quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nem tão amarga assim. Reação final valeu ouro. Foto: Reuters
Mais um duro golpe em Londres. Ciclo olímpico praticamente impecável, muitas conquistas nos três anos de parceria, primeira fase de encher os olhos e confiança elevada na conquista de um ouro praticamente certo para Alison e Emanuel.

Mas Brink e Reckermann, aqueles mesmos alemães que derrotaram Harley e Alison na Copa do Mundo de Vôlei de Praia 2009, campeões do Circuito Mundial no mesmo ano e um dos favoritos ao pódio, seriam a única pedra no meio do caminho dos brasileiros.

Primeiro set melhor para os alemães, segundo totalmente brasileiro e um tie-break de muitos altos e baixos para os dois lados. E quando tudo parecia estar perdido, num 14x11contra, Alison e Emanuel tiveram forças para empatar e por pouco, muito pouco, não protagonizaram uma virada que ficaria para a a eternidade!

Não deu! Dois sets a um (21/23, 21/16 e 14/16), mas certeza de dever cumprido.

Diferente de muitos que pensam que prata não é uma medalha a ser comemorada, Alison e Emanuel devem ficar felizes e orgulhosos do feito sim.

Emanuel, que disputou todas as cinco edições olímpicas do vôlei de praia, tem agora um pódio em casa: ouro (2004), prata (2012) e bronze (2008), tal como seu ex-parceiro Ricardo.

E mesmo aos 39 anos de idade, continua sendo exemplo de juventude, vitalidade, raça, responsabilidade, profissionalismo e muito amor pelo que faz. Virtudes que nem sempre são encontradas naqueles que conquistam o ouro.

Já o "mamute" Alison, que há quatro anos sequer figurava entre os melhores jogadores do país, teve uma ascensão meteórica. Junto com Harley e logo depois com Emanuel, evoluiu, impõs respeito e pode ser o grande nome do vôlei de praia brasileiro por, pelo menos, mais uns três ciclos olímpicos.

No banco, mais um feito que, por não ser dourado, pode passar despercebido. Com todos os méritos, a técnica Letícia Pessoa chegou hoje à terceira medalha olímpica da carreira: duas pratas com Adriana Behar e Shelda e agora mais uma com Alison e Emanuel.

Vices que podem soar até mesmo como tom de piada num país cuja cultura só permite apreciar o ouro, mas resultados que qualquer profissional esportivo de "primeiro mundo" valoriza, e valoriza muito. Será que a "pipocada" de Rogers e Dalhauser está refletindo tão negativamente nos Estados Unidos quanto a falta de ouro dos atletas brasileiros? Óbvio que não!

Alison e Emanuel, assim como Juliana e Larissa, Ricardo e Pedro Cunha e Talita e Maria Elisa mereciam mais. Os resultados de Londres foram pouco para eles. Para quem acompanhou os quatro anos de ciclo olímpico, isso fica claro!

Mas esporte é isso! Walsh e May, Brink e Reckermann, Kessy e Ross, Slukova e Kolocova fizeram por merecer.

Vôlei feminino indoor arrasa e é bi-finalista
Ahhh, o esporte! Marcia Fu, Fernanda Venturini, Ana Moser e Cia. devem estar orgulhosas da nossa seleção feminina.

Depois de perderem duas partidas na primeira fase, e de renascerem eliminando as russas antes de ontem, a equipe despachou o Japão hoje à tarde (25/18, 25/15 e 25/18) e está na segunda final olímpica consecutiva!

Programação:

Sexta-feira - 15h30 - Brasil x Itália (semifinal masculina indoor)
Sábado - 14h30 - Brasil x Estados Unidos (final feminina indoor)
Domingo - 9h - final masculina indoor

PS: Mais uma vez o Primeiro Set foi indicado para participar da maior premiação da blogosfera brasileira: o Top Blog Brasil. Se você acha que o blog merece o seu voto, acesse a página do Prêmio e ajude a colocar um espaço de vôlei entre os mais bem votados do país.  
Ju/Larissa vencem chinesas e garantem bronze em Londres.
Não é o lugar do pódio que até por volta das 17 horas de ontem todos esperavam, mas Juliana e Larissa se despedem dos Jogos Olímpicos de Londres com a primeira medalha do vôlei brasileiro no peito!

Em mais um dia muito tenso das brasileiras, falta de concentração no primeiro set, placar de 21 a 11 para as chinesas Zhang Xi/Xue, retomada de confiança, 21x19 no segundo e muita expectativa para o decisivo tie-break.

Bem ao estilo Juliana e Larissa, que brilhou nestes quatro anos de ciclo olímpico, as brasileiras reagiram, foram guerreiras, demonstraram toda a superioridade e fecharam a partida em 15x12, curiosamente o mesmo placar da semifinal de ontem na virada das americanas Kessy/Ross.

