Principais adversários do vôlei de praia brasileiro em Londres

Grande concorrência na luta pelas medalhas. Foto: FIVB

Na postagem de ontem, fiz uma análise das quatro duplas brasileiras que estarão representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres.

E hoje, quase que na prorrogação, já que a estreia da modalidade acontece amanhã, uma passada nas duplas internacionais que devem ser a pedra no sapato dos nossos atletas.

Vôlei de Praia Masculino

Brasileiros, americanos e europeus. Estes devem ser os países que lutarão pelas medalhas em Londres. Como toda Olimpíada, não se pode descartar "azarões", mas Rogers e Daulhauser, Gibb e Rosenthal, Nummerdor e Schuil e Brink e Reckermann devem ser principais concorrentes ao ouro:

Rogers e Daulhauser: atuais campeões olímpicos. Frios, concentrados e muito indiferentes ao calor de jogo dos brasileiros. Parceria foi responsável pelo fatídico 15x4 contra Márcio e Fábio Luiz na decisão de Pequim. Fisicamente, a dupla, que voou em 2010 e no início de 2011, já não apresenta a mesma postura, talvez por conta da cirurgia de Dalhauser no final da temporada passada. Mas qualquer desatenção com eles pode ser fatal.

Gibb e Rosenthal: dupla norte-americana que mais brilhou nesta reta final de preparação olímpica. Dos últimos três confrontos contra Alison e Emanuel, dois foram vencidos pela parceria "número 2" dos Estados Unidos.Terminaram em 4º na corrida olímpica e lideram o ranking mundial 2012.

Brink e Reckermann: campões do Circuito Mundial e campões da Copa do Mundo de Vôlei de Praia em 2009. Foram bronze na mesma competição ano passado. Terminaram o ciclo olímpico apenas atrás de Alison e Emanuel e Rogers e Dalhauser.

Nummerdor e Schuil: Quinto colocados no ranking mundial, a dupla mescla a força de bloqueio do grandalhão Schuil com o bom fundo de quadra de Nummerdor. Dupla venceu a última etapa antes das Olimpíadas passando por Márcio e Pedro Solberg em Klagenfurt.

Vôlei de Praia Feminino

Uma briga de muitas apostas. Sem sombra de dúvidas, trata-se da edição olímpica mais concorrida da história do vôlei de praia feminino. Se antes norte-americanas e brasileiras ditavam o ritmo, agora chinesas e europeias também chegam muito forte. Ouso dizer que é possível termos oito duplas lutando pelas três medalhas oferecidas:

Xue e Zhang Xi: dupla número 2 do ranking olímpico, líder do ranking mundial 2012 e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ótimo bloqueio de Xue e grande altura de ambas as jogadoras (Xue tem 1,89m e Xi 1,83m) pode dificultar, e muito, a vida das adversárias. Lugar praticamente garantido no pódio. 

Walsh e May: Bi-campeas olímpicas (um desses ouros foi conquistado contra Adriana Behar e Shelda, em 2004). Tudo bem que o ciclo olímpico da dupla contou com a dupla gravidez de Walsh e com a participação de May na "Dança dos Famosos" americana, que rendeu uma lesão no joelho da jogadora. Foram vice-campeãs da Copa do Mundo 2011, apresentando-se muito bem contra Ju e Larissa. 

Kessy e Ross: dupla "número 2" dos Estados Unidos. Recentemente, não vem conquistando títulos, mas já foram campeãs da Copa do Mundo de Vôlei de Praia contra Juliana e Larissa (2009). Terminaram o ranking olímpico em 4º. 

Cicolari e Menegatti: chances reais de serem as primeiras europeias a conquistarem uma medalha olímpica no vôlei de praia. Dupla começou a se destacar em 2011 e a jovem Menegatti, de apenas 21 anos, foi considerada a revelação da temporada internacional. Neste ano, dupla aprontou logo de cara: duas vitórias sobre Ju e Larissa na abertura do Circuito Mundial, em Brasília.

Van Iersel e Keizer: força holandesa na modalidade feminina. Terminaram a corrida olímpica em 7º. Não devem lutar pelo ouro, mas, dependendo dos cruzamentos, podem aprontar para cima das adversárias e conquistar a melhada de bronze.

Goller e Ludwig: o voleibol das alemãs cresceu muito nos últimos anos e é bem comum vê-las lutando em jogos de quartas de final, semifinal e até mesmo final. Serão adversárias de Talita e Maria Elisa logo na primeira fase e devem brigar pela 1º colocação do grupo com as brasileiras.

Suposições e indagações que começam a ser testadas amanhã (confira as datas e horários das partidas). Boa sorte, Brasil!

Ouro e bronze em Moscou e corrida olímpica quase definida

Mamute Alison comemorou muito o 1º título mundial do ano.

Fim de Grand Slam de Moscou e mais duas medalhas na bagagem das duplas brasileiras. Depois do bronze conquistado por Juliana e Larissa ontem, Alison e Emanuel e Ricardo e Pedro Cunha garantiram mais duas boas colocações na temporada 2012 do Circuito Mundial.

Prejudicado por um inesperado choque contra uma placa de publicidade logo na estreia da temporada 2012 do Circuito Mundial, o mamute Alison mostrou-se totalmente recuperado, o entrosamento com o parceiro Emanuel voltou ao habitual e a dupla chegou ao primeiro título de Circuito Mundial no ano.

Etapa com 100% de aproveitamento e, mesmo sem a participação de Rogers e Daulhausser na Rússia, confiança em alta após boas vitórias sobre norte-americanos Gibb e Rosenthal nas quartas, alemães Brink e Reckermann nas semifinais e holandeses Nummerdor e Schuil na decisão de hoje.

Ricardo e Pedro Cunha, que por muito pouco não chegaram à final, também saem felizes da etapa russa. Além de mais um pódio conquistado - o quarto em seis etapas realizadas na temporada - o terceiro lugar indica o que de fato deve acontecer: a convocação da parceria como segunda representante brasileira em Londres.

A apenas uma etapa do encerramento do ranking olímpico, a parceria precisa apenas jogar uma partida no Grand Slam de Roma para completar 12 torneios disputados e aí sim garantir a participação mínima exigida pela Federação Internacional de Vôlei.

Com a participação mínina alcançada e ocupando a segunda colocação brasileira no ranking olímpico, só uma tragédia muito grande pode tirar a dupla de Londres.

