quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Começa amanhã, na praia de Camburi, em Vitória (ES), mais uma temporada do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia (CBBVP). E 2011 começa com muitas novidades. Além das tradicionais mudanças de duplas, a CBV implantará algumas alterações na maior competição do vôlei de praia nacional, que este ano completa 20 anos de existência.

Algumas boas, outras nem tantos. Assim estão sendo analisadas as novidades. E com razão. Dentre as mudanças mais "ligths", digamos assim, está o aumento da pontuação do set, que de 18 foi para 21 pontos. Para seguir o padrão das disputas internacionais, a medida já poderia ter sido adotada há tempos, que não traria maiores problemas. Outra alteração está no diálogo com o juiz: somente o capitão da equipe poderá se dirigir ao árbitro para questionamentos. Além disso, cada atleta agora terá somente direito a um pedido médico por jogo, que terá duração máxima de 2 minutos, e um total de 4 pedidos médicos na temporada toda.

Agora, algumas novidades que estão deixando muitas duplas preocupadas: o ranking principal sofrerá uma redução de 16 para 12 duplas pré classificadas, sendo 09 vagas para ser ocupada de acordo com a posição do ranking nacional, 02 vagas serão de duplas que receberem o wild card da CBV (espécie de convite/indicação da CBV) e 01 wild card da Federação local onde estiver sendo realizada a etapa. Com um total máximo de 18 duplas na fase principal e não mais 24, como era em 2010, restarão apenas 6 vagas para as parcerias que, para entrar na disputa, têm que passar pelo qualifying.

No caso da etapa de Vitória, por exemplo, serão 41 duplas masculinas e 32 femininas lutando por apenas 6 vagas em cada modalidade. Desse número, 67 voltarão para casa ainda no primeiro dia de competição. E, por conta de patrocínio escasso no esporte, muitos atletas, curiosamente aqueles que mais necessitam de apoio, vão sofrer no bolso a redução do ranking. Reduzindo o ranking, obviamente aumentará o nível técnico da competição principal mas imagine você, com a dimensão continental que o país possui , arcar com passagens áreas, hotel, alimentação, etc. e ficar de fora da disputa ainda no primeiro dia? Pois, para aqueles que não possuem patrocínios mais adequados, isso vai acontecer. Ou vai acontecer com muita frequência com ou muitas duplas simplesmente resolverão não disputar todas as etapas.

Já, por outro lado, para as duplas tops do ranking, uma redução será até melhor, já que poderá diminuir o desgaste físico dos muitos jogos disputados.

Com o argumento de que pretende-se aperfeiçoar as disputas nacionais do vôlei de praia, visando a busca de novos talentos para 2016, parece que a principal e mais polêmica mudança da temporada vai continuar ainda gerando boas discussões entre os seus prós e contras. E a dúvida é se os dois lados da moeda foram analisados cautelosamente antes.

De acordo com a CBV, as 41 duplas que disputarão as seis vagas no masculino são Pará/Raphael (RJ/PR), Beto Pitta/Fred (RJ), Álvaro Filho/Vitor Felipe (PB), Hevaldo/Luizão (CE/AM), Júlio/Luciano (ES), Juca/Zé Írio (BA/MS), Adriano/Fabiano (PE), Nelsinho/Keko (SC), Guto/Ricardo Brandão (SP/PA), Wadson/Jefferson (CE/RJ), Gilmário/Tiago (PB/BA), Valredes/Kadu (CE/GO), Marcos Cabral/Rato (RJ), Marcus/Gustavo (RJ), João/Gustavo (PB/SP), Vinícius Negão/Edson Filipe (ES), Richards/Bob Filho (MG/DF), Juliano/Heder (ES), Bernat/Paulo Victor (RJ), Léo Síndice/Lucas Palermo (PR/MG), Alexandre Peres/Carlos Luciano (RJ), Lobera/Paulo Amado (DF), Jean Kalb/Leonardo Gomes (AM/RJ), Rhuan/Kioday (RJ/PB), Itamar/Ronaldo (DF), Ramon/Anderson Melo (RJ), Márcio Gaudie/Felipe (RJ), Miguel/Evans Melo (MS/SE), Fábio Toro/Piu (SP), Tocantins/Léo Vieira (DF), Felício/Lizandro (AC/AM), Leonardo/Paulo Vitor (RJ), Diogo Abreu/Weiber (GO), Silvio/Brian (SC), Renan/Rodrigo Carvalho (PB), Luccas Lima/Julio Cesar (SP), Léo Morais/Mateus Silva (PB/CE), Lucas Ribeiro/Fernando (ES), Álvaro Andrade/Leo (SE/RJ), William Braga/Iury (MS/ES) e Felipe Vale/Fernandinho (ES).

