Álvaro/Vítor Felipe e Lili/Carol dão prata e bronze ao Brasil em Toronto |
Se as atenções das principais duplas da modalidade estavam voltadas para a disputa das etapas de Circuito Mundial, cuja pontuação definiria as duplas participantes das Olimpíadas Rio 2016, restou a Álvaro Filho/Vítor Felipe e Lili/Carol Horta representar o Brasil na edição 2015 da principal competição das Américas.
Tudo ia bem na caminhada de Alvinho/Vítor Felipe até que os bons mexicanos Juan Virgen/Rodolfo Ontiveros roubaram a cena, e o ouro, dos brasileiros. Até então com um set perdido em todo o torneio, e já com uma vitória sobre os adversários da decisão, ainda na primeira fase, os paraibanos acabaram perdendo de virada, por 2 sets a 1 (21/18, 13/21, 8/15), vendo a medalha dourada escapar.
Um duro e injusto golpe para a dupla que resolveu abrir mão de etapas de Circuito Mundial para defender o Brasil. E uma quebra de sequência dourada para o Brasil, que foi ouro masculino nas duas últimas edições do torneio, Rio 2007 e Guadalajara 2011.
No entanto, assim como Lula/Adriano, em 1999, e Luizão/Paulo Emílio, em 2003, que conquistaram a prata, Álvaro Filho/Vítor Felipe seguiram mantendo o país no pódio de todas as edições de Jogos-Pan-Americanos.
Bronze de Lili/Carol Horta
Se Larissa/Talita, Àgatha/Bárbara, Juliana/Maria Elisa e Taiana/Fê Berti seguiam firmes da luta pelas vagas olímpicas, Lili/Carol Horta receberam a missão de manter a boa campanha brasileira em Toronto. Mas, tal como Alvinho/Vítor Felipe, a capixaba e a cearense acabaram achando uma pedra no meio do caminho.
Em uma semifinal teoricamente fácil, as brasileiras acabaram perdendo para as argentinas Ana Gallay/Georgina Klug no tie-break, com parciais 7/21, 23/21 e 15/13. A volta do cima aconteceu dois dias depois, quando jogaram contra as canadenses Melissa Humana-Paredes/Taylor Pischke, e toda a torcida da casa, na luta pelo bronze. Depois dos 2 sets a 0 (21/9, 21/14), elas também ajudaram a manter o Brasil sempre no pódio da histórias dos Jogos Pan-Americanos.
As algozes das brasileiras nas semifinais acabariam sendo as medalhistas de ouro.
E talvez o tempo mostraria depois que, mesmo sem os títulos, a participação em Toronto acabaria sendo positiva. Olhando sobre outro ponto de pista, Álvaro Filho/Vítor Felipe e Lili/Carol Horta acabaram contribuindo para as conquistas de Circuito Mundial, ao permitirem que as principais duplas do país se mantivessem focadas na competição que, em termos de importância, valia realmente mais a pena (relembre aqui).
Amanhã, encerrando a série retrospectiva, tem post sobre o Campeonato Mundial, ou Copa do Mundo, que teve amplo domínio brasileiro.