final de 2011) aproveitaram as brechas causadas por algumas eliminações precoces, como a de Alison e Emanuel, ainda na sexta-feira, e mostraram que, enquanto as "duplas de ponta" estão com a preparação dividida entre circuito brasileiro, mundial e, principalmente, Olimpíadas, esses resultados "inesperados" podem acabar se repetindo nesse início de 2012.

Ricardo e Pedro Cunha, que haviam estreiado na temporada no Desafio 4x4 de vôlei de praia da semana passada, foram os favoritos mais bem colocados, mesmo abandonando a decisão de 3º lugar por conta de câimbras e dores musculares sentidas por Pedro. E, para quem foi pré-convocado para as Olimpíadas nessa semana, todo cuidado nesse início de temporada é realmente válido.

Na decisão, além do alto nível imposto por Bruno e Hevaldo, que só entraram na competição depois de passarem pelo Circuito Estadual Banco do Brasil (que esse ano funcionará como Qualifying das etapas), o detalhe foi a presença do "velho garoto" Franco, no auge dos seus 45 anos de idade (isso mesmo, 4.5!).

Depois de três anos sem chegar a uma final, o ex-integrante da lendária parceria Franco e Roberto Lopes mostrou muita disposição e vitalidade nos três dias de etapa. Um exemplo para muitos atletas que estão começando a carreira agora.

Ano novo, resultados velhos no feminino

Se o resultado foi bem atípico no masculino, no feminino deu o de sempre: Juliana e Larissa seguiram no mesmo ritmo das temporadas anteriores e garantiram mais um título no extenso currículo.

De acordo com as contas feitas pelo blog oficial da dupla, esse foi o 55º campeonato garantido somente no Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia e o 99º da carreira, juntando as disputas do circuito nacional, mundial, Pan-Americano e Copa do Mundo).

Val e Slaylyin, que de novo chegaram a uma final, mostrando a boa química entre a parceria, e Karin e Raquel, que venceram Vivian e Taiana (entrevistada essa semana aqui no blog) de virada na decisão de 3º lugar, completaram o pódio baiano.

A grande surpresa feminina aconteceu ainda na sexta-feira: Talita e Maria Elisa, campeãs da última etapa brasileira em 2011, não jogaram bem e foram eliminadas logo no primeiro dia de competição, com duas derrotas em dois jogos.

A próxima etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia contece entre os dias 1 e 4 de março, em Recife. Antes, porém, Ipanema recebe mais uma edição do Rei e Rainha da Praia. (Confira aqui todo o calendário 2012)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Taiana terá um ano muito importante pela frente. Foto: FIVB
A partir de amanhã, dia 3, a temporada efetivamente começa para as principais duplas de vôlei de praia do país, que disputarão a etapa de abertura do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Salvador.

Para marcar o início dessa temporada tão importante para a modalidade, a entrevistada da vez é uma jogadora que terá grandes desafios pela frente: além da disputa do circuito nacional e mundial, esse ano ela participará pela primeira vez uma edição do Rainha da Praia.

Além disso, nessa semana, após esse bate-papo com o blog, ela recebeu a feliz notícia que é uma das doze pré-convocadas para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres (Entenda o novo critério de convocação do vôlei de praia). A cearense Taiana Lima, atual parceira da paraense Vivian, conta como está a expectativa para essa temporada tão importante em sua carreira. Confira:

Ano passado você, Vivian e muitos outros atletas encontraram dificuldades quanto à questão de patrocínio. E no final da temporada vocês duas fecharam contrato com a Cenoura e Bronze. Como é começar esse ano tão importante contanto com esse apoio?
É sempre importante ter um apoio desse porte, porque pode nos proporcionar ter uma boa estrutura com uma equipe multidisciplinar. Depois de fechado o patrocínio, passamos a contar com uma comissão técnica formada por técnico, dois auxiliares, preparador físico e quiropraxista (responsável pelo tratamento e prevenção das desordens do sistema neuro-músculo-esquelético), além do acompanhamento nutricional e psicológico.

