domingo, 8 de julho de 2012

Prata de Alison/Emanuel foi o melhor resultado da semana.
Uma fase sem vacas gordas. A 18 dias para Londres, o voleibol brasileiro vive um "esquenta" pouco dourado para as Olimpíadas. Após a prata no Grand Prix com a seleção feminina semana passada, os resultados da Liga Mundial e do Circuito Mundial de Vôlei de Praia também não foram os melhores.

Liga Mundial
Após os 3x0 para Cuba e o 3x2 para a Polônia no meio da semana, a seleção masculina de vôlei amargou a sexta colocação geral na competição, pior resultado de Liga Mundial na era Bernardinho.

Desde que o técnico chegou à seleção, em 2001, esta foi a segunda vez que o Brasil ficou fora do pódio em uma competição. A primeira havia sido justamente às vésperas das Olimpíadas, em 2008, quando a equipe terminou em quarto na Liga Mundial disputada na Itália.

Resultado ruim, histórico e que mostra que, mesmo Londres estando tão próxima, será necessário evoluir, e evoluir muito, nesses próximos dias.

Como muita gente diz: se é para perder, que seja para a equipe campeã.  E foi justamente isso que aconteceu. Depois de sofrer quatro derrotas em cinco partidas para a Polônia, vimos Kurek, Bartman e Cia garantirem o primeiro título internacional desde as Olimpíadas de 1976 para os poloneses, que chegarão com muito mais moral em Londres.

Circuito Mundial de Vôlei de Praia
Se a situação não anda boa no vôlei indoor, no vôlei de praia a situação é bem menos tensa, mas também não é a das melhores.

Pelo Grand Slam de Gstaad, na Suiça, a melhor colocação feminina foi o 5º lugar, conquistado por Àgatha/Bárbara Seixas, que eliminaram as compatriotas Juliana/Larissa nas quartas-de-final da etapa.

Ju/Larissa, não sei se administrando os resultados ou não, terminaram em 9º, Vivian/Taiana em 17º e Ângela/Lili em 25º. Talita/Maria Elisa, convocadas para os Jogos, abriram mão da etapa.

Para esquentar ainda mais a briga em Londres, Walsh/May, que há tempos não venciam um torneio, ficaram com o título do Grand Slam suiço.

Já pelo masculino, Alison/Emanuel - também não sei administrando ou não - chegaram à final, mas foram derrotados pelos norte-americanos Gibb/Rosenthal por 2x0 (17-21, 17-21).

Benjamin/Bruno Schimtd, Ricardo/Pedro Cunha e Thiago/Ferramenta terminaram em 5º lugar.

Antes de Londres, restam agora apenas dois Grand Slams: o de Berlim e o de Klagenfurt.

E aí é ver se essa fase de vacas madras é apenas uma estratégia para desviar a atenção dos concorrentes.

 Foto: FIVB

domingo, 1 de julho de 2012

Vice não deixa de ser uma boa colocação no Grand Prix.
Fim da linha no Grand Prix e sobrevida na Liga Mundial. Assim foi o final de semana das seleções masculina e feminina de vôlei.

Se a derrota por 3x2 para os Estados Unidos na última quarta-feira atrapalhou os planos de título das meninas de José Roberto Guimarães, as combinações de resultado nas partidas de Itália e França foram amplamente favoráveis e, mesmo tendo jogado a toalha há duas semanas, Bernardinho vai seguir com a chance de conquistar o decacampeonato de Liga Mundial para o Brasil.

Grand Prix
Se vice-campeonato não serve para nada em nenhum outro esporte nacional, no vôlei é diferente. Mesmo perdendo apenas duas partidas no Grand Prix (dois 3x2 contra justamente as norte-americanas, tricampeãs da competição), a prata conquistada em Ningbo foi motivo de pouca comemoração para as brasileiras.

Da competição, a lição mais importante, confessada pelo próprio Zé Roberto em entrevista concedida à Globo: com muitos altos e baixos, o torneio serviu para melhorar alguns aspectos, mas muita coisa ainda precisa ser ajustada para Londres. Segundo o próprio treinador, "só isso não basta para a briga pelo ouro".

