domingo, 21 de julho de 2013

Depois de três meses sem jogar, Juliana vence etapa russa. 
Como o final de semana não contou com nenhuma etapa de Circuito Mundial, e como meu tempo anda super escasso nos últimos dias, trago algumas curtinhas do que aconteceu no vôlei de praia no final de semana:

- Juliana campeã da etapa russa
Cortada da seleção brasileira e sem poder disputar etapas do Circuito Mundial, Juliana jogou e venceu a penúltima etapa do Campeonato Russo, em Anapa.

Ao lado da russa Maria Prokopieva, a medalhista olímpica em Londres voltou a disputar uma competição oficial, coisa que não acontecia desde o dia 21 de abril, quando ela e Maria Elisa foram bronze na etapa de Brasília do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Na decisão, a parceria venceu Evgenia Ukolova e Lane Carico por 2 sets a 1 (19/21, 21/18 e 15/5).

O detalhe da conquista é que Juliana, bloqueadora ao lado de Larissa, fez a função de defensora em Anapa, já que sua parceria Prokopieva era a mais alta da parceria.

- Giba no vôlei de praia?
Em entrevista ao Esporte Espetacular hoje, Giba, sem clube, anunciou que pode migrar para o vôlei de praia.

Segundo ele, caso nenhum time o contrate para a temporada 2013/14, essa transição pode ser feita. Ainda de acordo com Giba, a mudança só vai acontecer se ele não for somente mais um nas areias. Caso não seja o melhor, essa troca de modalidade está descartada.

Aos 36 anos, tendo que começar tudo praticamente do zero e com esse novo critério de seleção brasileira no vôlei de praia. Será que dá?

- Bruno/Fernandão e Ângela/Val vencem Challenger em Teresina
Com muitos bons jogadores fora da seleção, e fora de atividades internacionais, a etapa Challenger de Teresina foi praticamente um Open.

Pelo masculino, Bruno de Paula/Fernandão derrotaram Léo Gomes/Daniel Souza e foram os campeões da terceira etapa da temporada. Luciano/Roger completaram o pódio.

Pelo feminino, o título foi conquistado por Ângela/Val, que venceram Rebecca/Neide. O terceiro lugar foi garantido por Vivian/Pri Lima.

- Com Ricardo lesionado, Álvaro Filho jogará etapa dos EUA ao lado de Edson Felipe
Após duas finais consecutivas, Ricardo/Álvaro Filho interromperão a busca pelo título do Circuito Mundial. Com uma ruptura de dois centímetros no abdômen, Ricardo ficará parado entre três e quatro semanas e não disputará o Grand Slam de Long Beach, nos Estados Unidos.

Com isso, a técnica da seleção masculina Letícia Pessoa formou a parceria Edson Felipe/Álvaro Filho para a etapa norte-americana.

Separados por, pelo menos, três etapas, Ricardo/Alvinho ficarão sem acumular pontos e praticamente saem da briga pelo título da temporada.

Por falar na etapa americana, o Circuito Mundial está de volta aos Estados Unidos após 10 anos. O último campeão do tour internacional por lá foi justamente Ricardo, ainda ao lado de Emanuel.

Após o encerramento da etapa,  ainda será organizado um minitorneio, tanto no masculino quanto no feminino, entre duas duplas dos EUA, os atuais líderes do ranking e os vencedores do Campeonato Mundial 2013.

Bacana ver o vôlei de praia norte-americano se reorganizando novamente.

Foto: Maurício Kaye

domingo, 14 de julho de 2013

De 8 duplas brasileiras, 4 foram ao pódio na Suiça.
Uma Grand Slam suiço bem farto de medalhas para o Brasil. Depois da prata e do bronze conquistado no Campeonato Mundial de Stare Jablonki na semana passada, o Circuito Mundial seguiu para Gstaad e os resultados foram ainda melhores.

Ouro com Ricardo/Álvaro Filho, prata com Pedro Solberg/Bruno Schmitd e Lili/Bárbara Seixas e bronze com Talita/Taiana.

Pela segunda semana consecutiva, Ricardo/Alvinho se destacam
Depois da prata, o ouro. Se Ricardo/Álvaro Filho já haviam se destacado no último domingo com a conquista da prata no Campeonato Mundial 2013, a boa sequência foi mantida.

Novamente muito consistentes em bloqueio e defesa, a dupla errou pouco, perdeu apenas uma partida no torneio, ainda na fase de grupos, e encerrou o Grand Slam de Gstaad com uma tranquila vitória sobre os compatriotas Pedro Solberg/Bruno Schmitd.

