domingo, 17 de março de 2013

5º lugar geral era suficiente para o título.
Para quem acompanhou a decisão da última etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, disputada em João Pessoa há pouco mais de 20 dias, o torneio de Maceió teve cara de repeteco. Mais um título para Pedro Solberg/Bruno Schmitd e Ágatha/Bárbara Seixas. 

Com a vitória por 2x0 sobre Bruno de Paula/Hevaldo, Pedro e Bruno chegaram a incrível marca de sete títulos conquistados em oito torneio disputados nessa temporada 2012/13. De quebra, título de Circuito Banco do Brasil garantido ainda na fase classificatória da etapa pernambucana.

Em consequência do ótimo casamento entre o melhor bloqueador brasileiro do momento com o melhor defensor brasileiro da atualidade, título nacional merecido e indiscutível!

Pedro, que tanto lutou para provar sua inocência no caso de doping, e Bruno, até então um coadjuvante de luxo que já demostrava todo o seu talento ao lado dos parceiros anteriores, não só provam a força da jovem parceria como vão se candidatando a serem, no mínimo, a melhor dulpa brasileira no Circuito Mundial 2013.
 
A uma etapa para o encerramento do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, a única meta a ser batida será o igualar o recorde de títulos conquistados consecutivamente, que pertence a Harley/Alison, vencedores de 7 etapas seguidas em 2009.

Jogando em Brasília, casa de Bruno Schmitd, e com voleibol amplamente superior, alguém duvida que a marca não seja alcançada?

Ágatha/Bárbara Seixas: três motivos para comemorar
Em João Pessoa, elas nunca haviam vencido uma etapa de Circuito Banco do Brasil, estavam atrás de Lili/Rebecca no ranking nacional e Ágatha estava fora dos planos da seleção brasileira feminina de vôlei de praia.

Em Maceió, Ágatha/Bárbara venceram Juliana/Maria Elisa na semifinal de ontem, passaram por Maria Clara/Carolina na decisão de hoje e chegaram ao 2º título nacional consecutivo.

Além do título, e com a ajuda de Lili/Rebecca, eliminadas ainda na fase classificatória, a dupla ultrapassou as concorrentes e deu uma importante arrancada na disputa pelo título brasileiro, que ficou para ser decidido somente na última etapa da temporada.

E para terminar, a até então descartada pelo técnico Marcos Miranda, Ágatha finalmente foi convocada para fazer parte do grupo que defenderá o país nas competições internacionais em 2013.

Isso tudo a uma semana do casamento da paranaense, que afirmou estar vivendo o melhor momento de sua vida.

PS: Ainda em Maceió, Pedro Cunha se despediu do vôlei de praia e este foi assunto do post de ontem. Para quem não conferiu, é só clicar aqui.

Foto: CBV

sábado, 16 de março de 2013

Vitórias, retomada da confiança e títulos ao lado do parceiro Ricardo.
O mundo do vôlei de praia se despediu hoje de um dos grandes nomes da modalidade nestes últimos anos.

Com a derrota para Bruno/Hevaldo nas quartas de final da etapa de Maceió do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, Pedro Cunha põe fim a uma carreira de 13 anos nas areias e deixa o vôlei de praia um pouco mais triste.

Depois da parada de Larissa, que deixou uma lacuna que tão cedo não será preenchida no vôlei de praia feminino, será a vez do naipe masculino sentir o mesmo.

De temperamento forte, Pedro talvez seja até visto como marrento por alguns torcedores. Mas, como prefiro trabalhar com a ideia de que atletas não são super-heróis e têm também seus defeitos como nós, simples mortais, o jeito pavio curto com parceiros, adversários, juízes ou seja lá quem for em alguns momentos não tira nem o pouco do talento de um dos atletas mais completos que já vi passar pelo vôlei de praia.

Talento e superação de um jogador que tinha tudo para parar ainda mais precocemente e que deu a volta por cima duas vezes no mesmo ciclo olímpico.

Mesmo seriamente lesiosado em 2009 e depois novamente em 2011, Pedro teve forças, brilhou como ninguém ao lado de Thiago na temporada de Circuito Banco do Brasil 2010 e, depois de se machucar a pouco mais de um ano para os Jogos de Londres, teve forças para vencer uma das mais acirradas disputas para estar numa Olimpíada.

