segunda-feira, 25 de julho de 2011

Com o corre-corre do último final de semana, não sobrou tempo para escrever sobre a participação do vôlei brasileiro nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro.

Ângela comemora ouro nos Jogos Militares. Foto: Divulgação
E vale a pena comentar a ótima campanha do vôlei brasileiro na competição. Seis medalhas estavam em disputa: uma masculina e uma feminina indoor e mais quatro no vôlei de praia, que contou com a participação de duas duplas masculinas e duas femininas. Das seis, todas foram garantidas.

No vôlei de quadra, as seleções masculinas e femininas encontraram poucas dificuldades e garantiram com tranquilidade o ouro. Na final, 3x0 contra a China com os homens e 3x1 contra a mesma China no feminino.

Nas areias, a situação não foi nada diferente. Diante mais uma vez da China, tanto no masculino, quanto no feminino, mais dois ouros brasileiros. Ângela e Val, que reeditaram a parceria de 2009 nesses Jogos, encontraram poucas dificuldades pela frente e conseguiram subir no lugar mais alto do pódio. Favorecidas pela eliminação das italianas Menegatti e Cicolari, dupla sensação na atual temporada internacional, que não conseguiu sair da etapa russa do Circuito Mundial e chegar para a primeira partida da competição militar, o caminho ficou ainda mais fácil para as brasileiras. Camila e Rachel, que perderam na semifinal justamente para Ângela e Val, garantiram também a outra chance de medalha ao conquistarem o bronze.

Para finalizar, tudo bastante parecido também entre os homens. Os únicos adversários a incomodarem um pouco mais foram os chineses, sempre eles, Liu e Zhou. Mesmo perdendo uma partida para eles na fase classificatória, os brasileiros se recuperaram, deram o troco na final e garantiram o quarto e último ouro brasileiro no vôlei. Pará e Beto Pitta, que perderam nas semifinais para Jan e Bernardo, terminaram com o bronze.

Sendo disputado como esporte de exibição, as medalhas da praia não foram contadas na classificação final dos países. Somente a partir dos Jogos Militares de 2015 que a modalidade entrará definitivamente para a lista de esportes "oficiais" da competição.

O nível técnico dos Jogos Militares não foi lá dos melhores, é verdade. Mas o evento trouxe visibilidade para atletas que muitas vezes não têm o espaço que merecem na imprensa nacional, principalmente nos casos dos jogadores de vôlei de praia. Destaque como esse dos Jogos dificilmente aparecerão para a maioria deles. Além disso, muitos não terão a chance de defender o país numa competição maior, como as Olímpiadas, por exemplo. E vale lembrar que é através do apoio do Exército que a maioria consegue se manter no esporte, já que não tem patrocinadores. Por esses motivos, a participação nos Jogos Militares valeu bastante.

Pelo outro lado, a competição militar, bastante similar aos Jogos Olímpicos, serviu para ser um aperitivo para as Olimpíadas de Londres ano que vem.

Resumindo: não se pode criar falsas expectativas ao ver o Brasil dominando facilmente o quadro de medalhas. Mas, em muitos casos, principalmente para o vôlei, a disputa teve sim a sua importância.

O Primeiro Set pede o seu voto no Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, caso o blog fique entre os 100 primeiros da categoria esporte, sorteio de do livro "Brasil, o país do vôlei" para seguidores do blog no Twitter e na FanPage. Para votar, acesse esse link ou clique no banner do Prêmio localizado à direita da página. 

domingo, 24 de julho de 2011

Quando o gato sai, o rato faz a festa. Foi mais ou menos assim o que aconteceu na etapa de Quebec, no Canadá, pela décima etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia essa semana. Na falta de Juliana e Larissa, as "coadjuvantes" nacionais trataram de seguir com a hegemonia verde-amarela na temporada do tour 2011.

Brasileiras dominam pódio em Quebec. Foto: FIVB
As brasileiras participantes da etapa fizeram a festa, literalmente. Além da ausência das compatriotas, Talita/Maria Elisa, Maria Clara/Carol e Vivian/Taiana souberam aproveitar muito bem a não participação das americanas Walsh/May e das chinesas Xi/Xue para garantir resultados muito importantes para a temporada e para a classificação olímpica.