Um bronze com sabor amargo, já que as até então bicampeãs olímpicas Walsh/May teriam uma vida bem mais complicada caso a dupla verde-amarela chegasse à decisão. Mas, ao mesmo tempo, medalha com cara de ouro para quem soube reagir muito bem depois do duro tropeço de ontem e de um início irreconhecível na partida de hoje.

Depois de brilharem muito em 2011, conquistando todos as cinco competições da temporada (Circuito Mundial, Brasileiro, Copa do Mundo, Pan-Americano e Rainha da Praia), a partida de ontem e uma parte da disputa de hoje foi o reflexo de um ano de muitos altos e baixos de uma dupla que, como muitos outros atletas brasileiros, sentiu na pele o peso da enorme cobrança de nós torcedores e por grande parte da imprensa brasileira, coisa que eu já tinha comentado há mais de um ano aqui no blog.

Já Walsh/May, bicampeãs olímpicas e com uma história mais que consolidada, jogaram sem pressão, se fizeram de mortas durante boa parte das duas últimas temporadas de Circuito Mundial e, como boas norte-americanas, tiveram a calma e a frieza para conquistar mais um ouro em um detalhe que passa despercebido muitas vezes: o psicológico.

Um dado curioso, mas que faz parte do esporte: enquanto Juliana e Larissa venceram oito etapas nos últimos dois anos de Circuito Mundial, Walsh/May conquistaram "somente" quatro.

Com aposentaria agendada, as agora tricampeãs olímpicas entram definitivamente para a história do esporte. E Juliana e Larissa também: trata-se da primeira Olimpíada e da primeira medalha da dupla que tem tudo para chegar muito bem nos Jogos de 2016.

Podia ser mais, é verdade! Mas também podia ser menos. Diante do nível das adversárias de hoje, não seria impossível ver Juliana e Larissa até mesmo fora do pódio.

O vôlei de praia mundial mudou, as duplas internacionais se fortaleceram e apenas uma coisa continua a mesma: a nossa terrível visão de que só o ouro vale a pena.

Seleção masculina: meninos passam e encaram italianos

Nada de rivalidade Brasil x Argentina no vôlei. Passeio diante de nossos hermanos (25/19, 25/17 e 25/20) e vaga garantida nas semifinais.

O adversário será a Itália, que incrivelmente derrotou os Estados Unidos também por 3x0.

Se o ouro do vôlei de praia não teve ouro brasileiro hoje, amanhã a história pode ser outra. Às 17 horas (de Brasília), Alison/Emanuel enfrentaram os alemães Brink/Reckermann. Decisão difícil, mas que tem tudo para dar Brasil!

Foto: Maurício Kaye/FIVB

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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Brilhante apresentação apagou apelido de "amarelonas".
Sete de agosto de 2012! Um dia de fortes emoções para torcedores e atletas brasileiros. Quando tudo parecia complicado no indoor, eis que as coisas se acertariam e que nossa seleção feminina faria uma das melhores exibições dos últimos anos.

E quando tudo parecia seguir tranquilamente para as duplas no vôlei de praia, eis que o céu de Juliana e Larissa se transformaria em um inferno incompreensível!

O óbvio primeiro: Alison e Emanuel na decisão
Uma eliminação pela dupla Plavins/J Smedins, da Letônia, seria uma das últimas coisas que poderia acontecer em Londres.

E, felizmente, num dia que tudo deu certo para os brasileiros, principalmente para Alison, que jogou mais uma vez como um veterano, a maior zebra das Olimpíadas não ia ficar por conta da derrota da parceria verde-amarela.

Vitória por 2x0 (21/15 e 22/20) e adversários complicadíssimos na decisão da próxima quinta-feira: depois de passarem por Ricardo/Pedro Cunha ontem e por holandeses Nummerdor/Schuil nas semifinais de hoje, os alemães Brink/Reckermann devem dar muito trabalho até que a conquista do ouro seja consolidada.

Mas, no mínimo, a prata está garantida.

A surpresa: Juliana e Larissa fora da final
Walsh/May garantidas na decisão e só faltava uma vitória de Juliana/Larissa para que o mundo pudesse ver a tão sonhada final olímpica entre brasileiras e norte-americanas, aguardada até mesmo em Pequim 2008.

No entanto, ninguém esperava pela pedra, ou melhor, pela dupla, Kessy/Ross no meio do caminho. As mesmas Kessy/Ross que surpreenderam na final da Copa do Mundo de 2009 e tirando o título das brasileiras.

Mesmo derrotadas facilmente no primeiro set, as americanas, diferente das Ju/Larissa, jogaram sem pressão, colocaram os ânimos no lugar e conseguiram o grande feito de impedir o avanço das brasileiras. Dois a um no jogo (21/15, 19/21 e 12/15) e de quebra, garantia de final 100% norte-americana.

Já Juliana/Larissa vão lutar pelo bronze contra as fortes Zhang Xi/Xue amanhã. Um golpe muito duro para a dupla que foi infinitamente melhor durante todo o ciclo olímpico.