Parciais de 21/16 e 21/18 e primeiro ouro da dupla formada pela boa mescla de experiência e juventude.

Se Alvinho impressionou na semana passada, hoje não foi diferente. Mesmo 16 anos mais novo que Ricardo, nem parece que o jovem paraibano está apenas iniciando uma fase de lapidação, cuja evolução talvez venha sendo mais rápida que o previsto.

Em três meses ao lado de Ricardo, são três medalhas: bronze em Xangai, prata em Stare Jablonki e agora ouro em Gstaad, resultados que colocam a dupla na vice-liderança do ranking mundial, justamente atrás de Pedro/Bruno.

Ainda no masculino, Alison/Emanuel terminaram em 9º e Evandro/Vítor Felipe em 17º.

Lili/Bárbara Seixas prata e Talita/Taiana bronze
Se até o Grand Slam de Roma, Lili/Bárbara não haviam conquistado nenhum pódio na temporada, a boa sequência nas últimas três etapas fez com que a dupla não só acabasse com o jejum como assumisse a liderança do ranking feminino.

Depois de dois bronzes, o de Roma e o de Stare Jablonki, a busca em Gstaad foi um degrau acima. No entanto, as atuais campeãs mundiais Zhang Xi/Xue mostraram que, no momento, são superiores e venceram a segunda etapa seguida sem muita dificuldade: 21/16 e 21/14.

Talita/Taiana, que vinham de um modesto 17º lugar no Campeonato Mundial, tropeçam justamente contra as chinesas nas semifinais, mas se reencontraram e garantiram o quarto pódio da temporada ao vencerem as alemãs Ludwig/Walkenhorst  na disputa pelo bronze.

Ágatha/Maria Elisa, também eliminadas pelas chinesas, terminaram em 5º e Maria Clara/Carol em 9º.

Duda/Taianá conquistam Mundial SUB-19 e Juliana decide jogar na Rússia
Sete jogos, sete vitórias, nenhum set perdido e o título. Foi com esse retrospecto que Duda/Tainá garantiram o título de campeãs mundiais SUB-19, disputado em Porto, Portugal.

O ouro foi garantido com a vitória por 2x0 (21/12 e 21/16) contras as russas Gorbunova/ Makroguzova.

Duda, de apenas 14 anos, entra para a história do vôlei de praia ao se tornar a primeira jogadora a disputar os três Mundiais de base em um mesmo ano: SUB-23 (prata), SUB-21 (9ª colocação) e SUB-19 (ouro).

Já Juliana, afastada da seleção e sem poder disputar o Circuito Mundial, anunciou essa semana que jogará a penúltima etapa do Circuito Russo.

Sem ter o que disputar e precisando de ritmo para o Circuito Brasileiro, disputar a etapa russa pode ser um bom negócio.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Em seu 1º Campeonato Mundial, Alvinho recebeu 3 premiações.
Embora já tenha comentado ontem sobre os resultados do Campeonato Mundial, que garantiu prata e bronze para o Brasil, trago mais alguns detalhes de Stare Jablonki, não citados no post anterior:

Premiações individuais: 

- Além de conquistar o bronze, Lili foi eleita a melhor bloqueadora da competição;

- Alison e Ricardo foram os maiores bloqueadores entre os homens. Por ter disputado um set a menos, Alison foi o primeiro da lista.

- Mesmo tendo terminado na 5ª colocação, Evandro foi o jogador que mais fez pontos de saque na competição: 16 em 14 sets disputados. Quase um por set.

- Mesmo vice, Álvaro Filho foi o grande destaque individual: melhor defensor, melhor atacante ofensivo e eleito o jogador mais "valioso" do torneio, espécie de MVP da competição.

Observações e curiosidades: 

- Embora três das quatro duplas femininas do Brasil tenham terminado em 17º, todas as quatro parcerias masculinas terminaram entre as cinco melhores;

- Se nenhuma dupla masculina dos EUA esteve no pódio em Londres, os maus resultados se repetiram na competição mais importante do vôlei de praia pós-Olimpíada: Dalhausser/Rosenthal, eliminados por Ricardo/Álvaro, terminaram apenas em 9º, melhor colocação norte-americana em Stare Jablonki.

- Chinesas Zhang Xi/Xue é a primeira dupla campeã fora do eixo Brasil - Estados Unidos. Nas oito edições anteriores, o título ou foi brasileiro ou norte-americano.