No projeto da Cenoura e Bronze, vocês têm a ex-jogadora, e também sua ex-parceira, Virna como madrinha do projeto. Como é contar com um incentivo desses?
A Virna para mim sempre foi um exemplo por toda sua garra e vontade de vencer. Quando fui jogar com ela tive a oportunidade de aprender e evoluir muito como jogadora. Agora ela está nos bastidores e foi através dela que conseguimos o patrocínio. Para mim, é muito importante ter o apoio e confiança de uma pessoa como ela que, na minha opinião, sempre será um referencial no meio esportivo.

Muitos atletas reclamam da falta de apoio na modalidade praia. Com você foi diferente ou também já passou alguma dificuldade para se manter nesse esporte?
Infelizmente, essa é uma realidade que enfrentamos. Eu passei alguns anos sem patrocínio e tinha meus pais como principais incentivadores, a federação cearense, através do presidente Jose Virgílio, que também me ajudou muito, além de toda força de vontade para evoluir e melhorar. Graças a Deus, hoje tenho a oportunidade de ter um bom patrocinador.

O início de 2011 foi muito bom para vocês: das três primeiras etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, vocês chegaram em duas finais. Como está a preparação para essa nova temporada? Os objetivos são os mesmos?
O objetivo é de conquistar cada vez mais espaço, conquistando títulos e melhorando a posição no ranking do Circuito Mundial e por fim, buscar a vaga olímpica. Acho que pensando de degrau em degrau é possível atingir o topo.

E quanto a Londres: no ranquiamento nacional de duplas, você e Vivian aparecem na 3ª colocação. Na frente de vocês, se encontram Juliana e Larissa e Talita e Maria Elisa. No entanto, a critério de classificação mudou e as atletas serão escolhidas por meio de convocação. Como está a cabeça de vocês? (Pergunta feita antes da divulgação da pré-convocação)
A princípio, estamos focadas no Circuito Brasileiro nesse início de ano. Na sequência estaremos brigando firme para melhorarmos nossa posição no ranking mundial. Acredito que a vaga para Londres é conseqüência de um trabalho bem feito. Quanto ao critério, acho que o Brasil vai ser bem representando de qualquer maneira.

Ano passado, no evento teste para as Olimpíadas, você e Vivian terminaram em 3º, sendo derrotadas por Ângela e Lili nas semifinais. Por mais que vocês estejam acostumadas a eventos internacionais, participar de um teste para os Jogos Olímpicos não é algo muito comum na vida de um atleta. Como foi participar desse evento?
Foi um evento onde tivemos a oportunidade de saber como será a organização dos Jogos. Lá serão mais dias de competição, o que já é um diferença considerável, já que nos outros campeonatos jogamos, no mínimo, duas vezes por dia. (Nas Olimpíadas cada dupla faz apenas um jogo a cada dia). Nesse evento teste notamos que o planejamento diário faz diferença, além de observarmos que também é fundamental manter o foco e a mente tranquila. No fim, tudo isso faz muita diferença.

Ainda sobre Olimpíadas, quais duplas você acredita que serão as principais concorrentes das brasileiras? Muitos dizem que Walsh e May "já não são mais a mesma dupla de antes" e que as brasileiras são favoritas ao ouro. Você concorda?
Acho que o Brasil tem grandes chances, mas nunca podemos esquecer que as americanas são bem experientes no que diz  respeito a esse tipo de evento. Afinal de contas, estamos falando das bicampeãs olímpicas. Fora que além delas existem outros times de muita qualidade, que vem crescendo muito nesses últimos anos, como as chinesas Zang Xi/ Xue. De qualquer maneira, sou mais Brasil.

