segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nessa semana, Brasília será a capital mundial do vôlei de praia. Tudo por conta da primeira etapa do Circuito Mundial, que este ano percorrerá o mundo até o dia 6 de novembro. A abertura da temporada inicia também a caminhada olímpica rumo a Londres. Até o dia 17 de junho de 2012, cada ponto acumulado na competição internacional pode carimbar, ou não, o passaporte do país, e não das duplas, para os Jogos.

BRA x EUA agita o Circuito. Foto: FIVB
O novo modelo de classificação olímpica
Diferente das últimas Olimpíadas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que, a partir de agora, países se classificam, e não mais duplas. Cada nação tem direito a, no máximo, duas vagas olímpicas. (duas em cada modalidade, masculina e feminina). E o Circuito Mundial é a competição que mais classifica para os Jogos: 16 das 24 vagas disponíveis em Londres saíram do Tour.  As outras oito podem ser garantidas nas Copas Continentais, com cinco, e o Pré-Olímpico Mundial, com duas, além vaga já disponibilizada pelas duplas inglesas, donas da casa.

O que muda nesse novo critério é que se Juliana e Larissa, por exemplo, for a melhor dupla brasileira no Circuito não significa que elas estarão automaticamente garantidas em Londres. Isso porque, de acordo com a CBV, as vagas brasileiras serão ocupadas por meio de convocação. A ideia é que seja montada uma seleção brasileira de vôlei de praia, tanto masculina, quanto feminina. A partir daí, mais de duas duplas, ou quatro jogadores (ras), serão convocadas (dos). E dessa seleção será definida a dupla que participará dos jogos, inclusive, sendo possível que, por exemplo, Ju e Larissa joguem separadas.

Particularmente, creio que as separações de duplas só devam acontecer em casos de problemas físicos, como o da própria Juliana em Pequim 2008. Tirando isso, o mais justo seria ceder a vaga a quem de fato a conquistou. 

Duplas de destaque
Alemães, espanhois, holandeses, chineses e norte-americanos devem ser os países que mais darão trabalho aos brasileiros. Destaque principal para Rogers e Daulhauser, campeões da temporada 2010, que encontraram pouca resistência nas parcerias brasileiras. Pelo lado verde-amarelo, os nomes principais são Márcio e Ricardo, vencedores de quatro das seis etapas 2011 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia e que já haviam obtido uma boa regularidade no final do Mundial na temporada passada. 

Alison/Emanuel, Pedro Cunha/Pedro Solberg e Thiago/Harley são os outros destaques nacionais.
Pelo feminino, China, Alemanha, Estados Unidos e Brasil devem ocupar boa parte dos pódios. E as brasileiras terão novamente Walsh e May como adversárias de peso. Após uma pausa, as bi-campeãs olímpicas voltam juntas ao Tour buscando readquirir forma e ritmo para Londres.

No lado brasuca, Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa e Maria Clara/Carol  e Vivian/Taiana largam na frente. 

A ótima notícia é a cobertura das etapas mundiais em TV aberta, pelo canal Esporte Interativo. Semifinais e final feminina estão com suas transmissões garantidas na quinta (15h30) e sexta (10h), respectivamente. O mesmo deve acontecer com as partidas masculinas, porém, os horários ainda não foram divulgados.

Dando sequência a abertura da competição feminina ontem pelo country-cota, hoje Renata/Chell, Luana/Lili e Ângela/Pri Lima disputam o qualifying. As vencedoras entram no torneio principal, que começa amanhã.

Benjamin/Bruno Schmidt, Fábio Luiz/Billy, Moisés/Ferramenta, Bruno/Fernandão, Fred/Beto Pitta, Franco/Lipe e Evandro/Rodrigo Saunders disputarão três vagas no country-cota masculino, que começa hoje. Os vencedores passam também pelo qualifying, para só depois, caso se classifiquem, entrar na fase principal. 

Torcer para que os brasileiros comecem com o pé direito!

domingo, 17 de abril de 2011

Sesi-SP x Sada/Cruzeiro. Um confronto mais que merecido na final da Superliga masculina de vôlei.

No próximo domingo, dia 24, as duas melhores equipes da fase classificatória, que chegam pela primeira vez a uma final, se enfrentam, em um campo teoricamente neutro, para decidir qual delas fica com o título 2010/2011 da competição. Teoricamente neutro porque a equipe mineira leva vantagem na distância geográfica que separa Belo Horizonte de Contagem. Jogando no Mineirinho, fica mais do que óbvio que a torcida cruzeirense comparecerá em peso ao ginásio. Enquanto isso, os torcedores paulistas terão que viajar quase 600 Km para acompanhar de perto a decisão. Tudo isso, fruto de um regulamento que já determinava o local da partida decisiva antes mesmo da competição começar.

