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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Comemoração em Roma marcou a temporada.
No post de ontem, relembramos alguns detalhes do Desafio Brasil x Estados Unidos, do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, do Rei e Rainha da Praia e Circuito Mundial.

Hoje, a retrospectiva segue pelas outras competições que completaram a vitoriosa temporada do vôlei de praia.


Copa do Mundo
Desde 1999, com os títulos de Loila e Emanuel e Adriana Behar e Shelda, o Brasil não sabia o que era conquistar o ouro tanto masculino quanto feminino numa mesma edição de Copa do Mundo.

Nada que Juliana e Larissa e Alison e Emanuel, duplas que brilharam ao longo do ano, não pudessem resolver.

Na disputa feminina, brasileiras, chinesas e norte-americanas eram as candidatas mais fortes ao título. E a decisão colocaria mais uma vez frente a frente Ju e Larissa e Walsh e May.

No jogo, um set para as brasileiras, outro para as americanas e um tie-break de deixar maluco qualquer torcedor brasileiro. Depois de estarem perdendo por 11x7, e depois de 14x12, as brasileiras reagiram e pela primeira vez conquistaram o título que só não é mais importante do que a medalha olímpica.

Já sem Rogers e Daulhauser como pedra no sapato, Alison e Emanuel passaram nas semifinais pelos alemães Brink e Reckermann, até então atuais campeões da Copa do Mundo, e fizeram um duelo verde-amarelo contra Márcio e Ricardo, que até tentaram, mas não conseguiram resistir ao bom momento dos brasileiros.

Correndo para cima de um Smart, marca patrocinadora da dupla, a cena seria uma das comemorações mais marcantes do ano.

Ouro masculino, ouro feminino e a lindíssima arena montada no Foro Itálico seria comandada pelos imperadores brasileiros.

Jogos Mundiais Militares
Nível técnico bem abaixo de todas as grandes competições da temporada, é verdade. Mas Ângela e Val e Jan e Bernardo não deram chances aos adversários e garantiram mais dois ouros na conta do ano dourado brasileiro.

A competição seria ainda o adeus do experiente Pará, que depois de garantir o bronze ao lado do parceiro Beto Pitta, deu fim à carreira aos 37 anos de idade, 25 deles dedicados ao voleibol. Pará que é irmão do médico e jogador Jan, que também anunciou a aposentaria na última etapa do Circuito Banco do Brasil, em Fortaleza.

Evento Teste Londres 2012
Ouro e bronze na terra da Rainha.

Ângela e Lili, campeãs, com direito a derrota sobre americanas, e Vivian e Taiana, que terminaram na 3ª colocação, deixaram uma certa ansiedade para que os resultados da próxima Olimpíada sejam bem próximos a esses.

Pan de Guadalajara 
Fechando as recordações, uma competição que aparentemente apontava dois ouros fáceis para o Brasil. Mas não foi bem assim!

Ainda na fase classificatória, Alison e Emanuel deram um susto ao serem surpreendidos pela dupla cubana. Mas o caminho das vitórias foi retomado e este seria mais um título conquistado pela primeira vez na carreira do jovem "mamute", que foi "oficialmente" apresentado ao país ao representar o Brasil em Puerto Vallarta (o vôlei de praia não foi disputado em Guadalajara).

Já Juliana e Larissa seguiram o mesmo script usado de outras decisões disputadas na temporada. Vencendo um set, perdendo outro e contando com toda a torcida mexicana contra, já que jogavam contra as donas da casa Candelas e Garcia, a dupla só assegurou o ouro depois de reverter um placar de 6x2 para 22x20.

Somado aos títulos masculino e feminino indoor, os dois ouros do vôlei de praia garantiram os 100% de aproveitamento da modalidade em Guadalajara.

Um ano realmente incrível para o vôlei de praia brasileiro. Poderia ter fechado com chave de ouro com a escolha de Emanuel como o Melhor Atleta de 2011, mas nem mesmo a não mais justa das premiações no Prêmio Brasil Olímpico tira o brilho da modalidade.

Que na retrospectiva do próximo ano, o post siga no mesmo caminho dourado!