No feminino, as seis duplas classificadas sairão da disputa entre Naiana/Neide (CE/AL), Chell/Michelle Cavalho (DF/RJ), Josi/Leize (SC), Ágatha/Luiza Amélia (PR/CE), Thati/Karin (PB/SUE), Fabí/Érica Freitas (PB/MG), Aline/Isabela Maio (BA/ES), Pauline/Mariana (RJ), Rebecca Silva/Carolina Horta (CE), Sandra Mathias/Rachel (RJ), Lú/Mirlena Santos (RJ/AC), Elen/Amanda Maltez (RJ), Isabel Grael/Luciana (RJ/CE), Marcella/Rafaela (ES/PA), Evelyn/Fabíola (DF), Camila/Fernanda Nunes (RJ), Lívia/Raquel (RJ/SP), Érika/Shirleny (RN/ES), Lígia/Eunyce Verçosa (RJ/AL), Ana Claudia/Bruna Dealtry (PA/RJ), Carol Pereira/Flávia (RJ), Juliana Simões/Haissa (PR), Débora Lisa/Lê (SP/MG), Sandressa/Thais (AL/RJ), Rapha/Valesca (GO/DF), Natasha/Lenina (RJ/SP), Luciane/Pity (SP), Camilla/Luma (RJ), Ingrid/Claudinha (RJ), Russa/Rose (RJ), Janaína/Daniele (ES) e Suellem/Mayara (PA/CE).

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ele tem apenas 15 anos de idade, é natural de Salvador (BA) e no final de 2006 mudou-se com a mãe para Vitória (ES), onde ela o colocou para jogar vôlei. Com início do Circuito SUB-21 de vôlei de praia marcado para começar amanhã, dia 10 de janeiro, o Primeiro Set entrevista Fernando Sturaro, o mais jovem atleta da competição.

Embora jovem, Fernando já acumula vários títulos e prêmios de destaque na promissora carreira: foi vice campeão estadual SUB-19, campeão estadual de vôlei de quadra infanto-juvenil 2009, eleito o melhor atleta SUB -17 e SUB -19 nas temporadas 2009 e 2010 do Circuito Estadual de Vôlei de Praia e em 2011, foi indicado, pela Federação do Espírito Santo, à seleção brasileira de vôlei indoor.

Fernando Sturaro. Arquivo pessoal.
Mas, a pouca idade não condiz com o pensamento de gente grande do garoto. Quando perguntado sobre as abdicações que a carreira de jogador gera, Fernando mostrou bastante maturidade e citou a dedicação que um atleta precisa ter. “Aprendi com minha mãe e meu pai coisas que tempos depois vim aprender novamente no voleibol. Responsabilidade e a ética me fizeram amadurecer muito como pessoa e consegui, mesmo com muitos problemas pessoais desde criança, a lidar com a vida e suas dificuldades. Como atleta não é diferente, tenho meus deveres, me empenho e, tudo no seu tempo, colho o que eu planto, a partir de muita dedicação. Não é fácil, mas abdiquei uma vida de adolescente “popular” para melhorar dentro de quadra.” Surpreende Fernando.

Focado na profissão, o jogador ainda falou sobre o fato de ter que viver longe de Salvador e da família. “Agora já me acostumei, mas o pior é não poder estar com minha família em datas festivas, feriados e férias. Mas, por outro lado, e graças a ela, me inspiro a cada dia.” Confessa.

Fernando se lembra de uma medalha que começou a fazê-lo entender melhor sobre o vôlei. “Lembro que era uma manhã de domingo e eu, com 9 anos de idade, estava ao lado da minha mãe para acompanhar a final olímpica entre Ricardo e Emanuel contra os espanhóis Javier Bosma e Pablo Herrera. Naquela olimpíada me recordo também da medalha de prata da dupla Adriana Behar e Shelda.” Recorda-se o jogador.