E confirmada a presença de Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha nos Jogos, o Brasil chegará muito bem na disputada pela medalha dourada.

Sem descanso, as duplas já começam as disputas em Roma nesta quarta-feira. Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Taiana/Vivian e Ângela/Lili (que passaram pelas fases classificatórias) iniciam as disputas no torneio principal amanhã mesmo.

Alison/Emanuel, Ricardo/Pedro Cunha e Márcio/Pedro Solberg estreiam próxima na quinta-feira. Benjamin/Bruno Schmidt, Harley/Evandro, Thiago/Ferramenta e Moisés/Vitor Felipe disputam o country-cota e o qualifying amanhã.

Correria total para os atletas!

Foto: FIVB

Vôlei de Praia: medalhas e indagações após a etapa de Xangai

Brasileiras e chinesas dividem mais um pódio. Foto: FIVB

Pódio feminino da terceira etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia disputado essa semana em Xangai, na China: donas da casa Zhang Xi e Xue em primeiro, Talita e Maria Elisa em segundo e Juliana e Larissa em terceiro.

Exceto a ordem das colocações, pódio do primeiro Grand Slam da temporada exatamente como o da etapa de Sanya, disputada na semana passada, e com exceção do 3º lugar conquistado pelas italianas Cicorali e Menegatti contra Juliana e Larissa, resultados finais também praticamente iguais à etapa de Brasília.
 
Mais uma etapa de altos e baixos para Juliana e Larissa: estreia com derrota para dupla da Finlândia, boa recuperação nas fases seguintes, inclusive com boa vitória sobre norte-americanas Kessy e Ross, e nova derrota, desta vez contras as chinesas donas da casa e medalhistas de bronze em Pequim, que a cada dia evoluem e preocupam mais.

Do outro lado brasileiro, a cada dia mais próximas e merecedoras da segunda vaga olímpica, Talita e Maria Elisa seguem se destacando: volume de jogo consistente, vários jogos sem perder sets, equilíbrio, confiança e melhor sequência internacional da história da parceria.

Mesmo derrotadas duas vezes pelas chinesas, uma em Xangai e outra em Brasília, o bom momento das brasileiras é o principal destaque do Circuito Mundial até aqui.

E a 82 dias dos Jogos, com a tradicional cobrança da imprensa por bons resultados brasileiros em Londres, muitas perguntas começam a movimentar as editorias esportivas e até mesmo a cabeça dos torcedores: com os resultados abaixo do normal, Juliana e Larissa já não são as mesmas ou estão administrando a preparação? A parceria antes cotada como favorita para os Jogos já não pode ser vista mais assim? Talita e Maria Elisa seguirão nesse ritmo forte e vão para as Olimpíadas como a principal dupla nacional? Walsh e May, que não chegaram em nunhuma semifinal, já não são mais o centro das atenções? E essas chinesas, como se comportarão? E as europeias?

Perguntas muito precoces, carregadas de vários "achismos" e que não devem servir como parâmetro para Londres.

Além da prata de Talita e Maria Elisa e do bronze de Juliana e Larissa, Vivian e Taiana terminaram em 9º e Maria Clara e Raquel em 25º. Cris e Andreza, ou Saka e Rtvelo, brasileiras naturalizadas georgianas, também terminaram em 25º.


Márcio e Pedro Solberg no pódio novamente

Com pouco tempo para o entrosamento ideal e a poucas etapas para o encerramento da corrida olímpica, todo resultado será extremamente importante para os pré-convocados Márcio e Pedro Solberg.

Correndo atrás do prejuízo, a dupla garantiu mais um resultado importante. Após a prata na etapa de Myslowice semana passada, bronze diante dos compatriotas Benjamin e Bruno Schitmd.

Dois pódios em três etapas, outras cinco por disputar e o sonho ainda continua vivo, embora bastante complicado.

Sem os brasileiros na final, nova decisão 100% norte-americana e mais um título para Rogers e Daulhausser.

Além do terceiro lugar de Márcio e Solberg e do quatro de Benjamin e Bruno Schimtd, Alison e Emanuel terminaram em 5º e Ricardo e Pedro Cunha em 9º. Renatão e Jorge, ou Geor e Gia, terminaram em 25º.

PS: Como ainda não foram contalizadas todas as indicações para a eleição Muso e Musa da Superliga, continuem enviando sugestões.

Circuito Mundial: altos e baixos na abertura em Brasília

Talita/Maria Elisa foram grande destaque em Brasília. Foto: CBV

Em termos de medalhas e retrospecto, a etapa de abertura do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, disputada em Brasília, não foi tão boa como nos anos anteriores. Mas, na semana que marcou os 100 dias para os Jogos Olímpicos de Londres, alguns resultados acabaram sendo mais importantes do que o pódio em si.

Alison e Emanuel e Juliana e Larissa, maiores candidatos a medalhas em Londres, diferente dos últimos anos, não chegaram à final.

Ju e Larissa perderam três partidas na mesma etapa: duas para a dupla sensação italiana Cicolari e Menegatti e uma para as campeãs Xi e Xue, resultados que deixou a parceria em quarto lugar. Os destaques positivos na caminhada das hexacampeãs mundiais em Brasília foram uma nova conquista contra Walsh e May e a milésima vitória na carreira de Juliana. 

Já Alison e Emanuel tiveram o caminho interrompido por uma placa de publicidade. Na partida que valia vaga para as semifinais, o mamute sofreu um profundo corte no braço, levou 12 pontos e terá que ficar de molho por alguns dias aguardando a cicatrização do local, fato que só não pode atrapalhar o planejamento olímpico porque aconteceu justamente no início da temporada.

Se a abertura de Circuito Mundial não foi boa para as duas principais duplas, Ricardo e Pedro Cunha e principalmente Talita e Maria Elisa não têm motivos para reclamar.

Se ano passado a dupla feminina terminou em 5º em Brasília, a prata desse ano e as boas atuações da parceria ao longo da etapa merecem destaque. Mesmo perdendo a decisão para as chinesas Xi e Xue, bronze em Pequim, as brasileiras conseguiram realizar ótimos confrontos contra as italianas Cicolari e Menegatti e as norte-americanas Kessy e Ross e Walsh e May.