PS: Acontece amanhã o sorteio da camiseta oficial do jogador Pedro Cunha. Para concorrer, basta responder no campo comentário da postagem com quais parceiros o jogador garantiu os dois títulos brasileiros da carreira.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ele tem 23 anos, é carioca, jogador de vôlei de praia, estudante de comunicação social e sargento do exército. Roberto Lustosa Pitta, ou simplesmente Beto Pitta, é quem você conhece hoje no Primeiro Set. 

Pitta começou a jogar voleibol aos 12 anos, nas categorias de base indoor do Tijuca Tênis Clube. No ano seguinte, passou a disputar seus primeiros torneios no vôlei de praia e em 2004 decidiu jogar somente nas areias. 

Eleito a revelação do Circuito Banco do Brasil 2008, Pitta tem como atual parceiro o experiente Pará e um de seus objetivos é disputar os Jogos Olímpicos Militares em 2011. Confira abaixo um pouco mais sobre o jogador.

Pitta disputando o CBBVP. Fonte: CBV
Você, como muitos outros jogadores de vôlei de praia, começou na quadra e depois se mudou para a areia. Por que tomou essa decisão?
Eu sempre gostei de jogar vôlei, tanto na quadra quanto na praia, e sempre tive o sonho de ser um profissional do esporte. Aos 16 anos percebi que, além de ter resultados melhores, nas areias eu tinha mais chances de realizar esse meu sonho.

Para você, quais as principais diferenças entre o vôlei de quadra e o de praia?
No vôlei de praia os atletas têm mais liberdade em relação aos seus treinamentos. Mas, esta liberdade traz mais responsabilidade, pois o atleta tem que se empenhar muito e ter na cabeça que seu desenvolvimento depende só dele. Gosto disso.  Adoro também o fato de serem apenas dois atletas dentro de quadra e de não existir substituição. É um desafio. Você precisa achar soluções dentro do jogo com a ajuda apenas de seu parceiro e seu técnico. Além disso, o clima do vôlei de praia, tanto nos treinamentos quanto nos torneios é muito legal.

Além de jogador de vôlei de praia, você ainda acumula mais duas outras profissões: militar do exército e estudante de Comunicação Social. Como é a vida de Sargento?
Ano passado o Exército Brasileiro abriu um edital para a incorporação de Atletas de Alto Rendimento. Entrei por meio deste edital e todos os atletas, após treinamento militar, se tornaram 3° Sargentos.
Não nos foi imposto que estivéssemos no quartel todos os dias. Pois, além de alguns atletas não morarem no Rio, a intenção do Exército é que nós mantenhamos o nosso treinamento para continuarmos com nossas competições, só que agora representando o Exército Brasileiro.

E na faculdade, como é a sua rotina de estudos e por que escolheu Comunicação Social?
Por conta da minha profissão, não sou um aluno convencional. Por causa das viagens, acabo fazendo poucas matérias por período, porque se não, posso não dar conta. Escolhi Comunicação, pois sempre tive fascínio pelas propagandas e acho muito interessante como elas podem moldar a opinião de uma pessoa sobre alguma coisa.

Mas, como é conciliar tantas profissões ao mesmo tempo? Consegue equilibrar todas ou chega a ter alguma dificuldade?
Não é fácil. Tenho que correr atrás, não posso dar bobeira, principalmente na faculdade. Sempre peço a matéria que foi dada nas aulas em que não estive presente. E quando estou no Rio não falto a nenhuma aula e tento prestar muita atenção.

Você e Pará têm como grande objetivo para 2011 estar nos Jogos Olímpicos Militares. Como está a preparação da dupla?  Como é a rotina de treinamentos?
Com certeza esse é um objetivo para o próximo ano. Os Jogos Mundiais Militares é um evento comparável ao Pan Americano, até superando em número de atletas. Como nós temos um circuito nacional muito forte, estamos usando isso como preparação. Mas também estamos planejando alguns torneios no exterior antes da competição. Nossos treinamentos são diários e normalmente de segunda a sábado. Acreditamos que treinando forte e chegando bem nos torneios aqui no Brasil, estaremos bem preparados.