Seleção feminina: o renascimento das campeãs olímpicas
Curioso que até ontem muitos apostavam numa tranquila classificação de Juliana/Larissa e numa quase impossível vitória da seleção feminina diante da forte seleção russa. Que bom e que ruim ao mesmo tempo!

Jogando como há muito tempo não se via, e com um poder de reação e superação que nada lembrou as dolorosas derrotas do passado, a seleção feminina viveu um dia épico!

Derrota no primeiro set, reação no segundo, nova derrota no terceiro, mais uma reação e um tie-break finalizado no 21º ponto.

Se antes os constantes placares de 3x2 incomodavam, hoje não haveria um resultado mais gostoso: 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19 e vaga garantida nas semifinais contra o Japão!

Independente do que acontecer, a emoção da vitória de hoje já tem um gostinho de medalha! #Chupa, Gamova!

Confira a programação de amanhã e quinta:

Quarta-feira (08/08)

10h  - Brasil x Argentina - indoor masculino - Quartas de final

15h - decisão de 3º lugar do vôlei de praia feminino - Ju/Larissa x Xue/Zhang Xi

17h - disputa da medalha de ouro do vôlei de praia feminino - Walsh/May x Kessy/Ross

Quinta-feira (09/08)

17h - disputa da medalha de ouro do vôlei de praia masculino - Alison/Emanuel x Brink/Reckermann

Ainda não foram definidas as datas e horários das semifinais femininas.

Foto: Getty Images

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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Alison/Emanuel suaram, mas garantiram vaga nas semis.
Um dia de fortes emoções para o vôlei brasileiro em Londres. Se a seleção masculina não teve dificuldades em passar pela Alemanha, Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha trataram de testar o coração dos torcedores de vôlei de praia.

No sufoco, Alison/Emanuel estão nas semifinais
Um jogo muito mais difícil que o esperado e classificação definida nos detalhes. Alison e Emanuel passaram um sufoco terrível contra os poloneses Fijalek/Prudel, mas garantiram a classificação para a semifinal olímpica.

Depois de vencerem o primeiro set com certa facilidade, os brasileiros tiveram uma queda de produção no segundo, viram os poloneses abrir vantagem no tie-break, mas no final valeu a experiência dos favoritos ao título.

Vitória por 2x1 (21/17, 16/21 e 17/15) e zebras pela frente. Amanhã a dupla encara os letões Plavins/Smedins, que eliminaram os norte-americanos Gibb/Rosenthal na outra partida das quartas.

Sem Gibb/Rosenthal e Rogers/Dalhauser - eliminados ainda nas oitavas - os Estados Unidos ficarão fora do pódio, assim como aconteceu em Atenas 2004. Naquela ocasião, Ricardo/Emanuel ficaram com o título. Será que a história se repete?

Ricardo/Pedro Cunha fora 
O regulamento permitia e todos esperavam ver uma final brasileira em Londres. Mas o sonho parou nos alemães Brink/Reckermann, campeões da Copa do Mundo 2009, e um dos favoritos ao título.

Muito longe do voleibol apresentado nos mais de 12 meses de parceria e com pouca vibração, Ricardo/Pedro Cunha até ensaiaram uma reação, mas não tiveram forças para evitar os 2x0 (21/15 e 21/19).

Das quatro participações olímpicas, essa é a primeira que Ricardo volta para casa sem medalha. Quinto lugar e certeza de que ele podia ter chegado, pelo menos, na disputa do bronze.

Se o caminho da dupla foi favorecido anteriormente, quando o sorteio dos grupos colocou adversários mais fracos pela frente, o cruzamento com o alemães ainda nas quartas de final foi um duro golpe do destino.

Amanhã os alemães enfrentam os holandeses Nummerdor/Schuil e têm tudo para chegar à decisão.

Seleção masculina enfrenta hermanos nas quartas
Quatro vitórias em cinco jogos da primeira fase, segundo lugar do grupo e um pouco de sorte na definição do próximo adversário, conhecido através de sorteio.

Com o 3x0 (25/21, 25/22 e 25/19) aplicado na Alemanha, a equipe avança às quartas de final e enfrentará nossos hermanos argentinos, que não devem oferecer muita resistência.

Vencendo, já entramos na briga pelo bronze, no mínimo. E aí o adversário será bem mais complicado: a forte seleção americana!

Confira os horários das próximas partidas:

Terça-feira (07/08)

11h - Brasil x Rússia - indoor feminino - Quartas de final

13h - Alison/Emanuel x Plavins/J Smedins - Semifinal

17h - Juliana/Larissa x Kessy/Ross - Semifinal

Quarta-feira (08/08)

10h  - Brasil x Argentina - indoor masculino - Quartas de final

15h - decisão de 3º lugar do vôlei de praia feminino

17h - disputa da medalha de ouro do vôlei de praia feminino

Foto: Maurício Kaye/FIVB

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