quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Seleção de Vôlei de Praia é aposta da CBV em 2013.
Ano novo, temporada nova e mudanças que prometem gerar grandes consequências para o vôlei de praia brasileiro em 2013.

Além da alteração do calendário do Circuito Banco do Brasil e das várias mudanças no formato do Circuito Mundial anunciadas, mas ainda não confirmadas, sem sombra de dúvidas, umas das maiores "revoluções" da história da modalidade acontecerá nessa temporada.

A partir de agora, formar uma boa dupla, conquistar resultados satisfatórios e garantir uma boa colocação no ranking mundial não serão os principais fatores para defender o Brasil em competições internacionais. 

Em 2013, a participação das parcerias brasileiras em etapas de Circuito Mundial, Copa do Mundo e Sul-Americano ficará a critério da CBV que, ainda no final de 2012, definiu os 27 representantes nacionais para toda a temporada.

No feminino, Ângela, Bárbara Seixas, Carolina Solberg, Elize Maia, Juliana (cortada da lista por ter faltado à apresentação oficial), Lili, Maria Clara, Maria Elisa, Rebecca, Taiana e Talita foram as 11 escolhidas pelo técnico Marcos Miranda.

No masculino, Alison, Álvaro Filho, Brian, Bruno Schmidt, Daniel Souza, Daniel Lazzari, Edson Filipe, Emanuel, Evandro, Hevaldo, Leonardo Gomes, Pedro Cunha, Pedro Solberg, Ricardo, Thiago e Vitor Felipe foram os 16 convocados pela técnica Letícia Pessoa.

Ou seja, a não ser que inclusões ou exclusões sejam feitas (situação que pode acontecer, segundo a própria CBV), qualquer outro atleta brasileiro não terá chances de defender o país internacionalmente.

Um exemplo do que esse novo critério vai implicar: Ágatha e Bárbara Seixas, que conquistaram bons resultados logo no primeiro ano da dupla, estão fora dos planos da confederação. Enquanto o nome de Bárbara Seixas está presente na lista das convocadas, o de Ágatha está fora e, caso não haja nenhuma mudança, elas poderão jogar juntas apenas nas etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Situação idêntica à de Bruno e Hevaldo, que conquistaram alguns importantes pódios no Circuito Banco do Brasil em 2012, mas que foram "separados" pela CBV. Márcio, medalha de prata em Pequim 2008, Harley, Benjamin, Fábio Luiz: todos esses também estão fora dos planos da seleção.

Na teoria, e desde que mantido o bom senso, a ideia é ótima. Caso o atleta sofra uma lesão às vésperas de alguma competição, o entrosamento de seu "parceiro" com outro jogador permitirá que a participação brasileira não seja prejudicada.

No entanto, diferente das convocações do futebol, por exemplo, em que a escolha dos atletas se dá por competição ou por uma determinada sequência de amistosos, a formação de uma lista anual talvez seja um período muito grande, principalmente para aqueles que não foram convocados.

Estar fora da convocação e ficar sem disputar uma única etapa de Circuito Mundial durante toda a temporada certamente trará desmotivação, falta de patrocínio e até mesmo falta de ter o que jogar durante boa parte do ano, fatores que, ao invés de ajudar, poderão acabar prejudicando ainda mais a formação de novos talentos.

Nos planos da CBV, a ideia é promover uma melhor preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Resta saber se a mudança não vai ser radical demais para ser implantada de uma única só vez já  nesse início de 2013.

O que vocês acham?

Foto: Maurício Kaye/CBV
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