No caso de Talita e Maria Elisa, que vinham acumulando vários quinto lugares na temporada, o ouro serviu para trazer novamente a confiança para a dupla, que ainda não havia subido ao lugar mais alto do pódio nenhuma vez na temporada internacional. Mesmo longe dos pódios, a soma da regularidade nas etapas passadas com o ouro de hoje coloca a dupla na segunda colocação do ranking, somente atrás de Juliana e Larissa.

Maria Clara e Carol, que também não haviam cravado nenhum resultado mais expressivo, enfim tiveram a sua chance, inclusive, jogando muito bem nas semifinais e na final de hoje. Vivian e Taiana, que não jogaram todas as etapas do Mundial, assim como as outras duas duplas nacionais, garantiram o melhor resultado na competição até aqui.

No final, um ranking que é o sonho de consumo para todo torcedor brasileiro: ouro, prata e bronze.

Pódio americano no masculino

Se o pódio feminino foi todo verde-amarelo, no masculino a bandeira predominante tem cores bem diferentes. Dessa vez, sem o incômodo de Alison e Emanuel, os americanos aproveitam para se reencontrarem com a vitória. No final, título para Rogers e Daulhauser, prata para Fuerbringer e Lucena e bronze para Gibb e Rosenthal.

Álvaro Filho e Moisés, que jogaram juntos pela primeira vez numa etapa de mundial, conseguiram um ótimo 4º lugar geral. Thiago e Harley, mostrando uma boa evolução da dupla nessas últimas duas etapas, fizeram um bom jogo contra os campeões olímpicos na sexta, mas precisando de mais confiança nos momentos decisivos de tie-break, terminaram em 7º. Já Billy/Bruno Schimtd, retornando a parceria feita em 2009, terminaram em 9º lugar.

Nessa semana, o tour segue para a Polônia, onde acontece o penúltimo Grand Slam da temporada. O detalhe da etapa é a estreia das novas duplas masculinas Pedro Cunha/Ricardo e Benjamin/Márcio.

O Primeiro Set pede o seu voto no Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, caso o blog fique entre os 100 primeiros da categoria esporte, sorteio de do livro "Brasil, o país do vôlei" para seguidores do blog no Twitter e na FanPage. Para votar, acesse esse link ou clique no banner do Prêmio localizado à direita da página.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Hoje faz dois meses que começou a votação para o Prêmio Top Blog 2011, a maior premiação para blogueiros do país.

E o resultado não podia ser melhor. Como divulgado pelos organizadores do Prêmio no último domingo, o Primeiro Set terminou a semana na lista TOP 30, ou seja, entre os 30 blogs mais bem votados na eleição! Mas, como a votação segue até o dia 11 de outubro, será preciso conquistar novos votos a cada dia.

O Primeiro Set pede, então, a sua força para continuar bem nessa disputa e atingir o objetivo desse primeiro ano de participação, que é ficar entre os 100 melhores blogs da categoria esporte do país.

Como forma de agradecer todo o apoio recebido, assim que terminar a primeira fase da votação, no dia 11 de outubro, haverá um sorteio especial para vocês! Dê o seu voto, siga o Primeiro Set pelas redes sociais e concorra a dois exemplares do livro Brasil, o país do vôlei, oferecido pela Olympikus. Foram confeccionados apenas 1500 cópias do livro e ele não será colocado à venda. Será sorteado um exemplar para quem segue o Primeiro Set no Twitter e outro para quem curte a página do blog no Facebook. Afinal, nada mais justo do que premiar quem, realmente, faz esse espaço acontecer.

E lembrem-se: o Primeiro Set conta com a ajuda de todos vocês! 

Para votar, acesse esse link ou clique no banner do Prêmio localizado à direita da página.

Obrigada a todos pelo carinho e vamos juntos divulgando o voleibol brasileiro.

domingo, 17 de julho de 2011

De novo eles. 5º título da dupla no Mundial. Foto: FIVB
Semana passada, após a eliminação feminina na Copa do Mundo de futebol e o vice-campeonato da seleção masculina de vôlei contra a Rússia, o vôlei de praia foi o esporte que salvou o final de semana esportivo brasileiro.

E nesse final de semana, quando a seleção masculina de futebol encerra a participação na Copa América com um grande vexame - perdendo quatro pênaltis em sequência - é das areias que novamente saem bons resultados. Dessa vez não foram dois ouros, mas o título das americanas Walsh e May pouco incomodou a boa fase vivida pelos brasileiros.

