segunda-feira, 27 de maio de 2013

Medalhas brasileiras somente no feminino.
A expectativa era grande por dois ouros brasileiros em plena Argentina. Mas o Grand Slam de Corrientes, válido pela 4ª etapa do Circuito Mundial, continuou na modesta média brasileira nessa temporada.

Subindo degrau por degrau, ou melhor, posição por posição a cada etapa, Ágatha/Maria Elisa garantiram a melhor colocação verde-amarela: prata diante das holandesas Meppelink/Van Gestel e melhor resultado da nova parceria nesses quatro torneios disputados.

Se o ouro não veio, a vitória de virada nas semifinais contra Kessy/Ross, medalhistas de bronze em Londres, mostrou a evolução da dupla.

Assim como em Xangai, Maria Clara/Carol largaram do qualyfing, foram avançando até terminarem novamente na terceira colocação, após aplicarem outro golpe brasileiro em Kessy/Ross.

Talita/Taiana, ouro em Xangai, não foram bem e terminaram em 9º, mesma colocação que Lili/Bárbara Seixas.

Nova etapa sem brasileiros no pódio
Quatro etapas e nenhum ouro brasileiro no masculino.

Assim como na etapa de abertura, em Fuzhou, a melhor colocação foi o 4º lugar, conquistado dessa vez por Pedro Solberg/Bruno Schmitd.

Depois de eliminarem os compatriotas Vitor/Evandro nas quartas-de-final, os brasileiros cairam diantes dos letões J Smedins/Samoilovs, campeões da etapa, e dos italianos Nicolai/Lupo na decisão de 3º lugar.

Ricardo/Álvaro Filho ficaram abaixo da média das outras etapas e terminaram em 5º.

Já Alison/Emanuel, que não jogaram as 3 etapas anteriores, terminaram em 9°.

Embora o ano pós-Olimpíada geralmente seja uma temporada em que as principais equipes deem uma reduzida no ritmo, o fato é que em oito ouros disputados (entre masculino e feminino) apenas um foi brasileiro.

Não foi de tudo uma etapa ruim, mas poderia ter sido melhor. Torcer para que a situação melhore nas 16 etapas que ainda restam.

domingo, 19 de maio de 2013

Um Challenge com cara de Open: sem estar na seleção e, portanto, sem o direito de participar das etapas de Circuito Mundial, muitos atletas considerados "de ponta" optaram por disputar a primeira etapa do Circuito Banco do Brasil Challenger para não perder totalmente o ritmo das competições.

Pelo masculino, mesmo com veteranos em ação, o título ficou com os garotos Leonardo Gomes/Daniel Souza, que derrotaram Fábio Luiz/Márcio Glaudie na decisão.

Harley/Benjamin completaram o pódio.

Pelo feminino, duelo de duplas estreantes e melhor para Vivian/Pri Lima, que venceram Val/Semírames por 2x0 (21/15 e 21/14). O terceiro lugar ficou com Érica Freitas/Chell.

Fernanda Berti e Elize Maia são campeãs na Venezuela
Pela sexta etapa do Circuito Sul-Alamericano de Vôlei de Praia, Fernanda Berti/Elize Maia venceram as compatriotas Thaís/Rebecca por duplo 21x19 e foram da etapa de Porto La Cruz, na Venezuela.

Thiago/Hevaldo não foram bem, perderam para duas duplas da casa e ficaram em 4º lugar.

A partir de quinta-feira, tem início a 3ª etapa do Circuito Mundial, que será em Corrientes, na Argentina.O destaque será a estreia de Alison/Emanue, que perderam as duas primeiras competições por conta de uma luxação no dedo do mamute.

Será que vai pintar ouro brasileiro na casa dos nossos hermanos? 

Foto: CBV

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Técnico Marcos Miranda alegou despreparo da jogadora.
Há pouco mais de 10 dias, a (re) convocação depois de quase seis meses fora dos planos da CBV. Hoje, o (re) corte.

Juliana, assim como as demais atletas convocadas, se apresentou normalmente na última segunda-feira no CT de Saquarema e três dias depois estaria com a corda no pescoço novamente.

O motivo? Criticar publicamente o novo sistema de seleções de vôlei de praia implantando desde o início do ano.

Única atleta convocada disposta a assumir publicamente sua instatisfação (situação que já foi comentada aqui), o resultado não poderia ser outro: na tarde de hoje, a CBV oficializou o corte da jogadora, que fica novamente sem possibilidades de disputar qualquer competição mundial em 2013.

Juliana foi estrelinha ao não se apresentar no final de 2012 e, por conta disso, ter sofrido o primeiro corte do grupo? Segundo ela, a falta foi justificada em um e-mail encaminhado à CBV. Independente do episódio passado, a atleta ousou demais em expor publicamente uma situação que deveria continuar nos bastidores? Não.

Como Juliana mesmo já afirmou em declarações passadas, seu futuro financeiro está garantido. Não seria o dinheiro das competições que a faria ficar "calada". Situação complicada para alguns atletas mais novos, que ainda precisam fazer "seu pé de meia" e que, por conta disso, preferem seguir submissos às regras.

