Brasil esteve no pódio nas principais competições de cada naipe. |
Um ano de muitas mudanças, principalmente no vôlei de praia. Inclusive, com indicativos de greve partindo de atletas estrangeiros.
Com o novo sistema de seleções, disputar uma etapa internacional com o (a) parceiro (a) de origem não foi tão fácil assim para brasileiros e brasileiras.
Tudo ficou centralizado nas mãos da CBV: formação das duplas, locais de treinamento, equipe técnica, custeio das viagens (isso, sem dúvida, o ponto mais positivo das mudanças).
Sem Larissa, que resolveu dar um tempo na carreira, e Juliana, cortada duas vezes, a principal dupla feminina do Brasil dos últimos oito anos saiu completamente de cena.
E outra parceria feminina acabou se destacando: logo no primeiro ano, e sem intervenções da CBV na parceria formada, Talita/Taiana conseguiram manter a hegemonia brasileira no Circuito Mundial, conquistando o título com duas etapas de antecedência.
No masculino, a opção inicial da técnica Letícia Pessoa foi fazer um misto de experiência versus juventude: além dos consagrados Ricardo e Emanuel e dos não tão veteranos Alison, Pedro Solberg e Bruno Schmitd, houve espaço para os novatos Álvaro Filho, Vitor Felipe e Evandro.
E, como vem sendo de praxe, o troca-troca acabou acontecendo de novo: Pedro e Bruno se separaram, Ricardo trocou Alvinho por Márcio nas competições nacionais e, depois da prata em Londres 2012, Alison e Emanuel acabaram abrindo a parceria.
No cenário internacional, Walsh retornou ao vôlei de praia, depois de três ouros olímpicos e do terceiro filho.Voltou e já mostrou que quer incomodar.
E os europeus mostraram que devem dar muito trabalho nos Jogos do Rio. Exemplo disso é a Letônia, que em pouco mais de 12 meses, foi bronze em Londres e campeã masculina da temporada 2013.
Na correria, quase não tive tempo para acompanhar o indoor.
Enquanto a seleção masculina seguiu tropeçando contra a Rússia, a feminina voou. Dos cinco torneios disputados, foram cinco conquistas. Das 35 partidas em 2013, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães só perdeu uma única partida.
Na Superliga, o assunto que talvez tenha mais se destacado foi a implantação de sets de 21 pontos.
Forte nas areias e mais forte ainda nas quadras, talvez a maior dificuldade em 2014 seja manter o bom retrospecto dos últimos anos. Afinal, para vencer atletas que jogarão em casa em 2016, será preciso começar a incomodar já a partir de agora.
Já no ambiente organizacional, por mais que a modalidade se destaque em relação aos outros esportes nacionais, muitas falhas ainda precisam ser corrigidas.
Desejo a todos um 2014 de muita paz, saúde, amor e fé! Que possamos encontrar 365 oportunidades nos próximos 365 dias. Feliz Ano Novo!