quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Ju/Larissa vencem chinesas e garantem bronze em Londres.
Não é o lugar do pódio que até por volta das 17 horas de ontem todos esperavam, mas Juliana e Larissa se despedem dos Jogos Olímpicos de Londres com a primeira medalha do vôlei brasileiro no peito!

Em mais um dia muito tenso das brasileiras, falta de concentração no primeiro set, placar de 21 a 11 para as chinesas Zhang Xi/Xue, retomada de confiança, 21x19 no segundo e muita expectativa para o decisivo tie-break.

Bem ao estilo Juliana e Larissa, que brilhou nestes quatro anos de ciclo olímpico, as brasileiras reagiram, foram guerreiras, demonstraram toda a superioridade e fecharam a partida em 15x12, curiosamente o mesmo placar da semifinal de ontem na virada das americanas Kessy/Ross.

Um bronze com sabor amargo, já que as até então bicampeãs olímpicas Walsh/May teriam uma vida bem mais complicada caso a dupla verde-amarela chegasse à decisão. Mas, ao mesmo tempo, medalha com cara de ouro para quem soube reagir muito bem depois do duro tropeço de ontem e de um início irreconhecível na partida de hoje.

Depois de brilharem muito em 2011, conquistando todos as cinco competições da temporada (Circuito Mundial, Brasileiro, Copa do Mundo, Pan-Americano e Rainha da Praia), a partida de ontem e uma parte da disputa de hoje foi o reflexo de um ano de muitos altos e baixos de uma dupla que, como muitos outros atletas brasileiros, sentiu na pele o peso da enorme cobrança de nós torcedores e por grande parte da imprensa brasileira, coisa que eu já tinha comentado há mais de um ano aqui no blog.

Já Walsh/May, bicampeãs olímpicas e com uma história mais que consolidada, jogaram sem pressão, se fizeram de mortas durante boa parte das duas últimas temporadas de Circuito Mundial e, como boas norte-americanas, tiveram a calma e a frieza para conquistar mais um ouro em um detalhe que passa despercebido muitas vezes: o psicológico.

Um dado curioso, mas que faz parte do esporte: enquanto Juliana e Larissa venceram oito etapas nos últimos dois anos de Circuito Mundial, Walsh/May conquistaram "somente" quatro.

Com aposentaria agendada, as agora tricampeãs olímpicas entram definitivamente para a história do esporte. E Juliana e Larissa também: trata-se da primeira Olimpíada e da primeira medalha da dupla que tem tudo para chegar muito bem nos Jogos de 2016.

Podia ser mais, é verdade! Mas também podia ser menos. Diante do nível das adversárias de hoje, não seria impossível ver Juliana e Larissa até mesmo fora do pódio.

O vôlei de praia mundial mudou, as duplas internacionais se fortaleceram e apenas uma coisa continua a mesma: a nossa terrível visão de que só o ouro vale a pena.

Seleção masculina: meninos passam e encaram italianos

Nada de rivalidade Brasil x Argentina no vôlei. Passeio diante de nossos hermanos (25/19, 25/17 e 25/20) e vaga garantida nas semifinais.

O adversário será a Itália, que incrivelmente derrotou os Estados Unidos também por 3x0.

Se o ouro do vôlei de praia não teve ouro brasileiro hoje, amanhã a história pode ser outra. Às 17 horas (de Brasília), Alison/Emanuel enfrentaram os alemães Brink/Reckermann. Decisão difícil, mas que tem tudo para dar Brasil!

Foto: Maurício Kaye/FIVB

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