Prata e liderança no ranking para Ju e Larissa

Depois de vencer todas as três partidas do ano contra as bi-campeãs olímpicas, a confiança era grande e parecia que Juliana e Larissa não enfrentariam grandes dificuldades em conquistar mais um título em solo russo. Ledo engano!

Para quem achava que as americanas já não ofereciam perigo, a ironia falou mais alto. No dia em que Larissa se declarou "morta" no segundo set ( e para dizer isso é que ela devia estar mesmo), Walsh e May ressuscitaram e voltaram a conquistar um título depois de várias etapas com atuações bem mais modestas.

Do resultado, uma lição: as americanas estão vivinhas "da silva". E se May retornar à boa forma física, o perigo rondará novamente.

A boa notícia é que, com a gordurinha acumulada, as brasileiras continuam líderes no ranking, com 460 pontos de diferença, justamente à frente de Walsh e May, que tomaram a vice-colocação das compatriotas Kessy e Ross.

Numa temporada super disputada, a prata em Moscou pode parecer pouco para o torcedor brasileiro, mas fará muita diferença lá na frente.

Além do 2º lugar de Juliana e Larissa, Talita e Maria Elisa terminaram em 5º, Maria Clara e Carol em 9º e Ângela e Lili em 25º.

5º ouro de Alison e Emanuel no Circuito Mundial 2011

Se Juliana e Larissa estão vivendo uma temporada super disputada, no masculino as coisas seguem bem mais tranquilas para Alison e Emanuel.

Depois de perder a hegemonia do Circuito na temporada passada para os americanos Rogers e Daulhauser e em 2009 para os alemães Brik e Reckerman, com mais um título de Alison e Emanuel hoje, o Brasil assume de vez o posto de melhor país na competição.

Derrotando os suiços Heuscher e Bellaguarda, que deixaram para trás Rogers e Daulhauser e Thiago e Harley, numa decisão muito equilibrada, a dupla brasileira garante o quinto título da temporada no tour mundial e a cada dia parece mais próxima de carimbar o passaporte para Londres 2012.

E a confiança é tão grande nos brasileiros que até os patrocinadores das Olimpíadas já apostam na classificação da dupla. Segundo anunciado pela Visa, Alison e Emanuel contarão com o apoio da empresa até os Jogos de ano que vem. A operadora de cartões de crédito patrocina as Olimpíadas há 25 anos e só aposta em nomes fortes como Michael Phelps (natação), Yelena Isinbaeva (atletismo/salto com vara) e Allyson Felix (atletismo).

Com o destaques nesses últimos Grand Slams, com o respaldo da patrocinadora e com a confusão nas outras duplas nacionais, a classificação de Alison e Emanuel parece ser só uma questão de tempo.

Outras colocações de brasileiros em Moscou: Thiago e Harley em 5º (melhor resultado da dupla na temporada internacional), Benjamin e Bruno Schimtd também em 5º e Márcio e Ricardo em 9º.

Doping de Pedro Solberg

Como se não bastasse o constante troca-troca de duplas masculinas, uma outra bomba marcou a semana da modalidade. Pedro Solberg foi pego no anti-doping e está temporariamente suspenso pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

O atleta, que passaria a jogar com Ricardo a partir do Grand Slam da Polônia, pode pegar até dois anos de gancho. Pedro solicitou a contraprova do exame, mas será bastante complicado reverter o resultado.

O Circuito Mundial segue essa semana para a América do Norte. De terça até domingo, Quebec, no Canadá, receberá os jogos. Porém, por ser um torneio OPEN (que distribui menos pontos) algumas duplas abrirão mão da etapa.

Estarão participando do torneio canadense: Benjamin/Bruno Schimtd, Thiago/Harley, Moisés/Álvaro Filho, Talita/Maria Elisa, Maria Clara/Carol e Vivian/Taiana.