Daqui a pouco mais de 15 dias, acontece mais uma edição do Rainha da Praia. E você, pela primeira vez, estará entre as oito atletas participantes. Como está a expectativa?
Espero me divertir bastante e aproveitar todos os momentos, já que por ser um torneio diferente, não existe muita cobrança. Mas, claro que vou querer conquistar essa coroa. Acho que quem conseguir se adaptar melhor às trocas de parceiras terá mais chances de brigar pelo título.

Saque curto

Nome completo: Taiana de Souza Lima
Data de nascimento: 27/05/84
Peso e altura: 1,75m e 66kg
Cidade onde treina: Rio de Janeiro
O que gosta de fazer nas horas vagas: Ir ao cinema e ficar em casa curtindo o maridão.
Ídolo: Ayrton Senna
Filme: Adoro filmes! O filme “Um Sonho possível” tem uma bela história.
Comida preferida: Adoro massas, mas nesse momento estou preferindo um bom prato de feijão, arroz, carne, salada e um delicioso suco de cajá para acompanhar.
Mania: Sempre que vou em direção ao saque, coloco o pé direito na frente antes de pegar a bola.
O lugar mais bonito que já jogou: Muitos, mas, por toda sua história, destacaria Roma.
Qualidade: Persistência
Defeito: Impaciência
Sonho: Disputar uma Olimpíada.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

 Praia: 1º pódio do ano aconteceu no último final de semana.
Entramos em fevereiro e a temporada do voleibol brasileiro, tanto o vôlei de praia quanto de quadra, já está a todo vapor.

Abaixo, a lista completa das datas e eventos já confirmados para esse ano.

A lista também ficará disponível no link calendário do blog, recebendo as atualizações necessárias, sempre que sairem novas confirmações de datas.

VÔLEI DE PRAIA

Rainha da Praia 
Data: 18 e 19 de fevereiro
Local: Rio de Janeiro

Rei da Praia
Data: 25 e 26 de fevereiro
Local: Rio de Janeiro

Circuito Banco do Brasil  de Vôlei de Praia

1 – Salvador (BA) - 02 a 05/02
2 - Recife (PE) -01 a 04/03
3 - João Pessoa (PB) - 22 a 25/03
4 – Fortaleza (CE) – 05 a 08/04
5 - Cuiabá (MT) – 13 a 16/09
6 – Goiânia (GO) – 27 a 30/09
7 – Belo Horizonte (MG) – 11 a 14/10
8 – Campinas (SP) – 01 a 04/11
9 – Curitiba (PR) – 15 a 18/11
10 – Rio de Janeiro (RJ) – 06 a 09/12

Etapas Challenger

1 - Maceió (AL)
2- Campo Grande (MS)
3 - Joinville (SC)
4 - Aracaju (SE)

As  datas ainda serão definidas, entre os meses de maio e agosto.

Ainda nas disputas nacionais acontecerão também o Circuito Estadual Banco do Brasil, o SUB-19, o SUB- 21 e SUB-23.

Circuito Mundial

Data
Evento
Local
Disputas
16 a 22/04
Open
Rio de Janeiro ou Brasília*
Masculino e Feminino
24 a 29/04
Open
Sanya, China
Feminino
24 a 29/04
Open
Myslowice, Polônia
Masculino
30/04 a 6/05
Grand Slam
Xangai, China
Masculino e Feminino
 7 a 13/05
Grand Slam
Pequim, China
Masculino e Feminino
22 a 27/05
Open
Praga, República Tcheca
Masculino
6 a 12/06
Grand Slam
Moscou, Rússia
Masculino e Feminino
12 a 17/06
Grand Slam
Roma, Itália
Masculino e Feminino
25/06 a 1/07
Grand Slam
Stavanger, Noruega
Masculino e Feminino
2 a 8/07
Grand Slam
Gstaad, Suiça
Masculino e Feminino
10 a 15/07
Grand Slam
Berlim, Alemanha*
Masculino e Feminino
16 a 22/07
Grand Slam
Klagenfurt, Áustria
Masculino e Feminino
27/07 a 12/08
Olimpíadas
Londres
Masculino e Feminino
13 a 19/08
Grand Slam
Stare Jablonki, Polônia
Masculino e Feminino
21 a 26/08
Open
Quebec, Canadá
Masculino e Feminino
28/08 a 2/09
Open
Aland, Finlância
Feminino
2 a 7/10
Open
Agadir, Morrocos*
Masculino
23 a 28/10
Open
Bang Saen, Tailândia
Feminino

