Título brasileiro entre duplas e países. Foto: Maurício Kaye |
Enquanto Larissa/Talita derrotaram Fompa/Summer Ross, quarto time norte-americano, Pedro/Evandro superararam Tri/Hyden.
No placar geral da disputa entre países, também melhor para o Brasil, que venceu por 30x13.
Algumas surpresas foram a eliminação precoce da parceria Dalhausser/Rosenthal, com apenas uma vitória em quatro jogos disputados, assim como a saída de Ricardo/Emanuel, que também não passaram da fase classificatória, do excelente desempenho de Thiago e da boa partida de Ágatha/Bárbara contra Walsh/April Ross na decisão do bronze.
É claro que o fator calor x má preparação física dos americanos pesou. Evidente que disputar o primeiro oficial de 2015, debaixo de um sol carioca de meio dia, traria complicações para quem não estivesse acostumado ao verão do Rio de Janeiro.
Por outro lado,a adaptação natural às altas temperaturas e o preparo físico melhor, em função das duas etapas de Circuito Brasileiro já realizadas em 2015, também favoreceu muito o bom aproveitamento brasileiro. Além do fator arquibancada, que empurrou as parcerias em momentos complicados durante as partidas.
Já pensando em Olimpíadas: certamente, a motivação será completamente outra em 2016 e o time americano deve apresentar um volume de jogo totalmente diferente do visto nos quatro dias de “Melhores do Mundo”. Mas, como muito bem destacou a Talita após a partida, a possibilidade de disputar partidas em Copacabana, contra potenciais adversários olímpicos, com o torcedor conhecendo e apoiando os representantes nacionais, foi o grande trunfo do torneio.
Ainda sem data definida, o evento-teste do vôlei de praia também deverá ajudar a fortalecer a parceria entre jogadores e torcedores cariocas.
Obviamente, o resultado não será parâmetro para os Jogos Olímpicos.
Mas, já que a participação em 2016 dependerá do bom retrospecto em 2015, o torneio valeu a pena. Em abril, com a abertura do Circuito Mundial, será oficializada a contagem de pontos para a escolha das duas duplas de cada naipe que nos representarão em Copacabana. Como prometido pela CBV, a dupla masculina e feminina melhor ranqueada até dezembro na competição internacional terá a vaga assegurada automaticamente. Portanto, o primeiro passo foi dado para achar o caminho das pedras para vencer os norte-americanos nas etapas mundo afora.
Já as outras duas parcerias serão escolhidas pela entidade, sem critério definido. Fazer bonito, vencendo partidas, cativando o público e chamando a atenção da CBV, também pesa muito no recebimento do convite para os Jogos do Rio.
Pelo masculino, a briga é completamente aberta. Nem mesmo Ricardo/Emanuel, com ouro, prata e bronze na bagagem, estão garantidos.
Mas, como falta um ano e cinco meses para os Jogos, o jeito é acompanhar o dia a dia da modalidade. Amanhã, por exemplo, os times voltam às quadras para a etapa de Recife. Depois Salvador e depois Circuito Mundial, Campeonato Mundial, Jogos Pan-americanos. É o clima gostoso das Olimpíadas deixando ainda mais competitivo o vôlei de praia.
Abaixo, um vídeo muito bacana, com a execução do hino brasileiro em Copacabana.