terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Com quatro etapas disputadas, Larissa conquistou dois títulos.
A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou nesta segunda-feira (26) a lista dos melhores atletas da temporada 2014 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

E o Brasil foi representado por cinco brasileiros: Larissa, Talita, Juliana, Maria Elisa, Bruno e Emanuel.

Mesmo tendo disputado menos da metade do tour internacional, Larissa foi a única representante nacional a obter dois títulos individuais: o de melhor levantadora e o de melhor defensora.

Juliana/Maria Elisa, campeãs da temporada, receberam o prêmio de "Dupla do ano". Já Talita ficou com o troféu de "Melhor Cortada" e Juliana o de "Personalidade Esportiva".

Pelo masculino, Bruno Schmitd foi eleito o melhor defensor e Emanuel foi considerado o "Esportista do Ano". A dupla masculina do ano foi Smedins/Samoilovs, da Letônia, que fechou o ano como campeã mundial.

Além dos letões, a suiça Tanja Huberli, a alemã Karla Borger, a canadense Melissa Humana-Parade e o veterano Paulo Nicolai, da Itália, foram os únicos fora do eixo Brasil-Estados Unidos.

Confira os premiados em todas as categorias:

Feminino
"Melhor Jogadora do Mundo" - Kerri Walsh Jennings (EUA)
"Melhor Bloqueio" - Kerri Walsh Jennings (EUA)
"Melhor Defensora" - Larissa França (Brasil)
"Melhor Cortada" - Talita Antunes (Brasil)
"Melhor Jogadora Ofensiva" - Kerri Walsh Jennings (EUA)
"Melhor Levantadora" - Larissa França (Brasil)
"Jogadora que mais se evoluiu" - Tanja Huberli (Suíça)
"Jogadora mais inspiradora" - Kerri Walsh Jennings (EUA)
"Personalidade Esportiva" - Juliana (Brasil)
"Melhor Saque" - Karla Borger (Alemanha)
"Melhor Caloura" - Melissa Humana-Parades (Canadá)
"Dupla do Ano" - Juliana Felisberta Silva e Maria Elisa Antonelli (Brasil)

Masculino
"Melhor Jogador do Mundo" - Phil Dalhausser (EUA)
"Melhor Bloqueio" - Phil Dalhausser (EUA)
"Melhor Defensor" - Bruno Schmidt (Brasil)
"Melhor Cortada" - Janis Smedins (Letônia)
"Melhor Jogador Ofensivo" - Paulo Nicolai (Itália)
"Melhor Levantador" - Phil Dalhausser (EUA)
"Jogador que mais se evoluiu" -  Ryan Doherty (EUA)
"Jogador mais inspirador" - Jake Gibb (EUA)
"Esportista do Ano" - Emanuel (Brasil)
"Melhor Saque" -  Phil Dalhausser (EUA)
"Melhor Calouro" - Tri Bourne (EUA)
"Dupla do Ano" - Aleksandrs Samoilovs e Janis Smedins  (Letônia)

Ingressos Rio 2016
Uma outra boa notícia agitou a terça-feira (27) na modalidade. De acordo com o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016, o vôlei é o esporte mais procurado pelos torcedores que se inscreveram para adquirir ingressos para a competição.

Dos 174.651 inscritos, 27% tiveram interesse no vôlei. Em seguida, veio o futebol, com 21,9% da procura. Também se destacaram natação (21%), atletismo (20,6%) e ginástica (20,4%).

Etapa Fortaleza
No último final de semana, Talita/Larissa foram campeãs da sexta etapa da temporada 2014/15 do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, o 10º título da parceria em 12 torneios disputados.

O título foi conquistado após vitória sobre Ângela/Val na decisão, por 2 sets a 0 (21/19 e 21/17). Maria Clara/Carol, que derrotaram Carolina Horta/Duda, chegaram em terceiro.