Se ele tem consciência da necessidade de melhora, é aguardar essa preparação final da Londres, a convocação, que deve sair nos próximos dias, e esperar que estes ajustes sejam feitos. Afinal, em ano olímpico, e a 25 dias para os Jogos, o objetivo maior é se destacar na competição mais importante do calendário mundial.

A estreia olímpica será contra a Turquia, terceira colocada do Grand Prix, que foi atropelada pelas brasileiras hoje 3 a 1 (25/21, 23/25, 25/20 e 25/15).


Liga Mundial
Depois de muitos cálculos e de muita "secação", a seleção masculina de vôlei segue na Liga Mundial.

Tudo porque a vitória por 3 sets a 2 da França sobre a Itália (29/31, 25/23, 25/18, 21/25, 15/12) deu apenas dois pontos aos franceses e um aos italianos. Com 26, os brasileiros avançaram como a equipe melhor segundo colocada na fase de grupos.

Bom para seguir na preparação para Londres e melhor ainda continuar brigando pelo deca.

Os próprios adversários serão Cuba e Polônia (sim, mais uma vez os poloneses!). As duas primeiras seleções desse grupo avançam às semifinais.

Vôlei de Praia
Depois de duas semanas de pausa no Circuito Mundial e da convocação para as Olimpíadas de Londres, as duplas brasileiras voltam às disputas na etapa de Gstaad, essa semana.

No Brasil, pelo Estadual Regional Banco do Brasil, Andrezza/Andréa Martins e Bruno/Léo Vieira foram os campeões da competição disputada em Macapá. Já pelo regional de Campo Grande, os campeões foram Josi/Thaís e Oscar/Carlos Luciano.

Foto: FIVB

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Convocação confirmou duplas que garantiram as vagas.
Depois de uma longa espera, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou na tarde de hoje, 28, as quatro duplas que representarão o Brasil em Londres.

E deu o óbvio! Após pré-convocar três parcerias de cada naipe no início do ano, a entidade enxugou a lista e confirmou a participação de Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha nos Jogos.

Se as outras três parcerias estavam praticamente confirmadas há meses, Ricardo e Cunha foram responsáveis  por  uma longa novela, iniciada ainda em 2010, quando a constante troca de parcerias masculinas tumultuou toda a corrida olímpica.

No entanto, com o número mínimo de etapas de Circuito Mundial asseguradas (doze) na última competição classificatória e com pontuação suficiente para garantir a segunda melhor colocação brasileira no ranking internacional, seria injustiça não oferecer a vaga olímpica para a dupla que de fato fez por merecer a convocação.

Pedro Solberg, injustamente condenado no falho exame antidoping, lutou, provou sua inocência, voltou a atuar bem depois de alguns meses parado por conta da errônea punição, conquistou bons resultados com seu novo parceiro Márcio, mas não teve pontos e etapas suficientes para conquistar a segunda vaga brasileira em Londres, já que a primeira, incontestavelmente, sempre esteve nas mãos de Alison e Emanuel.

Vivian e Taiana, terceira parceria feminina pré-convocada no início da temporada, além de não conseguirem manter uma boa sequência de resultados no Circuito Mundial, viram Talita e Maria Elisa fazerem uma excelente abertura de temporada internacional, conquistarem confiança e, também de forma incontestável, carimbarem o passaporte. 

Assim como Alison e Emanuel (única dupla masculina a não se desfazer nesses últimos três anos), Juliana e Larissa tinham a vaga confirmada praticamente desde o início do ciclo olímpico. Há quase oito anos soberanas no vôlei de praia feminino brasileiro, e prejudicadas pela trágica lesão de Juliana poucos dias antes dos Jogos de Pequim, a parceria enfim chegará à sua primeira Olimpíada.

Hexacampeãs mundiais, penta brasileiras, bi pan-americanas e atuais campeãs da Copa do Mundo de Vôlei de Praia, a dupla certamente carregará uma das maiores cobranças pelo ouro dentre todos os atletas brasileiros que estarão em Londres.

