domingo, 3 de maio de 2015

Após ficar afastado por seis meses, Alison voltou a ser campeão
No torneio que marcou o último compromisso da temporada brasileira do vôlei de praia, Ágatha/Bárbara Seixas e Alison/Bruno Schmitd foram campeões do SuperPraia. Jogando na Praia de Pajuçara, em Maceió, os títulos foram obtidos, curiosamente, após viradas sobre as duplas atuais campeãs do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

No feminino, Ágatha/Bárbara Seixas começaram perdendo para Larissa/Talita, que tinham apenas uma derrota em todas as etapas disputadas na temporada 2014/15. Com paciência, a equipe Brasoil foi se recuperando até fechar o jogo em 2x1 (17/211, 21/19 e 15/13).

Entre os homens, Alison/Bruno também iniciaram perdendo no set inicial, mas reverteram o placar sobre Ricardo/Emanuel (14/21, 21/16 e 15/11), conquistando o bicampeonato do SuperPraia. Em 2014, eles derrotaram Márcio Araújo/Ricardo na decisão. Após ficar afastado por quase seis meses das quadras, por conta de uma cirurgia no joelho e da retirada do apêndice, este foi o segundo torneio disputado e o primeiro título do atual vice-campeão olímpico Alison.

Pedro Solberg/Evandro superaram Álvaro Filho/Vítor Felipe e ficaram com o bronze. Taiana/Fernanda Berti derrotaram Juliana/Maria Elisa e também garantiram ligar no pódio feminino.

Pela divisão B do SuperPraia, os campeões foram Daniel Souza/Averaldo e Lili/Rebecca. Com boas etapas de Circuito Banco do Brasil a partir de 2012, Lili/Rebecca encerram a parceria em Maceió. 

Além do torneio com as melhores duplas da temporada, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) premiou atletas e treinadores que se destacaram nacionalmente. Larissa e Bruno Schmitd foram os grandes vencedores, com seis e quatro troféus, respectivamente.

Agora as duplas brasileiras se voltam para o Circuito Mundial, torneio que definirá os representantes do vôlei de praia brasileiro nos Jogos Rio 2016. Na semana passada, na abertura do calendário internacional, na etapa open de Fuzhou (China), Bruno/Hevaldo terminaram em 9º e Lili/Carol Horta em 17º.

Muito provavelmente, os atletas que estiveram no pódio em Maceió devem também se destacar internacionalmente.

Melhores da temporada 2014/15

Craque da Galera
Léo Vieira
Larissa

Atleta revelação
Allison Francioni
Carolina Horta

Melhor levantamento
Bruno Schmidt
Larissa

Melhor recepção
Bruno Schmidt
Larissa

Melhor bloqueio
Ricardo
Talita

Melhor saque
Evandro
Larissa

Melhor defesa
Bruno Schmidt
Larissa
 
Melhor ataque
Evandro
Talita

Melhor jogador
Bruno Schmidt
Larissa

Foto: Paulo Frank/CBV

domingo, 12 de abril de 2015

Com os títulos da temporada 2011/12 e 2013/14, Sada chegou ao tri-campeonato da Superliga. Foto: Pedro Vilela/Agência i7
No dia 13 de abril de 2014, elenquei cinco fatores que ajudaram o Sada Cruzeiro, até então bi-campeão da Superliga, a chegar ao título da temporada. Um ano depois, os mineiros voltaram a vencer o Sesi-SP neste domingo (12), em uma nova decisão de campeonato nacional, chegando ao tri. Mesmo com os paulistas saindo na frente, Wallace, William e Cia viraram a partida e fecharam o jogo em 3 sets a 1 (20/25, 25/19, 27/25 e 25/19) num Mineirinho tomado por mais de 14 mil torcedores.

Méritos para a melhor equipe de voleibol do Brasil dos últimos anos. E talvez uma das melhores equipes esportivas  do país como um todo. Com times de futebol cada vez menos organizados - que traz como consequências partidas tecnicamente muito fracas, além de demissões e contratações pouco planejadas -, e com modalidades que ainda sobrevivem com administrações amadoras, ouso dizer que temos no Sada o melhor exemplo de gerenciamento nacional.

Exemplo que pode ser comprovado em números: juntos desde 2010, o grupo chegou neste domingo ao 15º título em cinco anos. Eis os pontos que elenquei ano passado, que ainda seguem completamente atuais (até mesmo nos nomes dos jogadores, que se mantiveram nesta temporada):

1) Planejamento: embora a palavra seja muito falada no esporte, poucos projetos seguem um planejamento na prática. E o Sada/Cruzeiro talvez seja uma das grandes exceções da regra. Criado em 2006, a equipe sempre buscou se aperfeiçoar de forma planejada. Nada de loucuras nas contratações, criação de uma base forte e pés no chão, com ou sem conquistas.