Olimpíadas de Londres

Vôlei de Praia Feminino
Data: 28 de julho a 8 de agosto

Vôlei de Praia Masculino
Data: 28 de julho a 9 de agosto

VÔLEI DE QUADRA

Superliga Masculina de Vôlei
Data: 10 de dezembro 24 de abril

Superliga Feminina de Vôlei 
Data: 9 de dezembro a 14 de abril

Superliga B
Data:12 de janeiro a 31 de março ( a data da final ainda requer confirmação)

Pré-Olímpico da América do Sul de Vôlei Feminino
Data: 11 a 13 de maio
Local: São Carlos

Olimpíadas de Londres

Competição Maculina
Data: 29 de julho a 12 de agosto

Competição Feminina
Data: 28 de julho a 11 de agosto

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Convocação de Solberg esquenta a discussão.
A 172 dias dos Jogos Olímpicos de Londres, encerrou (ou começou, dependendo do ponto de vista) mais um capítulo da classificação do vôlei de praia brasileiro. Juliana, Larissa, Talita, Maria Elisa, Vivian, Taiana, Alison, Emanuel, Ricardo, Pedro Cunha, Márcio e Pedro Solberg foram os doze atletas selecionados para o Projeto Corrida Olímpica, uma espécie de seleção brasileira de vôlei de praia.

A partir desses doze, serão escolhidas os oito que, de fato, estarão representando o Brasil nas Olimpíadas.

Além deles, foram pré-convocados as duplas Ângela e Lili e Harley e Evandro. Pelo que ficou entendido na declaração de Ary Graça, presidente da Confederação, a escolha dessas outras duas parcerias se deve mais à preparação de Lili e Evandro para uma possível presença nas Olimpíadas do Rio, em 2016.

Ambos são jovens (Lili tem 24 anos, e Evandro, 21) talentosos e duas ótimas apostas para o futuro. A estratégia, então, é trabalhar desde já na "lapidação" dessas duas promessas, tal como se faz com jogadores da quadra.

Quanto ao doze pré-convocados para essa próxima Olimpíada, a escolha, em grande parte, obedeceu ao óbvio. Juntou-se as duas duplas mais bem colocadas no ranking mundial e colocou-se mais uma na "reserva".

Até aí, não há nada o que se discutir. No entanto, a polêmica surge quanto a CBV avisa que poderá, por exemplo, convocar Vivian e Larissa e, por opção técnica, deixar Juliana, que contribuiu para a conquista da vaga brasileira, de fora. Mesmo sem nenhum fator agravante, como lesões ou contusões, a entidade poderá intervir na formação das duplas.

Polêmico, complexo e muito diferente para a cabeça de atletas e torcedores que nunca presenciaram esse tipo de situação na modalidade. Na verdade, o assunto é tão embaraçoso que, para explicar minuciosamente todo o meu ponto de vista, seriam necessários mais uns três posts do tamanho desse. E, curiosamente, a cada dia me pego fazendo novas indagações.

No feminino, devido aos resultados apresentados nos últimos anos, é bem menos provável tal tipo de intervenção. Por uma questão de retrospecto e entrosamento, Juliana e Larissa e Talita e Maria Elisa devem ser menos ameaçadas, a não ser que Vivian e Taiana façam ótimas participações nas etapas do Circuito Mundial que antecederão os Jogos.

No entanto, dependendo da angulação, o assunto é bem mais polêmico no masculino.