Mas, a paixão pelo vôlei se consolidou em 2006.  “O gosto pelo vôlei se tornou definitivo quando vi a etapa do Circuito Mundial, em vitória. Acompanhei todos os jogos e de lá para cá foi virou uma paixão que hoje já se torna uma meta para um futuro próximo, se Deus quiser.” Confessa.

Para conquistar os objetivos, Fernando treina forte. Ao lado do parceiro Lucas Ribeiro e da equipe formada pelos jogadores Júlio Nascimento, Luciano, Heder, Juliano, Isabela Maio e Shirleny, são de cinco a seis horas de atividades por dia, dividido entre treino físico, com bola e academia. E buscando se sair bem nas primeiras etapas do Circuito Brasileiro SUB-21, os jogadores nem tiraram férias após a temporada passada. “Os planos da nossa equipe para as primeiras etapas é sair melhor, pois estamos treinando há quase um mês, sendo que os outros (maioria) começaram essa semana.” Analisa Fernando.

Em 2011, os objetivos já estão bem traçados. “Com certeza, vou buscar uma boa colocação no SUB-21, principalmente, nas etapas de Vitória e Salvador, minhas casas. Busco pelo menos um pódio no Circuito Estadual e também busco passar do qualyfing em algumas etapas do CBBVP. Já internacionalmente, viso uma vaga no Mundial SUB-19, que deve acontecer no segundo semestre do ano.” Planeja o jogador.

Mas, mesmo com muitos sonhos e objetivos, a carreira muitas vezes esbarra nas dificuldades que o esporte apresenta. “Nas últimas duas temporadas, não se teve nenhum torneio SUB-17, SUB-19 ou SUB-21 no Espírito Santo. Cria-se o ranking das categorias a partir do ranking na categoria adulto e isso dificulta muito nosso avanço, nos forçando a jogar torneios nestas categorias em outros estados, aumentando mais os investimentos financeiros. E sem dúvida nenhuma, aparecer no cenário nacional é a grande dificuldade. Sem falar no patrocínio, que está cada vez mais difícil. Sigo buscando apoio para me ajudar, principalmente, em custeio de viagens. Conto hoje somente com o apoio da Fitness Fight Centro de Saúde, uma academia localizada perto do meu CT, onde eles sedem a academia para minha equipe malhar e da minha comissão técnica, formada por Celso Jantorno e Lourival Correa." Comenta o atleta.

O jogador analisou as mudanças anunciadas pela CBV no número de etapas do Circuito SUB-21 para a temporada 2011. “Por um lado é muito bom passar de 6 para 12 o número de etapas, pois a categoria passa a ter maior valor em meio nacional devido a meta da CBV de formar atletas para as Olimpíadas do Rio 2016 e posteriores; por outro lado para jogadores que estão com dificuldades em conseguir patrocínio e bancar passagens, 12 etapas torna-se um número enorme para quem ainda está no início.” Analisa o jovem jogador.

Fernando também comentou sobre a mudança que coloca SUB-21 e Circuito Banco do Brasil na mesma cidade e semana. “Sendo na mesma cidade e na mesma época das etapas do torneio adulto, os atletas mais jovens poderão ser analisados pela CBV. Além disso, o torneio aumentará em nível e estrutura. Haverá também uma economia no bolso dos que disputam o Circuito SUB-21 e o OPEN, sem contar no contato com os jogadores mais experientes e populares. Isso fará com que eles abram as portas para nós na mídia, em torneios dentro e fora do país. É essencial o contato com a galera mais “rodada”, pois assim pegaremos experiência e compartilharemos momentos no vôlei.” Acredita.

E para os próximos anos, Fernando também tem objetivos bem traçados, inclusive olímpicos. “Em 2016, estarei com 21 anos. Não sei certamente se vou conseguir uma vaga para defender o Brasil, mas o novo critério a ser adotado, segundo Ary Graça, ainda deixa viva a esperança de jogar. Mas posso falar para 2020, que, com fé em Deus, estarei bem melhor, técnica e fisicamente, além de mais experiente. E aí fica muito mais real uma chance em 2020.” Sonha o jovem jogador.

Fernando e seu parceiro Lucas Ribeiro estão entre as nove duplas masculinas garantidas no ranking principal da etapa de Vitória. Além deles, Ramon/Anderson Melo (RJ), Marcus/Gustavo (RJ), Renan/Rodrigo Carvalho (PB), Márcio Gaudie/Felipe (RJ), Felipe Vale/Fernandinho (PR), Léo Morais/Mateus Silva (PB/CE), JP/Victor Palis (RJ) e Felipe Hernandez/Iago (RJ) estão assegurados na competição.

