Circuito BB de Vôlei de praia: a etapa dos remakes

Pedro e Harley reeditaram os velhos tempos. Foto: CBV

Segundo o dicionário Aurélio, remake é o nome de que comumente se dá quando se produz novamente uma história já conhecida do público e que já tivera uma produção anterior.

Pedro Solberg e Harley, vencedores em João Pessoa.

Na 8ª etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, em João Pessoa, na Paraíba, o que mais se viu foi remake. No feminino, pódio exatamente como o de Fortaleza, há 15 dias atrás.

Juliana e Larissa campeãs, Vivian e Andrezza, prata, e Maria Clara e Carol, bronze. Nem precisa entrar em detalhes sobre mais uma conquista da dupla papa-títulos, não é? Quando o remake é demais, a gente muda de assunto.

Atento-me novamente em Vivian e Andrezza. Segundo torneio juntas e segunda final.

Regularidade boa para uma dupla tão recente e que já tem data para se separar. Méritos também para as irmãs Maria Clara e Carolina Solberg que também repetiram o resultado de Fortaleza.

No masculino, mais remake. Outro integrante da família Solberg se deu bem nessa de reproduzir histórias passadas. Pedro e Harley reviveram os bons tempos de dupla campeã, fizeram ótimas partidas e venceram bonito.

Na final de hoje, venceram de virada Márcio e Ricardo, que repetem o resultado da etapa passada. Para fechar essa sequência de tantos resultados já vividos, Benjamin e Bruno Schimtd garantiram a regularidade e terminaram em 3º.

Agora, o que não foi remake. Maria Elisa e Talita fora da competição, por contusão, e Thiago e Pedro Cunha eliminados ainda na primeira fase.

Faço uma pequena ressalva também às duplas Sub-21 que fizeram bonito no Mundial da Turquia, semana passada. Álvaro e Vitor conquistaram a prata e Fabí e Júlia Schimtd, o bronze. Parabéns, meninos!

Ressalva também para o vôlei de quadra masculino, que estreou bem no Mundial, vencendo seus dois primeiros jogos e garantindo vagas para a próxima fase. Rumo ao tri, Brasil!

Vôlei de praia masculino: as mudanças não param

Bom, pessoal! Meu tempo está muito corrido e não estou tendo tempo de postar mais coisas aqui durante a semana. Por isso, estou concentrando as postagens nos finais de semana. Queria muito atualizar o Pio Esportivo mais vezes, mas, realmente, não tem dado tempo.

Antes de comentar sobre as mais novas mudanças nas duplas masculinas, queria deixar os meus parabéns à super craque Larissa França, parceira da Juliana, que, no último dia 14, completou 28 aninhos.

Toda saúde, paz, felicidades e realizações para ela, nossa maior atleta do vôlei de praia feminino da atualidade.

Parabéns dados, voltemos aos homens.

Esses meninos não sossegam. Novas formações nas parcerias, mais uma vez.

Recém-criada, a dupla Harley e Fábio, que jogou junta somente na etapa de Goiânia do CBBVP, no último final de semana, não existirá mais após o término do mundial em Brasília, que acontece essa semana.

Ricardo e Pedro Solberg, Márcio e Billy, sob efeito cascata, também  estão com os dias contados.
Depois de Brasília, as novas duplas serão: Pedro Solberg e Harley, Ricardo e Márcio e Fábio Luiz e Billy.

De todas essas separações, a mais impressionante foi a de Fábio e Harley. A parceria funcionou muito bem e logo no primeiro desafio juntos, eles foram  ao pódio.

Todos apostavam em chances claras de medalha olímpica, mas Pedro Solberg, insatisfeito com Ricardo, entrou na relação e pôs fim ao casamento.

Segundo Harley, questões geográficas atrapalhariam a dupla. Ele mora e treina no Rio de Janeiro e não queria se mudar para Fortaleza. Fábio também não estava disposto a morar no Rio.

Já Fábio, levantou outra situação: Pedro teria feito uma proposta financeira à Harley para reeditar a parceria campeã mundial em 2008. Nenhuma versão me convence muito. Alguma outra coisa não divulgada deve ter levado ao fim precoce da dupla.

Pedro, insatisfeito por treinar em João Pessoa, deixa Ricardo e , agora, busca retomar seu melhor voleibol ao lado de seu ex-parceiro Harley.

Vale lembrar, porém, que o mesmo Pedro, mesmo campeão mundial em 2008 com Harley, decidiu pôr fim à dupla para atuar com Pedro Cunha e deixou claro que fez isso por uma questão de idade: ambos eram jogadores jovens e com idade olímpica.

Ou seja, Harley era velho e não tinha chances de seguir lutando por uma vaga em Londres 2012. Harley ficou sem parceiro, sem patrocínio e muito chateado.

Porém, por causa da contusão de Pedro Cunha, a dupla não foi adiante.

E agora?  Pedro vê Harley ser campeão de praticamente tudo o que disputou nos últimos dois anos,  percebe que ao lado de Fábio o brasiliense ia, enfim, engrenar em 2010, e resolve chamá-lo para, juntos, buscarem a vaga para Londres?

Essa vida é mesmo uma caixinha de surpresas.

Embora não engolido bem essas mudanças, acredito que ele voltará a jogar bem novamente e a dupla vai repetir os bons resultados do passado.

Que o vôlei de praia brasileiro colha lá na frente bons frutos desse troca-troca todo.