Além de perderem para Juliana e Larissa, as bicampeãs olímpicas amargaram a primeira derrota na história para Talita e Maria Elisa. Resultado que baixa um pouco a moral das americanas e traz uma confiança muito boa para a sequência do ano das brasileiras.

Ricardo e Pedro Cunha, invictos até as semifinais de ontem, mesmo vencendo por 26x24 no primeiro set, permitiram a virada de Rogers e Daulhausser, não conseguiram avançar às finais, mas venceram os espanhois Herrera e Gavira hoje e garantiram um bom terceiro lugar para uma dupla que ainda está em evolução para Londres.

Além deles, boa etapa para Harley e Evandro, que entraram na competição através de um convite recebido pela Federação Internacional e acabaram garantindo a quinta colocação, sendo eliminados justamente por Rogers e Daulhausser.

Se além de Harley e Evandro, Ricardo e Pedro e Alison e Emanuel, os americanos campeões em Brasília também levaram a melhor contra Márcio e Pedro Solberg, a história não se repetiu com Moisés e Vitor. Na primeira etapa de Circuito Mundial de Vitor, 15x9 no tie-break para o brasileiro e ótimo cartão de visitas contra os atuais campões olímpicos.

Outros resultados brasileiros na etapa: Vivian/Taiana (9º), Ângela/Lili (13º), Maria Clara/Raquel (17º), Alison/Emanuel (7º), Vitor/Moisés (7º) e Márcio/Pedro Solberg (9º).

Algumas duplas se dando muito bem, outras nem tanto. Algo normal para um início de temporada em que todas as parcerias, de todos os países, buscam jogar o melhor voleibol possível, já que o principal objetivo é a classificação para Londres.

Agora a temporada se torna realmente internacional. Enquanto os homens jogam em Myslowice, na Polônia, as mulheres disputam a etapa de Sanya, na China. (Confira o calendário completo)

Desafio BRA x EUA de vôlei de praia: o ano começou bem

No duelo particular, Brasil sai na frente no ano olímpico.

Era só para ser um amistoso, para preencher a grade de programação da Rede Globo, que, em ínicio de ano, e sem as corridas de Fórmula 1, fica com poucas opções de transmissões de eventos esportivos ao vivo nas manhãs de domingo. Se era, esqueceram de avisar à Juliana, Larissa, Ricardo, Pedro Cunha, Rogers, Daulhauser, Kessy e Ross, participantes do Desafio 4x4 de vôlei de praia, que aconteceu na Arena Guarapiranga,em São Paulo.

Então, nada melhor do que começar a temporada do vôlei de praia com uma vitória suada, e de virada (19/21, 21/18 e 15/11) para cima dos americanos, que, certamente, serão a pedra no sapato das duplas brasileiras na luta pelas medalhas em Londres.

Vitória de Juliana e Larissa ontem, por 2x1, sobre Kessy e Ross, derrota Ricardo e Pedro para Rogers e Daulhauser, por 2x0, e decisão marcada para hoje, onde todos os jogadores estariam juntos em quadra.

E, para infelicidade dos americanos, juntou-se o melhor ataque e bloqueio do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia (Juliana) - que hoje funcionou também como uma boa líbero, o melhor jogador (Ricardo) e, principalmente, a melhor defesa (Pedro Cunha) e a melhor jogadora e levantadora (Larissa).

Com Pedro Cunha atacando como poucas se vezes ele se viu fazendo tão bem e tantas vezes numa mesma partida e Larissa levantando redondinho, mesmo tendo que aumentar quase meio metro a mais a bola que normalmente levanta para Juliana, a primeira competição do vôlei de praia da temporada foi gostosa de se ver.

Os americanos tentaram surpreender em algumas jogadas, ganharam pontos depois de algumas bobeadas do quarteto brasileiro, jogaram tudo o que sabem em outros ralis, mas o dia seria mesmo dos donos da casa na exibição paulista.

Como Juliana disse ao Globoesporte.com, "é uma exibição, mas ninguém quer perder. É a brincadeira mais séria da temporada".

Se era uma brincadeira, que nas outras o resultado se mantenha o mesmo. Porque é bom demais ver o Brasil vencer.

Na próxima semana, já sem transmissões da Globo, os atletas brasileiros começam a disputa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em Salvador. E aí, acabou de vez a brincadeira! (Confira o calendário completo da temporada nacional.)

(Foto: Wander Roberto/Inovafoto)

Retrospectiva do vôlei de praia 2011 - Parte 1

Vitórias sobre as americanas marcaram a temporada. Foto: FIVB

Uma das temporadas mais vitoriosas da história do vôlei de praia brasileiro. Assim pode ser resumidamente definifo 2011, ano especialmente marcado pelas conquistas de Alison e Emanuel e Juliana e Larissa, duplas que venceram tudo o que disputaram ao longo desses últimos 12 meses.

Além da retomada da hegemonia verde-amarela no cenário internacional, o ano seria marcado também pelas constantes trocas de parceria masculina. A retrospectiva do vôlei de praia vai ser dividida nesse e no próximo post de amanhã. Vamos relembrar:

Desafio Brasil x Estados Unidos
Acompanhar uma partida de vôlei de praia na TV aberta é uma raridade, mas caberia à modalidade ser a primeira transmissão esportiva da Rede Globo em 2011.

Como castigo de Deus à emissora que não tinha outro evento ao vivo para encaixar no primeiro dia do ano, eis que um dilúvio cairia em Guarujá, impediria a final da competição e deixaria a equipe do Esporte Espetacular completamente louca com um "buraco" de mais de uma hora na programação.

Como a chuva não passou, Walsh, Hanson, Rogers e Daulhauser - representando os Estados Unidos - e Juliana, Larissa, Márcio e Ricardo - defendendo o Brasil - acabaram dividido a premiação. Como os brasileiros venceram os dois jogos de duplas no sábado, mesmo sem a decisão de domingo, a primeira competição do ano já seria um indício de que 2011 seria realmente verde-amarelo.

Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia
Curtas férias, pouco período de treinamento e estreia bem mais cedo que o normal. Começando no dia 12 de janeiro, a competição nacional exigiu muito dos atletas.

Dividida em 12 etapas, as partidas foram marcadas por muito sol, como no Rio de Janeiro - onde os termômetros chegaram a marcar mais de 40º C - chuva, como em Curitiba, que alagou as quadras e por pouco não causou o cancelamento da competição e por todas as demais situações climáticas existentes num país de dimensão continental como o Brasil.