Dona de sete títulos mundiais, cinco brasileiros, dois pan-americanos, de um ouro na Copa do Mundo, de um bronze olímpico e de três conquistas individuais como Melhor Jogadora do Mundo, valeria a pena se omitir para continuar tendo a chance de competir internacionalmente?

Neste caso, Juliana acabou fazendo um bem maior para a modalidade do que para si própria. Ao praticamente assinar a sua desconvocação, ela fez com que toda a imprensa fosse obrigada a mostrar que alguma coisa, pelo menos, parece não estar funcionando bem em Saquarema.

"Não dá para ter expectativa. Não sei quem é a minha parceira, não sei como é que vou jogar. (...) Eu soube por terceiros que vou jogar a etapa da Holanda. A comissão técnica não me falou nada".

"Mas aqui é tudo uma incógnita.Ninguém sabe nada, ninguém vê nada, ninguém fala nada. É surdo, cego e mudo."

"Como eu sempre disse, a ideia da seleção é válida. Como está sendo, aí somos nós as cobaias para ver se vai dar certo ou não. (...) Eu acho que, da forma que a seleção se encontra, os jogadores são peças de xadrez. Quem joga é a comissão técnica."

Enfim, Juliana teve a oportunidade de expor para todos que a ideia de seleção é excelente, mas ainda mal gerenciada, arbitrária e ditatorial. Se, como principal jogadora brasileira em atividade, a atleta sofreu esse tipo de represália, o que pode ser feito com seus colegas de profissão? (veja aqui o desabafo do capixaba Billy)

Como país sede da próxima Olimpíada e como uma Confederação de século XXI, esse corte realmente mostrou que a festa é estranha, com gente esquisita.

Ou vocês têm outra música melhor?

domingo, 5 de maio de 2013

Duplo pódio feminino e uma boa passada pela China.
Se a primeira etapa do Circuito Mundial 2013, disputada semana passada, em Fuzhou, teve como melhor resultado brasileiro um quarto lugar de Ricardo/Álvaro Filho, as colocações foram bem melhores no Grand Slam de Xangai.

Pelo masculino, Pedro Solberg/Bruno Schmitd, campeões brasileiros de forma incontestável, desencantaram. Mesmo não devendo repetir a difícil marca de sete etapas conquistadas consecutivamente, como fizeram na competição nacional, até mesmo pelo forte nível técnico do mundial e pelo alto bloqueio dos adversários internacionais, a jovem dupla mostrou que pode, e deve, lutar pelas primeiras colocações nas outras etapas do Circuito.

Vitória contra Ricardo/Álvaro Filho no duelo verde-amarelo das semifinais, derrota na decisão para os norte-americanos Gibb/Patterson, mas prata importante tanto para Pedro, que mostra muito amadurecimento e vontade após a falsa acusação de doping, quanto Bruno, que chegou apenas à terceira decisão de Circuito Mundial da carreira (todas conquistando a prata) e agora figurando entre as parcerias mais fortes das competições.

Assim como Bruno, Álvaro Filho tem tudo para viver a melhor temporada internacional da carreira. Se em Fuzhou, Rosenthal/Dalhausser foram a pedra no sapato na conquista do pódio, dessa vez os norte-americanos foram despachados ainda nas quartas-de-final.

Ao final, bronze e novas provas de que a parceria entre o experiente Ricardo e o jovem Alvinho pode ser muito importante para o Brasil.

Vitor Felipe/Evandro, em comparação à etapa passada, subiram quatro colocações: 5º lugar geral dessa vez.

Talita/Taiana conquistam primeiro título da parceria
Talvez pelo fato de não terem sofrido nenhuma mexida na formação e por estarem mais entrosadas em relação às novas parcerias formadas por Ágatha/Maria Elisa e Lili/Bárbara Seixas, Talita/Taiana sobraram.

Placares largos tanto na semifinal contra Maria Clara/Carol (21/15, 21/11) quanto na decisão contra as austríacas Doris/Stefanie Schwaiger (21/13, 21/11), primeiro título da nova parceria e primeira conquista dourada para Taiana.

Maria Clara/Carol, que precisaram passar pelo qualifying da etapa, eliminaram as fortíssimas donas da casa Zhang Xi/Xue ainda nas quarta-de-final e conquistaram um expressivo bronze.

Já Lili/Bárbara Seixas e Ágatha/Maria Elisa, ainda sofrendo com a falta de entrosamento, terminaram em 5º lugar.

No geral, uma boa passagem pela China, país de grandes dificuldades para as duplas, no que diz respeito a fuso horário, alimentação, idioma, adaptação.

Para o próximo Grand Slam, que acontece em Corrientes, na Argentina, as novidades devem ser a presença de Alison/Emanuel e Juliana, reintegrada à seleção na última sexta-feira. E aí, o Circuito Mundial começará para valer.

Será que esse retrospecto vai se manter?

Foto: FIVB
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