O Primeiro Set aproveita e pede o seu voto no Prêmio Top Blog 2011. Dê uma força na votação, siga pelas redes sociais e concorra ao livro "Brasil, o país do vôlei". Clique aqui e registre o seu voto.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na quarta-feira, o Primeiro Set trouxe uma entrevista com Vini, que defenderá a seleção masculina de vôlei a partir do próximo domingo nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro. E hoje, a apenas um dia da abertura oficial da competição, o blog traz um bate-papo com uma atleta que representará o vôlei brasileiro na praia. Disputando o Grand Slam de Moscou até a tarde de hoje, ela terá pouco tempo para pegar um vôo e chegar ao país, já que no próximo domingo faz sua estreia nos Jogos. Hoje você vai saber como está a expectativa da jogadora Ângela Vieira, que vem disputando o Circuito Mundial 2011 ao lado da capixaba Lili, mas que, no Rio de Janeiro, defenderá o país ao lado da carioca Val. Confira:

Ângela e Val será a dupla brasileira feminina nos Jogos. Foto: FIVB
Essa será a estreia do vôlei de praia em Jogos Mundiais Militares. O que você espera dessa edição de exibição?
É um presente para o Brasil, país que tem o maior e melhor campeonato nacional de vôlei de praia do mundo. Estou jogando com a Lili o Circuito Mundial e vamos jogar juntas também no Brasileiro. Mas, eu joguei o ano passado inteiro com a Val e já nos conhecemos bem.  Minha expectativa é a melhor possível, pois acredito que temos condições de conquistar esse título e para isso vamos nos empenhar totalmente.

E qual é a sensação de defender o Brasil em uma estreia da modalidade nos Jogos?
Eu me sinto abençoada, por ser uma atleta representante do Brasil que tanto amo e ainda poder defender o meu país em casa.

Como surgiu a oportunidade de competir pelo Exército brasileiro? Conte um pouco sobre a sua entrada nas Forças Armadas.

Através de um edital do Exército brasileiro para atletas profissionais em diversas modalidades. Entrei em contato buscando saber sobre as informações e exigências. Daí, providenciei todas as documentações necessárias, exames, etc e depois vieram diversos testes. Muitas se escreveram e, depois de varias avaliações, foram selecionadas duas atletas no feminino: eu e a Val. Depois tivemos vários treinamentos e aqui estamos com muito orgulho, representantes nosso país.

Como é a sua rotina no Exército? Você aprendeu também coisas que oficiais “normais” aprendem, como marchar, prestar continência, atirar
?
Sim, nós aprendemos tudo isso. No início fiquei tímida, por se tratar de coisas novas. Mas logo percebi que a vida no Exército é bem semelhante a de um atleta profissional: é necessário disciplina e estamos sempre em busca de aprimorar nossas habilidades.

Dntre os ensinamentos aprendidos, qual foi o que você mais achou interessante?
O tiro. Fiquei com receio no primeiro, mas depois do segundo eu queria praticar mais para melhorar minha pontaria.

Jogadoras que disputam o Circuito Mundial também deverão estar competindo no Rio, não é? Quais delas você vê como adversárias mais fortes?
A tabela já esta pronta e algumas atletas do Circuito Mundial vão fazer como eu: depois de Grand Slam Moscow vão direto para o Rio de Janeiro. Nossas principais adversárias serão Itália e Estados Unidos.

Mãe, esposa, jogadora e sargenta do Exército. Como é conciliar tanta coisa ao mesmo tempo? 
Tudo é possível ao que crê (Marcos 9:23) ! É assim que eu creio: quando temos o apoio da família e fazemos o nosso melhor na profissão que amamos as coisas acontecem naturalmente. Meu filho tem 10 anos, é difícil ficar longe dele. Mas, graças a Deus, eu tenho uma família que me dá todo suporte e há também a internet que nos aproxima mesmo estando em continentes diferentes.

Voltando a falar de Circuito Mundial. Por conta da desistência da Luana de participar do Tour 2011, devido à perda de patrocínio, você passou a jogar com a Lili. Como está sendo essa parceria? Quais os objetivos de vocês?

No meu projeto profissional a minha maior meta são as Olimpíadas de Londres em 2012. E eu já estava preparada desde o ano passado para competir no Circuito Mundial em busca de pontuação para alcançar essa meta. Joguei com a Raquel Pelluci, Priscila Lima, e por acaso, eu a Lili conversamos e vimos que nossos objetivos eram bem semelhantes. Por isso, decidimos unir forças e aqui estamos. Estamos crescendo como dupla e estamos confiantes para as próximas competições.

Ainda sobre essa parceria com a Lili, como está a questão do patrocínio? Conseguiram algum incentivo ou estão tendo que arcar com os custos sozinhas?