Clique aqui e confira o calendário completo do Circuito SUB-21 de vôlei de praia. 

Saque curto:
Nome completo:Fernando Luis Rabelo Sturaro               
Idade: 15 anos
Peso e altura: 76 kg e 1,91 m
Apelido: Fernandinho  
Um filme: Quem quer ser um milionário
Comida preferida: Pizza
Time de futebol: Bahia
Uma música: I don’t wanna wait - SOJA
Mania: Estalar dedos
Ídolo: Ricardo, da dupla Márcio e Ricardo
Um sonho: me tornar um campeão olímpico
Hobbie:  DJ

sábado, 8 de janeiro de 2011

Fim das atividades 2010, início da temporada 2011 e muitas emoções para o vôlei brasileiro. O novo ano que começou há poucos dias promete ser bastante agitado e com muitas competições ao longo da temporada. Tem disputas nacionais, internacionais; de clubes, seleções, duplas e muito mais. Trago uma lista com as disputas mais importantes no esporte nessa temporada:

- Superliga: grande disputa dos clubes brasileiros nesses primeiros meses de 2011. No masculino, cuja disputa já recomeçou essa semana, a briga será boa e sem chances de previsões: Sesi, Vôlei Futuro, Montes Claros, Cimed, Sada/Cruzeiro, Pinheiros, Medley/Campinas, Minas, todos lutando ponto a ponto pelo título da melhor Superliga da história, que está prevista para ser decidida no penúltimo final de semana de abril. Na Superliga feminina, que recomeça no próximo dia 12 e tem tudo para seguir agitada até o dia 1 de maio, a pergunta é se aparecerá um time capaz de mudar a já tradicional final entre Rio e Osasco.

Muito vôlei para o torcedor brasileiro em 2011. Foto: CBV
Liga Mundial: disputa que acontece entre 27 de março e 10 de julho, com finais na Polônia. Seleção masculina presente no grupo A da primeira fase da competição, junto com Estados Unidos, Polônia e Porto Rico. Atuais eneacampeões, os comandados de Bernardinho buscarão chegar ao décimo título na competição. E as chances serão enormes para que esse feito aconteça.

- Grand Prix: acontece entre 5 e 28 de agosto, com finais em Macau, na China. Participando da competição como país convidado, a seleção feminina lutará para conquistar novamente o torneio, que ficou nas mãos das americanas em 2009. Pode ser o fim do jejum de títulos, já que em 2010 a seleção não conquistou nenhum campeonato.

- Copa do Mundo Feminina: disputada no Japão, entre 4 a 18 de novembro de 2011.Torneio classificatório para as Olimpíadas de Londres 2012. As meninas do Brasil lutarão pelo ouro da competição, que escapou nas últimas duas edições.Tem tudo para ser o maior desafio da seleção nessa temporada.

- Copa do Mundo Masculina: assim como a Copa do Mundo Feminina, acontece no Japão, entre 20 de novembro e 4 de dezembro e decide as seleções que estarão na disputa dos jogos olimpícos 2012. A seleção masculina vai atrás do tri-campeonato da competição.

- Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia: com disputas já começando no próximo dia 12, a competição sofrerá muitas mudanças. De acordo com a CBV, o objetivo é fortalecer o evento e torná-lo cada vez mais forte. Dentre as principais mudanças está o aumento da pontuação dos sets, que anteriormente era de 18, para 21 pontos e a redução do ranking de 24 para 18 duplas por etapa. E para a primeira etapa do ano, muitas novas duplas serão conhecidas. Destaque para Thiago e Pedro Cunha, campeões em 2010, que jogarão separados. Thiago fará dupla com Harley e Pedro Cunha com Pedro Solberg. Além dos jogos do CBBVP, o vôlei de praia ainda contará com as etapas do Circuito Estadual e SUB-21.