Dentro de quadra, muitas mudanças de parceria. Dentre elas, a de Pedro Cunha e Thiago, campeões em 2010, que iniciaram o novo ano jogando ao lado de Pedro Solberg e Harley, respectivamente. No entanto, ao término da temporada nenhuma dessas novas duplas formadas estaria mais junta.

Alison e Emanuel - curiosamente vencendo apenas uma das doze etapas, mas sempre muito regulares em todas elas - e Juliana e Larissa - que não conseguiram repetir o feito de 2010, em que venceram onze títulos em doze disputados - acabaram conquistando o campeonato antes mesmo da etapa final em Fortaleza.

Larissa e Ricardo, vencedor de sete etapas (quatro com Márcio e três com Pedro Cunha) se destacaram e foram eleitos os melhores atletas da temporada nacional.

Rei e Rainha da Praia
Disputado em março na praia de Ipanema, o evento mais charmoso do vôlei de praia nacional foi marcado pela conquista de dois capixabas.

No masculino, o vitoriense e "mamute" Alison conquistaria pela primeira vez o título de Rei. Pelo feminino, essa seria a segunda conquista dourada da cachoeirense Larissa França.

Detalhe também para os vice-colocados da disputa, que foram justamente Juliana e Emanuel, parceiros dos campeões.

Circuito Mundial
Rogers e Daulhauser? Walsh e May? Na primeira etapa, disputada em Brasília, ambas as duplas norte-americanas estavam na decisão, confirmando que o ano deveria ser marcado mais uma vez pelo duelo Brasil x EUA.

No entanto, logo no primeiro encontro, Juliana e Larissa trataram de começar o ano da vingança contra as temíveis americanas. Com May visivelmente fora de forma, mas contando com a mesma habilidade de sempre, o reencontro das duas melhores duplas da atualidade foi marcado por três sets muito disputados e vitória brasileira.

Já Rogers e Daulhauser repetiram a façanha do ano anterior, derrotaram facilmente Alison e Emanuel e, por um instante, deram a impressão de que em 2011 garantiriam o segundo título mundial consecutivo.

Mas, após a vitória em Praga (que Praga para os americanos!), os brasileiros se encontraram e, enfim, descobriram a fórmula de vencer os atuais campeões olímpicos. A partir daí, os desfechos eram quase todos verde-amarelos e o título seria confirmado com duas etapas de antecedência, depois da conquista da medalha de bronze no pódio da etapa da Finlândia.

Pelo feminino, Walsh e May engrossaram o ritmo em algumas etapas e Juliana e Larissa "amoleceram" em outras, como no Grand Slam de Pequim (17ª colocação geral) e em Moscou, onde Larissa confessou estar "morta".

Mas a ressurreição viria na etapa holandesa, onde a dupla viraria um set praticamente perdido - de 17x11 para 21x17 - e asseguraria o seu sexto título de Circuito Mundial. Nos duelos particulares, este seria o 5x1 de Ju e Larissa contra Walsh e May na temporada.

Talita e Maria Elisa, que demoraram a se encontrar e repetiram muitas vezes a quinta colocação geral nas primeiras etapas, Márcio e Ricardo, que mais tarde se separariam, Márcio e Benjamin, que também já se separaram, e Ricardo e Pedro Cunha seriam as outras duplas brasileiras a conquistarem ouros nas etapas.

No final, título masculino e feminino garantido, feito que não acontecia desde 2008, quando Harley e Pedro Solberg e Ana Paula e Shelda venceram as duas categorias.

No post de amanhã, vamos recordar Copa do Mundo, Jogos Militares, Pan de Gualajara e mais alguns outros detalhes que marcaram o vôlei de praia em 2011.

Enfim, Alison e Emanuel!

Um dia da caça, outro do caçador. Foi baseado nesse provérbio que Alison e Emanuel enfim deram o troco nos americanos Rogers e Daulhauser e garantiram o título da etapa de Praga no Circuito Mundial de Vôlei de Praia.

Após um ano, Brasil é ouro novamente. Foto: FIVB

No duelo entre o "thin beast" Daulhauser e o "mamute" Alison, melhor para o brasileiro, que pôs fim a invencibilidade de 40 jogos do norte-americano e de quebra ainda faturou o seu primeiro título de Circuito ao lado do parceiro Emanuel.

Depois de ficar no quase por várias vezes, finalmente os brasileiros se acertam. Desde o início da parceria, Alison e Emanuel foi a dupla que mais duelou com os americanos, mas sempre havia um detalhezinho que tirava a possibilidade de título brasileiro. Hoje, todos esses detalhes que faltavam foram compensados e as parciais de 21/19 e 21/14 mostraram que os americanos não são tão imbatíveis assim.

Por mais dolorosas que tenham sido as duas derrotas em Brasília - uma na final de 2010 e outra na final desse ano - segundo o próprio Emanuel, elas serviriam de motivação na busca pelo melhor caminho para superar os americanos. Duas etapas depois e a confirmação de que Emanuel estava certo.

E essa vitória brasileira, além de ter um sabor especial para a parceria, coloca novamente o Brasil no lugar mais alto do pódio. Desde o dia 9 de maio de 2010 uma dupla masculina não sabia o que era vencer uma etapa de Circuito Mundial. O último título havia sido conquistado por Pedro Solberg e Harley, na etapa de Xangai, na China.

Após todo esse tempo, Pedro Solberg poderia ter voltado ao pódio em Praga, mas, ao lado de Pedro Cunha, acabou perdendo a disputa de terceiro lugar para os suíços Heyer/Chevallier.
Além do 1º e 4º lugar, o Brasil chegou também em 5º, com Márcio e Ricardo.

Já no feminino...
Pode-se dizer que inverteram-se os papéis nessa semana do vôlei de praia. Se os últimos títulos de Circuito estavam sendo conquistados pelas mulheres, dessa vez elas não conseguiram ir muito longe.

A exemplo da última etapa em Xangai, nenhuma dupla chegou sequer ao pódio.

Sem Juliana e Larissa, que preferiram abrir mão da etapa de Myslowice, Talita e Maria Elisa e Maria Clara e Carol foram as duplas nacionais mais bem colocadas, com um modesto 5º lugar. Pouco para quem, além das conterrâneas, não tinha pela frente a concorrência das norte-americanas Walsh e May. (Walsh até jogou a etapa polonesa, mas sem May ficou apenas em 7º).

