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"Peixinho" de Zé marcaria as comemorações de 2012. |
De volta à vida! Depois de uns dias bem longe da internet e com as energias renovadas, é hora de escrever o terceiro post da retrospectiva do vôlei brasileiro em 2012. E confesso que esse é uma das postagens mais emocionantes de toda a história do Primeiro Set. Afinal, Olimpíada é um evento mágico, que mexe com a gente. Recordemos:
- Vôlei de Praia Feminino: Talita/Maria Elisa em 9º e Juliana/Larissa bronze
Juliana/Larissa não começaram bem 2012, mas sobraram em todos os quatro anos de ciclo olímpico. Talita/Maria Elisa garantiram três pódios nas três primeiras etapas de Circuito Mundial da temporada, inclusive vencendo as Walsh/May, Xi/Xue e as próprias Juliana/Larissa.
Na primeira fase, vitórias tranquilas para ambas as parcerias. Mas logo nas oitavas-de-final, a primeira queda: Talita/Maria, longe daquela bonita vibração que vinham tendo, cairam diante das "zebras" Slukova/Kolocova por 2x1 (21/16, 20/22 e 15/9) e precocemente deram adeus aos Jogos: uma 9ª colocação, justa pela partida, mas injusta pelo voleibol apresentado durante os anos das parcerias.
Restando apenas Ju/Larissa, a expectativa era que a tão aguardada decisão contra Walsh/May fosse confirmada dias depois. E quando tudo parecia caminhar para isso, Kessy/Ross venceriam um dos confrontos mais inacreditáveis de Londres: virada para cima das brasileiras (15/21, 21/19 e 15/12), final 100% norte-americana e "apenas" possibilidade de bronze para o Brasil.
Ju/Larissa não começaram bem a partida contra as chinesas Zhang Xi/Xue, mas no fim acabou vencendo a dupla mais experiente: 2x1, de virada (11/21, 21/19 e 15/12), e primeira medalha do vôlei para o Brasil.
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Vôlei de Praia Masculino: Ricardo/Pedro Cunha em 5º e Alison/Emanuel prata
A primeira Olimpíada do "Mamute" Alison e a quarta consecutiva do consagradíssimo Emanuel. A primeira participação olímpica do "
Highlander" Pedro Cunha - que sofreu duas sérias lesões durante o ciclo olímpico - e a quarta consecutiva de Ricardo, ex-parceiro de Emanuel e ouro, prata e bronze nos últimos três Jogos.
Alison e Emanuel, vencedores de todas as cinco competições que disputaram em 2011, eram os grandes favoritos. Mas o bom e rápido entrosamento de Ricardo e Pedro no ano final da preparação olímpica também credenciava a dupla como candidata ao pódio.
Tudo ia bem: primeira fase invicta, segunda idem e confiança em alta. No entanto, o caminho dos brasileiros contou com uma dura pedra pelo caminho, a mesma que parou Harley e Alison na Copa do Mundo de Vôlei de Praia 2009.
Nas quartas, vitória dos alemães
Brink/Reckermann por 2x0 (21/15 e 21/19) e 5º lugar para Ricardo e Pedro. Uma derrota amarga, que pela primeira vez faria Ricardo voltar para casa fora do pódio.
Na decisão, mais um golpe: depois de um primeiro set apertado, de um bom placar brasileiro no segundo e de uma incrível reação verde-amarela no finalzinho do tie-break, vitória por 2x1 (21/23, 21/16 e 14/16) e ouro para os alemães.
- Seleção Masculina: russos surpreendem e ouro escapa em jogo praticamente encerrado
Domingo, Dia dos Pais, Bernardinho, Bruninho e um roteiro que parecia coroar de vez o incrível histórico do técnico da seleção masculina.
Depois de algumas partidas em ritmo de Liga Mundial, a "lavada" nos italianos (25/21, 25/12 e 25/21) enfim colocaria a equipe nos trilhos. De quebra, seríamos a única seleção a chegar em três finais olímpicas consecutivas.
Na decisão, 2x0 para os brasileiros, dois match points e ouro muito, muito próximo. No entanto, eis que os russos conseguiriam reverter uma partida praticamente perdida (19-25, 20-25, 29-27, 25-22 e 15-9) e transformar todo o céu brasileiro em inferno em questões de minutos.
"Mais" uma prata e rótulo de amarelões indo passar um novo ciclo olímpico em mãos masculinas.
- Seleção Feminina: russas de volta para casa e bi-olímpico verde-amarelo
Primeira fase nada animadora: três vitórias (duas no tie-break), duas derrotas e classificação com um modesto quarto lugar no Grupo B.
Diante dos resultados nada animadores, poucos acreditariam numa reviravolta tão grande em tão pouco tempo. Mandar as russas de volta para casa ainda nas quartas? Poucos acreditariam.
Mas isso aconteceu! Depois de salvarem seis match points e fecharem a partida com parciais de 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19, o ouro seria uma questão de tempo.
Vitória tranquila contra japonesas nas semifinais, vitória também tranquila na decisão contra as norte-americanas (11-25, 25-17, 25-20 e 25-17) e bi-campeonato olímpico garantido!
Ouro, "peixinhos" e muita emoção na bagagem de volta ao Brasil!