Uma delas: Pedro Solberg foi acusado de antidoping, suspenso por várias etapas classificatórias para os Jogos, entrou com recurso, provou que não usou nenhuma substância proibida, foi absolvido e informou que está disposto a brigar pela vaga, e pelos mais de 140 mil reais gastos no processo contra o laboratório que o "incriminou".

Agora pré-convocado, Solberg entra diretamente na disputa pela vaga e a CBV terá um "abacaxi" para descascar. Convocá-lo e corrigir a injustiça cometida? Voltar a antiga dupla formada por ele e Ricardo? Refazer uma outra parceria extinta, dessa vez composta por Márcio e Ricardo? Ou apostar em Ricardo e Pedro Cunha que, inclusive, venceram os americanos ontem no Desafio 4x4 de vôlei de praia? (no jogo de duplas eles foram derrotados, mas sairam vencedores no quarteto)

Além disso, todos sabem a miscelânia de duplas masculinas formadas nos últimos anos. Estimular a convocação individual não é concordar com tal postura e acabar com aquela bonita manutenção de parcerias como Lula e Adriano, Adriana Behar e Shelda e a própria dupla Ricardo e Emanuel?

Perguntas complicadas, que, talvez, entrem para a lista dos contras do novo critério adotado.

Nos prós, o fato de poder se precaver contra possíveis contusões às vésperas dos Jogos, como aconteceu com Juliana em 2008, é motivo de valorização, sem sombra de dúvidas.

Anunciado oficialmente, é aguardar pelos próximos 172 dias que separam esses doze atletas de Londres e ver se a ideia, na prática, será viável ou não.

Afinal, a estratégia é ótima. Resta saber como será a execução.

(Foto: CBV)

domingo, 29 de janeiro de 2012

No duelo particular, Brasil sai na frente no ano olímpico.
Era só para ser um amistoso, para preencher a grade de programação da Rede Globo, que, em ínicio de ano, e sem as corridas de Fórmula 1, fica com poucas opções de transmissões de eventos esportivos ao vivo nas manhãs de domingo. Se era, esqueceram de avisar à Juliana, Larissa, Ricardo, Pedro Cunha, Rogers, Daulhauser, Kessy e Ross, participantes do Desafio 4x4 de vôlei de praia, que aconteceu na Arena Guarapiranga,em São Paulo.

Então, nada melhor do que começar a temporada do vôlei de praia com uma vitória suada, e de virada (19/21, 21/18 e 15/11) para cima dos americanos, que, certamente, serão a pedra no sapato das duplas brasileiras na luta pelas medalhas em Londres.

Vitória de Juliana e Larissa ontem, por 2x1, sobre Kessy e Ross, derrota Ricardo e Pedro para Rogers e Daulhauser, por 2x0, e decisão marcada para hoje, onde todos os jogadores estariam juntos em quadra.

E, para infelicidade dos americanos, juntou-se o melhor ataque e bloqueio do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia (Juliana) - que hoje funcionou também como uma boa líbero, o melhor jogador (Ricardo) e, principalmente, a melhor defesa (Pedro Cunha) e a melhor jogadora e levantadora (Larissa).

Com Pedro Cunha atacando como poucas se vezes ele se viu fazendo tão bem e tantas vezes numa mesma partida e Larissa levantando redondinho, mesmo tendo que aumentar quase meio metro a mais a bola que normalmente levanta para Juliana, a primeira competição do vôlei de praia da temporada foi gostosa de se ver.

Os americanos tentaram surpreender em algumas jogadas, ganharam pontos depois de algumas bobeadas do quarteto brasileiro, jogaram tudo o que sabem em outros ralis, mas o dia seria mesmo dos donos da casa na exibição paulista.

Como Juliana disse ao Globoesporte.com, "é uma exibição, mas ninguém quer perder. É a brincadeira mais séria da temporada".

Se era uma brincadeira, que nas outras o resultado se mantenha o mesmo. Porque é bom demais ver o Brasil vencer.