Pelo masculino, Pedro Solberg/Evandro foram os campeões, o primeiro título da parceria. A conquista veio após a vitória sobre Guto/Allison (RJ/SC), de virada, por 2x1 (24/26, 21/10 e 15/10). Ricardo/Emanuel venceram Bruno/Hevaldo e completaram o pódio.

A próxima etapa nacional é em João Pessoa, na Paraíba, entre os dias 5 e 8 de fevereiro.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Diferente de 2012, contagem de pontos será somente no ranking 2015.
A um dia da abertura das competições 2015 do vôlei de praia, a Confederação Brasileira de Vôlei de Praia (CBV) divulgou nesta quinta-feira (22) os critérios de classificação para os Jogos Rio 2016.

De acordo com a entidade, "uma dupla masculina e uma dupla feminina conquistarão a vaga pela pontuação obtida no ranking mundial, enquanto os outros dois times serão indicados pela entidade, baseados também em critérios técnicos e de meritocracia".

Outra mudança, talvez a mais significativa, é o encurtamento da contagem de pontos no ranking mundial. Diferente de Londres 2012, haverá o somatório da pontuação somente neste ano de 2015, em oito das dez etapas previstas.

Serão considerados para a pontuação os cinco Grand Slams da temporada (Rússia, Estados Unidos (São Petesburgo), Japão, Estados Unidos (Long Beach) e Polônia), os quatro Major Series (Croácia, Noruega, Suíça e Alemanha) e o Campeonato Mundial (Holanda).

Ou seja, o que eu havia escrito no último post não vale mais: se antes as duplas tinham que manter uma boa sequência, e uma boa pontuação até meados de 2016, o processo foi encurtado em seis meses. Já no início do ano olímpico, teremos uma dupla de cada naipe definida. Ainda segundo a CBV, a vaga de indicação da entidade será divulgada na primeira quinzena de janeiro.

Em todas as edições de vôlei de praia nas Olimpíadas, esta será a primeira vez que a dupla classificada será conhecida de forma tão antecipada.

De acordo com o gerente de Seleções de Praia e ex-atleta olímpico Franco Neto, a decisão visa dar mais tempo de preparação para as duplas, que treinarão única e exclusivamente para os Jogos.

Uma medida muito interessante, talvez a melhor das tantas e tantas mudanças do vôlei de praia dos últimos anos. E se antes as parcerias tinham que entrar focadas no Circuito Mundial 2015, agora a pressão ficou ainda maior.

A partir desta sexta-feira (23), o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia retorna, com a sexta etapa da temporada 2014/15, em Fortaleza (CE). Obter bons resultados, para ficar dentro da meritocracia, pode ser fator decisivo na indicação da segunda dupla brasileira no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Na Holanda, utilização de um navio como "sede" da Copa do Mundo, deve chamar a atenção do público e da mídia. Foto: FIVB
Amigos, depois de um certo tempo, volto com as postagens aqui no blog. E para falar do que 2015 reserva para o vôlei de praia brasileiro, ano em que a corrida olímpica começa, de fato.

A partir da primeira etapa do Circuito Mundial, cujo calendário oficial ainda não foi divulgado, teremos o início da contagem de pontos para as Olimpíadas Rio 2016.

Até meados do próximo ano, nossas principais duplas lutarão ponto a ponto para assegurar as duas vagas destinadas ao Brasil em cada um dos dois naipes. Mesmo que ainda não confirmado oficialmente pela CBV, o bom senso deve manter o critério de classificação: vão para os Jogos as duplas que somarem mais pontos durante os aproximadamente 18 meses de corrida olímpica.

Antes da Olimpíada, porém, o país precisará de duplas para representar a nação no Pan-Americano de Toronto, evento disputado de 10 a 26 de julho, no Canadá.

Em 2011, Alison/Emanuel e Juliana/Larissa foram os campeões. Agora, tais duplas já não existem mais e os até então parceiros se tornaram adversários.