Se Deus foi injusto com ele em algum momento, certamente foi na eliminação a um jogo das semifinais em Londres. Uma participação olimpíca que, no mínimo, merecia um bronze.

Mas se o esporte não é justo em todos os momentos e se os logo depois campeões olímpicos Brink/Reckermann jogaram melhor aquela semifinal, o 5º lugar não merece ser desprezado.

Para 2016, sem defensores como os até lá quarentões Márcio e Harley, na incerteza se o também quase quarentão Emanuel resistirá a um novo ciclo olímpico e sem muitas opções de bons (e experientes) defensores na nova safra de jogadores, Pedro certamente será lembrado não só pelo que fez, mas pelo que ainda podia oferecer ao vôlei de praia brasileiro.

Uma despedida triste, por saber que dava para tê-lo por mais tempo! Um adeus a um atleta com inteligência, personalidade, foco, convicção.

Como diria Pedro Bial: Vai, Pedro Cunha, seguir feliz na sua vida pessoal! E obrigada por tudo o que fez ao nosso vôlei de praia.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Campeões e vices garantem vaga na próxima semana.
A partir do próximo final de semana, as areias de Maceió receberão a oitava etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

Thati/Érica Freitas e Gilmário/Renatão, campeões do Circuito Banco do Brasil Nacional ontem, e Fabíola/Rachel e Gaudie/Edson Filipe, vice-colocados, garantiram a vaga para o torneio principal.

O grande detalhe da etapa alagoana deverá ser a conquista antecipada do título 2012/13 de Pedro Solberg/Bruno Schmitd.

Pedro Cunha, que anunciou sua aposentadoria nos últimos dias, fará sua última etapa da carreira ao lado de Ricardo.

Foto: CBV

sábado, 2 de março de 2013

Tricampeã olímpica Walsh compra briga com FIVB.
Uma batata que estava assando, assando e que hoje parece ter começado a passar do ponto.

Há alguns dias, o clima vinha ficando tenso entre profissionais de vôlei de praia, Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

E hoje, após matérias publicadas no Jornal Folha de São Paulo, a relação dá indícios que vai estremecer de vez, agora publicamente.

Liderados pela tricampeã olímpica Walsh que, mesmo consagradíssima, vem se mantendo muito preocupada com o futuro do vôlei de praia, os jogadores questionam uma série de alterações no formato de disputa de Circuito Mundial e Copa do Mundo de Vôlei de Praia.

Dentre elas, a extinção do qualifying (classificatórias entre duplas piores colocadas no ranking) e o novo método de convocação dos atletas pelas confederações nacionais.

O critério, que antes de baseava num ranking internacional de duplas, agora passa em levar em consideração a lista de escolhidos pelos técnicos das seleções de vôlei de praia de cada país.

Nos Estados Unidos, por exemplo, que sempre teve Walsh como a principal estrela do vôlei de praia, caso a confederação decida não convocar a atleta, ela estará impedida de defender o país em etapas do Circuito Mundial, Copa do Mundo ou até mesmo nos Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro.

No Brasil, a mecânica é a mesma. Exceto os 27 convocados no final de 2012, nenhum outro atleta terá direito de competir internacionalmente.

Harley, Benjamin, Márcio, Fábio Luiz, Ágatha (campeã da etapa de João Pessoa na semana passada), Vivian (Rainha da Praia 2012 e vice 2013) e tantos bons nomes estão fora dos planos da CBV e devem passar boa parte do ano parados, sem ter o que jogar.

Entre os atletas brasileiros, poucos se arriscam a comentar o assunto, já que a maioria teme o risco de represálias. Os poucos que falam, mesmo que em off, são veementemente contra as mudanças.

Até Isabel, mãe de Maria Clara, Carol e Pedro Solberg, todos na lista da seleção, desabafou: "O circuito tem um ranking que é justo. Qual é o critério agora? Ninguém sabe. Acabaram com a meritocracia. Hoje me sinto desconfortável de pertencer a este esporte", disse à Folha.  

Uma briga que parece estar apenas começando.

Concordam com as reivindicações dos atletas?
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