Com o corre-corre do último final de semana, não sobrou tempo para escrever sobre a participação do vôlei brasileiro nos Jogos Mundiais Militares do Rio de Janeiro.
E vale a pena comentar a ótima campanha do vôlei brasileiro na competição. Seis medalhas estavam em disputa: uma masculina e uma feminina indoor e mais quatro no vôlei de praia, que contou com a participação de duas duplas masculinas e duas femininas. Das seis, todas foram garantidas.
No vôlei de quadra, as seleções masculinas e femininas encontraram poucas dificuldades e garantiram com tranquilidade o ouro. Na final, 3x0 contra a China com os homens e 3x1 contra a mesma China no feminino.
Nas areias, a situação não foi nada diferente. Diante mais uma vez da China, tanto no masculino, quanto no feminino, mais dois ouros brasileiros. Ângela e Val, que reeditaram a parceria de 2009 nesses Jogos, encontraram poucas dificuldades pela frente e conseguiram subir no lugar mais alto do pódio. Favorecidas pela eliminação das italianas Menegatti e Cicolari, dupla sensação na atual temporada internacional, que não conseguiu sair da etapa russa do Circuito Mundial e chegar para a primeira partida da competição militar, o caminho ficou ainda mais fácil para as brasileiras. Camila e Rachel, que perderam na semifinal justamente para Ângela e Val, garantiram também a outra chance de medalha ao conquistarem o bronze.
Para finalizar, tudo bastante parecido também entre os homens. Os únicos adversários a incomodarem um pouco mais foram os chineses, sempre eles, Liu e Zhou. Mesmo perdendo uma partida para eles na fase classificatória, os brasileiros se recuperaram, deram o troco na final e garantiram o quarto e último ouro brasileiro no vôlei. Pará e Beto Pitta, que perderam nas semifinais para Jan e Bernardo, terminaram com o bronze.
Sendo disputado como esporte de exibição, as medalhas da praia não foram contadas na classificação final dos países. Somente a partir dos Jogos Militares de 2015 que a modalidade entrará definitivamente para a lista de esportes "oficiais" da competição.
O nível técnico dos Jogos Militares não foi lá dos melhores, é verdade. Mas o evento trouxe visibilidade para atletas que muitas vezes não têm o espaço que merecem na imprensa nacional, principalmente nos casos dos jogadores de vôlei de praia. Destaque como esse dos Jogos dificilmente aparecerão para a maioria deles. Além disso, muitos não terão a chance de defender o país numa competição maior, como as Olímpiadas, por exemplo. E vale lembrar que é através do apoio do Exército que a maioria consegue se manter no esporte, já que não tem patrocinadores. Por esses motivos, a participação nos Jogos Militares valeu bastante.
Pelo outro lado, a competição militar, bastante similar aos Jogos Olímpicos, serviu para ser um aperitivo para as Olimpíadas de Londres ano que vem.
Resumindo: não se pode criar falsas expectativas ao ver o Brasil dominando facilmente o quadro de medalhas. Mas, em muitos casos, principalmente para o vôlei, a disputa teve sim a sua importância.
O Primeiro Set pede o seu voto no Prêmio Top Blog 2011. Ao final do concurso, caso o blog fique entre os 100 primeiros da categoria esporte, sorteio de do livro "Brasil, o país do vôlei" para seguidores do blog no Twitter e na FanPage. Para votar, acesse esse link ou clique no banner do Prêmio localizado à direita da página.
Ângela comemora ouro nos Jogos Militares. Foto: Divulgação |
No vôlei de quadra, as seleções masculinas e femininas encontraram poucas dificuldades e garantiram com tranquilidade o ouro. Na final, 3x0 contra a China com os homens e 3x1 contra a mesma China no feminino.
Nas areias, a situação não foi nada diferente. Diante mais uma vez da China, tanto no masculino, quanto no feminino, mais dois ouros brasileiros. Ângela e Val, que reeditaram a parceria de 2009 nesses Jogos, encontraram poucas dificuldades pela frente e conseguiram subir no lugar mais alto do pódio. Favorecidas pela eliminação das italianas Menegatti e Cicolari, dupla sensação na atual temporada internacional, que não conseguiu sair da etapa russa do Circuito Mundial e chegar para a primeira partida da competição militar, o caminho ficou ainda mais fácil para as brasileiras. Camila e Rachel, que perderam na semifinal justamente para Ângela e Val, garantiram também a outra chance de medalha ao conquistarem o bronze.
Para finalizar, tudo bastante parecido também entre os homens. Os únicos adversários a incomodarem um pouco mais foram os chineses, sempre eles, Liu e Zhou. Mesmo perdendo uma partida para eles na fase classificatória, os brasileiros se recuperaram, deram o troco na final e garantiram o quarto e último ouro brasileiro no vôlei. Pará e Beto Pitta, que perderam nas semifinais para Jan e Bernardo, terminaram com o bronze.
Sendo disputado como esporte de exibição, as medalhas da praia não foram contadas na classificação final dos países. Somente a partir dos Jogos Militares de 2015 que a modalidade entrará definitivamente para a lista de esportes "oficiais" da competição.
O nível técnico dos Jogos Militares não foi lá dos melhores, é verdade. Mas o evento trouxe visibilidade para atletas que muitas vezes não têm o espaço que merecem na imprensa nacional, principalmente nos casos dos jogadores de vôlei de praia. Destaque como esse dos Jogos dificilmente aparecerão para a maioria deles. Além disso, muitos não terão a chance de defender o país numa competição maior, como as Olímpiadas, por exemplo. E vale lembrar que é através do apoio do Exército que a maioria consegue se manter no esporte, já que não tem patrocinadores. Por esses motivos, a participação nos Jogos Militares valeu bastante.
Pelo outro lado, a competição militar, bastante similar aos Jogos Olímpicos, serviu para ser um aperitivo para as Olimpíadas de Londres ano que vem.
Resumindo: não se pode criar falsas expectativas ao ver o Brasil dominando facilmente o quadro de medalhas. Mas, em muitos casos, principalmente para o vôlei, a disputa teve sim a sua importância.
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