Outra competição importante no calendário 2015 é o Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, como prefiro usar. Disputada em Haia, Amsterdã e Apeldoorn, na Holanda, entre 26 de junho e 5 de julho, a competição promete ser uma prévia do que deveremos ver nos Jogos 2016.

E ainda tem evento teste para as Olimpíadas, Circuito Mundial e Brasileiro.

De acordo com informações não oficiais, com a extinção das seleções de vôlei de praia, as cinco duplas mais bem colocadas no ranking brasileiro garantem o direito de disputar as etapas do Circuito Mundial. A partir disso, é efeito cascata: parceria bem colocada no Circuito Brasileiro, vaga no tour internacional, boa colocação mundial, vaga no Pan e boas possibilidades de disputa das Olimpíadas.

Atualização: segundo resposta da assessoria da CBV, se classificam as duplas brasileiras que terminaram entre os três primeiros colocados do Circuito Mundial 2014, e outras duas indicadas pela entidade. Cada país poderá ter até quatro parcerias em cada etapa, com exceção de possíveis wild cards (convites) concedidos pela FIVB.

Para completar, ainda tem o tradicional Rei e Rainha da Praia, evento de "ostentação" particular dos jogadores. As datas do torneio mais charmoso do vôlei de praia brasileiro também ainda não foram definidas.

Resumindo: 2015 promete! Até porque ele vai muito além dos próximos 12 meses.

Em tempo, feliz Ano Novo a todos. Saúde e paz para todo mundo!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

CGU comprova irregularidades de ex-presidente Ary Graça
Há 23 anos, pensar em voleibol brasileiro sem pensar em Banco do Brasil era imaginar em queijo sem goiabada. Agora, após a confirmação da Controladoria Geral da União (CGU), a partir de uma série de denúncias do jornalista Lúcio de Castro, da ESPN, de que houve um desfalque de aproximadamente 30 milhões da verba destinada ao esporte, entre 2010 e 2013, o que era um case de sucesso pode ter um final dramático.

Depois da longa parceria e dos desvios comprovadamente identificados, o Banco do Brasil anunciou nesta quinta (11) a suspensão de todo o patrocínio, que iria até 2017.

Desvios que beneficiavam os amigos de Ary Graça, e os seus próprios genros, e impediam que atletas recebessem as premiações em sua totalidade. Em síntese, uma empresa fantasma relacionada ao mandatário recebia e um atleta, que exerce honestamente a profissão, vencia torneios sem receber todo o dinheiro que o Banco do Brasil lhe destinava.

Há pouco menos de dois anos para a Olimpíada Rio 2016, a modalidade que trouxe 20 medalhas para o país pode começar a viver tempos ainda difíceis.

Afinal, agora é preciso saber quem pagará as contas. De imediato, as perguntas mais complicadas são: 1) como vão ficar os orçamentos dos centros de treinamento? 2) Como serão pagos os salários das comissões técnicas e dos treinadores das seleções? 3) Quem sustentará a logística dos atletas para as principais competições nacionais e internacionais? 4) Como ficarão as premiações, no indoor e no vôlei de praia, que inclusive estampava, até a etapa do último domingo, o nome do banco em quase todos os cantos das arenas? 5) E as categorias de base?

Se a conta não fechar, há sim grandes riscos dos títulos e medalhas começarem a minguar.

A longo prazo, as poucas empresas que investem em voleibol no Brasil podem desacreditar de vez no esporte e darem adeus aos clubes e às categorias de base.

Acho que 99,9% de quem ler este texto concordará comigo: em meio a tantos e tantos casos de corrupção no Brasil, esses escândalos no vôlei, que até então era considerado modelo de excelência, certamente foi a pior decepção esportiva do ano.

A imagem ficou arranhada. O dinheiro vai encurtar. E (tomara!) que eu esteja sendo pessimista demais. Mas, diante da atual circunstância, está difícil ver o copo meio cheio. Preparem-se, porque a turbulência está só começando.


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