sábado, 10 de outubro de 2015

Títulos mundiais forma confirmados pela FIVB nesta semana
Foi confirmado oficialmente nesta semana, os títulos brasileiros nos dois naipes do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Como as contas já apontavam, Alison/Bruno Schmitd sagraram-se os grandes campeões da temporada masculina, enquanto Àgatha/Bárbara Seixas foram hegemônicas no feminino.

Dois títulos que não eram conquistados conjuntamente desde 2008, quando Pedro Solberg/Harley e Ana Paula/Shelda foram os campeões daquele ano.

Alison/Bruno Schmitd terminaram o ranking com 6.070 pontos, tendo vencido seis etapas, cinco delas em sequência. Num início de temporada mais modesto, em função de duas cirurgias do "mamute" Alison, uma de apêndice e outra no joelho, a dupla engrenou a partir da conquista do Campeonato Mundial, na Holanda. 

No primeiro ano da parceria, Pedro/Evandro somaram 4.960 pontos, garantindo a segunda colocação mundial da temporada, posição que certamente fez a CBV optar por eles em 2016, ao invés de Ricardo/Emanuel, que terminaram 2015 na nona colocação da tabela internacional.

Além da classificação olímpica e do vice-campeonato da temporada, os cariocas foram bronze no Campeonato Mundial e asseguraram o ouro do Desafio Brasil x Estados Unidos, novo evento que juntou os melhores times dos dois países nas areias de Copacabana, e que também teve Brasil campeão no feminino, com Talita/Larissa. 

Talita/Larissa que foram surpreendidas por Àgatha/Bárbara Seixas. Mesmo concorrendo com as favoritas por muitos ao ouro nas Olimpíadas 2016, o "time número 2" brasileiro garantiu o título do Circuito com meritocracia. Muito regulares ao longo de todo o ano e, de certa forma, favorecidas por uma lesão de Talita no meio da temporada, a carioca e a paranaense chegaram aos 6.350 pontos, com três outros (contra sete de Talita/Larissa), três pratas e um bronze. Os pontos decisivos, que as colocaram na frente das concorrentes nacionais, partiram do principal torneio do ano, o Campeonato Mundial ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, que deu a elas 1.000 pontos pela conquista.

Uma evolução gritante para uma parceria que ainda dava seus primeiros passos nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres 2012. Evolução assumida pela própria Àgatha: "Não tem como não dizer que foi o ano mais especial de nossas carreiras. Fomos vice-campeãs na temporada passada e agora garantimos o título, acho que nossa história é essa. Uma escada. Felizmente a cada ano estamos subindo um degrau, evoluindo".

Ouro e prata no Circuito Mundial nos dois naipes, ouro, prata e bronze feminino na Copa do Mundo, ouro e bronze masculino também na Copa do Mundo, ouro masculino e feminino no Desafio Brasil x Estados Unidos e outra conquista semelhante no estrante World Tour Finals, que reuniu as melhores duplas da temporada nos Estados Unidos.

Um ano histórico. Pode ficar chato, repetitivo e até pressionar os times brasileiros de alguma forma, mas este retrospecto é digno de muita coisa boa  em Copacabana, em 2016. E se a expectativa não se concretizar, as conquistas 2015 por si só já valeram. 
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