- Circuito Mundial de Vôlei de Praia: uma disputa boa entre duplas brasileiras, americanas, chinesas, alemãs, espanholas, dentre outras, tanto no feminino, quanto no masculino. Os destaques do calendário 2011 ficam por conta do Canadá, que volta à lista após algumas temporadas e da China, que receberá um Grand Slam na mesma arena da disputa olimpíca de 2008. As etapas da temporada 2011 começarão a contar pontos para o preenchimento das 32 vagas para os jogos de Londres 2012 (16 no masculino e 16 no feminino). Devido às mudanças de classificação anunciadas pela CBV, a dúvida é se as vagas ficarão com as duplas que as conquistarem ou se a CBV escolherá as parcerias que irão à Londres.

- Rei e Rainha da Praia: a mais charmosa competição do vôlei de praia brasileiro está programada para acontecer nos dias 12 e 13 de março. Ao invés da tradicional formação de duplas, jogadores e jogadoras farão uma disputa direta entre si e aqueles que mais jogos ganharem, serão eleitos Rei e Rainha da temporada.

- Campeonato Mundial de Vôlei de Praia: competição de maior destaque na temporada e que acontece a cada dois anos, será disputada na Itália, entre os dias 14 e 26 de junho. As duplas brasileiras buscarão o ouro, que escapou de Juliana e Larissa e Harley e Alison na última edição realizada na Noruega, em 2009.

- Jogos Pan-americanos de Guadalajara: maior competição do continente, no mês de outubro, reunirá as quatro modalidades do vôlei brasileiro: indoor masculino e feminino e vôlei de praia também masculino e feminino. Nos últimos jogos, disputados no Rio, em 2007, o Brasil só não foi campeão com a seleção feminina, que perdeu a final no tie-break para Cuba. Em 2011, será a chance das meninas se redimirem e o país voltar do México com os quatro ouros.

As datas de todas as competições 2011 já divulgadas estão disponíveis no link CALENDÁRIO do blog.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Durante alguns dias vocês ajudaram a escolher a Musa e o Muso do Vôlei de Praia brasileiro. Carol, Maria Clara, Maria Elisa, Larissa e Luana eram as indicadas ao título de Musa. Alison, Bruno de Paula, Bruno Schimtd, Harley e Pedro Solberg os indicados a Muso.

E chegou a hora de conhecer os vencedores.

Musa e Muso do Vôlei de Praia 2010.
Com 57% dos votos, Larissa foi eleita a mais bela das areias em 2010. Maria Elisa recebeu 37%, ocupando a 2ª colocação na enquete.

No masculino, o eleito foi Bruno Schimtd, conquistando 45% dos votos. Harley ficou logo atrás, com 37%.

Belíssimos mesmo!

Obrigada a todos que votaram! Terminando a Superliga 2010/11, farei a mesma enquete para descobrir quais são também os mais bonitos das quadras.

Aproveitando o post, desejo um FELIZ 2011 a todos.  Muita saúde, paz, felicidades, sucesso, realizações e muitas conquistas. Obrigada a todos que acompanharam as notícias do vôlei aqui no Primeiro Set em 2010, ano de nascimento do blog. Que em 2011 estejamos todos unidos novamente por esse espote tão espetacular.

Deixo abaixo a porcentagem obtida por todos os candidatos que participaram da eleição Musa e Muso do Vôlei de Praia.

Um grande abraço e até 2011.

FEMININO
MASCULINO
Larissa – 57%
Bruno Schimtd – 45%
Maria Elisa – 37%
Harley – 37%
Carol – 3%
Alison – 10%
Maria Clara   – 1,5%
Pedro Solberg – 4%
Luana – 1,5%
Bruno de Paula – 2%

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Títulos e muitas alegrias. Um ano para ficar marcado na memória do torcedor brasileiro. Quando muitos acreditavam que 2010 seria lembrado pelo hexa da seleção masculina de futebol, o vôlei roubou a cena e se transformou no esporte do ano.

Murilo, o atleta do ano. Foto: FIVB
Nas competições nacionais de quadra, uma Superliga de altíssimo nível. No masculino, final entre dois jovens times de história bem parecida. Cimed, um pouco mais velho e exper na habilidade em conquistar títulos e Montes Claros, modesto time mineiro que derrubou o favoritismo dos grandes, inclusive de seu conterrâneo da capital, Minas, e apresentou ao Brasil a paixão de toda uma cidade pelo voleibol.

O “piá atômico” das Minas Gerais fez de seu ginásio um verdadeiro caldeirão e ainda coroou o maior pontuador da história da competição: o autêntico e empolgante Lorena.

