sábado, 2 de março de 2013

Tricampeã olímpica Walsh compra briga com FIVB.
Uma batata que estava assando, assando e que hoje parece ter começado a passar do ponto.

Há alguns dias, o clima vinha ficando tenso entre profissionais de vôlei de praia, Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

E hoje, após matérias publicadas no Jornal Folha de São Paulo, a relação dá indícios que vai estremecer de vez, agora publicamente.

Liderados pela tricampeã olímpica Walsh que, mesmo consagradíssima, vem se mantendo muito preocupada com o futuro do vôlei de praia, os jogadores questionam uma série de alterações no formato de disputa de Circuito Mundial e Copa do Mundo de Vôlei de Praia.

Dentre elas, a extinção do qualifying (classificatórias entre duplas piores colocadas no ranking) e o novo método de convocação dos atletas pelas confederações nacionais.

O critério, que antes de baseava num ranking internacional de duplas, agora passa em levar em consideração a lista de escolhidos pelos técnicos das seleções de vôlei de praia de cada país.

Nos Estados Unidos, por exemplo, que sempre teve Walsh como a principal estrela do vôlei de praia, caso a confederação decida não convocar a atleta, ela estará impedida de defender o país em etapas do Circuito Mundial, Copa do Mundo ou até mesmo nos Jogos Olimpícos do Rio de Janeiro.

No Brasil, a mecânica é a mesma. Exceto os 27 convocados no final de 2012, nenhum outro atleta terá direito de competir internacionalmente.

Harley, Benjamin, Márcio, Fábio Luiz, Ágatha (campeã da etapa de João Pessoa na semana passada), Vivian (Rainha da Praia 2012 e vice 2013) e tantos bons nomes estão fora dos planos da CBV e devem passar boa parte do ano parados, sem ter o que jogar.

Entre os atletas brasileiros, poucos se arriscam a comentar o assunto, já que a maioria teme o risco de represálias. Os poucos que falam, mesmo que em off, são veementemente contra as mudanças.

Até Isabel, mãe de Maria Clara, Carol e Pedro Solberg, todos na lista da seleção, desabafou: "O circuito tem um ranking que é justo. Qual é o critério agora? Ninguém sabe. Acabaram com a meritocracia. Hoje me sinto desconfortável de pertencer a este esporte", disse à Folha.  

Uma briga que parece estar apenas começando.

Concordam com as reivindicações dos atletas?
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