Ângela e Lili terminaram em 9º e Renata e Pri Lima em 17º.

Resta agora às duplas femininas um melhor desempenho nas próximas etapas que estão por vir.

E a próxima parada é novamente a China, que receberá pela terceira vez no ano uma etapa. Me pergunto porque tantas competições lá se o Brasil, por exemplo, é um país tão grande e só recebe uma etapa por temporada. Mas, enfim...

Entre os dias 6 e 11 de junho Pequim recebe o 1º Grand Slam do Circuito Mundial. Os atletas competirão na mesma arena olímpica dos Jogos 2008.

E logo depois, Copa do Mundo em Roma. Os próximos capítulos serão de grandes emoções para o vôlei de praia brasileiro.

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Desafio 4 x 4 de vôlei de praia no primeiro domingo de 2011

Para começar muito bem o Ano Novo, o primeiro domingo de 2011 terá uma atração bem agradável na TV: vôlei de praia. Trata-se do Desafio Brasil x Estados Unidos, evento que faz parte do Verão Espetacular, do programa Esporte Espetacular.

Na arena montada na Praia da Enseada, no Guarujá, litoral paulista, Juliana/Larissa e Márcio/Ricardo duelarão contra os americanos Rogers/Daulhauser e Walsh/Hanson.

Ju e Larissa, no desafio promovido nos EUA, em 2009.

No sábado, primeiro dia do ano e da disputa, acontecem os dois jogos de duplas. No domingo, será disputado o jogo 4 x 4, misturando homens e mulheres.

Diferente do ano passado, em que a pontuação foi mal pensada, nessa nova edição, não será possível que um país saia campeão ainda no sábado: cada vencedor do jogo de duplas receberá um ponto e o vencedor do quarteto somará três pontos.

Na verdade, os jogos de sábado não valerão nada dessa vez. Quem vencer o jogo de domingo, vencerá a disputa.

Nos últimos dois Desafios Brasil x Estados Unidos - Arizona (2009) e em Serra (ES), em 2010 - os americanos levaram a melhor na soma geral.

Se 2011 seguir o histórico de transmissões de vôlei de praia dos últimos anos, esse deve ser um dos raros eventos televisionados. Esse ano, além do Desafio, houve transmissão apenas das finais masculina e feminina da etapa de Brasília, do Circuito Mundial.

Torcer para que 2011 comece bem diferente, com vitória brasuca e anúncios de mais transmissões em TV aberta no próximo ano.

Circuito Mundial: pratas com sabor bem diferente

Em Aland, na Finlândia, pela penúltima etapa dessa longa sequência do Circuito Mundial, Juliana e Larissa e Márcio e Ricardo conquistam duas pratas com sabor completamente diferente. 

Pódio com duas duplas brasileiras na Finlândia. Foto: FIVB

Juliana e Larissa, pentacampeãs mundiais por antecipação na semana passada, tiveram que amargar a prata. Na final, Xue e Zhang, as chinesas muito boas de bola, pela segunda vez na temporada, tiraram aquele gostinho gostoso de vitória brasileira.

Já para Márcio e Ricardo, o segundo lugar teve um sabor bem mais agradável. Novamente a dupla chega e chega bem. Os brasucas só não conseguiram ser melhores que os todo-poderosos Rogers e Daulhauser. Mas, foi por pouco.

Com parciais de 22/24, 21/10 e 13/15, eles mostram que darão muito trabalho ainda. Já estou até imaginando as disputas pelo Circuito Banco do Brasil! Os americanos agora têm 9 ouros numa só temporada de Circuito e ultrapassaram a marca de Ju e Larissa, que tinham vencido 8 em 2009.

Além dessas duas pratas, mais um bronze feminino. Com Talita e Maria Elisa, que se não fosse as chinesas, poderiam ter feito uma final totalmente verde-amarela.

As classificações finais ficaram assim:

Feminino: Ju e Larissa, 2º lugar; Talita e Maria Elisa em 3º e Vivian e Taiana em 4.

O tour vai chegando ao final e a próxima etapa é na Holanda já nessa semana. E lá vai ser muito interessante: Rogers e Daulhauser anunciaram que não jogarão por compromissos com o patrocinador nos EUA. Etapa mais que aberta para os meninos que participarem dessa etapa então.

Ahh! Já ajudou na escolha do novo nome para o blog? Não. Participe na enquete ao lado.

Circuito Mundial: intrusos na boa etapa dos brasileiros

O final de semana podia ser o mais perfeito da temporada para o vôlei de praia brasileiro. Tudo dava a entender que em Kristiansand, na Noruega, o vento sopraria a favor, e até o fim, para as duplas brasucas.

No feminino, Juliana e Larissa pentacampeãs e dupla recordista em títulos do Circuito Mundial., com 36 conquistas. No masculino, 3 duplas entre as 4 semi-finalistas. Tudo estava muito bem encaminhado.

Pedro e Harley e Alison e Emanuel no pódio. Foto: FIVB

Mas, esqueceram de segurar Rogers e Daulhauser na entrada dessa festa e eles, para variar, não foram bons convidados.  

Derrotaram Pedro Solberg e Harley na final e conquistaram o 8º título da temporada. Agora, é secar mais do que nunca esses americanos estraga-prazeres para que não conquistem nenhum ouro mais em 2010 porque caso contrário, o recorde de Ju e Larissa fica ameaçado. 

A dupla era a única, até então, a conseguir vencer oito etapas num só ano. Se bem que no feminino ainda restam quatro etapas e elas devem disputar mais duas. Os americanos disseram que vão disputar somente a etapa da próxima semana. Sequemos eles!

O post ficaria muito mais bonito com vitória verde-amarela tanto dos meninos quanto das meninas, mas no todo, foi uma ótima etapa. Tirando Ju e Larissa, Maria Clara e Carol também foram ao pódio; conquistaram o bronze. 

E no masculino, foi muito bom ver Pedro Solberg e Harley jogando em alto nível novamente. A dupla vinha muito aquém dos resultados esperados e ver Harley, o melhor jogador do mundo nos dois últimos anos, disputando vaga no Country Cota é uma situação totalmente estranha. 