Vibração muito grande dos mineiros. Foto: Agência Estado
Problemas logísticos à parte, a grande final põe novamente Minas e São Paulo como adversários. Após a eliminação da Cimed pelo Vôlei Futuro, só houve duelos entre esses estados nos playoffs. E, além da decisão, finalizam a série paulistas x mineiros Vivo/Minas x Vôlei Futuro, que decidem o terceiro lugar. 

Além de determinar o local da decisão, o regulamento da Superliga estabelece partida única na grande final. Não tenho dúvidas que se houvessem três jogos, assim como nas semifinais, a emoção seria igual ou até maior. Mas, o regulamento foi feito, aprovado por clubes, TV Globo e CBV e não cabe aos torcedores a mudança.

A certeza é que o Mineirinho vai ferver no próximo domingo!

Decisão feminina
Pela sétima vez seguida, a Unilever/RJ está na semifinal da Superliga. Números impressionantes que deixam dúvidas se isso é bom ou não para o vôlei feminino. Os resultados da equipe carioca chegam a ser tão previsíveis que acabam por tirar um pouco a emoção da competição.

Por outro lado, imprevisível e lamentável foi o acidente de ônibus envolvendo a equipe do Vôlei Futuro. Para impedir mais uma final entre Unilver e Osasco, o time de Araçatuba terá que ter uma força muito grande para apagar o susto e superar as atuais campeãs da Superliga.

Além do emocional abalado, o grupo não contará mais com Stacy, que luta para sair da Unidade de Terapia Intensiva. Mas, muito mais importante que as partidas em si, a torcida nessa reta final de competição é pelo o lado humano de Stacy e todas as jogadoras envolvidas no acidente. Aderindo à campanha que movimenta torcedores e jogadores no Twitter, só resta desejar: #ForçaStacy!

Circuito Mundial de Vôlei de Praia
Prometo voltar ainda hoje ou amanhã com um post sobre a abertura do Circuito Mundial que acontece em Brasília.

domingo, 10 de abril de 2011

 Vôlei Futuro entra em quadra de camiseta rosa. Foto: CBV
Já escrevi sobre o vôlei de praia e agora comento também sobre a Superliga.

Merecidamente, o Sesi-SP é o primeiro finalista da competição masculina. Após passar pelo Vivo/Minas, 3x0 nessa última partida, a equipe de Giovane Gávio confirmou a sua força e favoritismo.Nada mais justo que a primeira vaga da decisão ir para o time que fez a melhor campanha na primeira fase.

Hoje à tarde, Murilo comentou sobre um problema físico, que não deve atrapalhá-lo nas próximas partidas, até porque a equipe tem alguns dias livre, já que o adversário só sai na próxima sexta-feira.

E por falar em adversário, Vôlei Futuro x Sada/Cruzeiro estão duelando forte para conquistar a outra vaga. No confronto de ontem, em Araçatuba, outro 3x2 e um jogaço de voleibol, decidido nos detalhes.

Se a equipe paulista teve bons motivos para reclamar da atitude homofóbica contra Michael, ontem os mineiros levaram o troco em um erro de arbitragem no 14º ponto do tie-break. Se a invasão de Camejo fosse marcada, certamente, mudaria todo o andamento dos últimos pontos, podendo, inclusive, classificar a equipe do Sada/Cruzeiro. Quem sabe, foi até uma certa "justiça divina".

A vitória do Vôlei Futuro empata a série e adia a decisão para sexta-feira, em Contagem.
O detalhe extra-jogo foram as camisetas, cartazes e bandeiras em apoio à Michael, na campanha Vôlei Sem Preconceito.

Que tenhamos um grande show em Contagem, que os mal-educados torcedores cruzeirenses se comportem, que o foco de ambas as equipes seja apenas na partida e que o bom voleibol prevaleça!
Todas estão com os olhos voltados para o Circuito Mundial, mas antes da competição que vale vaga olímpica começar, faltava a etapa de Santa Maria, última do semestre do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Alison/Emanuel conquistam o ouro em Santa Maria. Foto: CBV
E dessa vez, certa "normalidade" no resultado feminino. Após dois vices, Juliana e Larissa voltaram ao lugar mais alto do pódio ao derrotarem na final Luana e Lili por 2 sets a 0.