Explique um pouco sobre os Jogos Militares. Onde será? Acontece de quantos em quantos anos e quais são os principais adversários?
Os Jogos Mundiais Militares terão sede aqui no Rio e será disputado no mês de julho. É a maior competição militar do mundo; como numa Olimpíada, ocorre de 4 em 4 anos. Nossos adversários ainda são uma incógnita, apesar de sabermos que alguns atletas de alto nível do Circuito Mundial também são militares. Porém, ainda não sabemos se eles participarão do evento.

Você, recentemente, esteve disputando jogos pela AVP.  Como foi essa experiência?
Foi uma experiência incrível, espero que tenha a chance de jogar lá de novo. Os jogadores norte-americanos são muito técnicos e fortes fisicamente, por isso os Estados Unidos é o único país que pode se comparar ao Brasil em número de atletas de qualidade e em relação ao circuito nacional.

Nesse segundo semestre, a federação americana divulgou o cancelamento da AVP por falta de patrocínio.  Como você, que esteve jogando lá há pouco tempo, vê essa situação?
Foi uma pena a AVP ter tido problemas financeiros este ano. Mas, acho que as pessoas importantes do vôlei norte-americano estão se mexendo para não deixar seus atletas parados. Alguns torneios estão sendo organizados e acredito que essa pausa prolongada não deve ser tão prejudicial para eles assim. Pois, em um mês de treinamentos e com três torneios disputados uma dupla já está com um ritmo legal de jogo.

Quais as principais diferenças entre o CBBVP e a AVP?
Acho que os dois têm qualidades e defeitos. O CBBVP é um torneio muito bem organizado e de um nível técnico muito alto. A AVP também tem grande qualidade técnica, mas é disputado em apenas três dias enquanto aqui no Brasil são quatro. Nos Estados Unidos a interação do público com os atletas é maior e acredito que o público seja mais apaixonado por vôlei de praia o que faz com que eles entendam mais do esporte.

Você acha que, como os americanos deixam os brasileiros jogarem a AVP, poderia haver uma compensação que permitisse duplas dos EUA jogando o CBBVP?
Eu acho que os dois países, por representarem as maiores potências no vôlei de praia, poderiam fazer uma parceria de cooperação. Hoje, em nenhum dos dois países é tão liberal assim participação de estrangeiros. Eu tive sorte, pois o Pará já jogou lá e é muito amigo do Mike Dodd, ex-jogador e que até esse ano fazia parte da organização da AVP. 

E no Brasil, como você vê a situação do patrocínio? Acha que um dia o CBBVP corre o risco de acabar também?
Hoje a Confederação Brasileira tem um contrato de patrocínio muito forte com o Banco do Brasil. Este contrato abrange tanto o vôlei de quadra quanto o vôlei de praia. Como é um contrato que beneficia ambas as partes, acho difícil que essa parceria acabe. O patrocínio para atletas já é mais complicado, pois acho que os atletas têm muita dificuldade de chegar nas pessoas certas nas empresas para poderem apresentar seus projetos.

Atualmente você e Pará têm algum patrocínio? Nesses anos de carreira, você já lidou com a falta de apoio?
Nós atualmente não temos patrocínio. E eu sei que sou uma pessoa com muita sorte, pois desde o momento que escolhi o vôlei de praia como profissão tive apoio total da minha família. E meu pai me ajudou muito, principalmente, no começo quando conseguiu um patrocínio da empresa em que trabalhava.

Como enxerga a realidade do vôlei de praia brasileiro atualmente?
O vôlei de praia brasileiro é uma potência, um expoente. Mas precisamos atrair mais o público, fazer com que as pessoas acompanhem e entendam mais sobre o esporte, além de conhecer os atletas. A CBV está trabalhando nisso e algumas melhorias já estão sendo feitas no Circuito, como a transmissão dos jogos pela internet, que pode atrair mais as pessoas.

E para finalizar, qual foi a etapa que mais marcou a sua vida?
Qualquer atleta que disputa o CBBVP tem como objetivo estar numa semifinal de etapa, para poder brigar por um lugar no pódio. E a primeira vez que estive nele foi muito especial. Eu jogava com o Lipe e na etapa anterior tínhamos perdido no qualyfing, torneio classificatório para a competição principal. Voltamos para o Rio, treinamos muito para a etapa seguinte, que seria em Campo Grande, passamos pelo qualy, chegamos à semifinal vencendo Márcio e Fábio Luiz - que naquele ano seriam os vice-campeões olímpicos - e conquistamos o bronze da etapa.