Na Noruega, a dupla após do Cota, teve que passar pelo Quali para só depois chegar à chave principal. Pelo sacrifício e pela persistência, a prata teve sabor especial. Sem contar que a confiança deles parece estar de volta e isso é muito bom para o vôlei de praia brasileiro. 

Além de Pedro e Harley, Alison e Emanuel sairam da etapa com medalha. Foram bronze, ao derrotar Márcio e  Ricardo. Com a vitória Emanuel conquistou a milésima vitória no Circuito Mundial. Mil vitórias? Sabem o que é isso? Muita coisa. Uma marca difícil de ser batida. 

Agora, o campeão olímpico tem 204 etapas disputadas, 70 ouros ( isso mesmo, 70 ouros ) e 136 pódios na competição. Números que mostram o quanto Emanuel é vencedor.

Pódio feminino: Ju e Larissa e M.Clara e Carol. Foto: FIVB

No geral, as classificações ficaram assim: No feminino, Juliana e Larissa em 1º, Maria Clara e Carol 3º, Vivian e Taiana, 13º e Talita e Maria Elisa em 17º. Saka e Rtvelo ou Cris e Andrezza, as brasileiras naturalizadas georgianas, ficaram em 13º. 

No masculino, Pedro e Harley terminaram em 2º, Alison e Emanuel em 3º, Márcio e Ricardo em 4º e Benjamin e Bruno Schimt ( que são sempre muito regulares) em 5º. Geor e Gia ou Renatão e Jorge,  dupla naturalizada georgiana assim como Cris e Andrezza, chegaram em 9º. 

O tour segue para a Finlândia essa semana, a penúltima dessa longa jornada de nossas duplas pelo mundo afora.

Continuo contando com a ajuda de vocês na escolha do novo nome para o blog. Quero passá-lo a usá-lo o quanto antes. Para me ajudar, é só votar na enquete à direita.

Circuito Mundial: Novidades? Quase nenhuma

Em Stare Jablonki, no último Grand Slam da temporada 2010 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, o final foi basicamente o mesmo dos anteriores.

Ju e Larissa e Talita e M. Elisa. Ouro e bronze. Foto: FIVB

No feminino, nem é preciso dizer muito: Juliana e Larissa de novo. Numa final super equilibrada,  a dupla sofreu muito para virar o jogo contra as chatinhas Chen Xue e Zhang Xi, da China. Porém, essas papa-recordes são movidas pela raça e de uma forma incrível conseguiram vencer e chegar ao 35º título do Circuito.

Feito que só Wash e May tinham até ontem. Tinham, já não tem mais. Sábado que vem Ju e Larissa podem passar por cima de mais uma marca das bi-campeãs olimpícas. E na atual fase das brasileiras, é bem provável que isso aconteça.

Talita e Maria Elisa também se destacaram e garantiram o bronze. Se não fossem essas chinesinhas boas de bola, a final podia ser 100% brasuca novamente.

No masculino, quase nenhuma novidade também. Nada de final e nem preciso dizer muito sobre ela já que aqueles americanos tiraram a graça da coisa mais uma vez. Porém, antes de chegarem na decisão Rogers e Daulhauser perderam um set incrível para Márcio e Ricardo: 41 a 39 ( no Tour o set termina em 21).

Faltou muito pouco para os brasileiros não chegarem à final, mas o bronze foi um bom resultado e mostra que houve uma boa química entre esses novos parceiros.

Triste mesmo foi ficar sem internet até agora há pouco e sequer ver menção dos resultados do Circuito na TV aberta.  Pelo menos, houve transmissão da final feminina pelo SporTV dessa vez.

Mas, a senhora Rede Globo continua bloqueando as transmissões ao vivo pela internet. Lamentável!

As classificações finais ficaram assim: No feminino, Juliana e Larissa em 1º, Talita e Maria Elisa em 3º, Ângela e Val em 9º e Maria Clara e Carol em 17º, mesma colocação que as brasileiras naturalizadas georgianas Cris e Andrezza.

Márcio e Ricardo, bronze na Polônica. Foto: FIVB

No masculino, Márcio e Ricardo terminaram em 3º, Pedro Solberg e Harley e Alison e Emanuel em 5º, Benjamin e Bruno Schimt em 17º e Thiago e Pedro Cunha em 25º. Renatão e Jorge, naturalizados georgianos assim como Cris e Andrezza, terminaram em 9º.

A Noruega recebe a competição pela segunda vez em menos de dois meses e fica o sonho de ver o Brasil sediando duas etapas em 2011 também.

Os desafios começam amanhã com as disuputas no Country Cota e Quali feminino. Terça já tem meninos em ação também.

Até lá, pessoal! Ahh! E continuo contando com a ajuda de vocês na escolha do novo nome do blog. Cliquem em qual preferem na enquete.

Mais um título para as papa-recordes

Mais uma vez, o final de semana foi das papa-recordes. Nem a chuva, que interrompeu a decisão por mais de 3 horas, conseguiu parar Juliana e Larissa. As brasileiras não deram chances e faturaram em Gstaad, na Suiça, o quarto título do Circuito Mundial na temporada. O segundo Grand Slam seguido. E estão a três títulos de se tornar a dupla mais vencedora da história do Circuito.

No último post, disse que não duvido nada dessa marca ser batida ainda em 2010. E continuo acreditando nisso. Restam oito etapas para o fim do tour e vencer mais três não é nada impossível para elas.

Esse foi o 74º título da dupla.

Talita e Maria Elisa, campeãs em Gstaad em 2009, perderam a disputa pelo bronze e acabaram em 4º na etapa.

Além das papa-recordes, a notícia boa ficou com Márcio e Ricardo que conquistam sua primeira medalha juntos.

Ficaram com o bronze. Resultado muito bom para quem começou a etapa disputado o Country Quota. Depois disso, ainda tiveram que passar pelo Quali, para só depois entrar no Main Draw (chave principal do competição).

Os resultados confirmam a instabilidade dos meninos. Nenhuma dupla consegue se firmar o suficiente e por conta isso, Rogers e Daulhauser continuam absolutos.

As classificações finais ficaram assim:

Masculino: Márcio e Ricardo em 3º, Thiago e Pedro Cunha em 5º, Harley e Pedro em 9º e Alison e Emanuel em 17º. Os "brasileiros-georgianos" Geor e Gia, ou Renatão e Jorge, terminaram em 25º.