Se para as tetra-campeãs brasileiras o segundo lugar não é motivo de tanta comemoração, a dupla capixaba têm bons motivos para celebrar a colocação. Foi a primeira final da parceria que joga junta desde 2008. Antes, Luana e Lili haviam subido ao pódio apenas duas vezes, ambas na terceira colocação.

Já Ju e Larissa conseguem o quarto título da temporada, retomam a confiança e acumulam uma certa vantagem no ranking, até porque Talita/Maria Elisa e Vivian/Taiana, duplas que concorrem diretamente ao título nacional, tiveram uma oscilação muito grande nos últimos resultados (nessa etapa, ambas ficaram em quinto).

O pódio em Santa Maria foi completado por Maria Clara e Carol que levaram a melhor sobre Val/Shaylyn por 2x0.

Queda de Márcio e Ricardo
Se Juliana e Larissa voltaram ao lugar mais alto do pódio, quem saiu dele foi Márcio e Ricardo. Após três títulos consecutivos, e quatro na temporada, a dupla foi parada pelos inspirados Alison e Emanuel que venceram por 2 sets a 0.

Roubando o título de Block Machine de Ricardo, Alison fez a diferença nos bloqueios e, depois de dois vices e dois terceiros, garantiu o primeiro título da dupla em 2011. Para a estreia em Brasília, os finalistas em Santa Maria têm tudo para começarem o Circuito Mundial com os melhores resultados para o Brasil.

Na decisão do terceiro lugar, Pedro Cunha e Pedro Solberg venceram Thiago e Harley pelo placar de 2 sets a 0 e completaram o pódio gaúcho.

Perda de patrocínio
Mesmo mostrando evolução nos resultados, após terminarem em quarto em Balneário Camboriú e Santa Maria e conquistarem o Sulamericano 2010/2011 na Argentina, Thiago e Harley ficaram sem patrocinador.

A poucos dias do Circuito Mundial, a dupla é a única entre as quatro mais cotadas à vaga para Londres 2012 que não contará com patrocínio. Eleito por duas vezes o melhor jogador da competição, em 2008 e 2009, Harley busca chamar a atenção de empresários brasileiros pelo Twitter.

Por ser uma competição que faz um tour pelo mundo afora, os gastos são grandes e a ausência de um patrocinador, certamente, compromete o planejamento da dupla.

Segundo o próprio Harley, que completou 500 vitórias no Circuito Banco do Brasil na sexta-feira, outras duplas ainda poderão ser prejudicadas, já que a renovação de contrato acontecerá - ou não - no meio do ano.

Circuito Banco do Brasil SUB-21 
Ainda em Santa Maria, JP e Victor Palis e Rebecca e Carolinha Horta foram os campeões SUB-21 da etapa.

E a campeã Carolina foi a entrevistada da vez aqui no Primeiro Set. Se você ainda não leu, clique aqui e confira.

A próxima etapa do Circuito Banco do Brasil acontece somente em Setembro, em Salvador. Agora as atenções se voltam para Brasília, que recebe a primeira etapa do Circuito Mundial entre os dias 18 e 24 de abril.

Antes disso, eu volto para comentar um pouco mais sobre a competição.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Eu não ia escrever sobre isso, mas expressar minha opinião em apenas 140 caracteres não foi o suficiente. Tentei me segurar ao máximo, não consegui e entro na polêmica também.

Grande polêmica envolvendo Michael. Foto: CBV
Está "bombando" na mídia o caso de homofobia contra o central Michael, do Vôlei Futuro. Além disso, o time de Araçatuba reclama da super lotação do Ginásio do Riacho, do Sada/Cruzeiro, e da má receptividade aos jogadores, comissão e familiares da equipe visitante. A equipe mineira, em outra nota, nega os acontecimentos.
Acho justas as reclamações. Homofobia jamais deve existir, superlotação é uma coisa super perigosa e o boa educação aos visitantes são práticas incontestáveis. Porém, o caso Michael está tomando proporções, pelo menos no meio entendimento, que vão além do caso em si.

Tudo bem que o meu áudio não é o dos melhores (acompanho as transmissões pela internet), mas não cheguei a ouvir a torcida ofender Michael em coro como foi divulgado na nota oficial do Vôlei Futuro. Sendo ou não sendo feito em massa, a atitude é intolerável, é verdade. Mas, não tentando me posicionar a favor da torcida mineira, quantas vezes isso já não aconteceu? E não só no vôlei, mas no futebol, na ginástica, no basquete, etc.