Após a convocação de hoje, ainda restam três etapas de Circuito Mundial e exatos 30 dias para as partidas de estreia na House Guards Parade.

Que o vôlei de praia mudou e que essa edição de Jogos Olímpicos promete ser a mais disputada da história na modalidade, não há dúvidas. Mas também não há dúvidas de que o Brasil estará muito bem representado.

Ao bom e pioneiro projeto da CBV, que de início assustou a todos pelo fato de poder inclusive romper parcerias, fica os parabéns. Embora seja estranho pensar em convocação no vôlei de praia, se utilizada com bom senso, tal como a escolha de hoje, a estratégia adotada pode trazer muitos avanços para a modalidade.

Agora o Brasil todo é Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha! Boa sorte, duplas! Boa sorte, Brasil!

Foto: CBV

terça-feira, 26 de junho de 2012

Partida contra chinesas foi a melhor apresentação em 2012.
Na correria do final de semana, não deu tempo para passar aqui no blog e comentar sobre os últimos resultados do vôlei brasileiro. Grand Prix, Liga Mundial e Vôlei de Praia movimentaram a modalidade.

Grand Prix
Como uma boa vitória sobre a China, dessa vez sem tie-break (25-20, 25-22 e 25-19), a seleção feminina de vôlei venceu o oitavo dos nove jogos disputados no Grand Prix 2012 e se classificou para a fase final da competição.

Conquistando apenas dois pontos em cada uma das cinco partidas vencidas no tie-break, a equipe feminina terminou apenas na quinta colocação, mas conseguiu avançar. Bom para o Grand Prix e bom para a preparação olímpica. 

A partir de amanhã, 27, a seleção joga contra as Estados Unidos, China, Cuba, Tailândia e Turquia (uma partida por dia, até domingo, 01 de julho). A seleção que somar mais pontos fica com o título 2012 do Grand Prix. 

Liga Mundial
O Brasil não entrou em quadra, mas a classificação para a fase final da Liga Mundial ficou mais perto. Tudo porque as combinações de resultados foram favoráveis e a seleção de Bernardinho tem boas chances de avançar como a melhor equipe segundo colocada na fase de grupos.

O grande adversário será a França, que terá que vencer Itália, Estados Unidos e Coreia por 3x0 ou, no máximo, 3x1. 

A resposta final sai no dia 01 de julho, data das últimas partidas da fase de grupos.

Circuito Banco do Brasil Challenger
Sem etapas pelo Circuito Mundial de Vôlei de Praia, o final de semana foi marcado pelo Circuito Banco do Brasil Challenger, disputado em São Luís.

Como nem todas as duplas brasileiras disputam o Circuito Mundial, as etapas Challengers servem para movimentar as parcerias durante os quase quatro meses de pausa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia.

No masculino, o título ficou com Benjamin/Bruno Schmitd, que derrotaram Rhuan/Fernandão na decisão. Bruno/Hevaldo completaram o pódio. Já no feminino, as campeãs foram Josi/Thaís, que venceram Shaylyn/Chell. Neide/Rebecca venceram Val/Michelle Carvalho e garantiram a 3ª colocação.


Continental Cup e Olimpíadas
Como o encerramento do somatório de pontos no Circuito Mundial na semana passada, assim como o fim da Continental Cup - torneio que também garante vaga para Londres, principalmente para os países mais fracos- a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) deve confirmar nos próximos dias as duplas e os países que estarão nas Olimpíadas.

Mesmo com a classificação brasileira assegurada através do Circuito Mundial, Ângela/Lili, Vivian/Taiana, Beto Pitta/Lipe e Evandro/Guto venceram no final de semana e deram o título da Continental Cup Sul-Americana ao Brasil.

A informação ainda não foi confirmada oficialmente pela CBV, mas Juliana/Larissa, Talita/Maria Elisa, Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha estão com 99,99% da vaga garantida para os Jogos.

Foto: FIVB
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