Na próxima semana, já sem transmissões da Globo, os atletas brasileiros começam a disputa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Salvador. E aí, acabou de vez a brincadeira! (Confira o calendário completo da temporada nacional.)

(Foto: Wander Roberto/Inovafoto)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lorena volta a ser destaque na Superliga. Foto: VIPCOMM
Parece que a disputa começou ontem, mas lá se foram as primeiras onze rodadas da Superliga Masculina de vôlei. E agora restam apenas mais um turno para chegarmos aos playoffs.

Na penúltima postagem, comentei que a Superliga está muito parecida com a última edição do Brasileirão de futebol. E a opinião não mudou.

Das doze equipes participantes, umas sete ou oito - com orçamento, planejamento e/ou experiência maior - davam indícios que iriam se destacar frente as outras. E isso, de fato, aconteceu. Vôlei Futuro, Cimed/Sky, Sesi/SP, Vivo/Minas, Medley/Campinas, RJX: dessa turma aí, quase todo mundo já esperava um aproveitamento maior.

Talvez a única equipe cotada para terminar o turmo entre as oito melhores na Superliga que não tenha atingido tal feito seja a de Montes Claros que, infelizmente, depois de dois anos muito forte - chegando, inclusive, ao vice-campeonato - já não é mais a mesma. Para piorar, os torcedores do MOC veem Lorena, o maior ídolo de sua história, brilhar agora pelo time de Araçatuba.

Da turma da ponta, o Vôlei Futuro, estreante ano passado e que se envolveu em várias polêmicas extra quadra, como a do caso Michel, se focou mais nos jogos, fortaleceu o projeto, a equipe e agora lidera com uma folga de três pontos.

Pontos que estão diretamente relacionados ao novo critério adotado, em que 3x2 no placar dá apenas dois pontos ao vencedor e um ao perdedor. Critério que nivelou ainda mais a Superliga.

Lá no fundão, Volta Redonda, UFJF e Londrina/Sarcomtel travam uma briga direta para não cair. Desses três, dois darão lugar aos campeões da Liga Nacional e da nova Superliga B. Na lanterna, com quatro pontos, seis atrás da UFJF, a equipe do Londrina é a mais próxima dessa queda.

UFJF, que ganhou duas seguidas no início de 2012, contra BMG/São Bernardo e Londrina/Sarcomtel, chegando a ficar entre as oito melhores colocadas, estacionou na pontuação e agora, ao invés da sonhada classificação, vai voltar a se concentrar para não cair.

Superliga Feminina

Pouco tenho acompanhado a Superliga Feminina, mas por lá também tem brilhado a estrela da equipe de Araçatuba. Parece que, aos poucos, Paula Pequeno tem voltado a jogar como antes.

E no Rio de Janeiro, quem diria, Fernanda Venturi, no auge dos seus 41 anos de idade, voltou a levantar como só ela mesmo sabe. Olímpiada? Será? Ela disse que não, mas...

Outro destaque individual bacana é a volta de Stacy. Assim como o retorno de Venturi, o caso de superação da líbero do Vôlei Futuro confirma que a vida, inclusive no esporte, realmente dá voltas.

A classificação da Superliga Masculina e Feminina estão completinhas no site da CBV.

Errata: devido às constantes dúvidas quanto ao sistema de rebaixamento e acesso na Superliga, fiz um contato com a assessoria da CBV, cuja resposta foi a seguinte:

"Estarão garantidas na Superliga feminina 12/13 as oito melhores equipes da temporada 11/12 e a equipe campeã da Liga Nacional de 2012. Assim, as quatro últimas da temporada 11/12 não serão necessariamente rebaixadas, mas também não terão vaga garantida. Elas poderão vir a ser convidadas.

O mesmo sistema vale para o masculino, com a diferença que a vaga do “acesso” será através da Superliga B, e não da Liga Nacional. A Liga Nacional classificará o campeão para a Sup
erliga B."
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