quarta-feira, 22 de julho de 2015

Duplas mantém tradição de manter vôlei de praia brasileiro no pódio
Depois de dois Jogos Pan-Americanos obtendo ouro nos dois naipes, masculino e feminino, o Brasil não teve o mesmo sucesso em Toronto, no Canadá.

Para que não acompanha o dia a dia do vôlei de praia, o bronze de Lili/Carol Horta e a prata de Álvaro Filho/Vítor Felipe podem parecer um "fracasso". Mas vale lembrar que nenhuma das duas duplas, com todo respeito a elas, faz parte dos "tops dos tops" do vôlei de praia brasileiro.

Em 2007 e 2011, por exemplo, Ricardo/Emanuel e depois Alison/Emanuel, respectivamente, foram nossos representantes. Entre as mulheres, Juliana/Larissa estiveram nos dois jogos. Em função da corrida olímpica, que classificará a dupla brasileira melhor colocada dentre uma série de etapas internacionais em 2015 para os Jogos 2016, a "elite" preferiu abrir mão da competição, deixando a responsabilidade com os mais jovens.

E, mesmo assim, fomos pódio. Lili/Carol Horta, que estão no primeiro ano da formação da parceria perderam para as argentinas Ana Gallay/Georgina Klug nas semifinais deste domingo, por 2 sets a 1 (7-21, 23-21 e 15-13). Na tarde desta terça (21), com a torcida local apoiando as canadenses Melissa Humana-Paredes/Taylor Pischke, as brasileiras se recuperaram e venceram as donas da casa com certa tranquilidade: 2 sets a 0 (21/9, 21/14).

Já Alvinho/Vitor Felipe caíram diante dos mexicanos Juan Virgen/Rodolfo Ontiveros por 2 sets a 1 (21/18, 13/21, 8/15) na decisão também disputada nesta terça-feira. Até então os brasileiros haviam perdido apenas um set na competição e eram os favoritos. Na primeira fase os mesmos times se enfrentaram, com vitória brasileira por 2 sets a 0 (21/14 e 33/31), em 56 minutos de partida.

Para efeitos de comparação, os mexicanos ocupam a 19ª colocação no ranking mundial 2015, com duas etapas a mais que Álvaro/Vítor, 22º. As Argentinas, que acabaram se sagrando campeãs, estão na posição 27, três posições atrás de Lili/Carol.

Claro que podíamos ser ouro nos dois naipes. Também para efeitos de comparação, vale destacar que Larissa foi "apenas" bronze em 2003, quando estreou em Jogos Pan-Americanos, ao lado de Ana Richa, com 21 anos na época. Depois, naturalmente, foi evoluindo e melhorando a cor das medalhas.

Com dois times super jovens, Carol tem 22 anos, Alvinho e Vítor têm 24 e Lili, a mais velha, completará 28 anos em outubro, e ainda inexperientes no quesito defender o Brasil em competições deste porte, "fracasso" não é bem o termo ideal para definir as colocações no pódio.

Para quem se dispôs perder duas etapas de Circuito Mundial e ver praticamente eliminada a chance de classificação para os Jogos do Rio, as medalhas valeram a pena. Nas redes sociais, os atletas, diferente de muitos torcedores que acabam não acompanhando o esporte, não desvalorizaram seus resultados. Muito pelo contrário, enalteceram a participação no Pan.

E, quem sabe, numa evolução natural, não consigam um desempenho melhor nos próximos anos.

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