Feminino: Juliana e Larissa em 1º, Talita e Maria Elisa em 4º, Maria Clara e Carol em 5º e Luana e Lili em 17º. Cris e Andrezza, ou Saka e Rtvelo, conseguiram um ótimo 9º lugar.

E por falar em Cris e Andrezza, prometo que publicarei uma entrevista super legal com Andrezza.

Ela falará sobre o início da carreira, a cidadania georgiana, as Olimpíadas de Pequim 2008 e muito mais.

O Circuito terá uma folguinha nessa semana e a próxima etapa agora é Marselha, na França, que começa dia 19 de julho.

Aguardar, então, para que dia 19 chegue logo.

Abraços, pessoal!

Final de semana com Tour de vôlei de praia e Liga Mundial

Mulheres de folga e resultados com cara de filme de sessão da tarde para os homens essa semana.

Adivinha quem parou Alison e Emanuel em Praga, na República Tcheca? Três dicas: norte-americanos, campeões olimpícos e atuais líderes do Circuito Mundial. 

Pois é! Os personagens da "Lagoa Azul" do Tour 2010, Rogers e Dalhausser, frustaram novamente a busca do segundo ouro brasileiro da temporada. Alison e Emanuel tentaram uma reação no segundo set da partida, mas no tie break acabou dando os estraga prazeres mais terríveis do ano. Esse é o quarto ouro dos americanos no Tour.

Quatro ouros deles e apenas um para o Brasil, com Pedro Solberg e Harley, que dessa vez não estiveram na disputa devido à lesão de Solberg.

As colocações finais ficaram assim: Alison e Emanuel em 2º, Benjamin e Bruno Schmith em 5º, Thiago e Pedro Cunha em 7º e Ricardo e Márcio em 13º. Geor e Gia ou Renatão e Jorge ficaram em 17º.

Outra coisa lamentável foram os confrontos diretos entre brasileiros que sempre tirava uma dupla da competição.

Tomara que na Noruega,  entre 28 de junho a 4 de julho,  tenhamos um filme com um final mais feliz para rodar.

Pela Liga Mundial, deu Brasil. Maracanãzinho lotado e nossa seleção venceu os dois confrontos contra a Coreia com placares de 3x1 e 3x0 ( primeiro 3x0 da seleção na Liga). Duas vitórias e seleção líder do grupo.

Dando sequência à competição, nos dias 26 e 27 de junho tem Brasil x Holanda, em Roterdã. 

Notícias da semana: Título na Coreia e outros resultados

O que marcou a disputa da quarta etapa do Circuito Mundial foram os confrontos entre as duplas brasucas pelo Circuito Mundial.

Em Myslowic, na Polônia, local onde os homens estiveram em ação, não tivemos os mesmos bons retrospectos em das etapas anteriores e pela primeira vez na temporada o Brasil saiu sem nenhuma medalha.

Os confrontos entre Thiago e Pedro Cunha x Harley e Pedro, Alison e Emanuel x Harley e Pedro e Alison e Emanuel x Benjamin e Bruno iam afunilando as duplas brasileiras. E poderia ser pior se Thiago não tivesse abandonado a competição por problemas físicos.

No final, sobrou apenas Alison e Emanuel mas, após uma boa reação, ao irem e voltarem da repescagem, terminaram na quarta colocação. Pela primeira vez, a dupla não chega ao pódio do Circuito em 2010. Para variar, os campeões foram aqueles estraga prazeres de sempre: Rogers e Dalhausser. Terceiro título deles em 2010.

A única medalha brasileira do Circuito nessa semana foi entregue em Seul, na Coreia do Sul. Juliana e Larissa despacharam na final as americanas Akers e Turner por 2 x 0 (21-11, 21-18) e chegaram ao segundo ouro na competição. Título inédito delas em solo coreano.

E lá, os confrontos brasucas também aconteceram: Talita e Maria Elisa x Ângela e Val e Cris e Andrezza x Ângela e Val. Talita e Maria Elisa conseguiram levar a melhor e ficaram em quarto lugar. As colocações finais ficaram assim: 

Feminino:  Juliana e Larissa em 1º, Talita e Maria Elisa em 4º, Maria Clara e Carol e Ângela e Val em 7º. Cris e Andrezza, brasileiras que competem pela Geórgia no Circuito ficaram em 9º.

Masculino: Alison e Emanuel em 4º,  Benjamin e Bruno e Pedro Cunha e Thiago em 9º e Harley e Pedro Solberg em17º. Renatão e Jorge, que competem também pela Geórgia terminaram em 17º.

O próximo país a receber o Tour é a Rússia. De 7 a 13 de junho, Moscou recebe os meninos e as meninas do Brasil para o segundo Grand Slam do ano.

Fora do Circuito, tivemos outro ouro brasileiro. A dupla Luana e Lili, disputando o torneio de Frauenfeld,

na Suiça, venceu as compatriotas Lívia e Michele Carvalho por 2 sets a 0 e faturou o torneio.

Já no Brasil, pelo Circuito Banco do Brasil Sub-21, disputado em Santos, Fabí e Julia Schmidt e Álvaro Filho e Vitor Felipe foram os campeões da etapa.

Fotos do Circuito Mundial e do CBBVP Sub-21 podem ser vistas nos links:

ttp://www.cbv.com.br/cbv2008/imprensa/abrir.asp?id=587

http://www.fivb.ch/EN/BeachVolleyball/Competitions/WorldTour/2010/Event/Photos.asp?Tourncode=WSEO2010

http://www.fivb.ch/EN/BeachVolleyball/Competitions/WorldTour/2010/Event/Photos.asp?Tourncode=MMYS2010

 

Circuito Mundial na Itália: os mesmos estraga prazeres de sempre

Fim do Grande Slam em Roma melancólico para o Brasil. No último dia de competição, como se não bastasse a chuva e o frio que marcaram a etapa, vimos os americanos novamente estragarem nossa festa.

Se no feminino nenhuma dupla brasileira conseguiu chegar à final, a esperança do ouro ficou em Alison e Emanuel, que faziam sua segunda final, em três etapas de Circuito Mundial em 2010.