Ainda estamos sem patrocínio, mas estamos batalhando. Eu consegui o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal com custeio das passagens aéreas, mas o restante das despesas estão sendo pagas do meu bolso. A Lili está pagando tudo do próprio bolso. É complicado, mas até aqui, o Senhor tem nos ajudado.


Saque curto

Nome: Ângela Cristina Rebouças Lavalle Vieira
Idade: 30 anos
Nascimento: 24/04/81
Cidade: Brasília (DF)
Peso: 68kg
Altura: 1,76m
Hobbie: glorificar a Deus com cânticos
Mania: mascar chiclete
Um livro: Uma vida com propósitos. Rick Warren
Comida preferida: arroz, feijão, carne e salada...a melhor comida do mundo
Ídolo: Jesus Cristo
Um filme: O peregrino
Uma música: Dependo de ti. De Paulo Cesar Baruk
Sonho: proclamar o evangelho onde eu estiver
Uma frase: Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece! Felipenses 4:13

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ele foi um dos grandes destaques da última edição da Superliga Masculina de Vôlei. Na grande decisão da competição, recebeu o troféu de melhor jogador da partida, desbancando até mesmo o companheiro de equipe, e melhor jogador do mundo, Murilo. Agora, o campeão brasileiro tem um novo desafio pela frente: representar o Brasil nos Jogos Mundiais Militares, que começam  no próximo sábado, dia 16. E o Primeiro Set bateu um papo com o central Vini, que disse estar muito feliz e realizado em defender o país nos Jogos do Rio de Janeiro. Integrado ao Exército desde 2009, quando foi um dos atletas escolhidos através abertura de edital, o Sargento Vinícius conta uma pouco sobre a expectativa de participar dessa importante competição. Confira:

Vini e Anderson jogarão juntos pela seleção. Foto: Vini
Falta pouco para o início dos Jogos Mundiais Militares. Como estão os preparativos finais da seleção para a estreia?
Bom, a preparação está sendo a melhor possível. Estamos acertando alguns detalhes para que corra tudo certo. Na semana passada fizemos um amistoso contra Volta Redonda e nessa semana estamos fazendo mais dois amistosos contra a Seleção B. Então, estaremos bem preparados para o Mundial, que já começa no dia 16.

Em meados de junho, a seleção militar conquistou o título da Copa Pan-americana, no Canadá. Qual foi a sensação dessa conquista?
Defender a nossa pátria foi uma sensação única, especialmente para mim.  Até porque eu ainda não tinha conquistado nenhum título pelo Brasil e graças a Seleção Militar isso foi possível.

Na Copa Pan-americana vocês foram campeões invictos e derrotaram os Estados Unidos de forma convincente: 3 sets a 1. Qual seleção você vê como a principal adversária para o Brasil nos Jogos ?
Nos Jogos Militares, serão duas seleções que nos darão trabalho: China e Irã. Eles estão com a responsabilidade, até porque a seleção militar ainda não possui esse título. Mas, estaremos jogando em casa, com a torcida toda a favor. E entraremos com tudo no Maracanãzinho!

Como é a rotina de um jogador de vôlei no exército?
Aqui na Esefex-Urca temos uma rotina normal de um militar atleta, primeiro respeitando os valores do nosso Exército e depois treinando normalmente como nos clubes mesmo. Para saber sobre esses valores, fizemos o estágio básico para sargentos, onde aprendemos na teoria e prática os ensinamentos militares.

E pela Superliga, qual a sua expectativa para a próxima temporada, agora jogando pelo novo clube, o Vôlei Futuro?
As expectativas são as melhores possíveis. Estamos com um time forte e completo, além de uma estrutura excelente para desenvolver nosso trabalho em quadra. Não vejo a hora de começar a treinar pelo Vôlei Futuro. Acredito demais nesse projeto e vamos entrar pra buscar o melhor em todas as competições!

2011 tem sido um ano muito bom para você: campeão da Superliga, disputa dos Jogos Militares, nascimento do seu primeiro filho. O que mais falta para o seu ano ficar completo?
Melhorando meus resultados já está excelente. E que minha filha venha ao mundo com muita saúde!

