Títulos mundiais forma confirmados pela FIVB nesta semana |
Dois títulos que não eram conquistados conjuntamente desde 2008, quando Pedro Solberg/Harley e Ana Paula/Shelda foram os campeões daquele ano.
Alison/Bruno Schmitd terminaram o ranking com 6.070 pontos, tendo vencido seis etapas, cinco delas em sequência. Num início de temporada mais modesto, em função de duas cirurgias do "mamute" Alison, uma de apêndice e outra no joelho, a dupla engrenou a partir da conquista do Campeonato Mundial, na Holanda.
No primeiro ano da parceria, Pedro/Evandro somaram 4.960 pontos, garantindo a segunda colocação mundial da temporada, posição que certamente fez a CBV optar por eles em 2016, ao invés de Ricardo/Emanuel, que terminaram 2015 na nona colocação da tabela internacional.
Além da classificação olímpica e do vice-campeonato da temporada, os cariocas foram bronze no Campeonato Mundial e asseguraram o ouro do Desafio Brasil x Estados Unidos, novo evento que juntou os melhores times dos dois países nas areias de Copacabana, e que também teve Brasil campeão no feminino, com Talita/Larissa.
Talita/Larissa que foram surpreendidas por Àgatha/Bárbara Seixas. Mesmo concorrendo com as favoritas por muitos ao ouro nas Olimpíadas 2016, o "time número 2" brasileiro garantiu o título do Circuito com meritocracia. Muito regulares ao longo de todo o ano e, de certa forma, favorecidas por uma lesão de Talita no meio da temporada, a carioca e a paranaense chegaram aos 6.350 pontos, com três outros (contra sete de Talita/Larissa), três pratas e um bronze. Os pontos decisivos, que as colocaram na frente das concorrentes nacionais, partiram do principal torneio do ano, o Campeonato Mundial ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, que deu a elas 1.000 pontos pela conquista.
Uma evolução gritante para uma parceria que ainda dava seus primeiros passos nos últimos Jogos Olímpicos, em Londres 2012. Evolução assumida pela própria Àgatha: "Não tem como não dizer que foi o ano mais especial de nossas carreiras. Fomos vice-campeãs na temporada passada e agora garantimos o título, acho que nossa história é essa. Uma escada. Felizmente a cada ano estamos subindo um degrau, evoluindo".
Ouro e prata no Circuito Mundial nos dois naipes, ouro, prata e bronze feminino na Copa do Mundo, ouro e bronze masculino também na Copa do Mundo, ouro masculino e feminino no Desafio Brasil x Estados Unidos e outra conquista semelhante no estrante World Tour Finals, que reuniu as melhores duplas da temporada nos Estados Unidos.
Um ano histórico. Pode ficar chato, repetitivo e até pressionar os times brasileiros de alguma forma, mas este retrospecto é digno de muita coisa boa em Copacabana, em 2016. E se a expectativa não se concretizar, as conquistas 2015 por si só já valeram.