Um exemplo básico e clássico: quantas vezes o Richarlyson não foi ofendido? Aliás, ele não, o time do São Paulo inteiro. E quantas vezes o São Paulo ou o próprio jogador aumentaram ainda mais a polêmica, principalmente em vésperas de decisões? Infelizmente, tais casos tratam-se de uma questão cultural, que não pode acontecer, mas, infelizmente acontece. É super comum ouvir em estádios ou em áudio da TV torcedores gritarem "viado", "filho da p.." "vai tomar..." e por aí vai. 

Sobre a questão em si, não há dúvidas. Não pode ser aceita.Temos que saber lidar com a escolha sexual, religiosa, política e seja lá o que for, das pessoas. Mas, é preciso também saber levar o assunto ao público e pensar na sua discussão.

Porém, o Vôlei Futuro está às vésperas de fazer o jogo mais decisivo do ano até aqui, as torcidas estão inflamadas nessa reta final de Superliga, a mídia está louca para conseguir pautas diferenciadas da competição e a nota oficial acabou por ser uma chama no pavio. Já li a notícia em diversos locais, mas nunca na abordagem que realmente informa, esclarece e concientiza sobre o fato. Li um título onde está escrito a declaração de Michael: "sou gay." O problema não é saber se ele é gay ou não, o problema é a homofobia recebida. Ou seja, os fatos estão sendo distorcidos. E, mesmo muito crítica em relação à mídia, dessa vez acho que ela não tem a parcela total de culpa nessa história. Tudo começou com a nota oficial divulgada pela equipe paulista, que só foi feita na segunda-feira (o fato ocorreu na noite de sexta).

Problematizar o acontecido da forma que foi problematizado pode trazer implicações sérias. O jogo de volta em Araçatuba desse ser bastante exaltado, inclusive por parte da torcida. E se o Vôlei Futuro vencer a partida, acontece um novo jogo em Belo Horizonte, colocando frente a frente novamente Michael e o torcedor mineiro. E aí a coisa pode ficar ainda pior.

A partida em si foi deixada de lado. E acho que o ato também. Na verdade, a polêmica é se posicionar contra ou a favor de Vôlei Futuro ou Sada/Cruzeiro.

Que o caso Michael sirva de exemplo para torcedores mal educados, mas que ele não atrapalhe o espetáculo e nem mude o foco das decisões masculina da Superliga.

Uma última pergunta: será que a polêmica vai servir de fato para eliminar o precoceito contra a escolha sexual do jogador ou vai prejudicá-lo ainda mais?

Acho que é uma situação muito complexa que está sendo tratada de uma maneira muito superficial pelo Vôlei Futuro, pela mídia, pelo torcedor e por muito mais gente.

Trechos nas notas oficiais:

Vôlei Futuro:
"Tratando-se da torcida do Sada Cruzeiro, esta atuou de maneira feroz e preconceituosa, mostrando ódio, aversão e discriminação a um dos atletas do Vôlei Futuro, deixando claro o manifesto de homofobia dentro do Ginásio. O coro era de forma organizada, crianças, homens e mulheres se juntaram para cometer o tremendo desrespeito e discriminação com o atleta Michael”.

Michael
"No jogo em Contagem eram cerca de duas mil pessoas, o ginásio estava super lotado e todos me chamando de “bicha”, “gay” e outras ofensas. Me senti ofendido e constrangido pelo ocorrido; não eram só alguns torcedores de torcida de futebol, eram crianças, mulheres, o ginásio inteiro gritando e me ofendendo. O jogo foi transmitido pela TV e não só quem estava no ginásio pode ouvir, mas todos que assistiram ao jogo pela TV no Brasil inteiro, depois da partida as pessoas em Araçatuba e de diversos lugares vieram me perguntar o que tinha acontecido e se mostraram muito solidárias. Eu poderia ter jogado melhor se não tivesse passado por esse constrangimento e me senti julgado pelo lado pessoal e não pelo profissional que sou. Acho que este tipo de acontecimento não deve passar em branco, realmente me fez muito mal, acho que deve ser divulgado e discutido para que isso não ocorra com mais ninguém."