Pelo time catarinense, um tetracampeonato de um time que nasceu para ganhar títulos. Bruninho, Lucão, Thiago Alves e Cia. conquistaram o quarto título da Superliga, nos cinco anos de existência da equipe. Cinco anos para se tornar, ao lado do Minas, o maior vencedor da competição. 

Na disputa feminina, a final que há alguns anos vinha predominando. Rio e Osasco, de patrocinador novo, após quase fechar as portas por falta de apoio. E quando todos acreditavam que a equipe de Bernardinho repetiria as quatro últimas façanhas, eis que surgem Natália e Jaqueline, destaques da equipe paulista na decisão, para impedir mais uma conquista do Rio. 

Nas quadras internacionais, e de uniforme novo, foi preciso aprender a pronunciar uma palavra um tanto quanto complicada: eneacampeão, denominação dada à seleção nove vezes campeã da Liga Mundial masculina. Além da palavra difícil, aprendemos que o Brasil tornou-se o recordista absoluto em conquistas dessa competição.

Título que rendeu entrevista ao vivo de Bernardinho ao Jornal Nacional, com direito a elogios rasgados aos comandados pelo técnico. Mas, a conquista maior ainda estava por vir. Depois da polêmica derrota para a Bulgária, a seleção descontou a raiva pelo regulamento mal elaborado, acabou convencendo os críticos ao atropelar a arqui-rival Cuba na decisão e sagrou-se Tri-Campeã Mundial (2002-2006-2010). 

Alegrias demais com os meninos e um gostinho de quase com as meninas. No Grand Prix, após perderem Mari e Paula Pequeno, inclusive para o Mundial, a seleção, que perdeu dois, dos cinco jogos finais, teve que se contentar com a prata.

E na sequência, uma grande expectativa em mudar o final de um filme já visto em 2006, quando a equipe brasileira sofreu uma triste e dolorosa derrota para a Rússia. As meninas jogaram bem, convenceram até a decisão, mas, no tie break, foram paradas por Gamova,  Sokolova e mais uma seleção de “ovas”.  Novamente, as russas estragaram o tão sonhado título Mundial. 

Ju e Larissa, pentacampeãs mundiais. Foto: FIVB
Na praia, mais emoções. O Brasil e o mundo foi dominado por Juliana e Larissa. A dupla, que chegou ao tetra brasileiro e ao penta mundial, reinou e fez a melhor temporada da carreira.

Venceram onze das doze etapas do Circuito Brasileiro, foi recordista em títulos na história do Circuito Mundial e, enfim, entraram para o Livro dos Recordes, por vencerem o jogo mais longo de todos os tempos do vôlei de praia, contra as terríveis Wash e May, em 2005.

O reinado só esteve ameaçado quando Maria Elisa, numa virada surpreendente, roubou a coroa de Rainha da Praia já quase nas mãos de Larissa. 

Entre os homens, 2010 foi o ano das separações. Ricardo e Emanuel, antes parceiros, viraram adversários. Márcio e Fábio Luiz, medalhistas em Pequim, também repetiram a história, assim como Harley e Alison, dupla sensação do ano anterior.

Em meio a essa onda de fim de parceria, Thiago e Pedro Cunha chegaram de mansinho, foram surpreendendo etapa a etapa e garantiram o título do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia com uma etapa de antecipação.

Pedro transformou separação em superação, ao ser campeão depois de muitos meses parado por conta da rara lesão que quase o afastou definitivamente das areias. No Circuito Mundial, Alison e Emanuel tentaram ficar na cola de Rogers e Dauhauser, mas os norte-americanos, que estão consolidados há mais tempo, acabaram levando a melhor.

Para fechar o ano em grande estilo, domínio do vôlei  nas indicações do Prêmio Melhores do Ano do esporte brasileiro. Não ganhou tudo, mas consagrou Murilo como o melhor atleta masculino e Bernardinho como o melhor técnico em esportes coletivos.

Se tivesse eleito também Ju e Larissa a melhor, no caso, as melhores atletas, não seria nada demais. 

Mas, fechar a conta com dois terços do Prêmio Melhores do Ano e algumas dezenas de bons motivos para se orgulhar da temporada espetacular faz o vôlei ser, sem dúvidas, o melhor esporte nacional em 2010.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Para começar muito bem o Ano Novo, o primeiro domingo de 2011 terá uma atração bem agradável na TV: vôlei de praia. Trata-se do Desafio Brasil x Estados Unidos, evento que faz parte do Verão Espetacular, do programa Esporte Espetacular.