2) Força no grupo: mais um ponto forte da equipe mineira. É difícil dizer quem é a principal estrela do time cruzeirense, se é que esse jogador existe. Wallace, William, Felipe. Para fortalecer ainda mais, depois chegaram Leal, Isac, Éder. Pensando não em astros individuais, mas em elenco, a diretoria sabe reforçar o grupo sem desvalorizar nenhum jogador;

3) Nada de oba-oba: seja contra times mais fracos ou contra times mais fortes, a concentração dos jogadores quase não muda. Mais um ótimo trabalho do técnico Marcelo Mendez, que faz o grupo jogar praticamente igual, seja campeonato Mineiro, Superliga, Sul-Americano, Mundialou qualquer outra competição que seja;

4) Pouca mídia: talvez pelo fato de estar fora dos dois principais centros do país, Rio e São Paulo, quase não se houve falar dos bastidores da equipe. Assim como o bordão que denomina os mineiros, técnico e jogadores comem pelas beiradas, sem muito barulho na imprensa.

5) Persistência: aliada ao planejamento, nem mesmo as derrotas mudaram a forma de trabalho. Mesmo tendo perdido duas Superligas, uma para o próprio Sesi/SP e outra para o RJX, ano passado, a filosofia da equipe quase não mudou nos últimos anos. Com o mesmo pensamento, a derrota no Campeonato Mundial de 2012 serviu para a conquista da competição no ano seguinte.

Marcos Pacheco, Riad, Lucão, Marcelinho e demais que me desculpem, mas, pelo conjunto da obra, o jogo deste domingo merecia ter sido mesmo vencido pelos mineiros. 

Seleção da Superliga 2014/15:

Ataque – Wallace (Sada Cruzeiro)
Levantamento – William (Sada Cruzeiro)
Bloqueio – Riad (Sesi-SP)
Defesa – Serginho (Sada Cruzeiro)
Recepção – Bruno Canuto (Minas Tênis Clube)
Saque – Lipe (Taubaté/Funvic)
Maior pontuador – Escobar (Minas Tênis Clube)

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Não participação de Maria Clara/Carol no Mundia não 
atrapalha contagem da dupla para 2016 
Agora é oficial: em comunicado publicado no site oficial nesta quinta-feira (9), a CBV voltou atrás e confirmou que o Campeonato Mundial, disputado entre julho e agosto na Holanda, não entrará na lista dos torneios que somarão pontos para a classificação olímpica.

O assunto teria sido discutido entre dirigentes e jogadores na última etapa da temporada brasileira, em Salvador.

A decisão foi tomada já que ele permite um número de duplas brasileiras distinto dos demais torneios do Circuito Mundial 2015, além de oferecer 1.000 pontos aos vencedores, pontuação maior do que em relação aos Grand Slams, por exemplo, que garante 200 pontos a menos.

Como o torneio mais importante do ano não possui uma fase pré-classificatória, o que acontecerá nas demais etapas do tour, apenas quatro duplas de cada naipe participariam do torneio: Alison/Bruno Schmidt, Ricardo/Emanuel, Pedro Solberg/Evandro, Vitor Felipe/Álvaro Filho; Larissa/Talita, Ágatha/Bárbara Seixas, Juliana/Maria Elisa e Fernanda Berti/Taiana.

Maria Clara/Carol e Bruno/Hevaldo, por exemplo, vice-campeões brasileiros da temporada do Circuito Banco do Brasil 2014/15, mas com pouca pontuação mundial em 2014, teriam que ficar de fora, perdendo então a chance de acumular os importantes pontos da corrida olímpica. Com um torneio a menos, justamente o que vale mais pontos, realmente haveria uma injustiça com quem ficasse fora do Campeonato Mundial.

Vale lembrar que as duas vagas olímpicas de cada naipe serão decididas de duas formas: uma dupla masculina e uma dupla feminina conquistarão a classificação pela pontuação obtida pelo ranking mundial 2015, com somatório de pontos de cinco Grand Slams (Rússia, Estados Unidos (2), Japão e Polônia) e quatro Major Series (Croácia, Noruega, Suíça e país a ser confirmado). Os dois piores resultados de cada parceria será descartado.

As outras duas parcerias serão escolhidas pela CBV, baseados em critérios técnicos e de meritocracia, confirme afirma a entidade.