Sada/Cruzeiro
"Refutamos as acusações e suspeitamos que tais “denúncias” sejam uma nítida manobra no sentido de intimidar a nossa equipe e nossa torcida no jogo da volta em Araçatuba, no próximo sábado. Adiantamos nesta oportunidade que a diretoria do Vôlei Futuro será responsabilizada e acionada nos competentes tribunais, caso haja algum ato de vandalismo contra a delegação do Sada Cruzeiro, em virtude do clima que se pretende criar com tais denúncias infundadas. Desde já cumpre-nos informar que o departamento jurídico do Sada Cruzeiro já está trabalhando no sentido de tomar as devidas providências.
Sobre a torcida, a equipe Sada Cruzeiro não incentiva e nem apoia atos considerados como preconceituosos. Ao contrário, sempre pede que todos sejam tratados com respeito. Após a partida, funcionários da equipe Sada Cruzeiro viram vários atletas do Vôlei Futuro, como Leandro Vissotto, Mário Jr e Michael tirando fotos e dando autógrafos para os torcedores, em sua maioria crianças e mulheres, num clima comum a um jogo de vôlei."

terça-feira, 5 de abril de 2011

 Reis Castro busca revelar novos talentos. Foto: Karina Zanela
Ela começou a jogar vôlei nas quadras de seu colégio e, pouco tempo depois, foi convocada para a seleção cearense. Em 2009, passou a competir na areia e no ano seguinte conquistou o campeonato brasileiro SUB-19, ao lado da parceira Rebecca. Na atual temporada, venceu quatro das cinco etapas do Circuito Banco do Brasil SUB-21 realizadas até o momento. No último mês, disputou a primeira competição internacional, conquistando o vice-campeonato na etapa do Paraguai do Circuito Sul-Americano 2010/2011.
Hoje você confere uma entrevista com a cearense Carolina Horta, jogadora que faz parte do projeto Novos Talentos, comandado por Reis Castro, técnico da dupla Juliana e Larissa, que vem sendo considerada uma das promessas do vôlei de praia para os próximos anos. Confira:

Quando e como você passou a jogar vôlei?
Eu comecei a jogar vôlei aos 14 anos. Fui jogar uma copa colegial pelo colégio que estudava e fazia escolinha de vôlei. Depois fui indicada para jogar pelo colégio Lourenço Filho e pelo clube AABB. A partir daí, comecei a me dedicar intensamente ao esporte.

Desde 2009, você e Rebecca são treinadas pela mesma comissão técnica de Juliana e Larissa. Como é trabalhar com uma equipe tão campeã?
É uma honra, pois muitas pessoas gostariam de ter essa oportunidade. É motivante chegar para treinar e saber que de lá saíram duas grandes atletas. Isso dá mais vontade de treinar. É muito bom porque você tem um exemplo na sua frente e quer ser igual.

As duas duplas chegam a treinar juntas?
Sim, nós já treinamos juntas, mas são poucas vezes até porque nós ainda estamos começando e elas já estão no alto nível. Então, o treino delas é bem mais puxado do que o nosso. 

Quais os ensinamentos que vocês mais aprendem com elas?
Poxa! Elas nos dão muitos conselhos, nos contam um pouco das experiências delas, o que  passaram no começo da carreira, nos dão muita força. Com certeza, o maior ensinamento que elas nos passam é a garra, a força de vontade para superar todos os obstáculos e de se dedicar ao máximo. Afinal, elas não estariam onde estão se não tivessem todas essas qualidades.

Diante desse contato e do aprendizado direto com Juliana e Larissa, passa por sua cabeça a possibilidade de você e Rebecca substituí-las no futuro?
Sim, com certeza. Essa é uma das nossas metas.

Ainda pelo fato de estarem próximas a elas: isso tem ajudado com relação à visibilidade e a patrocínio?
Na verdade ainda não temos nenhum patrocínio, mas ajuda sim.


Quais são os planos da Carolina Horta a curto prazo e a longo prazo?
Acho que a curto prazo é ser campeã brasileira e mundial na minha categoria, que hoje é o SUB- 21, e a longo prazo é ser campeã olímpica.

Vocês têm disputado o torneio principal do Circuito Banco do Brasil em algumas etapas. Pensam em passar a disputá-lo mais vezes?
Agora com essa mudança que a CBV fez, nós estamos podendo disputar todas as etapas do Circuito Banco do Brasil, já que o SUB-21 está acontecendo na mesma cidade e semana do Open.