Na arena montada na Praia da Enseada, no Guarujá, litoral paulista, Juliana/Larissa e Márcio/Ricardo duelarão contra os americanos Rogers/Daulhauser e Walsh/Hanson.

Ju e Larissa, no desafio promovido nos EUA, em 2009.
No sábado, primeiro dia do ano e da disputa, acontecem os dois jogos de duplas. No domingo, será disputado o jogo 4 x 4, misturando homens e mulheres.

Diferente do ano passado, em que a pontuação foi mal pensada, nessa nova edição, não será possível que um país saia campeão ainda no sábado: cada vencedor do jogo de duplas receberá um ponto e o vencedor do quarteto somará três pontos.

Na verdade, os jogos de sábado não valerão nada dessa vez. Quem vencer o jogo de domingo, vencerá a disputa.

Nos últimos dois Desafios Brasil x Estados Unidos - Arizona (2009) e em Serra (ES), em 2010 - os americanos levaram a melhor na soma geral.

Se 2011 seguir o histórico de transmissões de vôlei de praia dos últimos anos, esse deve ser um dos raros eventos televisionados. Esse ano, além do Desafio, houve transmissão apenas das finais masculina e feminina da etapa de Brasília, do Circuito Mundial.

Torcer para que 2011 comece bem diferente, com vitória brasuca e anúncios de mais transmissões em TV aberta no próximo ano.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em cerimônia de gala ontem no Rio de Janeiro, Murilo Endres, jogador da seleção masculina de vôlei e do Sesi brilhou. O atleta foi eleito o Melhor do Ano no Prêmio Brasil Olímpico e mostrou a sua força e a força do voleibol brasileiro em 2010.

Seria praticamente impossível tirar o prêmio daquele que simplesmente venceu tudo o que disputou na temporada. Murilo foi eneacampeão da Liga Mundial, tri do Campeonato Mundial e de quebra, foi eleito o melhor jogador em ambas as competições.

Além disso, é uma das principais armas do Sesi, líder invicto da Superliga até o momento. Por mais que o ano de César Cielo, seu concorrente direto, e de Leandro Guilheiro tenha sido bom, era difícil tirar o prêmio do ponta.

Murilo, o Melhor do Ano. Foto: Globo.com
Além de Murilo, o vôlei brilhou com toda a seleção masculina que foi a melhor da modalidade e Bernardinho que levou o troféu de melhor técnico entre todos os esportes.

A festa poderia ter sido completa para o vôlei se a dupla Juliana e Larissa não tivesse esbarrado em obstáculos complicados. O currículo espetacular de Fabiana Murer em 2010, no tradicionalismo do atletismo como modalidade olímpica e, principalmente, na falta de reconhecimento e divulgação do vôlei de praia brasileiro.

Juliana e Larissa e Fabina Murer, dois anos após Pequim 2008, lutavam para se redimir. A dupla, pela inconviniente contusão de Juliana, e Murer, pelo lamentável sumiço da vara. No final, Fabiana se deu melhor e tirou o sonho de supremacia absoluta do vôlei.


Mas, para o vôlei de praia, que não é visto nem em TV aberta e nem na fechada, estar entre os top 3 do esporte nacional já é um resultado louvável. As tetra campeãs brasileiras e penta mundiais driblaram o desconhecimento de muita gente - inclusive do próprio COB, que tanto no site, quanto no vídeo de apresentação da dupla, na cerimônia de premiação, errou no número de títulos e etapas disputadas - mostraram que o vôlei de praia também é uma grande força no esporte nacional e que para receber o prêmio, além da modalidade que disputam, precisam de mais espaço na mídia.

No final da premiação, a certeza foi que, em pleno ano de Copa do Mundo de futebol, que tinha tudo para terminar exaltando atletas dos gramados, o vôlei brilhou e se consolidou como o maior orgulho nacional em 2010. Que essa premiação seja um bom indício de um sucesso cada vez maior para a modalidade nos próximos anos.

Parabéns Murilo, Bernardinho, seleção masculina e Juliana e Larissa. O voleibol brasileiro agradece a ano espetacular.
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