segunda-feira, 15 de abril de 2013

Com Superliga garantida, dúvida é se o projeto continuará.
Um projeto que nasceu para ser campeão logo no primeiro ano de formação e super pressionado após o "modesto" quarto lugar na Superliga 2011/12.

Com a necessidade de ser campeão - para fazer valer o enorme investimento de Eike Batista, para cumprir o favoritismo apontado pela imprensa e para quebrar um jejum de 32 anos sem títulos cariocas - o RJX entrava em quadra com a grande necessidade de superar o vice-campeão mundial, cujo grupo, mesmo sem estrelas, era um dos melhores do país.

Peso que só foi aumentando após a larga vantagem que o Sada Cruzeiro abriu no primeiro set.

Ao ver o massacre celeste, a dúvida que passava pela minha cabeça, e provavelmente por muitas outras, era se aquele enorme investimento teria valido a pena. Será que Willian e Filipe, que voavam naquele início de partida, não mereciam um lugar na seleção? Um 25x15 avassalador e impressionante.

Mas aí, eis que os atletas já consolidados na equipe de Bernardinho resolveram mudar a história da partida. Bruninho, Lucão, Théo, Thiago Alves, Mário Júnior... Se aquele apático grupo do primeiro set em nada lembrava o melhor grupo da primeira fase da Superliga, a chamada do técnico Marcelo Franckowiak, que pedia para os jogadores controlarem a ansiedade, acordaria os galáticos.

Se Dante era o alvo do forte saque cruzeirense no início da partida, aos poucos o ponteiro passaria a fazer diferença. Thiago Alves, que já havia brilhado contra o Vivo/Minas, mostrava mais uma vez a sua grande evolução nos últimos anos. Théo, totalmente apagado no primeiro set, aos poucos foi apagando as atuações de Wallace, Leal e cia.

Se tudo estava azul para o lado carioca, o brilho celeste dos mineiros foi-se apagando, apagando até terminar completamente numa virada até então inimaginável, principalmente por conta do equilíbrio apresentando nos confrontos Sada x RJX nas partidas classificatórias.

Depois de um 25x15 avassalador, 18x25, 18x25 e um surpreendente 14x25.

Será que o investimento de Eike Batista pesou na conquista? Claro! Será que a grande pressão colocada sobre os atletas não motivou ainda mais a equipe? Também! Será que os cruzeirenses não acabaram dando uma relaxada após um placar inicial tão superior? Acredito que sim também.

Mesmo com um orçamento realmente maior, que praticamente obrigava a conquista, ser, de fato, campeão era outra história. Vide Sollys Osasco, que contrariou as expectativas ao ser surpreendido de virada pelo Unilever Rio na decisão feminina da semana passada.

Talvez a melhor análise sobre a conquista seja a de Bruninho: "O mais importante não é o dinheiro. O que ganha títulos é o trabalho e o esforço do dia a dia."

E isso, ao que parece, não faltou na equipe carioca. Parabéns, RJX! E parabéns, Sada Cruzeiro! Afinal, em tempos de entrada e saída de patrocinadores, manter um projeto por 3 anos consecutivos na final da Superliga mostra que o trabalho também merece ser enaltecido.

E você, o que achou da conquista?

Foto: CBV
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