Foto: Vôlei na Rede
Saque Curto:

Nome completo: Vinícius Mendes De Siqueira
Idade: 28 anos
Altura: 1,96
Peso: 90kg
Hobbie: internet e vídeo game
Um livro: Nelson Mandela
Um filme: 300 de Esparta
Uma música: Te Agradeço( Kleber Lucas)
Um torneio: Superliga
Um lugar: Minha Casa
Time de futebol: São Paulo
Comida preferida: Churrasco e Japonesa
Ídolo: Senna e Gustavo Endres
Sonho: Ser um excelente técnico


Ainda antes do início dos Jogos Militares terá um novo bate-papo com outro destaque brasileiro na competição. Aguarde!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ficou para 2012 o tão sonhado deca-campeonato da Liga Mundial de Vôlei. Depois de vencer oito, das últimas dez edições da competição, ontem o Brasil viu, assim como em 2002, a Rússia chegar novamente ao título. E o vice-campeonato na Polônia tem, talvez, três explicações diferentes:

Russos jogam melhor e fazem por merecer o título. Foto: FIVB
1ª) A equipe de Bernardinho não é uma máquina, feita para vencer sempre. Como todo bom grupo, a seleção um dia iria perder e esse dia foi ontem. Não é o que o torcedor gosta, mas acontece. E quando o adversário joga melhor, nada mais justo e merecido para eles. É assim que funciona o esporte.

2ª) É fato também que o Brasil não fez a sua melhor Liga Mundial. A derrota para os Estados Unidos, ainda na primeira fase, foi o primeiro sinal de alerta para a equipe. Depois, veio outra derrota para os americanos, lá na casa deles. Em seguida, a seleção perdeu todos os três primeiros sets da segunda fase e teve que suar bastante para reverter o placar contra Cuba e Estados Unidos. Classificada e relaxada, a equipe não se preocupou e acabou perdendo também os dois sets seguintes para a Rússia.

3º) O que eu mais li foi isso, mas também concordo.Todas as seleções estão se renovando e a nossa também precisa pensar em, definitivamente, fazer o mesmo. Tudo bem que esse processo já está em andamento, mas "dinossauros" como Rodrigão, Dante e o próprio Giba um dia vão ter que sair. E o mais curioso é que novos nomes sempre aparecem na Superliga, mas nunca conseguem um lugarzinho na seleção. Talvez, um pouco de audácia não faria mal ao Bernardinho. Até é possível compreender a sua postura, afinal muito melhor do que bons nomes é ter um bom grupo. Mas, o que não pode acontecer ter jogador sendo convocado só pelo passado vitorioso. É necessário pensar mais lá na frente, até porque novos nomes estão aparecendo para o cenário mundial como o polonês Kurek e o argentino Conte. Aliás, Argentina no vôlei é algo que merece atenção especial. Não pela técnica deles, que dificilmente será melhor do que a nossa, mas o sucesso de uma seleção que não tinha quase nenhum destaque na vôlei significa que o cenário da modalidade vem mudando e que é bom nossos dirigentes seguirem auxiliando na formação de novos talentos na base.

Tudo isso são motivos que talvez expliquem a perda do deca. Mas deixar de ganhar uma Liga Mundial também não é o fim do mundo. Temos que aprender que o esporte é feito de vitórias e derrotas. Um dia a gente ganha, no outro a gente perder, já diria o velho clichê. Que o deca fique aguardado para o ano olímpico. Talvez isso seja um gás a mais para a preparação dos Jogos de ano que vem. Mesmo com a derrota de ontem, nenhuma seleção tem mais títulos que o Brasil nessa competição.

Diante de tantos títulos masculinos nos útlimos anos, seria até injusto condenar o vice-campeonato desse ano. Seguir naquele pensamento, muitas vezes recorrente na cabeça dos brasileiros, de que a prata não é um bom resultado para cima do vôlei não, por favor. Afinal, a seleção masculina tem crédito, e de sobra.

Ainda ontem, a seleção feminina foi campeã  invicta da Copa Pan-Americana ao vencer a República Dominicana, no México. Thaisa, Fabi e Sheilla receberam o prêmio de melhor bloqueio, melhor recepção e melhor jogadora, respectivamente.

Aproveito para lembrar a todos do Prêmio Top Blog Brasil 2011. Dê a sua força na votação, ajude o Primeiro Set a ficar entre os 100 melhores da categoria esporte e concorra ao livro "Brasil, o país do vôlei." Clique aqui e deixe o seu voto.
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