Dupla é a única masculina no Brasil com ouro em Olimpíadas. |
Após 10 anos do ouro olímpico, conquistado em Atenas 2004, e após cinco anos da separação, anunciada no final de 2009, a parceria Ricardo e Emanuel está de volta.
Na época do fim da dupla, Emanuel se casou com Leila, mudou-se para o Rio de Janeiro e Ricardo, radicado em João Pessoa, preferia continuar morando na capital paraibana.
Em 2014, nenhum dos dois conseguiu manter os pontos resultados conquistados nos anos passados, principalmente nas etapas do Circuito Mundial.
Emanuel, que a princípio disse que jogaria até o final de 2014, está com 41 anos. Ricardo, com 39 anos. Juntos, de 2002 a 2009, foram campeões das principais competições da modalidade: ouro em Atenas, bronze em Pequim, ouro no Campeonato Mundial (2003), cinco títulos do Circuito Mundial (2007/2006/2005/2004/2003), ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro (2007) e três títulos do Circuito Brasileiro (2006/2003/2002).
Quanto ao sucesso da dupla, dentro e fora das quadras, não há discussão. Tanto é que a volta dos parceiros foi assunto no Jornal Nacional, que mal costuma falar do vôlei de praia, ainda mais sobre trocas de parcerias.
Que ambos têm um entrosamento absurdo, também não há discussão. E idade também não é um problema. A prova viva disso é Franco Neto, que jogou até os 45 anos em alto e bom nível.
No entanto, o que me deixa preocupada é a falta da manutenção de um planejamento das parcerias. Ano que vem a corrida olímpica deve começar para valer. E aí o troca-troca de dupla, situação rotineira nos últimos anos, pode acabar atrapalhando.
A partir de 2009, devido ao fim de Ricardo/Emanuel, o vôlei de praia masculino sofreu muitas reviravoltas. Exceto Emanuel/Alison, prata em Londres, a segunda vaga do Brasil, em vários momentos, esteve nas mãos de muitas duplas. Ao final, Ricardo/Pedro Cunha não conseguiram ir tão bem, terminado em 5º.
Para os mais saudosistas, como eu, o vôlei de praia mudou, não sei se felizmente ou infelizmente. Juliana e Larissa, que mantinham uma relação mais duradoura, também se separaram. E agora Ricardo e Emanuel, separados, resolveram restabelecer a união.
Como tudo anda muito imprevisível na modalidade, não há como fazer projeções futuras. Talvez o único chute mais certeiro é que Alison/Bruno Schmitd, se continuarem juntos, terão uma certa vantagem. Pelo menos, nessas primeiras etapas da temporada 2014/15 do Circuito Banco do Brasil. Afinal, Alvinho e Pedro Solberg terão que buscar novos parceiros agora.
O vocês, o que acharam deste retorno da dupla mais famosa do Brasil nos últimos tempos? Repasso a bola.