CGU comprova irregularidades de ex-presidente Ary Graça |
Depois da longa parceria e dos desvios comprovadamente identificados, o Banco do Brasil anunciou nesta quinta (11) a suspensão de todo o patrocínio, que iria até 2017.
Desvios que beneficiavam os amigos de Ary Graça, e os seus próprios genros, e impediam que atletas recebessem as premiações em sua totalidade. Em síntese, uma empresa fantasma relacionada ao mandatário recebia e um atleta, que exerce honestamente a profissão, vencia torneios sem receber todo o dinheiro que o Banco do Brasil lhe destinava.
Há pouco menos de dois anos para a Olimpíada Rio 2016, a modalidade que trouxe 20 medalhas para o país pode começar a viver tempos ainda difíceis.
Afinal, agora é preciso saber quem pagará as contas. De imediato, as perguntas mais complicadas são: 1) como vão ficar os orçamentos dos centros de treinamento? 2) Como serão pagos os salários das comissões técnicas e dos treinadores das seleções? 3) Quem sustentará a logística dos atletas para as principais competições nacionais e internacionais? 4) Como ficarão as premiações, no indoor e no vôlei de praia, que inclusive estampava, até a etapa do último domingo, o nome do banco em quase todos os cantos das arenas? 5) E as categorias de base?
Se a conta não fechar, há sim grandes riscos dos títulos e medalhas começarem a minguar.
A longo prazo, as poucas empresas que investem em voleibol no Brasil podem desacreditar de vez no esporte e darem adeus aos clubes e às categorias de base.
Acho que 99,9% de quem ler este texto concordará comigo: em meio a tantos e tantos casos de corrupção no Brasil, esses escândalos no vôlei, que até então era considerado modelo de excelência, certamente foi a pior decepção esportiva do ano.
A imagem ficou arranhada. O dinheiro vai encurtar. E (tomara!) que eu esteja sendo pessimista demais. Mas, diante da atual circunstância, está difícil ver o copo meio cheio. Preparem-se, porque a turbulência está só começando.