- Assim como o Brasil, a Alemanha conseguiu colocar uma dupla entre as três melhores de cada naipe: prata para Borger/Büthe no feminino e bronze para Erdmann/Matysik no masculino.

Como ontem não consegui encontrar nenhum vídeo da semifinal entre Alison/Emanuel x Ricardo/Álvaro, posto hoje esse trechinho com os melhores momentos da partida.

Mesmo com um corte seco no final, dá para ver a emoção de Alvinho ao garantir vaga na primeira final de Campeonato Mundial da carreira, logo no primeiro ano de temporada internacional.


Essa semana, o tour segue para Gstaad, na Suiça.

Foto: FIVB

domingo, 7 de julho de 2013

Mesmo sem o ouro, Álvaro foi eleito o MVP do Campeonato Mundial.
Um Campeonato Mundial bem diferente do previsto em Stare Jablonki. Defendendo o título, tanto no naipe feminino quanto no masculino, sabia-se que a pressão em cima dos brasileiros seria grande na competição mais importante do ano, a segunda mais importante da modalidade, perdendo apenas para as Olimpíadas.

Mas eis que as surpresas começariam ainda na segunda fase do torneio feminino. Talita/Maria Elisa, campeãs de três das cinco temporadas mundiais até aqui, Maria Clara/Carol, donas de três pódios mundiais em 2013 e Ágatha/Maria Elisa, vice-campeãs do Grand Slam de Corrientes, foram eliminadas no mesmo dia, terminando numa impensável 17ª colocação.

Com três das quatro duplas fora, a responsabilidade verde-amarela ficou com Lili/Bárbara Seixas, que não vinham emplacando bons resultados até o último Grand Slam em Roma.

Ignorando as apresentações anteriores, Lili/Bárbara cresceram na competição, venceram partidas difíceis contra holandesas Keizer/Van Iersel e italianas Cicolari/Menegatti e colocaram o Brasil, pelo menos, entre uma das quatro melhores parcerias da competição.

E mesmo após perderem para as medalhistas olímpicas Zhang Xi/Xue na semifinal, a parceria formada no novo sistema de seleções teve forças para reagir e vencer Ross/Pavlik na disputa do bronze.

Ross, que mesmo sem sua parceira Kessy, lesionada, é a atual vice-campeã olímpica e apresenta mais experiência em Campeonatos Mundiais, tendo vencido o penúltimo contra Juliana/Larissa, em 2009.

Ou seja, um resultado que poderia ser melhor para o Brasil, mas que, por tudo que se viu na competição, foi justo, importante e merecido.

Resultado também merecido no ouro, assegurado por Xi/Xue, que mesmo após muita dificuldade para vencerem alemãs Borger/Büthe, mostram a incrível regularidade da parceria anos após ano.

Álvaro Filho surpreende no masculino e garante prata ao lado de Ricardo
Se Lili/Bárbara Seixas não eram as mais cotadas ao pódio no início do Campeonato Mundial, Ricardo/Álvaro Filho também não era a parceria brasileira de maior destaque em Stare Jablonki.

Alison/Emanuel, que defendiam o título conquistado em 2011, e Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros e líderes do ranking mundial, eram os candidatos a, pelo menos, um pódio.

No entanto, no duelo brasileiro nas semifinais, Álvaro Filho, que disputava o primeiro Campeonato Mundial da carreira, impressionou. Mesmo sendo o jogador mais jovem e inexperiente entre Alison, Emanuel e Ricardo, Alvinho foi o melhor em quadra.

Muito consistente nas defesas e depois de emocionar com muito choro após a vitória,  a impressão era que a surpresa final de Stare Jablonki seria o título do jovem de 22 anos, que jamais havia disputado uma final de Circuito Mundial.

Mas os holandeses Brouwer/Meeuwsen, que também sequer haviam chegado a uma final de tour internacional, garantiram outro, até então, improvável resultado. Superiores em todos os momentos da decisão, mereceram o 2x0 (21-18, 21-16) e o primeiro ouro mundial da parceria.

Alison/Emanuel, que evoluíram, mas ainda continuam longe do melhor voleibol da dupla, jogaram bem, mas não conseguiram superar os alemães Erdmann/Matysik na disputa pelo bronze.

Surpresas, novidades, principalmente com o surgimento de novos nomes, e resultados que, talvez, poucos apostariam há 7 dias. É o novo vôlei de praia se consolidando.

Real Time Web Analytics