Pitta, campeão da Taça Ouro (2010), em Atenas.
Saque curto:  

Nome completo: Roberto Lustosa Pitta
Nascimento: 15/06/1987
Altura:
1,89m
Peso:
88kg
Cidade onde nasceu: Rio de Janeiro
Time de futebol: Botafogo
Comida preferida: Japonesa
Um lugar: Praia de Ipanema
Um dia especial no vôlei: A minha primeira semifinal no CBBVP, em Campo Grande 2008.
Um ídolo: Shelda no vôlei e meu pai na vida
Mania: Estalar os dedos
Hobbie: Ir ao cinema
Filme: Os mais recentes: Avatar e Tropa de Elite 2
Um livro: Nelson Mandela, um exemplo de vida, coragem e amor

domingo, 6 de junho de 2010

Dois jogaços!  Assim foram os primeiros jogos do Brasil na Liga Mundial 2010.

A Bulgária vendeu caro as derrotas, principalmente no sábado, mas no final, prevaleceu a força da nossa seleção.

Muito bom saber que mesmo completamente mudado, o nível da equipe brasileira continua o mesmo. Verdade que o início do jogo de sexta foi bem abaixo daquele belo vôlei que estamos acostumados a ver, mas faz parte;  daqui a pouco, Vissoto e Cia estarão totalmente entrosados. Entra geração, sai geração e o vôlei brasileiro continua dando show, isso é fato!  Outra coisa que não muda também são os ginásios sempre lotados. Superliga Masculinda, Superliga Feminina, Liga Mundial ... não importa, é lindo ver tanta gente na arquibancada. 

E por falar em mudança, lindo os novos uniformes. O azul, então...perfeito! Mas, ainda bem que os líberos não usaram o modelo desenhado pelo presidente da CBV, Ary Graça. Confesso que aquelas listas em verde e amarelo não me agradaram.

Roupa nova, Sabiazinho lotado, seleção começando bem a Liga...

Agora é garantir mais pontos contra Holanda, em Brasília, e Coreia do Sul, no Rio.

O fato lamentável fica por conta do horário das próximas partidas: 19h. Ou seja, nada de transmissão em TV aberta. Se bem que isso já era algo esperado até porque a Copa vem aí e, muito provavelmente, ela vai engolir qualquer outro esporte que "teime" em atrapalhar sua cobertura. 

Segundo o twitter @largadinhas, blog do Globo.com, esses horários não têm nada a ver com a cobertura do Mundial. Será? Ainda segundo o @largadinhas, o SporTV deverá transmitir as partidas. Bom para os que têm TV por assinatura. Para os demais, continua a campanha vôlei na TV aberta.

Veremos então como ficará a cobertura esportiva à partir da abertura da Copa. Semana que vem, além dos jogos da seleção indoor, temos também o Grand Slam de Vôlei de Praia em Moscou, na Rússia. 

Que nossos canais de TV façam uma excelente cobertura da primeira Copa em continente africano, mas que eles não se concentrem somente nisso.

Sobre as competições de vôlei de praia mundo afora, temos mais dupla campeã.  Beto Pitta e Pará disputaram a Taça de Ouro em Atenas e foram campeões, sem perderem nenhum set no torneio.  Na grande final, venceram Giorgos Kotsilianos e Manos Xenakis por 2 sets a 0 (21/18 e 21/17). 

É o vôlei de praia brasileiro colecionando títulos nas competições de verão europeu.

Na mesma competição, Elize Maia e Slaylyn ficaram com o bronze.

Confesso que tive um pouco de dificuldade para traduzir o site grego, mas assim que tiver mais notícias sobre esses resultados eu volto a comentar aqui.


Pelo Circuito Sub-21 Banco do Brasil, disputado em Cabo Frio, os campeões foram Álvaro Filho/Vitor Felipe e Fabí/Julia Schmidt. Cinco títulos em cinco etapas Sub-21 dos meninos em 2010. 
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