Segundo o texto, "até o momento, diversas duplas já demonstraram interesse em participar do Circuito Mundial 2015, entre elas Alison/Bruno Schmidt, Álvaro Filho/Vitor Felipe, Bruno/Hevaldo, Evandro/Pedro Solberg, Guto/Allison Francioni, Márcio/Saymon e Ricardo/Emanuel, no masculino. Além de Ágatha/Bárbara Seixas, Fernanda Berti/Taiana, Juliana/Maria Elisa, Josi/Elize Maia, Larissa/Talita, Lili/Carolina Horta e Maria Clara/Carol no feminino".

A entidade também afirma que inscreverá o maior número possível de parcerias em cada torneio do Circuito Mundial. "Caso alguma das duplas convocadas não tenha intenção de disputar determinado torneio, as posições subsequentes dos rankings nacional e internacional serão indicadas pela confederação para ocupar a vaga".

Justo, democrático e transparente. Agora as duplas terão que se "matar" em quadra.

Foto: Divulgação/FIVB

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Atuais vice-campeões e agora separados, Ricardo está no
 grupo G e Álvaro Filho no grupo K (Fotot: FIVB/Divulgação)
Foi realizado nesta semana, mais precisamente na segunda-feira (30), o sorteio dos grupos do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, ou Copa do Mundo de Vôlei de Praia, que acontece de 26 de junho a 05 de julho, na Holanda. Pela primeira vez na história, o evento acontece simultaneamente em quatro cidades: Amsterdam, Apeldoorn, Roterdã e Haia.

Pelo torneio masculino, Ricardo e Emanuel, campeões mundiais em 2003, encabeçam o grupo G, com sede em Amsterdã. Eles enfrentarão Herrera/Gavira (ESP), Liamin/Barsouk (RUS) e Ajanako/Sapong (GAN). Pelo grupo C, em Apeldoorn, Alison/Bruno Schmidt terão pela frente Doppler/Horst (AUT), Court/Schumann (AUS), além dos brasileiros que agora defendem o Qatar, Jefferson/Tiago.

Ainda em Apeldoorn, pelo grupo K, Vítor Felipe/Álvaro Filho enfrentam Gibb/Patterson (EUA), Marco/Garcia (ESP) e Azaad/Bianchi (ARG). A quarta dupla brasileira, Pedro Solberg/Evandro é cabeça de chave no grupo L, em Roterdã, e jogará com Walkenhorst/Windschief (ALE), Virgen/Ontiveros (MEX) e Naceur/Belhaj (TUN).

Já pelo naipe feminino, Larissa/Talita estão no grupo B, em Amsterdã, e jogam contra Goricanec/Huberli (SUI), Radarong/Udomchavee (TAI) e as donas da casa Van Der Vlist/Van Gestel. A capital holandesa também receberá os jogos do grupo G que tem Maria Elisa/Juliana, Laboureur/Süde (ALE), Pata/Matauatu (VAN) e Boucheta/Bayou (ALG).

Fernanda Berti, que estreia em um Mundial, jogará com Taiana pelo grupo I, em Haia. Elas enfrentam duas duplas suiças, Zumkehr/Heidrich e Forrer/Vergé-Dépré, além de Nel/Sekhonyana (AFS). Completando a lista de brasileiras, Ágatha/Bárbara Seixas estão no grupo F, em Apeldoorn, com Day/Kessy (EUA), Revuelta/Candelas (MEX) e Flores/Leila (CUB).

A princípio, mesmo enfrentando algumas duplas já carimbadas a nível mundial, acredito que todas as parcerias brasileiras têm boas chances de avençar para a próxima fase.

Neste edição 2015 do segundo torneio mais importante do vôlei de praia, ficando abaixo somente dos Jogos Olímpicos, 96 times, 48 em cada gênero, estão na disputa. Daí, esta certa "facilidade" para os brasileiros na fase de grupos.

Walsh/Ross, concorrentes diretas das parcerias brasileiras, estão no grupo C e encaram as canadenses Bansley/Sara Pavan, Laird/Artacho (AUS) e Braakman/Sinnema (NED). Rosenthal/Dalhausser, também favoritos, vão jogar contra Kapa/McHugh (AUS), Sidorenko/Dyachenko (KAZ) e O’Dea/Watson (NZL). no grupo B. Os letões Smedins/Samoilovs, atuais campeões mundiais da temporada passada, que caíram no grupo F, pegam Grimalt E/Grimalt M (CHI), Van De Velde/Van Dorsten (NED) e Koshkarev/Bykanov (RUS)

As chinesas Xie/Xue e os holandeses Brouwer/Meeuwsen são os campeões do último Campeonato Mundial, que aconteceu em Stare Jablonki, na Polônia, em 2013.

A tabela completa está disponível no site do evento.



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