Como é a rotina de treinamentos de vocês?
Nós treinamos de segunda à sábado em dois períodos, um treino é o feito com bola e o outro é a parte física. Assim como Ju e Larissa, nós treinamos com homens também.

Você tem apenas 18 anos. Dá para conciliar a vida de atleta com a vida de uma jovem normal ou é preciso abrir mão de algumas coisas?
Às vezes, tenho que abrir mão de algumas coisas sim, pois são muitas viagens e muitos treinos. Mas, sobra tempo pra se divertir e ficar com familiares, namorado e fazer outras coisas mais. É só saber se organizar.

Carolina é campeã brasileira SUB-19.
Saque curto

Nome completo: Carolina Horta Máximo
Data de nascimento: 20/08/1992
Peso e altura: 66kg , 1.81m
Cidade: Fortaleza - CE
O que gosta de fazer nas horas vagas: ficar com amigos e familiares
Um ídolo: Michael Jordan
Time de futebol: não tenho um predileto
Filme preferido: Ritmo quente
Livro: Nunca desista dos seus sonhos
Comida preferida: lasanha da minha mãe
Mania: coçar o rosto e em seguida arrancar os cílios
Música: Um amor puro
Se não fosse jogadora, seria: modelo
Uma qualidade dentro de quadra: tranqüilidade
Um defeito dentro de quadra: inexperiência
Sonho: ser campeã olímpica

domingo, 3 de abril de 2011

Sada/Cruzeiro comemora vitória sobre Vôlei Futuro. Foto: CBV
Uma semana quente nas Superligas Masculina e Feminina de vôlei. Afunilando cada vez mais, resta pouco para conhecermos os finalistas de 2011.

Na liga masculina, a comprovação do que muitos disseram: realmente esta edição está sendo uma das melhores da história. Jogos de altíssimo nível, disputados ponto a ponto e resultados difíceis de serem previstos. Que o diga Vivo/Minas e Sesi-SP. Quem ousou em apostar numa vitória da equipe paulista diante da mineira em São Paulo se surpreendeu com os 3 sets a 2 conseguido pelo Minas. E quem apostou que ontem os mineiros garantiriam a primeira vaga da final viu a equipe de Giovane, Murilo e Cia. dar o troco em Belo Horizonte e deixar a disputa completamente em aberto até o ponto final da próxima sexta-feira.

Na outra semifinal masculina, a história - ainda contada em capítulo único - é bem parecida. Diante da empolgante torcida cruzeirense, parecia que o Sada/Cruzeiro conquistaria uma vitória tranquila sobre o Vôlei Futuro. Mas, eis que perdendo por 2 sets a 0 a equipe paulista empatou, com direito uma virada espetacular sem levantador no 4º set, no vacilo na contagem dos números de substituições. Mesmo com a vitória da equipe mineira, as emoções do jogo serviram para mostrar que muito provavelmente a vaga à final deverá necessitar também de três jogos.

Fora da Superliga
Já eliminada, a equipe da Cimed continua sendo notícia. Primeiro, por conta da ida de Bruninho para o Modena. O levantador anunciou a volta ao Brasil em 45 dias, logo que terminarem as disputas finais da liga italiana.
Hoje, Cimed e Sky anunciaram uma fusão de patrocínio e para a próxima temporada Pinheiros e Florianópolis serão uma única equipe, já tendo no elenco Giba e Gustavo.
Também almejando a Superliga 2012, Eike Batista anunciou o investimento pesado em uma equipe masculina indoor no Rio de Janeiro. Com a ajuda de Bernardinho, que fez questão de dizer que não fará parte da equipe, o RJX fortalecerá ainda mais a competição nacional.

Superliga feminina
Pouco menos intensa, em termos de número de equipes favoritas, em relação à Superliga masculina, ontem à noite foram conhecidos as quatro equipes semifinalistas. Vôlei Futuro enfrentará o Sollys/Osasco e o Rio de Janeiro encara Pinheiros/Mackenzie.
Acredito que Vôlei Futuro x Sollys/Osasco devam fazer a semifinal mais equilibrada.

Eleição Muso e Musa da Superliga
Como já divulgado no Twitter, será feita uma votação para eleger o Muso e a Musa da Superliga 2011. Envie a lista dos atletas que considera os mais belos pelos comentários do blog, Twitter ou Facebook. Os mais indicados participaração da eleição final, que será feira por meio de enquete aqui no Primeiro Set.

E nessa semana tem etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. Em Santa Maria, RS, acontecem as disputas do SUB-21 e Open.
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