Mas, o grande problema estava nos adversários que também chegavam a sua segunda final de tour em 2010. Eles, sempre eles, os estraga prazeres Rogers e Dalhausser. E o resultado na final em Brasília se repetiu no Foro Itálico: vitória dos americanos.

No primeiro set, Alison e Emanuel deram indícios que hoje  haveria troco por aquela derrota na primeira

etapa. Faltou pouco, muito pouco, mas, no finalzinho, prevaleceu a calma dos campeões olímpicos. Precisando virar a partida, a dupla brasileira não resistiu e acabou perdendo também o segundo set. Duro golpe!

Porém, mesmo com a derrota, Alison e Emanuel é a única dupla brasileira a estar presente nos três pódios da temporada. São duas pratas e um bronze.

A cada dia o mamute, ou melhor, rinocerutti Alison, como foi apelidado no twitter do vôleidepraia 

( Cerutti é seu sobrenome) cresce mais ao lado de seu parceiro Emanuel.

No feminino, depois de derrotarem Juliana e Larissa, Talita e Maria Elisa perderam a chance de disputar a final ao perderem para Goller e Ludwig, mas hoje garantiram o bronze ao derrotarem Branagh e May (olha a May, outra estraga prazer norte-americana, começando a incomodar de novo).

No final, foram duas medalhas. Uma prata e um bronze. Primeira etapa que o Brasil sai sem o ouro. Justamente no Grand Slam.

E parece até ironia: sempre que a imprensa brasileira dá um destaque maior ao vôlei de praia, as duplas brasileiras não conseguem os melhores resultados. 

A classificação final ficou assim: no feminino, Talita e Maria Elisa em 3º, Juliana e Larissa em 5º e Maria Clara e Carol em 9º. No masculino, Alison e Emanuel ficaram em 2º,  Thiago e Pedro Cunha e Ricardo em Márcio (bom resultado para o primeiro torneio da dupla) em 5º e Benjamin e Bruno Schmidt e Harley e Pedro Solberg em 9º.

O Circuito se despede da Itália e já essa semana  tem etapa em Seul, na Coréia do Sul, para as mulheres. E para os homens, a etapa acontece em Myslowice, na Polônia. 

Final masculina do Circuito Mundial: Passeio de Rogers e Dalhausser

Bem diferente do final feliz na decisão feminina de ontem, hoje o resultado da final masculina do Circuito Mundial de Vôlei de Praia não foi tão animador para os brasileiros.

Todd Rogers e Phil Dalhausser, os atuais campeões olímpicos, deram um verdadeiro "sacode" em Alison e Emanuel.

Pódio da primeira etapa do Circuito Mundial. Foto: FIVB

Impressionante a facidade de jogo dos americanos. Totalmente frios, técnicos e arrasadores,seguem sendo a dupla tão temida no vôlei de praia mundial. De espantar a figura sempre tranquila de Dalhausser. O careca gigante de 2,06m, ganhando ou perdendo, se mantém sempre sereno, com as mãos o tempo todo na cintura,  passando o pé na areia, para lá e para cá mal comemorando suas jogadas. 

Alison e Emanuel tentaram, mas hoje o dia não era de título para o Brasil. Alison bem que lutou, mas o "mamute", com todo o seu vigor físico, não suportou a força dos norte-americanos. Alison, inclusive, atuou bem melhor que Emanuel, que fez uma partida bem abaixo do seu potencial.

No final, 2 sets a 0 e esperança de que os campeões olímpicos não joguem sempre como jogaram hoje porque senão o título mundial para uma dupla brasileira pode ficar em perigo.

Benjamin e Bruno Schmidt, assimo como no CBBVP, foram regulares e ficaram com o bronze.

Caso não haja nenhuma nova alteração nas duplas, na próxima etapa, em Shangai, as novas parcerias entram em ação: Pedro Solberg e Harley, Márcio e Ricardo e Fábio Luiz e Bruno de Paula. Torcer para que a adaptação seja bem rápida e eles incomodem mais esses americanos que tanto insistem em estragar a festa brasileira. 

No geral, o saldo foi positivo: 4 medalhas para o Brasil: 1 ouro, 1 prata e 2 bronzes somando masculino e feminino. Além disso, público muito bom todos os dias, arena lotada ( hoje deu para ouvir no áudio da TV que não cabia mais ninguém na arquibancada ), cobertura pelos canais de TV ( fechados e aberto) e também pela internet. Mais um Mundial muito bacana no Brasil.

De 3 a 8 de maio, em Shangai, na China tem mais. Segunda etapa do SWATCH FIVB World Tour.

Ainda essa semana pretendo postar duas entrevistas bem bacanas feitas com os atletas Fernandão Magalhães e Lili Maestrini. Aguardem.

Circuito Mundial de Vôlei de Praia: o espetáculo vai começar

Começa, amanhã, em Brasília, a temporada 2010 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. 

Ju e Larissa, campeãs do Circuito em 2009. Foto: FIVB

Depois de muita confusão sobre a cidade brasileira que sediaria a etapa, a capital federal acabou confirmada  e contará com mais um evento para comemorar os seus 50 anos.

E a expectativa é muito grande.

Serão quase 300 jogadores, de 37 países, inscritos no torneio.

Além das principais duplas brasileiras, estarão presentes os americanos campeões olímpicos  Rogers e Dalhausser, a bi-campeã olímpica Misty May, as campeãs mundiais 2010 Boss e Ross e os alemães também campeões mundiais e atuais campeões do circuito Brink e Reckermann.

Vale lembrar que as últimas mudanças das duplas masculinas não interferirão na etapa. Todos ainda jogam com seus ex-parceiros.

A Globo deverá transmitir, ao vivo, as finais feminina e masculina .

Torcer para que, assim como ano passado, o Brasil seja campeão nas duas modalidades.

Alguns dados sobre a montagem da arena, segundo dados do blog Melhor do Vôlei:

2.500m³ de areia;

210 toneladas de ferro;

Arena com capacidade para 4.500 pessoas;

25 tendas para o lounge dos jogadores, escritórios da organização, centro de imprensa, e espaço de fisioterapia, entre outras áreas;

1.100m de grades e 500m de fechamento metálicos para delimitar a área do evento;

4.000m de fios elétricos; 

8 caixas d’água com 46mil litros cada;

18 juízes de linha e 18 apontadores.

Vai ser dada a largada, pessoal!

Veremos quem vai começar bem o Tour.