quarta-feira, 12 de maio de 2010

Bom, pessoal! Demorou, mas chegou. Depois de muita luta com minha internet, publico agora uma entrevista bem bacana que fiz com a jogadora Lili Maestrini, do vôlei de praia.

Lili, que faz dupla com Luana, é campeã dos Jogos Sul-Americanos de Praia 2009, bicampeã dos Jogos da Lusofonia em 2006 e 2009, campeã mundial e campeã brasileira sub-21 em 2007, terceira colocada na etapa de Salvador do Circuito Banco do Brasil 2009 dentre outros destaques importantes.

Pio Esportivo: Você começou no vôlei indoor com 12 anos e aos 16, depois de passar na peneira do Projeto Renovação do Vôlei de Praia da CBV se transferiu para a praia. O que fez você mudar de modalidade? Qual das duas considera mais difícil?
 Lili: Eu senti que queria algo mais. Precisava mudar e não sabia porque sentia aquilo mas, percebi que o que eu precisava era desse desafio que o vôlei de praia oferece. Na praia, se você estiver em um dia ruim não existe saída, tem que se superar, pois, afinal de contas, não tem substituição. Já na quadra se você estiver mal, sempre tem alguém pra entrar no seu lugar. A areia, o vento, o sol, tudo isso dificulta a vida no esporte. Mas, por outro lado é maravilhoso trabalhar nesse ambiente.

Pio Esportivo: Ao lado de Bárbara Seixas, dupla campeã Sub-21 na época, você participou da inauguração da arena de vôlei de praia nos jogos Panamericanos Rio 2007, jogando contra as veteranas e super campeãs Sandra Pires e Virna. Qual foi a sensação de disputar aquela partida? 
Lili: Apesar de ter sido um jogo que não valia medalha nem nada, estar em quadra com duas grandes jogadoras e com aquela torcida linda deu a mim e a Bárbara uma motivação a mais.Ver tudo aquilo que elas conquistaram pelo nosso país foi especial e espero que consiga dar tantas alegrias para o nosso o Brasil como elas deram.

Pio Esportivo: Você e Luana são as únicas a vencerem, até o momento, Juliana e Larissa nessa temporada 2010 pelo CBBVP. Ganhar das tetracampeãs brasileiras e mundiais tem um gostinho diferente? 
Lili: Claro que tem! Curto muito cada vitória na minha vida, mas elas são realmente grandes jogadoras e eu as respeito muito dentro e fora de quadra. Na hora do “vamos ver” cada uma tem que fazer sua parte e quem faz o melhor no dia ganha. Demos o máximo nesse jogo, afinal pra ganhar delas tem que estar num momento muito bom.

Pio Esportivo: Você e Luana são capixabas e treinam em Vitória mesmo. Muitos atletas precisam mudar de cidade e se ausentar da família e amigos para treinar. Você considera isso um fator positivo para a dupla?
Lili: Considero sim. Treinar em casa é muito bom. A família e os amigos apoiam muito. Conseguimos ficar em Vitória porque temos o patrocínio da BB Seguro Auto e do Banco do Brasil.

Pio Esportivo: O Circuito Mundial já começou e agora vocês passarão meses no tour pelo mundo afora. Como é ficar tanto tempo fora de casa? Sentem saudades ou já se acostumaram? Como vocês convivem com a mudança de fuso, cultura, idiomas, alimentação, temperatura, etc?
Lili: Sabemos dos nossos objetivos e vamos brigar por eles. Ficar longe de quem a gente gosta é difícil, mas sabemos que para chegar onde queremos temos que abdicar de muita coisa e uma delas é a convivência com quem amamos. Sentimos muita falta da comida brasileira e da galera aqui. Tudo além disso é “fichinha”. (risos)

Pio Esportivo: Qual foi o lugar mais bonito que já jogou?
Lili: Tantos lugares. Mas, gostei muito da Suíça e da França.

Pio Esportivo: Qual foi o fato mais marcante da sua carreira?
Lili: O mundial sub-21. Por ter sido uma conquista de superação porque quebrei o dedo na semifinal.

Pio Esportivo: No vôlei de praia, o uniforme feminino é muito sensual e o corpo das jogadoras ficam muito expostos. Você é uma atleta jovem e bonita. Há algum tipo de assédio?
Lili: Sempre existe mas, você tem que aprender a lidar com isso.

Saque curto:
Hobby: cinema, teatro e viajar                     
Filme: O pequenino
Local onde treina: Vitória e Vila Velha
Time de futebol: São Paulo
Ídolo: Shelda
Música preferida: Tenho várias: adoro Hip Hop e MPB
Mania: Amar demais
Um defeito: Às vezes, sou meio estabanada (risos)
Uma qualidade: dedicação e superação
Um lugar: Qualquer um onde as pessoas que eu amo estejam
Se não fosse jogadora de vôlei de praia seria? Talvez algo relacionado a esporte. Mas, esse é meu destino e, por isso, nunca pensei em ser outra coisa e nem me imagino fora disso.

E para terminar, Lili deixou uma mensagem para os leitores do Pio Esportivo:
"Fica aqui meu agradecimento a todos os que torcem por mim. Agradeço a minha família, aos meus amigos, ao meu amor e aos meus patrocinadores. Beijo grande para todos e fiquem com Deus."
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